Artigo - Da essencialidade da função do advogado e sobre a hierarquia

16/7/2015
Paulo Costa

"Comentário bem construído, mas com uma inclinação à ideia de necessidade de manutenção da 'ordem' afixada - e já retirada - naquela sala de audiências (Migalhas 3.658 - 16/7/15 - "Em pé ou sentado?" - clique aqui). Bom senso, educação e respeito prescindem de cartazes, são condutas naturais esperadas de qualquer homem, seja ou não ligado ao Direito. Como advogado, não são raras as vezes em que o magistrado sequer nos dirige o olhar quando precisamos despachar uma petição. Em alguns casos, se recusam até em receber o advogado. E isso não é uma falta de educação/respeito? Há mais juízes bons e respeitosos do que o contrário. Igualmente, também há muito mais advogados respeitosos e cumpridores da liturgia de determinados atos judiciais do que o contrário. Casos pontuais - e foi isso que ensejou a afixação daquele famigerado cartaz - reclamam medidas pontuais pelo magistrado que preside o ato judicial (e que possui ferramentas legais para tanto). Considerar que há necessidade de concitar os advogados, via afixação de cartaz, a ter conduta condizente com o próprio mister da advocacia, é jogar toda a classe da advocacia em vala comum, composta, no sentir desse subscritor, de poucos causídicos que não respeitam padrões mínimos de urbanidade e respeito às solenidades judiciais. Respeito, bom senso, bem como atenção às solenidades de atos judiciais reclamam observância recíproca, ou melhor, de todos os partícipes da solenidade."

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