Voando pelas bandas de Minas Gerais, encontro uma cidadezinha muito aconchegante com muitas histórias de fé e gratidão. Cidade cercada de muita natureza e belezas exuberantes, lindas matas e montanhas, grutas e grotões.
Pouso na praça para escutar alguns causos e também para conversar com essas pessoas maravilhosas. Aprendo que essa cidade chamada Pratápolis nasceu da bondade de fazendeiros. No final do século XIX, havia um grande fazendeiro, Sebastião Prata que, com seu bom coração, deixava os peões que por aquela região passavam com suas comitivas pernoitar em suas terras e beber da água límpida e cristalina do córrego que ali transcorria, sem cobrar nada por isso. Assim ouvi dizer que devido à generosidade daquele homem, a região ficou conhecida como Prata, em sua homenagem.
Escutando um causo aqui e outro acolá, escuto que por volta de 1860, um outro grande fazendeiro, de bom coração e muita fé, doou parte de suas terras para que fosse construída a capela do Divino Espírito Santo, para que os colonos e negros que viviam por lá pudessem exercer sua fé sem ter que se deslocar para a comunidade vizinha, Jacuí. Devido a essa boa ação, escutei dizer que se criou uma comunidade ao redor da capela, assim, outro fazendeiro de muito bom coração, observando o crescimento do povoado, doou parte de suas terras para que o povoado pudesse se desenvolver e se emancipar.
Então, após um prazeroso bate-papo com os frequentadores daquela agradável praça, levanto voo em direção aos pontos turísticos dessa cidade linda. Passo pelo Centro Cultural de Pratápolis, que antes era a estação ferroviária da cidade, onde o progresso chegava e também ia, onde se ia ao mundo e donde se chegava do mundo. Observo que este lindo prédio fica localizado na área central desta aprazível cidade.
Um pouco mais de voo por Pratápolis e chego ao Fórum. Este já foi um colégio de 1º grau mas hoje é o centro jurídico de Pratápolis, construído em um estilo neoclássico em meados de 1930.
Pouco mais adiante posso avistar a igreja matriz, localizada em uma praça. Fico maravilhado com sua beleza e observo o encontro de muitos amigos aproveitando para descansar um bocado nas sombras das árvores. Pouso em frente à igreja e vejo que esta linda obra arquitetônica foi toda projetada, com sua frente virada para o sol nascente. Em seu interior, fico maravilhado com os fabulosos vitrais artísticos e pinturas fantásticas que alegram ainda mais minha passagem pela cidade.
Escuto então o padre dizer que ficou muito feliz com a ilustre visita e que se pode voltar sempre para prestigiar a cidade. Agradeço-o então e vou em busca de novas descobertas. Sobrevoando a cidade aproveito para ver sua paisagem novamente e fico maravilhado mais uma vez.
Trocando mais um dedo de prosa com os moradores fica claro que esta cidade tem em sua rotina muita fé e gratidão, além de muita tradição.