O mundo dos que amam não é o da realidade: o mundo dos que amam tem delícias e glórias que duram dias, e desilusões, desgostos, privações e amarguras que envenenam a vida toda: o mundo da realidade, que é o dos gozos que a riqueza proporciona, não tem transportes de imaginação, nem poesias; mas assegura aos ricos felicidade suave, cômodos, festas, grandezas, luxos e prazeres que só acabam com a morte.