Anencefalia diante dos tribunais

20/7/2004
José Eduardo Morato Mesquita

"Retomo a questão uma vez que minha migalha recebeu um comentário específico do colega Paulo Werneck e realmente a expressão "irada" que utilizei em minha mensagem não parece adequada, porém o nobre colega citado deve concordar comigo que a grande maioria das migalhas contrárias à posição da CNBB são, no mínimo, jocosas e algumas até deselegantes. Quanto ao mérito do assunto, reafirmo minha posição contrária a este tipo de aborto, pois tenho absoluta consciência da permissividade da sociedade em que vivemos e que, mais dia menos dia, estaremos novamente discutindo sobre a eliminação de doentes terminais, maníacos depressivos, seres humanos defeituosos, crianças autistas, tudo em linha com a busca da raça pura e perfeita, do arianismo, defendido em passado recente por Hittler e seus seguidores. Concluindo, retransmito aos migalheiros uma história que me foi contada por médico de São Paulo: uma mãe deu à luz a uma criança sem cérebro e logo após a sua morte, doou todos os órgãos do feto, sendo o coração aproveitado em outra criança que nasceu com um problema cardíaco e hoje goza de boa saúde; a generosidade da mãe que gerou uma criança condenada à morte serviu para salvar a vida de outra."

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