Contribuição sindical

27/2/2018
Abílio Neto

"Fico aqui observando a cara de pau do governo do sr. Temer ao extinguir a contribuição sindical e deixar intacta a contribuição ao Sistema S, ambas parafiscais e de natureza tributária, porém a segunda com poder de influenciar nos preços dos produtos, onerando o consumidor, além de propiciar a queda do montante das contribuições sociais obrigatórias, aumentando o rombo da Previdência Social porque queiram ou não, as contribuições ao Sistema S integram o pacote de onerações sobre a folha de pagamento das empresas causando impacto profundo na carga tributária. Como se isso não bastasse, a caixa preta da arrecadação e dos gastos dessas entidades é de deixar qualquer gatuno em repouso com água na boca. Torci e muito para que surgisse no seio das federações das indústrias e do comércio um escândalo com as proporções desse da Fecomércio do Rio Janeiro. Para entidades que se julgam parceiras do governo como prestadoras de serviços sociais e educacionais, não deveriam existir dificuldades ou objeções no que toca à transparência de sua contabilidade (receitas, despesas e aplicações de recursos) porque estão impedidas de: distribuir superávits (que consideram lucros); contratar parentes, amigos e apaniguados de dirigentes ou de políticos; contratar obras e serviços sem licitação; financiar a queda ou ascensão de quem quer que seja ao poder. Que tal abrir a caixa preta da FIESP, meu caro senhor dono do pato paulistano? Isso sem contar a perpetuação de dirigentes nos cargos de presidente, eleitos por várias vezes seguidas. O que se deseja, no mínimo, é que essas organizações poderosas ajam em máxima conformidade com os comandos constitucionais e legais que regem o Brasil em busca de eficiência e moralidade, quesitos nos quais somos muito carentes."

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