A mulher que ama precisa ver chorar, para criar alentos. A coragem do homem que se despede parece uma ofensa, ainda que o não seja; simula desamor, ainda mesmo que as lágrimas saiam do coração como gotas de ferro candente, e se derramem nas chagas do peito antes de chegarem aos olhos. A mulher amante quer, ao separar-se, levar a certeza de que deixa uma saudade, bastante a matar o coração que a ama. Isso é que lhe dá força para lutar e sofrer. A suprema desgraça é o desalento da dúvida, quando a infeliz já por si não tem, contra o mundo e contra a desgraça, senão a certeza de ser amada.