Para os jovens formados em Direito, galgar importantes postos em destacadas bancas de advocacia pode parecer um sonho distante da realidade. Contudo, longe de uma fórmula complicada, a ascensão de um advogado privado é plenamente palpável quando se tem claros os critérios que norteiam a promoção dentro dos escritórios.
Para exemplificar, consultamos o Felsberg Advogados, tradicional banca que integra a seleta lista dos mais respeitados escritórios de advocacia do país, com relevante atuação nacional e internacional.
No Felsberg, os estagiários que são efetivados passam a fazer parte do plano de carreira do escritório. O plano é composto em quatro divisões antes da posição de sócio: júnior, pleno, sênio e master. Cada fase é composta por cinco estágios, numerados de 1 a 5 (júnior 1, júnior 2, etc).
A última divisão, chamada de master e que é considerada como pré-sócio, é para os profissionais nos quais identificou-se o perfil para integrar a sociedade da banca.
O interessante é que não se trata de uma ascensão vertical: qualquer profissional em qualquer uma dessas quatro fases pode se tornar um sócio. Em média, leva-se de oito a quinze anos, mas pode acontecer em menos ou mais tempo: atingido os requisitos e se tornado elegível, o nome do profissional é levado para o Conselho do Felsberg, independente de ser um advogado do master 5 ou pleno 2, por exemplo.
O melhor modelo é o advogado Thiago Rufalco Medaglia, o mais jovem da banca a alcançar a sociedade, aos 31 anos, com menos de nove anos de formado e cinco anos de casa. “Em termos práticos nada impede que alguém com dois anos de formado se torne sócio.”
Isso porque recentemente o escritório promoveu uma série de mudanças e uma delas foi buscar atender a um sistema de meritocracia para a elevação do profissional à condição de sócio, com a ajuda de uma consultoria externa para a avalição.
Assim, o crescimento do profissional é diretamente proporcional à sua performance em todos os níveis: técnico, no relacionamento com cliente, na gestão de equipe e diversos outros.
Dentre os requisitos obrigatórios para integrar a banca, dois se destacam: a fluência em inglês e a graduação em faculdade de primeira linha. “São requisitos que não estão abertos para discussão”, garante Thiago.
A importância da formação do advogado se reflete no incentivo do escritório ao desenvolvimento acadêmico: a banca patrocina cursos, pós-graduações e inclusive mestrados no exterior.
“A imensa maioria dos nossos sócios tem uma parcela de carreira acadêmica, pelo menos mestrado, e mais da metade o realizou fora do país, em faculdade de primeira linha, normalmente nos EUA.”
Importante é destacar o foco em metas da banca, o que permite com que os advogados conquistem novas posições e desafios com base em critérios previamente definidos e com análise global do desempenho do profissional.
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