FGV Direito SP e APP Cívico realizam Hackaproton para desenvolver aplicativo
O encontro será realizado dia 6 de março.
quinta-feira, 2 de março de 2017
Atualizado às 17:25
O Grupo de Direitos Humanos e Empresas (GDHeE) da FGV Direito SP, em parceria com a APP Cívico, realiza no dia 6 de março uma Hackaproton. O encontro é uma das etapas de um projeto de pesquisa jurídica aplicada em andamento na FGV Direito SP. O projeto criará um sistema de escuta e monitoramento de riscos e impactos de obras e empreendimentos nos direitos das comunidades locais, uma das temáticas de pesquisa do GDHeE, e inclui o desenvolvimento de um aplicativo e plataforma digital de indicadores.
Hackaproton é um processo destinado a encontrar soluções para detalhes críticos da construção de projetos baseados em tecnologia, que envolve profissionais de TI, mas também os demais atores envolvidos. A dinâmica é baseada em Design Thinking e influenciado pela Teoria U e pela teoria Jobs to Be Done, que têm como resultados o entrosamento entre os envolvidos e o alinhamento dos objetivos do projeto.
Participarão do Hackaproton a equipe de pesquisadores do GDHeE e do APP Cívico, desenvolvedora do aplicativo e da plataforma digital de indicadores em construção, além do parceiro Centro de Estudos em Administração Pública e Governos (CEAPG) da FGV, e convidados, como Fórum Suape, Conectas, Business and Human Rights Resource Center, Instituto Pólis e Avina.
Além do Hackaprothon, o projeto prevê três aplicações piloto, uma na região Amazônica, outra em área de Mata Atlântica e uma terceira na cidade de São Paulo.
De acordo com Flávia Scabin, coordenadora do GDHeE, a pesquisa pretende contribuir para a criação de instrumento de escuta e monitoramento que possa pautar a atuação das empresas e dos governos em obras de infraestrutura, minimizando os impactos em populações locais e promovendo o respeito pelos direitos humanos. "Em 2011 o Brasil adotou os princípios da ONU sobre direitos humanos e empresas e isso resignificou o que se espera das empresas em relação aos direitos humanos", diz. Segundo ela, o que mudou é que, agora, também se espera que as empresas enfrentem os impactos negativos de suas operações em relação às suas cadeias e entornos. E isso, afirma, demanda novas políticas públicas de controle e incentivo para os negócios, assim como novas formas de gestão e controle de impactos pelas empresas e novos instrumentos que garantam o engajamento de atores envolvidos e a participação da comunidade local.
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