Nas ruas os homens rumam para qualquer coisa que deve ficar do outro lado da vida. Levam pacotes de lembranças em seus dedos tristes, pisam sobre borracha para melhor apagar os erros de sempre, vão ao cinema para fugir de uma realidade de matéria plástica e mergulhar num universo de celuloide, fumam para queimar o tempo, bebem julgando o destino algo líquido que lhes escorregue pela garganta, jogam porque viver é jogo, e amam buscando amores em sua falta de vocação para o amor.