Boa noite, velhice, vens tão cedo! / Não esperava, agora, a tua vinda. / Eu tão despreocupado estava, ainda, / Levando a vida como num brinquedo... / Tens tão meigo sorriso e um ar tão ledo! / Nos teus cabelos como a prata é linda! / Ao meu teto, velhice, sê bem-vinda! / Fica à vontade. Não me fazes medo. / E ela assim me falou, em tom amigo: / – Estranha me supões, mas, em verdade, / Há muito tempo que, ao teu lado, eu sigo. / Mas, da vida na estúrdia alacridade, / Não me viste viver, seguir contigo... / Eu sou, amigo, a tua mocidade.