quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

aspas

Boa noite, velhice, vens tão cedo! / Não esperava, agora, a tua vinda. / Eu tão despreocupado estava, ainda, / Levando a vida como num brinquedo... / Tens tão meigo sorriso e um ar tão ledo! / Nos teus cabelos como a prata é linda! / Ao meu teto, velhice, sê bem-vinda! / Fica à vontade. Não me fazes medo. / E ela assim me falou, em tom amigo: / - Estranha me supões, mas, em verdade, / Há muito tempo que, ao teu lado, eu sigo. / Mas, da vida na estúrdia alacridade, / Não me viste viver, seguir contigo... / Eu sou, amigo, a tua mocidade.

Boa noite, velhice, vens tão cedo! / Não esperava, agora, a tua vinda. / Eu tão despreocupado estava, ainda, / Levando a vida como num brinquedo... / Tens tão meigo sorriso e um ar tão ledo! / Nos teus cabelos como a prata é linda! / Ao meu teto, velhice, sê bem-vinda! / Fica à vontade. Não me fazes medo. / E ela assim me falou, em tom amigo: / - Estranha me supões, mas, em verdade, / Há muito tempo que, ao teu lado, eu sigo. / Mas, da vida na estúrdia alacridade, / Não me viste viver, seguir contigo... / Eu sou, amigo, a tua mocidade.
Compartilhar
facebook
twitter
linkedin
whatsapp
instagram
REFERÊNCIA
Trecho retirado do livro "Sol de inverno. 1955."
TEMAS RELACIONADOS
envelhecermocidade