Ministério da Justiça 31/1/2005 Paulo Duarte - Bel. Direito "Quando reparei estava lá no JB online de 30/1, o texto escrito por Augusto Nunes - arguto Jornalista e orgulhoso ex-acadêmico, como eu, da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, sob o título "Advogado é isso aí". O impacto da conclusão a que chega, ao final de seu texto, depende das alegações que faz ao longo da sua explanação, pois se todas as informações que expõe forem verdadeiras, então, hei de ficar, mais uma vez, desapontado com quem votei... Transcrevo: “...Pilhado por agentes da Polícia Federal em 21 de outubro de 2004, enquanto se divertia com a contemplação de galos ensangüentados numa rinha do Rio, o publicitário Duda Mendonça sacou do celular e ligou para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos (foto). O que deveria fazer? "Procurar um advogado", contou o ministro ao reproduzir o diálogo para jornalistas. Equanimidade é isso, certo? Duda é amigo de Bastos, mas todos são iguais perante a lei. E todos caímos no engodo, sem notar que se tratara de uma curta conversa em código. Ao desligar o celular, estava combinado que o advogado de Duda seria o próprio ministro. Baixada a poeira, dois policiais envolvidos na operação foram removidos dos cargos que ocupavam. Cumpririam missões de rotina longe do Rio, alegou-se oficialmente, e depois retomariam seus postos. Nenhum voltou. Nem voltará. Mais algum tempo, e os demais participantes da ação que tisnara a imagem de Duda foram igualmente afastados. O ministro-advogado não pudera evitar a noitada de Duda na cadeia. Em contrapartida, providenciara castigos para os algozes do amigo. Eficiência é isso. Todo brasileiro com problemas legais merecia Bastos como defensor. O Brasil é que não o merece no Ministério da Justiça...” Depois de ler o texto acima tive uma idéia para dar para o próximo Presidente da República, seja ele quem for: Futuro presidente, agora que experimentamos vários brilhantes e reconhecidos advogados criminalistas como Ministros da Justiça, não poderíamos tentar colocar um destacado e destemido promotor ou procurador de justiça à frente do mais antigo ministério que este país possui? Qual seria o resultado? Há algum impedimento legal quanto a isso na lei orgânica do MP? Puxa vida, era um sonho que eu sempre tive e tenho. Esperar para ver." Envie sua Migalha