A percepção de 48% dos CFOs brasileiros é de que a rotatividade dos profissionais de finanças aumentou. Para 36% dos diretores financeiros entrevistados, o turnover de executivos na área se manteve, enquanto 16% relataram diminuição. A pesquisa ouviu 100 CFOs entre os meses de junho e julho de 2014.
Um dos fatores que explica esse cenário é a valorização dos profissionais das áreas fiscal e contábil, segundo Marcela Esteves, gerente de divisão da Robert Half. "As mudanças de empregos são motivadas por oportunidades de crescimento, maior remuneração ou qualidade de vida", aponta.
O incentivo financeiro é apontado por 56% dos CFOs como a melhor medida para minimizar a rotatividade, seguido pelo plano de carreira (55%). Para Marcela Esteves, a solução financeira, no entanto, costuma ter efeito apenas em curto prazo. "A maior parte dos colaboradores não busca a saída pelo dinheiro e sim por questões relacionadas ao ambiente de trabalho”, alerta. “O plano de carreira motiva mais os colaboradores e os retém por mais tempo", completa.
A pesquisa da Robert Half ainda apontou outras medidas de retenção utilizadas pelos CFOs como feedback frequente (40%), coaching (30%), contraproposta (29%), qualidade de vida (16%), e meritocracia (11%). "A meritocracia é muito eficiente e pode ser vista como uma espécie de plano de carreira, já que o colaborador é constantemente reconhecido pelo esforço e, ao se sentir valorizado, tende a permanecer na empresa", conclui Marcela.
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