Greve dos bancários

28/9/2016
Ricardo Domenico

"O país passa por situação de dificuldade financeira principalmente em razão dos erros cometidos pela má gestão dos entes públicos (Migalhas 3.954 - 23/9/16 - "Greve dos bancários" - clique aqui). Cargos são dados a pessoas sem qualificação técnica necessária ao desempenho do mesmo. Nesse compasso aqueles que fomentam os cofres públicos em maior parcela são, em ordem de importância, a indústria, o comércio e a prestação de serviços. Como a crise que se agravou atingiu estes importantes setores além da queda no faturamento houve como consequência a redução no recolhimento de tributos. Ou seja, o ente estatal está arrecadando menos enquanto que suas despesas com folha de pagamento continuam as mesmas pois não pode apenas demitir empregados como se faz na indústria e no comércio. Ao avaliar o presente cenário, torna-se injusto qualquer movimento de greve em um cenário onde se tem 11,6% da população brasileira desempregada, correspondendo atualmente a 11,8 milhões de pessoas. Pergunta-se como conceder aumento salarial a uma determinada categoria em uma situação de crise a qual vivenciamos? Passou da hora do funcionalismo olhar somente para seu umbigo e agradecer pelo emprego permanente que nunca lhe será extraído, ao contrário das inúmeras pessoas desempregadas a meses no país que não encontram vagas disponíveis no mercado de trabalho em razão de sua retração. O funcionário público pelo menos tem seu salário pago todo mês e consegue saldar suas contas. Greve em tempos de crise é mau agradecimento."

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