Basta a um homem a desgraça de ter uma ideia nova ou de confessar um sentimento desusado, para passar por maluco. Em uma sociedade séria e grave, será maluco o sujeito que rir de tudo e de todos; mas em uma sociedade de chalaceiros e chacoteiros, o maluco será o homem que encarar a vida com seriedade e respeito. O maluco é sempre aquele que se destaca da comunhão, que envereda por estrada nova, que escandaliza com a novidade dos seus pensamentos e dos seus atos a carneirada dos contemporâneos.