Fundadores: Antônio Afonso e seus filhos, Francisco Estevão e Bartolomeu.
Data da fundação: Ano de 1652.
Jacareí foi fundado em território de Mogi das Cruzes. Em 1652, Antonio Afonso e seus filhos Francisco, Estevão e Bartolomeu Afonso com suas famílias e agregados, vindo das bandas de Piratininga, estabeleceram-se à margem direita do Paraíba, entregando-se à exploração da terra. Pouco depois erigiam uma modesta capela, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição. Com o auxílio dos pacíficos silvícolas, o arraial prosperou e um ano após o estabelecimento dos Afonsos, em 3 de abril de 1653, foi elevado à vila pelo donatário da capitania Itanhaém D. Diogo de Faro e Souza, conde da Ilha do Príncipe, representado pelo capitão-mor Jorge Fernandes da Fonseca.
A Carta Régia de 27 de outubro de 1700, criadora da comarca de São Paulo deu-lhe o nome de vila de Paraíba. Mais tarde, passou a denominar-se Jacareí. Não se sabe a origem exata do nome, porém consta dos arquivos da Municipalidade que em tempos idos, existia nas lagoas e no rio Paraíba, grande abundância de jacarés, cuja presença, embora em menor escala, ainda se constatava até há pouco tempo, e, que por ocasião de um convescote, realizado à margem do rio e próximo à lagoa em cuja margem está localizada a Escola Profissional Agrícola, um dos componentes do grupo que ali se divertia, observando um grande bando de jacarés, chama a atenção dos companheiros, e, estes em uníssono manifestaram sua admiração com um prolongado hii... Foi esta simples interjeição que, ligada a jacaré, deu como resultado: Jacareí.
Pela lei nº17, de 3 de abril de 1849 foi elevado a município com a vila de Paraíba (Jacareí). Foram incorporados: Paraibuna, pelo Alvará de 7 de dezembro de 1812; Santa Branca, pela lei nº11, de 20 de fevereiro de 1841; São José dos Campos, data ignorada. Foram desmembrados: São José dos Campos, pela Ordem de 27 de julho de 1767; Paraibuna, Decreto de 10 de julho de 1832; Santa Branca, Lei nº 1, 5 de março de 1856. Atualmente, Jacareí conta de um único distrito de paz, o de Jacareí.
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Devido à existência abundante de Jacarés.
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João da Costa Gomes Leitão
O alferes João da Costa Gomes Leitão nasceu em Braga, Portugal, em 1805. Faleceu na década de 70 do século XIX em Jacareí. No Brasil, instalou-se em Jacareí, destacando-se como negociante, cafeicultor e escravocrata. Formou uma grande fortuna, possuindo várias propriedades rurais, emprestando dinheiro a fazendeiros mediante a hipoteca de terras e escravos e sendo um dos acionistas na construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio. Como testemunho de sua riqueza e poder, construiu uma residência em grande estilo, finalizada em 1857, na qual recebeu várias personagens que freqüentavam a corte imperial. O Solar Gomes Leitão, localizado na Rua XV de Novembro, foi tombado como patrimônio estadual e abriga, desde 1981, o Museu de Antropologia do Vale do Paraíba.
José Maria de Abreu
José Maria de Abreu nasceu em 07 de fevereiro de 1911 na cidade de Jacareí e faleceu em 11 de maio de 1966, no Rio de Janeiro. Filho do maestro Juvenal Roberto de Abreu mudou-se aos oito anos para São Paulo e aos vinte anos para o Rio de Janeiro. Lá se destacou como compositor, fazendo valsas, canções e samba-canções, chegando a gravar mais de trezentas valsas. Compôs, também, fox, sambas, músicas carnavalescas e jingles comerciais. Além de pianista e pintor, exerceu a função de maestro da Companhia de Dercy Gonçalves, no Teatro João Caetano no Rio de Janeiro. Musicou várias peças de revistas para outras companhias, como a Cia. de Revistas de Walter Pinto, com o espetáculo “Muié Macho Sim Sinhô”. Expoente do gênero popular, suas músicas foram gravadas por intérpretes respeitáveis, como Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Gualhardo, Sylvio Caldas, Dick Farney, Elis Regina, Gal Costa, entre outros. Entre várias homenagens a ele prestadas, a Fundação Cultural de Jacarehy o elegeu como patrono desde 1993.
Henrique de Macedo
Henrique de Macedo nasceu em Jacareí em 29 de dezembro de 1880 e faleceu em São Paulo a 21 de setembro de 1944. Intelectual de projeção nos meios literários de São Paulo e do Brasil, atuou como prosador, poeta, jornalista e tradutor de poesias. Também escreveu letras de hinos e músicas, e trabalhos esparsos sobre espiritualismo e esoterismo. Foi membro da Academia de Ciências e Letras, autor dos livros “Pátria brasileira” (prosa), “Paisagens que Passam” (crônicas), “Prosa Nobre” (conferências teosóficas e maçônicas) e “Nova Primavera” (versos).
Coronel Carlos Porto
Carlos Frederico Moreira Porto nasceu em Jacareí em 28 de setembro de 1856. Participou ativamente da política local e regional, chegando a ser eleito deputado estadual em 1897. Foi nomeado tenente da Guarda Nacional em 1881. Em 1893, obteve o título de coronel comandante superior da Guarda Nacional da Comarca de Jacareí pelo Marechal Floriano Peixoto. Dedicou atenção especial à área da Educação, destacando-se na implantação e consolidação do Primeiro Grupo Escolar de Jacareí, que o homenageou dando o seu nome à escola. O 1º Grupo Escolar iniciou suas atividades em 1896 no antigo Solar Gomes Leitão, antes da instalação do Museu de Antropologia do Vale do Paraíba. Em 1980 foi transferido para edifício localizado atrás do Solar.
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Praça Padre Anchieta
Considerado por alguns pesquisadores como o sítio inicial da fundação de Jacareí, local onde acontece tradicionalmente a festa da Padroeira da cidade no dia 08 de dezembro. A igreja Matriz da Imaculada Conceição tem referências datadas do século XVIII, o atual edifício é uma construção de taipa, de meados do século XIX.
Praça Conde Frontin
Denominada anteriormente como Largo do Bom Sucesso e passou a chamar-se Conde de Frontim pó volta de 1915, em homenagem ao Diretor da Central do Brasil. O edifício da igreja do Bonsucesso data do início do século XX.
Museu de Antropologia do Vale do Paraíba - MAV
Construído em 1857 para ser residência de João da Costa Gomes Leitão, passou a abrigar o Grupo Escolar Carlos Porto em 1895. Em 1978 foi tombado como patrimônio histórico pelo Condephaat e passou a ser a sede do Museu de Antropologia do Vale do Paraíba.
Igreja Nossa Senhora dos Remédios
Não existe certeza quanto à data de sua construção. Algumas hipóteses sugerem o século XVIII mas é improvável pois os dados mais antigos são de 1855 e 1856 (livros no. 38 e 40 da freguesia de Jacareí, arquivo do Estado de São Paulo). A igreja passou por um processo de restauro e está tombada pelo CONDEPHAAT. Atualmente a igreja Nossa Senhora dos Remédios pertence ao patrimônio do município.
Estação de Jacareí
A estação de Jacareí foi aberta em 1876 pela E. F. do Norte. Em 1925, foi entregue o prédio atual, demolindo-se o original. A linha ali está abandonada há anos, por causa da não utilização do trecho desde 1993, mas, perto da estação, a linha está limpa como se ainda fosse utilizada. O prédio foi reformado em 2000, e abriga hoje um centro cultural. Em fevereiro de 2004, foram retirados os trilhos da parte urbana da cidade, pela Prefeitura, mesmo contra a ordem da RFFSA e do Ministério Público.
Histórico da linha: Em 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo - Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo da linha da S.P.R. no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em 12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se com a E.F.Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga (1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8/7/1877, com festas.
As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E.F.D.Pedro II passou a se chamar E.F.Central do Brasil, que, em 1890, incorporou a E.F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificá-las. Os trabalhos começaram em 1902 e terminaram somente em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela Refesa.
O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 80, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde os anos 20 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi.
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Parque dos Eucalíptos
O parque, construído na década de 70, possui 28 mil metros quadrados de área e está localizado na região central da cidade. Possuem área para recreação, esportes, playground, lago artificial e área para feiras e eventos. Muito freqüentado por habitantes de todas as idades, proporciona ótimos momentos de relaxamento e diversão à sombra de seus eucaliptos.
Represa do Jaguari
Construída em 1973, no rio Jaguari. Localizada entre Jacareí e São José dos Campos, oferece uma bela paisagem, além de área de pesca e lazer. Muito utilizada para a prática de esportes náuticos.
Hino
"Antonio Afonso, homem eterno
O fundador, o pai e o herói
deste torrão gentil e mui terno
que a grandeza da Pátria constrói!
Berço puro de filhos brilhantes,
tradição de inegável valor,
teu passado foi feito de instantes
de trabalho, de força e de amor!
Morada do Progresso
luto por ti!
Cidade - paz
Jacareí
E bem sei que o futuro não dista
novamente serás
grande Atenas Paulista
És terra e a todos encanta
E ver teu Rio Paraíba altaneiro
é perceber que o vento nos canta
grande ventura em ser brasileiro!
Os teus bairros tranquilos, serenos
tuas praças e teus cidadãos
que são negros, são loiros, morenos
sempre iguais como puro irmãos!
E a tua alma é um sonho brilhante,
pra conduzir teu povo feliz!
És bela flor do vale gigante
bem como orgulho deste país!
Lar de escolas, de fé e de igrejas,
De comércio tão firme e leal!
Lar da indústria, é preciso que sejas
deste vale a incomum capital!"
Letra - Benedito José Mendes e Silva
Música - Messias Santos