Se Pedro Álvares Cabral ressuscitasse, e viesse visitar o Brasil, não acharia nele grande mudança. O mato é o mesmo: muito bravo, inexplorado, cobrindo quase todo o território. As cidades, com raríssimas exceções, não diferem muito dos antigos aldeamentos dos índios. E os índios, apesar de vestidos à moderna, com cartolas na cabeça e sobrecasacas no corpo, não deixam de ser índios.

Para conhecer qualquer região da terra, não é absolutamente indispensável visitá-la. E cada um de nós ficaria conhecendo um pouco da vida de cada um dos Estados Brasileiros, se cada um deles nos mostrasse aqui alguma coisa dos seus usos e costumes, das suas festas e tradições.

Que nos vale ter picos como Rui Barbosa, se a planície apresenta um dos mais baixos níveis culturais do mundo?

Ouro Preto, amantelada nas suas montanhas verdes, é como o reduto último da nossa nacionalidade.