A humanidade é sempre e cada vez mais ingrata; os que, tendo recorrido aos remédios do feiticeiro, conseguiram bom casamento, passaram a atribuir a vitória exclusivamente às suas seduções pessoais. Os que, depois da “ligadura”, foram felizes nos negócios, não têm dúvida em afirmar que para tal foram bastantes a sua inteligência e o seu tino mercantil. E ainda aqueles que acertaram no jogo, depois do auxílio do mágico, dirão que somente à própria sorte devem o bom palpite que tiveram... Resta o grupo mais numeroso, o dos desiludidos, dos cabulosos do amor, dos “pesados” do jogo. Esses terão aplausos irrestritos para a ação da polícia trancafiando os “espertalhões”, os “piratas”, vendedores de esperanças mentirosas. Pobres mercadores de ilusões!