sábado, 16 de novembro de 2024

aspas

A divisão dos poderes é um dos dogmas da nossa velha educação política, que serve para criar e constituir poderes independentes do único poder legítimo - a representação direta, imediata e periodicamente renovada, da nação. Mas que divisão maior e mais natural dos poderes, do que entre o mandante e o mandatário, o eleitor e o eleito, o criador e a criatura? A Câmara, entretanto, confunde tudo isso, e inverte a ordem da precedência e da soberania, de modo a ser ela a suserana e o eleitorado o vassalo.

A divisão dos poderes é um dos dogmas da nossa velha educação política, que serve para criar e constituir poderes independentes do único poder legítimo - a representação direta, imediata e periodicamente renovada, da nação. Mas que divisão maior e mais natural dos poderes, do que entre o mandante e o mandatário, o eleitor e o eleito, o criador e a criatura? A Câmara, entretanto, confunde tudo isso, e inverte a ordem da precedência e da soberania, de modo a ser ela a suserana e o eleitorado o vassalo.
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REFERÊNCIA
Trecho retirado do livro "Campanhas de Imprensa (1884 - 1887). Obras Completas de Joaquim Nabuco XII. São Paulo: Instituto Progresso Editorial S. A., 1949."
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