quarta-feira, 17 de julho de 2024

aspas

Aliança! algema divina, / A mais doce das prisões; / Uma prisão pequenina / Que encerra dois corações. / Modesta joia, em verdade, / Porém que vale um tesouro: / É toda a felicidade / Dentro de um círculo de ouro. / Na mão direita figura / Como penhor de afeição; / Mas é completa a ventura / Se muda para a outra mão. / Rodinha frágil e fina / Que mais parece um brinquedo; / Com ela qualquer menina / Prende um rapaz pelo dedo. / Elo solto da corrente / Que Deus forjou, de amor puro, / E que, através do presente, / Liga o passado ao futuro. / Elo de ouro! És a esperança / De horas risonhas e calmas! / Felizes dos que, na aliança, / Acham a aliança das almas. / Na velhice lembra o enredo / Dos sonhos da mocidade; / Depois... duas num só dedo: / Uma vive... outra é saudade...

Aliança! algema divina, / A mais doce das prisões; / Uma prisão pequenina / Que encerra dois corações. / Modesta joia, em verdade, / Porém que vale um tesouro: / É toda a felicidade / Dentro de um círculo de ouro. / Na mão direita figura / Como penhor de afeição; / Mas é completa a ventura / Se muda para a outra mão. / Rodinha frágil e fina / Que mais parece um brinquedo; / Com ela qualquer menina / Prende um rapaz pelo dedo. / Elo solto da corrente / Que Deus forjou, de amor puro, / E que, através do presente, / Liga o passado ao futuro. / Elo de ouro! És a esperança / De horas risonhas e calmas! / Felizes dos que, na aliança, / Acham a aliança das almas. / Na velhice lembra o enredo / Dos sonhos da mocidade; / Depois... duas num só dedo: / Uma vive... outra é saudade...
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REFERÊNCIA
Trecho retirado do livro "Cancionário. Rio de Janeiro: Editora A Noite, 1946."