Ataques do PCC

19/5/2006
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Que os presos tenham celulares à disposição, dentro dos presídios, já constitui um verdadeiro absurdo. Que com isso consigam estabelecer o terror em uma cidade como São Paulo, é mais absurdo ainda. Agora, que o tal Marcola, de dentro do presídio conceda entrevistas a jornalistas e televisões é inaceitável. Na entrevista, concedida pelo meliante ao jornalista Roberto Cabrini, o líder do PCC ameaça com novas ações. Que a imprensa deva informar é algo com que todos concordam. Mas que, na busca frenética por audiência a imprensa entrevista criminosos, como se ídolos fossem, 'glamourizando-os' é, sem dúvida, um ato que não condiz com as obrigações do jornalismo. Com a boataria que corre por aí, com as ações criminosas que estão acontecendo, com o medo generalizado da população, só faltava mesmo um canal de televisão dar a palavra ao crime, aumentando, ainda mais, a crise. Chega a ser escabrosa a atividade das televisões no Brasil. A propósito: Como é que Marcola, recolhido a uma penitenciária dita de segurança máxima ainda tem um celular?"

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