Denominações anteriores: S. Carlos do Pinhal.
Fundadores: Jesuíno de arruda e sua esposa, Antônio Carlos de Arruda Botelho (Conde do Pinhal) e outros.
Data da fundação: Ano de 1857
A origem da cidade e município de São Carlos, primeiramente denominado São Carlos do Pinhal, prende-se, inegavelmente, ao desbravamento dos ‘sertões de Araraquara”, resultado direto da determinação do Capitão-general Rodrigo César de Menezes de abrir um caminho para Cuiabá, seguindo tanto quanto possível a margem direita do Rio Tietê. Esse feito, de que se desincumbiu o bravo Luiz Pedroso de Barros, o Moço, teve lugar por volta de 1720.
Em 1726 a estrada que visava as minas de ouro descobertas por Moreira Cabral, em Mato Grosso, já estava concluída. Partira de Itu, atravessara o Rio Piracicaba e acompanhava as margens direita do Tietê, atravessando terras onde mais tarde seria aberta a Sesmaria do Pinhal e fundada São Carlos. Basta dizer que, já estabelecido o núcleo urbano, anos depois, esse caminho foi utilizado para o transporte de tropas para o Paraguai, por ocasião de guerra contra Solano Lopez. Diz-se que a região onde hoje existe a estação de Conde do Pinhal era habitada, em priscas eras, por selvagens, provavelmente membros da Confederação dos Guaianases, que ali teriam plantado números pinheiros de que ainda restam exemplares. Coube a Manoel Marins dos Santos Rego requerer uma sesmaria nesse local, acabando por vende-la ao Capitão Carlos Bartolomeu de Arruda, em 1786, por Rs. 30$960. era a futura Sesmaria do Pinhal. A região foi sendo, assim, pouco a pouco habitada.
Acredita-se que por volta de 1790 já aqui habitava Pedro José Neto, foragido da Justiça em Itu (onde fora condenado por crime político) e mais tarde indultado, que fundou várias povoações, inclusive Araraquara (1817). Somente em 1831 foi realmente demarcada a sesmaria do Pinhal, atendendo a um requerimento de Carlos José Botelho.
Nesse tempo, conta-se, já residia aqui um tal Gregório, cujo nome seria perpetuado no córrego que atravessa a cidade...Anos depois surgia o primeiro cafezal e com ele algumas famílias de mineiros para cá se transferiam, atraídas pela fertilidade das terras e amenidade do clima. Cultivava-se muito, então, a cana-de-açúcar.
Em 1856 Jesuíno de Arruda adquiriu a Fazenda Melo, onde passou a residir, e partes da sesmaria do Pinhal, estas por compras feitas a herdeiros de Carlos José Botelho. Coube a esse cidadão, Jesuíno José Soares de Arruda, e sua esposa Maria Gertrudes de Arruda, dirigir, a 23 de outro de 1856, uma petição ao Bispo de São Paulo, para “erigir uma capela com a invocação de São Carlos” para cujo fim fizeram doação do patrimônio e iniciaram a obra. Alegando que lhes era muito “difícil a recepção do s. sacramento da Igreja em razão da distância” em que residiam, pediram, ainda, autorização “para benzerem em Cemitério na mencionada Capela”.
A resposta à referida petição veio a 9 de fevereiro de 1857, assinada por D. Antônio Joaquim de Melo, Bispo de São Paulo, e endereçada a Jesuíno de Arruda e sua consorte, concedendo-lhes “faculdades para que possam erigir e edificar uma Capela com a invocação de São Carlos, contando que seja um lugar decente e desviado quanto possa ser de lugares imundos e sórdidos” etc. Data essa provisão episcopal de 4 de fevereiro de 1857, tendo sido registrada no livro competente a 9 do mesmo mês e ano. Já por essa época a Capela estava pronta a 21 de abril de 1857 a Câmara Municipal de Araraquara , presidia pelo futuro Conde do Pinhal, tomando conhecimento dessa provisão episcopal, ordenou o alinhamento para construção do cemitério. A 5 de outubro de 1857, efetuava-se a bênção da Capela e a 27 de dezembro do mesmo ano era celebrada a primeira missa, pelo Padre Joaquim Cipriano de Camargo, vigário de Araraquara.
Algumas autoridades da nova povoação já haviam sido nomeadas: subdelegado de polícia, José Inácio de Camargo Penteado; juiz de paz (eleito), Paulino Carlos de Arruda Botelho. Em 1858 cria-se uma escola primária para o sexo masculino. A 6 de julho de 1857 é criado o Distrito de Paz, “mediante pedido retirado da câmara de Araraquara, sob a presidência e proposta do Cel. Antônio Carlos de arruda Botelho, mais tarde Conde do Pinhal”. Esse fato trouxe para São Carlos numerosas famílias, que se dedicaram principalmente à lavoura, tais como as famílias de José Inácio de Camargo Penteado, Bento Carlos de Arruda Botelho, Cel. José A. De Oliveira Sales, Joaquim José de Abreu Sampaio e tantas outras. A 24 de abril de 1858 é o distrito elevado à freguesia. A elevação a vila foi feita em conseqüência de Lei de 18 de março de 1865, aprovada pela Assembléia Provincial, sendo a 14 de setembro desse ano, na casa de residência do Tem-cel. Antônio Carlos de Arruda Botelho, empossada a primeira Câmara Municipal, constituída pelos Srs. Joaquim Roberto R. freire, Elias de Camargo Penteado, José Eufrazino da silva, João Baptista de Siqueira Serra, José da Silva Franco e Victor Augusto de oliveira. A vila de São Carlos teve sua área consideravelmente aumentada a partir de 27 de julho de 1867, quando a Sra. D. Alexandrina Melchiades Alkimim doou à Câmara Municipal 500 braças com 300 de largo, na sesmaria do Monjolinho. Em 1876 foi fundado o primeiro jornal, denominado “A Tribuna de São Carlos”, de propriedade do Sr. Ernesto Luiz Gonçalves. Por Lei de 21 de abril de 1880 S. Carlos foi elevado à categoria de cidade, e por Lei de 27 do mesmo ano foi criada a Comarca, instalada em 1882, tendo sido nomeada juiz o Sr. Joaquim Inácio de Moraes.
A via férrea beneficiou são Carlos a partir de 15 de outubro de 1884, quando foi inaugurada a estrada de ferro ligando Rio Claro a São Carlos, empreendimento do Conde do Pinhal. Dois anos depois, isto é, a 5 de novembro de 1886, a cidade se engalanava para receber a honrosa visita do Imperador D. Pedro II e ilustre comitiva.
Os primeiros melhoramentos urbanos começaram a ser introduzidos: telefone e canalização da água da Biquinha (1889), iluminação pública e particular a eletricidade, abastecimento de água potável e rede de esgoto (1890), etc.; em 1893 é fundada a vila de Ibaté (hoje Município) e em 1894 a C.P.E.F. inaugura o ramal ferroviário para Ribeirão Bonito. Era tal o progresso da cidade, que já então se apresentava como grande centro cafeeiro (o terceiro do estado), que em 1895 o Cel. Leopoldo Prado inaugurou uma linha de bondes a tração animal, aliás de duração efêmera, em parte como resultado da epidemia de febre amarela que castigou São Carlos de 1895 a 1898. pela Lei estadual n.° 1 158, de 26 de dezembro de 1908, a denominação da cidade de São Carlos do Pinhal passou a ser apenas São Carlos. Nesse mesmo ano foi criado o Bispado, entregue a D. José Marcondes Homem de Melo. Por essa época tinha início o parque industrial, com a instalação das primeiras cuja pedra fundamental foi lançada em 1911. Nessa mesma época é fundada a Escola Normal (hoje instituto de Educação) que transformou São Carlos num centro estudantil de grande importância regional.
A 27 de dezembro de 1914 são inauguradas as linhas de bondes elétricos, melhoramento de que poucas cidades brasileiras eram dotadas, na época. Era tal o progresso de São Carlos como o município cafeeiro, que a C.P.E.F. não teve dúvidas de prolongar a bitola larga até aqui, o que aconteceu em 1916.
Em 1920 a cidade recebeu a visita do Rei Alberto, Rainha Elisabeth e príncipe Leopoldo, da Bélgica. Coma a crise cafeeira 1929-1930 a economia do município sofreu um natural abalo, firmando-se, porém, com absoluto êxito no setor Industrial. Grandes e poderosas indústrias, como fábricas de adubos e cola, tecidos, lápis, etc. garanto]iram o progresso de são Carlos, cujo centro urbano passou, com o tempo, a ter maior população do que a zona rural. Por outro lado, procurou-se através da divisão de grandes propriedades agrícolas e de incremento da policultura (algodão, cereais, laranja, tomate, etc) e da pecuária, ampliar o poderio econômico do Município.
O desenvolvimento cultural da cidade recebeu o poderoso estimulo a ser aprovado pela Assembléia Legislativa do estado, em 1947, o Projeto-lei n.° 10, criando a Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, cujo funcionamento teve início em 1953. Em 1950 foi criado o Distrito de Paz de Água Vermelha e em 1955 o Distrito de Ibaté passou a ser Município.
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Em homenagem a S. Carlos Borromeu, e por ser Carlos nome predominante na família Botelho, à qual pertencia um dos fundadores.
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Euclides da Cunha
Engenheiro, escritor e ensaísta brasileiro, nasceu em 2 de janeiro de 1866 na Fazenda da Saudade, em Cantagalo, RJ.
Órfão de mãe desde os três anos de idade, foi educado pelas tias. Concluiu os estudos preliminares em sua cidade natal, ingressou na escola superior de guerra na praia vermelha, no Rio de Janeiro, as suas convicções Republicanas levaram-no a indisciplinas ante o ministério de guerra, o que lhe provocou a interrupção do curso prosseguindo-o com a implantação desse regime, no qual participou involuntariamente e heroicamente. Em 1892 era laureado engenheiro militar. Tomou parte ainda em 1893 na revolta da armada. O seu protesto pela imprensa contra as intenções de massacres aos presos políticos, motivou injustamente a desconfiança dos chefes militares, contribuindo esta atitude para o seu pedido de demissão do exército.
Quando surgiu a insurreição de Canudos, em 1897, Euclides escreveu dois artigos pioneiros intitulados "A nossa Vendéia", mas não ficou até a derrubada de Canudos.
Transferindo-se para São Paulo, dedicou-se as construções de obras públicas em Descalvado, São Carlos, São José do Rio Pardo, aonde construiu a ponte, morando numa cela ribeirinha, S. Paulo para presenciar o final do conflito.
Conseguiu reunir material para, durante cinco anos, elaborar Os Sertões: campanha de Canudos (1902), sua obra-prima.
A publicação de “Os sertões” é um marco na vida mental do Brasil. Livro único, sem igual em outras literaturas, misturando o ensaio, a história, as ciências naturais, a epopéia, o lirismo, o drama, mostra a definitiva conquista da consciência de brasilidade pela vida intelectual do país. A importância literária e científica dessa obra, reconhecida, logo de início, pela crítica autorizada de José Veríssimo e Araripe Júnior, e confirmada pelas sucessivas apreciações posteriores, explica o segundo plano em que ficaram as demais obras de Euclides da Cunha.
Entre suas obras, além de Os Sertões (1902), destaca-se Contrastes e confrontos (1907), Peru versus Bolívia (1907), À margem da história (1909), a conferência Castro Alves e seu tempo (1907), proferida no Centro Acadêmico XI de Agosto (Faculdade de Direito), de São Paulo, e as obras póstumas Canudos: diário de uma expedição (1939) e Caderneta de campo (1975).
Conde do Pinhal
O Tenente-Coronel Antonio Carlos de Arruda Botelho, o Conde do Pinhal, levou a cabo o sonho de seu pai, Carlos José de Arruda Botelho, de fundar uma vila em suas terras. A 4 de novembro de 1857 fundou São Carlos do Pinhal (hoje São Carlos) em companhia do lavrador Jesuíno José Soares de Arruda.
Nascido em 23 de agosto de 1827 em Piracicaba, Antonio Carlos passou a infância e juventude em Araraquara.
Após se esforçar em prol da demarcação das terras da Sesmaria do Pinhal, adquirida por seu pai junto à Coroa portuguesa, e ali fundar São Carlos, Antonio Carlos tornou-se um importante líder da sociedade paulista durante o Segundo Império. Foi presidente da Câmara de Vereadores de Araraquara, chefe do Partido Liberal na região e na província, deputado e presidente da Assembléia Provincial, deputado geral e membro da lista tríplice de senador. Prestou, ainda, serviços ao Brasil na Guerra do Paraguai, cuidando da formação de corpos de voluntários e do abastecimento das tropas.
Antonio Carlos era também empresário, nos ramos de Transportes, Agricultura, Sistema Financeiro e Exportação. Graças a seus esforços São Carlos do Pinhal foi a primeira cidade da América do Sul a ter luz elétrica por arco voltaico.
A 31 de dezembro de 1887 Antonio Carlos conseguiu que todos os escravos de São Carlos do Pinhal obtivessem alforria, o que na prática significou antecipação à Lei Áurea.
Por seus méritos, recebeu os títulos de nobreza do Império de Barão, Visconde e Conde do Pinhal.
Ronald Golias
Paulista, natural de São Carlos, nasceu no dia 4 de maio de 1929. Casado com Lúcia Golias (63), o comediante teve somente uma filha: Paula (38).
Antes de iniciar sua carreira artística, foi alfaiate, funileiro e participou do grupo de acrobacias aquáticas Acqualoucos. Na história da TV, foi um dos mais conceituados e famosos comediantes brasileiros.
A carreira de Golias foi muito extensa, com mais de cinqüenta anos de televisão, e dez filmes. Trabalhou nas quatro principais emissoras de TV do Brasil: Rede Globo, no programa Superbronco, com Liza Vieira; Rede Record na Família Trapo; Rede Bandeirantes, no programa "Bronco"; e no SBT, em A Praça é Nossa, SBT Palace Hotel, Escolinha do Golias e Meu Cunhado. Na emissora atuou também em especiais ao lado de Maria Tereza e Hebe Camargo. Na Rede Globo, em 2000, ao lado de Renato Aragão viveu um funcionário de hotel no especial humorístico sobre os 50 anos da televisão brasileira.
Faleceu em setembro de 2005, vítima de infecção generalizada proveniente de infecção pulmonar, no Hospital São Luís na capital paulista, onde se encontrava internado.
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Casa Euclides da Cunha
Construída no século XIX, em 1901 a casa abrigou o escritor e engenheiro Euclides da Cunha, que na ocasião supervisionava a obra do Edifício Paulino Carlos. Em novembro de 2003, a casa seria demolida para a construção de um estacionamento, mas um acordo entre o proprietário e os artistas plásticos Antônio Alfonso Luciano e Maria Eunice Luciano conseguiu preservar este importante patrimônio.
Edifício Euclides da Cunha
Atual Câmara Municipal, o edifício foi inaugurado em 1900 para abrigar o Fórum e a Cadeia Pública. Em estilo eclético francês é um dos poucos exemplares dessa arquitetura em São Carlos, projetado pelo arquiteto Victor Dubugras.
Catedral de São Carlos
Está localizada no local onde foi erguida a primeira igreja, em torno da qual a cidade teve origem. O primeiro prédio, em madeira, foi reconstruído em alvenaria e inaugurado em 1886. Em 1908, a igreja transformou-se em Sé Episcopal e ganhou nova reforma em 1918. A construção da atual Catedral teve início em 9 de Julho de 1949. Sua cúpula, com 70 metros de altura, é uma réplica da Basílica de São Pedro de Roma, Itália. A planta e maquete da Catedral foram elaboradas pelo professor Ernfried Frick. Este belo monumento está localizado na região central da cidade.
Igreja Nossa Senhora Aparecida da Babilônia
Pequena igreja rural que guarda a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que foi encontrada, segundo conta a tradição local, sob uma árvore após um incêndio destruidor. Para lá se dirigem romarias e procissões vindas de São Carlos e região, especialmente no dia 15 de agosto, feriado municipal em homenagem à Santa Padroeira, e também no dia 25 de julho, Dia de São Cristóvão, santo protetor dos motoristas.
Estação de São Carlos
Foi uma das estações que inaugurou a linha da Rio-Clarense, em 1884. Com a compra dessa ferrovia pelos ingleses em 1889, ficou determinado que dali sairiam dois ramais, um em direção a Água Vermelha, ao norte, e outro, em direção a Ribeirão Bonito, a oeste. Estes ramais foram completados e entregues já pela Paulista, que comprou a linha em 1892. Eles foram abertos em 1893 e 1895, respectivamente, mas foram desativados entre 1965 e 1969. A Rioclarense foi criada e operada de 1882 a 1889, quando foi vendida, pela família Arruda Botelho, donos da Fazenda do Pinhal, a mesma fazenda que originou em 1857 a cidade de São Carlos. Por volta de 1912, o velho prédio da Rioclarense foi para o chão e em seu lugar foi construído o atual, imponente, uma das maiores estações da Paulista. Em 1916, chegou a bitola larga de 1,60m, que conviveu, até 1922, com uma linha paralela a ela, métrica, última herança da Rioclarense. O prédio está em razoável estado de conservação. O último trem de passageiros passou por ali em 16/03/2001, vindo de São José do Rio Preto.
Historico da Linha: A linha-tronco da Cia. Paulista foi aberta com seu primeiro trecho, Jundiaí-Campinas, em 1872. A partir daí, foi prolongada até Rio Claro, em 1876, e depois continuou com a aquisição da E. F. Rio-Clarense, em 1892. Prosseguiu por sua linha, depois de expandi-la para bitola larga, até São Carlos (1922) e Rincão (1928). Com a compra da seção leste da São Paulo-Goiaz (1927), expandiu a bitola larga por suas linhas, atravessando o rio Mogi-Guaçu até Passagem, e cruzando-o de volta até Bebedouro (1929), chegando finalmente a Colômbia, no rio Grande (1930), onde estacionou. Em 1971, a FEPASA passou a controlar a linha. Trens de passageiros trafegaram pela linha até março de 2001, nos últimos anos apenas no trecho Campinas-Araraquara.
Escola Álvaro Guião
A antiga Escola Normal de São Carlos é um dos principais edifícios antigos da cidade. Foi inaugurada em 1916 e é patrimônio histórico estadual tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo).
Edifício Eugênio Franco
Concluído em 1909, este prédio abrigou inicialmente a Escola Normal de São Carlos até que o Instituto Álvaro Guião fosse finalizado. Em estilo eclético, hoje funciona no local uma escola de ensino médio. A construção está em processo de tombamento pelo CONDEPHAAT.
Edifício Paulino Carlos
Foi o primeiro grupo Escolar Público de São Carlos. Sua construção teve início em 1901 e foi concluída em 1905, sob a supervisão do engenheiro e escritor Euclides da Cunha. Junto ao Edifício da Câmara Municipal, compõe o conjunto arquitetônico da praça Coronel Salles. Atualmente está em processo de tombamento pelo CONDEPHAAT.
Palacete Visconde Cunha Bueno
O Visconde Cunha Bueno foi um político importante na região e grande produtor de café. Proprietário da Fazenda Santa Eudóxia, construiu o primeiro palacete urbano na cidade, que hospedou o Imperador D.Pedro II em 1886. Hoje abriga a Sociedade São Vicente de Paula.
Palacete Bento Carlos
Irmão do Conde do Pinhal, Bento Carlos construiu no final do século XIX, um luxuoso palacete. O local está sendo restaurado para abrigar o Instituto Arruda Botelho.
Palacete Conde do Pinhal
Atual sede da Prefeitura, o prédio foi construído em 1893 para ser a residência urbana do Conde do Pinhal, um dos políticos mais influentes na região e um dos fundadores da cidade. O projeto e construção em estilo eclético são de autoria do construtor Pietro David Cassinelli, autor de obras importantes na cidade, como o Palacete Bento Carlos, o Teatro São José e a sede da Fazenda Santa Maria. É tombado pelo CONDEPHAAT e foi restaurado em 1998.
Praça dos Voluntários
Localizada na região central, a Praça dos Voluntários é um marco em homenagem aos são-carlenses que combateram por São Paulo na Revolução de 1932. O local também homenageia, com um busto, Germano Fehr, considerado o propulsor da industrialização são-carlense.
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Bonde
Fabricado na Bélgica, o Bonde circulou pelas ruas de São Carlos entre 1914 e 1962. Foi um marco na história da cidade e recebeu uma homenagem da Caixa Econômica Federal, tendo sua foto impressa em um bilhete de loteria no dia 22 de março de 1975.
Locomotiva Praça Brasil
Fabricada na Filadélfia em 1891 pela Baldwin Locomotive Works, é uma locomotiva a vapor com iluminação a gasômetro. Puxava as composições de trens da Companhia Paulista de estradas de Ferro, que depois foram substituídas pelas locomotivas elétricas.
Centro Integrado de Turismo – CIT
O casarão onde está instalado o CIT foi construído no final do século XIX por Sebastião de Abreu Sampaio, descendente da família do Conde do Pinhal. No ano de 1910, a casa foi comprada por Eugênio Franco de Camargo, casado com Anna Flora Botelho de Abreu Sampaio, e lá viveram com os três filhos.
O Centro Intregrado de Turismo é uma parceria entre a Prefeitura e a Asser / Unicep, e desenvolve atividades de fomento ao turismo na região e também de apoio acadêmico e operacional a diversos projetos de pesquisas, além de contar com um posto de informações turísticas.
Usina Monjolinho
A primeira usina hidroelétrica do Estado de São Paulo e a segunda do Brasil, foi instalada em 1893 onde há hoje um museu.
Museu Histórico de São Carlos
Um espaço com exposições de artes visuais e da história de São Carlos. O museu possui em seu acervo uma pequena pinacoteca, documentos, fotografias e objetos que contam a história da cidade desde sua fundação até os dias atuais. Localizado na antiga Estação Ferroviária da cidade, que foi inaugurada em 1884 e reformada em 1908, quando as fachadas receberam a forma atual.
Observatório da USP
O Centro de Divulgação de Astronomia (CDA) está aberto ao público de sexta a domingo, das 20 às 22h. Observação da Lua, planetas e estrelas com instrumentos próprios, exposição de fotos. Todos os sábados, às 21h, apresentação de palestras sobre astronomia.
Fazenda Pinhal
Marco histórico da cidade. Propriedade particular dos descendentes do Conde do Pinhal, um dos fundadores do município. A fazenda é tombada pelo Patrimônio Histórico e sua sede, bicentenária, é rodeada por jardins e pomares. Conserva todo o mobiliário original, fotografias e quadros do tempo do Império. Foi deste local que a imagem de São Carlos Borromeu, padroeiro da cidade, saiu carregada em procissão para a Capela da Fundação, hoje Catedral. Fica na estrada para a Represa do Broa, a 12 quilômetros da cidade.
Fazenda Santa Maria do Monjolinho
Desbravada em 1858 pela família do Major José Ignácio, esta fazenda conta como o café fez a riqueza do Brasil. O grande sobrado foi construído em 1887. Em 1904, Cândido Souza Campos adquiriu a propriedade, incluindo o mobiliário da sede. O terreiro, a tulha, o aqueduto que movia a roda d’água, a senzala, a casa do capitão do mato e a capelinha registram a história dos escravos e dos imigrantes. O museu catalogado com objetos e documentos do século XIX e início do século XX e a estação de trem Monjolinho marcam o ciclo cafeeiro.
Parque Ecológico
Bosque, muito verde e animais silvestres (como o lobo-guará) em um mini-zoológico. O parque fornece mudas para reflorestamento. Próximo à Universidade Federal de São Carlos, com acesso pela rodovia Washington Luiz.
Sede Social São Carlos Clube
Só em 1944 que o prédio da Avenida São Carlos passou a ser a sede social do São Carlos Clube, através de uma fusão entre o Tênis Clube e o Clube Comercial. Até então, o local abrigava o Clube Comercial, ponto de encontro da sociedade são-carlense. Lá foram realizados bailes de gala, de carnaval, de debutantes e inúmeros espetáculos. A sede Avenida é hoje uma referência cultural em São Carlos, com apresentações musicais, teatrais, exposições de pintura, fotografia e escultura, abertas a toda comunidade.
Hino
"Estendida em outeiros altivos,
Coruscantes ao brilho do sol,
És, a um tempo, presépio e palácio,
Onde mora da graça o crisol,
Se o Gregório murmura em surdina,
Uma prece mimosa a teus pés,
Lá, bem alto, as escolas derramam
Como bênçãos de Deus de revés....
Minha terra, cidade sorriso,
De São Paulo esmeralda querida,
Catedral onde rezam cantando
A cultura e o Labor, sua vida
Se do excelso Jesuíno, és a glória,
Do Botelho a maior emoção,
Tu acolhe aos dois, no aconchego,
Do teu grande e fiel coração.
E caminhas soberba e pujante,
Vais subindo e crescendo gentil,
Teu destino é de todo paulista,
O de amar e servir o Brasil!
Brasil !!!"
Música - Heitor de Carvalho
Letra - Vicente de Paulo Rocha Keppe