É de crer que a humanidade só viva para o prazer, porque é ao prazer que ela, quando ao fim de aturados esforços alcança a riqueza, dedica tudo que acumulou. O homem parece nisto deixar-se conduzir pela mulher. Confia nela, cada vez mais, sobre o fim ulterior e final de sua comum existência, e ela opta pelo prazer. Dá-se isto com o escol, pelo qual toda sociedade deve ser julgada; a planta se julga pela flor. O gozo da vida é de certo legítimo, mas o culto do prazer exclui o das coisas sérias, dos belos empreendimentos, dos nobres sacrifícios. A riqueza é apenas um meio; se, realmente, o fim for o prazer, então o destino do homem é o do porco de Epicuro.