Onde o espanhol se mostra único, é no desprendimento com que sacrifica todos os interesses, desde que se trate da honra da Espanha, ou do que ele pensa momentaneamente ser a honra da Espanha. Aí invariavelmente reaparece o sublime D. Quixote. E tanto mais heroicamente que ao espanhol não faltam o raciocínio, e a prudência, e o claro sentimento da realidade, e o amor dos bens acumulados, e mesmo um certo egoísmo pachorrento – como superiormente o prova Sancho Pança. Mas conhecendo e pensando bem o que vai perder – marcha jovialmente e tudo perde com entusiasmo, porque se trata da sua pátria.