Conduta profissional
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Indicada por apenas 9% dos diretores de RH entrevistados pela Robert Half, a contraproposta tende a não trazer benefícios para o profissional ou a empresa.
Profissionais com conduta alinhada às expectativas da empresa, incluindo perfil colaborador e habilidades para o trabalho em equipe estão no topo da lista dos candidatos a terem aumento salarial. Essa é a percepção de 43% dos 100 diretores de RH do Brasil entrevistados pela Robert Half, em novembro de 2014.
A pesquisa indica ainda que, ao conceder incremento na remuneração, os gestores brasileiros consideram também, com prioridade, a competência técnica (36%), a preocupação do profissional com o próprio crescimento profissional (36%), a lealdade do colaborador à empresa (30%).
Contraproposta é prática utilizada por apenas 9% dos diretores entrevistados do Brasil, contra 12% na média mundial.
O que motiva os diretores de RH a conceder aumento salarial (múltipla escolha):
Motivo |
Brasil |
média global |
conduta profissional/ colaboração/ trabalho em equipe |
43% |
33% |
competência técnica/ resultados mensuráveis |
36% |
37% |
vontade de aprender/ crescer |
36% |
32% |
estabilidade/ lealdade à empresa |
30% |
24% |
Inovação |
18% |
13% |
Motivação |
17% |
15% |
assumir tarefas além de sua responsabilidade |
16% |
27% |
Tempo desde seu último aumento salarial |
16% |
25% |
contraproposta |
9% |
12% |
sem opinião |
4% |
5% |
A Robert Half seleciona a seguir os principais pontos negativos de uma contraproposta, tanto para o colaborador quanto para a empresa:
Armadilhas da contraproposta para o colaborador
• Se o benefício financeiro vem apenas porque você foi sondado pelo mercado, não se levou em conta critérios como alcance de metas e produtividade.
• O que o incomodou a ponto de pedir demissão quase nunca está relacionado somente à remuneração. Os outros motivos de insatisfação continuam.
• As contrapropostas costumam afetar a reputação profissional, tanto com o empregador atual quanto com o potencial.
• O profissional que aceita a contraproposta pode ser rotulado como não aderente aos valores da empresa, preocupado apenas com sua remuneração.
• Se for preciso fazer cortes, quem aceitou a contraproposta provavelmente estará na lista.
• Se acha que vale a pena continuar na companhia atual, mas está insatisfeito com alguma coisa – salário, função, ambiente -, tente conversar sobre isso.
• Se aceitou uma nova proposta, siga em frente. Olhar para trás não é criar uma oportunidade e sim perdê-la.
Armadilhas da contraproposta para a empresa
• A contraproposta é somente uma alternativa emergencial de retenção.
• A empresa deve sempre valorizar o funcionário que pretende reter enquanto ele ainda está na função.
• Se o profissional estava à procura de um novo trabalho, não é um pequeno aumento salarial que vai fazê-lo mudar de ideia.
• Números maiores na conta bancária podem até motivar temporariamente, mas logo a insatisfação vai aparecer de novo e a busca por uma nova oportunidade, mais desafiadora, irá recomeçar.
• O clima da equipe jamais será o mesmo. As pessoas podem acreditar que, não importa o bom trabalho que façam, é preciso uma ameaça de demissão para serem reconhecidas.
• A relação de confiança com o funcionário fica abalada.
• Dar um aumento ao profissional não garante que ele terá melhores resultados.
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