A hipótese de o homem, depois de ter perdido muito da sua força criadora, depois de se lhe ter apagado a imaginação e secado o coração, ser transformado de repente num deus é alternativa muito menos verossímil do que a de uma gradual decadência, suavizada por descortinos cada vez mais largos sobre o universo e pela alegria de novas revelações científicas, mas de fato declínio contínuo, certíssimo, irremediável. Se o progresso devesse ser ilimitado, Deus teria deixado os Atenienses para o fim.