Contemplar a planície e contemplar a montanha são dois gozos que não provêm da mesma mola intelectual. A montanha interrompe a vista, logo o espírito; nesse sentido, tem algo de repousante, pois marca limites, ao contrário da planície interminável, ou do mar aberto. Nestes, confrontamos o espaço sem fim. Idealmente, a forma perfeita de paisagem seria a extensão plana, sem estorvos para a vista, sem acidentes que sugerissem ideias de luta, de choque, ou de destroço, e sem nada de retorcido nem de contrafeito.