Denominações anteriores: São Francisco das Chagas de Itaboaté, Taboaté, Tabaté, Tahubité.
Data da fundação: 20 de janeiro de 1636.
Antiga aldeia de índios Guaianás, conhecida com a denominação de Taboaté. No quadro de desenvolvimento dos municípios do Estado de São Paulo aparecem como originários: São Paulo, São Vicente, Cananéia, Ubatuba, Jundiaí, Sorocaba, Mogi das Cruzes, Iguape, Guaratinguetá e Taubaté. O vocábulo, nas diversas formas em que foi grafado, Taoboathé, Taybaté, Thaubaté, Taubathé, parece originário de Tab – a – etê = Tabaetê, significa taba, o aldeamento principal e legítimo, a residência do chefe.
Em 20 de janeiro de 1636, o Capitão-mor Francisco da Rocha, Governador da Capitania de Itanhaém, provisionou Jacques Félix, morador da vila de São Paulo, para que penetrasse o sertão de Taubaté, aumentando, assim, as terras da Condessa de Vimieiro. Como Jacques Félix houvesse conclamado famílias para o desbravamento do sertão, já em 30 de junho de 1639, Vasco da Mota, que era Capitão-mor da Capitania, concedeu terras de sesmarias aos povoadores e, em 13 de outubro do mesmo ano, recebeu Jacques Félix ordens de informar o Capitão-mor da ocasião em que estariam concluídas as obras da Igreja, Casa da Câmara e Cadeia, a fim de poder aclamar a povoação em vila.
De acordo com provisão de 5 de dezembro de 1645, foi aclamada a vila por antonio Barbosa de águias, Capitão-mor Governador, Ouvidor e alcaide-mor da Capitania da Condessa de Vimieiro, Dona Mariana de Souza e Guerra, com o nome de São Francisco das Chagas de Taubaté, elegendo-se, ainda nesse ano, juizes ordinários e oficiais da Câmara que iniciaram as suas atividades públicas a partir de 1º de janeiro de 1646. Possuindo terras em Tremembé, Jacques Félix lá residiu com sua família durante 12 anos, dedicando-se à lavoura e à caça de índios. Inda no ano de 1646, o mesmo Jacques Félix foi encarregado por Duarte Correa Vasqueanes, Governador do Rio, para penetrar o sertão de Guaratinguetá em busca de mina, o que foi executado incontinenti. Nessa empreitada transpôs a Mantiqueira pela garganta do Embaú, atingindo o planalto do rio Verde. Pos essa penetração pelos sertões das Gerais, outros paulistas seguiram suas pegadas, sendo os principais, os Capitães João do Prado Monteiro, Manuel da Costa Cabral, Sebastião Gil, Padre Miguel Veloso, Cristóvão Rodrigues de la Pena, Coronel Antonio de Faria lbernaz, Domingos Dias, Frei Antonio da Cruz, Padre Ribeiro do Vale, Bartolomeue Antonio da Cunha Gago e outros.
A Lei nº5, de 5 de fevereiro de 1842, elevou a vila de Taubaté a cidade. Como município, instalado a 1º de janeiro de 1646, foi criado com a freguesia de São Francisco das Chagas de Taubaté (Taubaté). Foram incorporados os seguintes distritos: São Luís do Paraitinga (ordem de 2 de maio de 1768); Pindamonhangaba (em fins do século XVII); Caçapava (Nossa Senhora da Ajuda – Alvará de 18 de março de 1813); Buquira (Lei nº40 de 25 de abril de 1857); Redenção (Lei nº3, de 24 de março de 1860); Tremembé (Decreto nº122, de 3 de março de 1891) eQuiririm (lei nº2.087, de 19 de dezembro de 1925). Foram desmembrados: Pindamonhangaba (Carta Régia de 10 de julho de 1705); São Luis do Paraitinga (Portaria de 9 de janeiro de 1773); Caçapava (Lei nº 20, 14 de abril de 1855); Redenção (Lei nº 33, de 8 de maio de 1877); Buquira (Lei nª149, de 26 de abril de 1880) e Tremembé (Lei nº 458, de 26 de novembro de 1896). Consta atualmente de dois distritos de paz: Taubaté e Quiririm, sendo o primeiro composto de 2 subdistritos: 1º Taubaté e 2º Santa Teresinha. Foi considerada sede de Comarca pela lei nº26, de 6 de maio de 1859, abrangendo, atualmente, os municípios de Taubaté, Redenção da Serra e Tremembé (141ª Zona Eleitoral).
Acham-se inscritos no município 18.256 eleitores e sua Câmara Municipal é composta por 19 vereadores.
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Monteiro Lobato
O escritor taubateano José Bento Monteiro Lobato nasceu a 18 de abril de 1882, filho de José Bento Marcondes Lobato e de Olímpia Augusta Monteiro .
Tendo perdido seus pais muito cedo , Monteiro Lobato foi educado por seu avô materno, José Francisco Monteiro (1830-1911) - Barão e Visconde de Tremembé - proprietário da "Chácara do Visconde", local de nascimento do escritor, que acabaria sendo por ele "transformada" ficticiamente no "Sítio do Pica-Pau Amarelo", idealizado pelo autor de "Viagem ao Céu", "Caçadas de Pedrinho", "Gramática da Emília", "Os Serões de Dona Benta" e tantas outras estórias , que encantam adultos e crianças há várias gerações .
Iniciando seus estudos em Taubaté - sua cidade natal - Monteiro Lobato seguiu para São Paulo (1898) onde estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (1900-1904). Logo após diplomar-se bacharel, ingressou no Ministério Público, sendo nomeado Promotor de Justiça da cidade de Areias, onde esteve durante sete anos (1904-1911).
Abandonando a promotoria, Monteiro Lobato tornou-se fazendeiro, ao receber (1911) por herança de seu avô, Visconde de Tremembé, a fazenda "São José do Buquira "(atual município de Monteiro Lobato ) .
Nessa época, teve início a publicação de uma série de contos de sua autoria, pelo jornal "O Estado de São Paulo"; contos que Monteiro Lobato escrevia desde os tempos de faculdade. Um deles, intitulado "Velha Praga", apresentava o personagem "Jeca Tatu"- o protótipo do caipira valeparaibano - que, com uma coletânea de outros textos, integraria a obra "Urupês", seu primeiro livro publicado (1918).
No ano seguinte (1919), sairia "Cidades Mortas", a seguir seria publicado "Negrinha" (1920) e, a partir de "A Onda Verde" (1921), Monteiro Lobato alternaria sua produção literária entre literatura para adultos e literatura infantil. Assim surgiram: "A menina do Narizinho Arrebitado" e "O Saci "(1921), "O Marques de Rabicó" (1922), "Mundo da Lua" e "O Macaco que se fez Homem" (1923), "As Caçadas de Pedrinho" (1924), além de vários outros. A produção literária de Monteiro Lobato consta de 30 obras, sendo 17 delas dedicadas ao pública infantil e as 13 restantes, para o público adulto .
Além das obras de sua própria autoria, Monteiro Lobato também traduziu 85 títulos de literatura estrangeira, como "Alice no País das Maravilhas", do inglês Lewis Carrol; "Robson Crusoe", do inglês Daniel Defoe, "Hobin Hood", de autor desconhecido, além dos Contos de Hans Christian Anderson e dos Irmãos Grimm. Não é sem razão que a efeméride que assinala o "Dia do Livro" (18 de abril ), está diretamente ligada à sua memória .
Por acreditar no futuro do Brasil e nas gerações futuras, Monteiro Lobato - autor da célebre frase "Um País se Faz com Homens e Livros" - fundou várias editoras, uma delas, a Companhia Editora Nacional, publicava exclusivamente livros didáticos; outra, a Editora Brasiliense existe até hoje.
Monteiro Lobato não foi apenas escritor, durante cinco anos (1926-1931) ele esteve nos EUA, como adido comercial; homem de visão, empreendedor, viveu sempre à frente de sua própria época. De volta ao Brasil, entusiasmado com a fase de industrialização norte- americana, escreveu "América" e "Viagem ao Céu" (1932).
O contato que teve com a economia norte-americana, convenceu Monteiro Lobato de que para desenvolver-se plenamente, o Brasil precisava produzir seu próprio ferro e extrair seu próprio petróleo, mas ele considerava que excessiva burocracia governamental, associada a outras dificuldades, eram grandes obstáculos para se alcançar o estágio ideal de desenvolvimento do país. Assim manifestou-se Monteiro Lobato em "O Escândalo do Petróleo e do Ferro" (1936) e "O Poço do Visconde" (1937) .
Uma carta/protesto de sua autoria, denunciando o que ele considerava erros do Conselho Nacional de Petróleo, contendo severas críticas ao governo, foi por ele próprio, endereçada ao Presidente Getúlio Vargas, em plena ditadura do Estado Novo (1937-1945), lhe custou seis meses de prisão (1941). Alguns anos mais tarde, Monteiro Lobato foi viver na Argentina, onde por um breve período (1946/47), mas não se adaptou .
De regresso ao Brasil, fixou sua residência em São Paulo. A 3 de julho de 1948, concedeu para a Rádio Record, aquela que seria sua última entrevista. Dois dias depois, a 5 de julho, Monteiro Lobato morreu, vítima de um ataque cardíaco, sendo sepultado no Cemitério da Consolação, na capital paulista, onde residia .
Dois anos após seu desaparecimento (1950) formou-se em Taubaté, uma "Comissão Organizadora da Semana Monteiro Lobato", sob a iniciativa de um grupo de seletos membros da comunidade intelectual de Taubaté, entre os quais destacavam-se os jornalistas Antônio Mello Júnior, Emílio Amadei Beringhs e Oswaldo Barbosa Guisard, além dos professores Gentil Eugênio de Camargo Leite, Cesídio Ambrogi e José Jerônimo de Sousa Filho.
A referida "Comissão" foi por muitos anos presidida pelo jornalista Oswaldo Barbosa Guisard. O propósito dessa "Comissão "era organizar, anualmente, uma série de eventos culturais que assinalavam cada "Semana Monteiro Lobato", com início sempre a cada 18 de abril (data do nascimento do escritor), estendendo -se até 22 de abril, numa justa homenagem prestada em tributo à memória do taubateano ilustre.
A primeira "Semana Monteiro Lobato" aconteceu em 1952 e, a partir de então, elas vêm se repetindo todos os anos, ininterruptamente. Era a "Comissão" que se encarregava da programação que preenchia cada "Semana": palestra, exposições de arte, peças teatrais, gincanas interescolares, competições esportivas, maratonas literárias, desfiles cívicos, apresentações de grupos folclóricos, feiras culturais e outras .
Naquela época (décadas de 50/60) Taubaté ainda era uma pacata cidade sem muitas alterações a oferecer e, por isso, cada "Semana Monteiro Lobato" era aguardada com expectativa pela população taubateana.
O auge das comemorações era a "Visita" que os organizadores da "Semana" faziam, em caravanas com numerosos convidados, ao Cemitério de Consolação, sempre no dia 18 de abril, ocasião em que eram feitos discursos alusivos à data e ao personagem homenageado, diante do túmulo de Monteiro Lobato .
Atualmente decorridos tantos anos, ainda se realizam as "Semanas Monteiro Lobato", porém, revestidas com outra roupagem; desapareceram primeiros organizadores, os tempos são outros, Taubaté já não é mais a mesma cidadezinha de 30/40 anos atrás, os valores sociais mudaram, e natural que o teor das comemorações a lembrar Monteiro Lobato também tenham se alterado com o passar do tempo .
O importante, é não apenas lembrar Monteiro Lobato, mas incentivar as novas gerações para que conheçam um pouco mais da vida e da obra do grande escritor.
Professor Paulo Camilher Florençano
Nasceu em Taubaté em 18 de abril de 1913. Faleceu em 28 de maio de 1988.
Foi Professor primário e secundário de Desenho e História na Escola Normal do Município de Taubaté.
Foi desenhista-projetista do Departamento de Educação Física e desenhista-chefe da Secção de Propaganda e Educação Sanitária de Departamento de Saúde (São Paulo).
Mais tarde, foi ilustrador do jornal O Correio Paulista, da Capital. Seus desenhos ilustraram livros e revistas culturais da Capital do Estado. Foi colaborador de assuntos de História em diversos jornais paulistanos e cariocas.
Foi descobridor da velha mansão setecentista que mais tarde passou a abrigar o Museu “Casa do Bandeirante”, da qual foi responsável pelo plano de “Ensaio de Recomposição do Ambiente Rural-Doméstico”, de sua época (meados do séc. XVIII); e do Museu “Casa do Grito”, ensaio de recomposição do ambiente de um “Pouso Tropeiro”, que planejou e instalou; conservador do Museu “Casa do Bandeirante”.
Foi diretor da Divisão do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, tendo, nessa função conseguido reatar a publicação da Revista do Arquivo e salvar dois importantes edifícios do passado paulistano, ameaçados de desabamento por imposições urbanísticas: o sobrado que pertenceu à Marquesa de Santos (na rua Roberto Simonsen) e o antigo Mercado Municipal de Santo Amaro.
Ainda na chefia do Arquivo Histórico, propôs a criação do “Centro de Estudos e Bibliotecas Especializadas em Assuntos Bandeirantes”, anexo à “Casa do Bandeirante”, sugerindo que à referida Casa fosse dado o nome do historiador Afonso E. Taunay.
Como museológo, planejou e dirigiu a instalação dos museus “Regional de Ubatuba”; do “Ciclo Sócio-Econômico do Vale do Paraíba”, em Aparecida; “Museu de Artes Plásticas”; “Museu de Arte Sacra, Arquivo e Patrimônio Históricos”, de Taubaté. Planejou os museus “Dona Beja”, em Araxá-MG; de “Arte Brasileira”, em Serra Negra-SP , e a reforma do Museu da Infância “Monteiro Lobato” a fim de torná-lo “Sítio do Pica-Pau-Amarelo”.
Exerceu, desde 1976, com dedicação e proficiência inexcedíveis, o cargo de diretor da Divisão de Museus, Patrimônio e Arquivo Histórico da Prefeitura Municipal de Taubaté, instituição que planejou e organizou dentro dos modernos conceitos do ICON – unidade especializada da UNESCO.
Exerceu, também, a Presidência da Comissão Municipal de Cultura e da Comissão Técnica de Tombamento.
Destacou-se como fotógrafo, recebendo vários prêmios retratando das edificações paulistanas às casas dos antigos caboclos do Vale do Paraíba.
É autor de vários livros publicados e trabalhos jornalísticos.
Cid Moreira
O jornalista tem 77 anos e nasceu em Taubaté, São Paulo. Está casado há 17 anos com a gaúcha Ulhiana, que conheceu ao procurar um tratamento para o cabelo. Ela possuía uma clínica de estética especializada no assunto no Rio. Dos 35 anos de JN comemorados em 2004, Cid Moreira ocupou a bancada por 27 anos, tendo apresentado a primeira edição ao lado de Hilton Gomes.
Antes, ele apresentava noticiários em emissoras de rádio do RJ.
Atualmente, no Fantástico, narra reportagens e quadros do programa. Mantém dois estúdios no Rio: um em sua casa, onde grava textos jornalísticos e outro, mais profissional, para trabalhos mais elaborados.
Cid Moreira está lançando os primeiros seis CDs com trechos da Bíblia sagrada. São quatro CDs com parte do Antigo Testamento e dois com o Novo Testamento, sempre seguindo a ordem em que o texto bíblico aparece na Bíblia. A trilha sonora foi especialmente composta para o texto bíblico. Além de fazer a narração, Cid Moreira assina a direção do projeto, que tem diálogos também gravados, entre outros, pelo irmão, Célio Moreira.
O projeto prevê a gravação completa da Bíblia, o que vai consumir seis anos de trabalho em mais de 90 CDs. É sem fins lucrativos e está sendo produzido em conjunto com a Sociedade Bíblica do Brasil.
Cid Moreira conta que o seu envolvimento mais profundo com a Bíblia, há dois anos, o tornou uma pessoa com muita fé e mais emotiva. Hoje, diariamente faz orações.
Hebe Camargo
Hebe Camargo nasceu no dia 08 de março de 1929, em Taubaté, São Paulo. Filha de Ester e Fego Camargo, que era violinista do Cinema Politeama em Taubaté na época dos filmes mudos, Hebe teve uma infância humilde, principalmente depois da chegada do cinema falado, quando seu pai perdeu o emprego.
Em 1943, a família Camargo se mudou para São Paulo e Fego passou a integrar a orquestra da Rádio Difusora. No ano seguinte, Hebe começou a se apresentar em programas de calouros das rádios paulistanas, fazendo imitação de Carmen Miranda.
Depois de ganhar vários prêmios como caloura, Hebe formou o Quarteto Dó-Ré-Mi-Fá, junto com a irmã Stela e as primas Helena e Maria. Cantando músicas do grupo feminino americano Andrews Sisters, o quarteto foi contratado pela Rádio Tupi. Encerraram atividades três anos depois, quando uma das primas se casou. Logo em seguida, Hebe e a irmã Stela formaram a dupla sertaneja Rosalinda e Florisbela, que teve vida curta.
Hebe, então, decidiu iniciar carreira solo, interpretando as seguintes músicas: "Moreno Lindo" e "Dora Dora". Seu primeiro disco, em 78 rotações, foi gravado pela Odeon. Nele havia as músicas "Oh! José" e "Quem foi que disse?".
A artista lançou outros discos, passou a ser conhecida como Estrelinha do Samba e posteriormente como A Estrela de São Paulo. Já consagrada, prestou homenagem a Carmen Miranda, gravando um pout-pourri com os maiores sucessos da pequena notável.
Ainda como cantora, Hebe atuou em alguns filmes do comediante Mazzaropi e até contracenou com Agnaldo Rayol num deles. Como atriz, participou do filme "Quase no Céu", de Oduvaldo Vianna, lançado em maio de 1949.
Hebe participou ainda da última edição do Festival de Música Popular, defendendo a música "Volta Amanhã".
Com o passar do tempo, a carreira de cantora deu lugar à de apresentadora. Hebe, inicialmente substituiu Ary Barroso num famoso programa de calouros. Mas o programa que a destacou como apresentadora foi "O Mundo é das Mulheres", exibido no então canal 5 e que contava com a produção de Walter Forster.
Em 14 de julho de 1964, Hebe se casou com o empresário Décio Capuano e interrompeu a carreira artística. No dia 20 de setembro de 1965, nasceu o primeiro e único filho da artista, Marcello Camargo. Logo ela retomou a carreira, com um programa na rádio Excelsior.
No dia 6 de abril de 1966, Hebe estreou na TV Record (Canal 7) o Programa Hebe, que teve como convidado Roberto Carlos. A atração bateu recordes de audiência, chegando a obter 70% dos telespectadores.
A fase só não era melhor porque Hebe não conseguia aliar a carreira com o casamento. Em 1971, terminou sua união com o empresário Décio Capuano. Em 1973, conheceu Lélio Ravagnani, com quem viveu até 2000, ano em que Lélio faleceu.
Após uma pausa de quase 10 anos, Hebe retornou à televisão em 1981. Seu programa era exibido nas noites de domingo e posteriormente às sextas-feiras, na TV Bandeirantes. Depois de quatro anos de sucesso, a direção da emissora resolveu inexplicavelmente acabar com a atração.
Em 1985, quando ainda estava na Bandeirantes, recebeu convite do SBT e em novembro do mesmo ano assinou contrato. Sua estréia aconteceu dia 4 de março de 1986.
Desde a estréia no SBT, Hebe apresentou: o Programa Hebe, no estilo show, no ar nas noites de segunda-feira, e o "Hebe Por Elas", programa de entrevistas só com mulheres apresentado às terças-feiras. Ela chegou a ter, por curto período, um programa nas tardes de domingo. Hoje o Programa Hebe vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 22h20, no qual a apresentadora conversa com artistas e personalidades sempre de forma descontraída, mostrando toda sua irreverência e experiência, num estilo inconfundível. Aurora Prado dirigiu o programa até abril de 2002, mês em que a diretora Simone Lopes assumiu a atração.
No rádio, Hebe apresenta atualmente o programa "Hebe & Você", pela Nativa FM, de segunda à sexta, das 11h às 12h. Ela recebe convidados especiais, responde perguntas dos ouvintes, fala sobre sua vida, emite opinião sobre fatos relevantes que marcaram a semana e dá dicas de beleza e saúde, entre outros temas.
A carreira de cantora foi retomada em 1999. Hebe gravou o cd "Pra Você", pela Universal-Polygram, com produção de Zé Milton. O show de lançamento, realizado no Palace, alcançou enorme repercussão e originou uma turnê pelas principais capitais do país.
Em agosto de 2001, Hebe lançou "Como é grande o meu amor por você - Hebe e convidados". O CD tem participações especiais de Chico Buarque, Caetano Veloso, Zezé di Camargo e Luciano, Simone, Nana Caymmi, Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo e Fábio Júnior.
Entre os vários prêmios que a apresentadora recebeu ao longo da carreira, o que mais a deixou emocionada foi ter sido escolhida pelos paulistanos, numa pesquisa realizada 1990, A cara de São Paulo. Em 1994, Hebe recebeu da Câmara Municipal o título de Cidadã Paulistana.
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Museu Histórico “Professor Paulo Camilher Florençano”
Em 1975 foi criada a Divisão de Museus, Patrimônio e Arquivo Histórico de Taubaté, unidade vinculada ao então Departamento de Educação e Cultura e Esportes do Município, que consiste na reunião administrativa de todos os Museus Municipais. Quando de sua criação, a unidade funcionava no antigo Colégio Bom Conselho, hoje, sede da Prefeitura Municipal; mais tarde funcionou no Solar Oliveira Costa. Somente em 1988 foi transferida para onde hoje está. (Rua Thomé Portes Del Rey, 915), em um casarão que foi construído para abrigá-la e que remonta a uma arquitetura da época cafeeira.
Catedral de São Francisco das Chagas de Taubaté
A Catedral de Taubaté originou-se da primeira igreja de taipa-de-pilão erguida por Jacques Félix em 1645. Antes da reforma ocorrida em 1942 apresentava homogêneo conjunto do barroco paulista, destacando-se entre as obras de taipa, o imponente altar-mór (único preservado). Possui ainda algumas imagens datando do século XVIII.
Convento de Santa Clara
Fundado em 1673 por frades franciscanos, está situado em ponto elevado de onde se descortina bonito panorama da cidade. Da arquitetura original conserva a interessante torre sineira.
Estação de Taubaté
A estação de Taubaté foi aberta em 1876 pela E. F. do Norte como estação terminal da linha. Entre 1876 e 1877, quando a ferrovia finalmente chegou a Cachoeira, onde se juntava com a E. F. Dom Pedro II, da estação de Taubaté saía um serviço de diligências que levava os passageiros para tomar o trem em Cahoeira e seguir para o Rio de Janeiro.
Durante alguns anos, no princípio do século 20, a estação fez a baldeação que antes era feita em Cachoeira, para mudança de bitola, pois a ampliação da bitola do trecho da antiga E. F. do Norte foi feita no sentido Cachoeira-São Paulo. Aí ocorreu um caso estranho que acabou por alguns sendo considerado como a causa da morte do Conde do Pinhal (Antonio Carlos de Arruda Botelho), dono da fazenda do Pinhal, em São Carlos e fundador da Cia. Rio-Clarense, que construiu o trecho entre Rio Claro e Araraquara, em 1885, depois vendido à Cia. Paulista em 1892.
Hoje a estação ainda é utilizada pela MRS. "Os jornais daqui da região publicaram uma matéria dizendo que as negociações entre a prefeitura e a RFFSA para a compra da estação estavam praticamente concluídas e, como o prédio fica ao lado da rodoviária de ônibus urbanos, estavam estudando um projeto de transformar a estação num terminal de vans e mototaxi autorizados para fazerem o transporte alternativo. Atualmente um dos problemas enfrentados pela cidade é a escolha de um local para concentrar este sistema e, devido à sua localização, a estação é uma forte candidata.
Realmente o prédio está bem deteriorado, a MRS utiliza parte dele para o controle do movimento, bem como todo o restante do complexo. O armazém é utilizado para descarregar vagões de cimento e um outro galpão, conhecido como cadeião, foi adaptado pela MRS para funcionar o escritório do engenheiro responsável pelo trecho. Sendo assim a estação tem um certo movimento de funcionários o dia todo e é bem vigiada pela segurança da empresa, o que impede que vândalos de plantão a destruam, por isso a revitalização do prédio está relativamente fácil, só depende de boa vontade por parte dos responsáveis" (Marco Giffoni, 08/2005).
Histórico da Linha:Em 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo da linha da S.P.R. no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em 12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se com a E.F.Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga (1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8/7/1877, com festas.
As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E.F.D.Pedro II passou a se chamar E.F.Central do Brasil, que, em 1890, incorporou a E.F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificá-las. Os trabalhos começaram em 1902 e terminaram somente em 1908.
Em 1957 a Central foi incorporada pela Refesa. O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 80, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde os anos 20 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi.
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Sítio do Pica-Pau Amarelo
Casa-sede do Avô - Barão José Francisco Monteiro, depois Visconde de Tremembé, onde em 1882 nasceu José Bento Monteiro Lobato. Hoje Museu Histórico e Pedagógico, com biblioteca e toda a literatura infantil do autor, exposição iconográfica da vida e obras, salas de exposições de artistas plásticos e populares regionais. O Sítio do Pica-Pau Amarelo representa o ambiente do Brasil Rural com uma área verde para o lazer de 20.000 m². Personagens da literatura infantil de Lobato em suas representações teatrais divertem as crianças e adultos no palco e na área verde do Sítio.
Parque Municipal do Vale Itaim
É o mais novo atrativo turístico de Taubaté. Conta com 1.7000.00 m² de área verde onde podem ser encontradas espécies típicas de fauna brasileira com ipê e o pau-brasil. Abriga atrações alusivas à cultura regional, tais como Monteiro Lobato, pescaria esportiva, tropeirismo e ainda mirante, espaço ecológico, passeio de Maria Fumaça, área de artesanato regional, pista de skate e área para pic-nic.
Museu de História Natural
Inaugurado em 02 de julho de 2004 pela Prefeitura Municipal de Taubaté, e administrado pela Fundação de Apoio à Ciência e Natureza (FUNAT), o Museu tem em seu acervo milhares de peças, desde grandes dinossauros, extintos há cerca de 65 milhões de anos, até pequeninos insetos. Ali é possível compreender a história da vida do planeta Terra, através das era e períodos geológicos, bem como a evolução dos animais e do homem, através de uma visão científica e simples. O Museu da História Natura conta ainda com auditório para 100 pessoas e dois dioramas, com fauna e flora que se integram em paisagens da Mata Atlântica e do Vale do Paraíba.
Mercato Della Colônia Agrícola de Quiririm
Galpão criado para divulgar a comida típica italiana, onde diversas famílias provenientes de imigrantes possuem 26 quiosques com especialidades, o que vem desempenhando importante papel na economia e geração de renda e empregos no Distrito de Quiririm, além de contribuir para a freqüência de turistas na região.
Teatro Metrópole
Inaugurado em 21 de junho de 1921 em diversos Estilos Arquitetônicos do Ecletismo - Art Noveau e Neoclassicismo como Cine Teatro Polytheama e reinaugurado em 1939 como Cine Metrópole. O imóvel considerado como documento arquitetônico da memória da cidade passou a integrar o Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do município pelo Decreto Lei nº 5.502 de junho de 1986. Muitas reformas ocorreram durante o período e em 1999 o município adquiriu o imóvel resgatando a memória de sua edificação, adequando as mais modernas técnicas de uso e segurança para o público. Palco, som, iluminação foram remodelados, a conservação de sua arquitetura tradicional mantida e a pintura salmão características do moderno. Hoje a casa de espetáculos tem capacidade para 565 lugares e é elogiada por diretores e artistas.
Alto do Cristo Redentor
Construída em 1956 a bela e imponente estátua do Cristo Redentor com 23 m de altura incluindo o pedestal, onde está a capela dedicada à N. Sra. da Paz. Além da vista panorâmica da cidade, descortina-se parte do Vale do Paraíba, tendo ao fundo a Serra da Mantiqueira.
Hino
"Taubaté das Bandeiras - que ousaram
desbravar ínvias selvas, com glória.
Taubaté, cujos filhos não param,
sempre em marcha nas asas da História.
Taubaté das Moções, na erradia
epopéia por rios e lapas,
qual titã a fazer Geografia,
implantando fronteiras nos mapas!
A louvar-te, com ânsia,
tanjam todos os sinos...
Vens de longa distância,
vais a altos destinos.
Quando outrora o café, soberano,
todo em ouro, qual Midas, floria
alto nível o clã taubateano,
de riqueza, se alteando, atingia.
E tal é o poder, que então goza
(decantado, na época, em aulo)
que a cidade chegou poderoza,
a se sombrear com a própria São Paulo!
A louvar-te, com ânsia,
tanjam todos os sinos...
Vens de longa distância,
vais a altos destinos.
E hoje, rica e industrial, o explendor
a ostentar de moderna cidade,
tens no ensino tal vulto e labor
que és, inteira, uma só faculdade!
Mas, sem tí o progresso se espalma
e em concreto te elevas, heril,
és a mesma cidade com alma
que nasceu no alvorar do Brasil!"
Letra - Péricles Nogueira Santos.
Música - José Bráulio de Souza