Historiadores! sois garimpeiros apressados que parastes alguns minutos na barranca do rio, a catar diamantes e pedras preciosas. Na precipitação da colheita apanhastes muitas turmalinas insignificantes que ora fulgem lapidadas, nas montras da História, com fogos de gemas raras. Entretanto, na barranca do rio, quanto diamante da mais pura água deixastes esquecido, ó garimpeiro apressado!

Há fatos na História que preenchem a função de um acumulador de força, muitas vezes secular, e dos quais se desprende uma corrente moral contínua.

A História é pessoa entrada em anos, gorda, pachorrenta, meditativa, tarda em recolher documentos, mais tarda ainda em os ler e decifrar.

Os partidos passam; passam os reis, as dinastias, os impérios. Mas a pátria fica, e fica a história.