Denominações anteriores: Enguaguaçu, Inda-Guaçu ou Unguaguaçu, Porto da Vila de São Vicente.
Fundadores: Braz Cubas.
Data da fundação: Ano de 1534.
A história do município de Santos está intimamente ligado à do município de São Vicente. Corria o ano de 1532 quando Martim Afonso de Souza, que saíra de Lisboa a 3 de dezembro de 1530, comandando a Armada que se destinava a colonizar o Brasil, fundou, a 22 de janeiro, o povoado que denominou São Vicente, em homenagem ao Santo mártir cuja festa a Igreja romana cultua naquela data.
Ao surgimento da povoação de São Vicente seguiram-se, como conseqüência, o aproveitamento dos recursos e a colonização das terras do Atual Município de Santos.
Divergem os autores quanto à data precisa em que se tivesse verificado a fundação da atual cidade, cabendo as glórias desse acontecimento histórico a Braz Cubas, um dos fidalgos lusitanos que compunham a comitiva de Martim Afonso.
Francisco Martins dos Santos, baseada em alentada série de documentos, apresentados no volume I de seu valioso livro intitulado “História de Santos”, prefere dividir os galardões divido a esse feito memorável entre Martim Afonso de Souza (que com mais propriedades ele considera co-fundador), Pascoal Fernandes, Domingos Pires, Luís de Góis, José Adorno e Mestre Bartolomeu Fernandes, além de Braz Cubas, cuja interferência mais destacada o autor citado só reconhece e exalta no que diz respeito à sua posterior atuação, que visava à organização e ao progresso da localidade.
Isso porque, segundo as crônicas, quando Braz Cubas chegou às terras de Santos, até essa época conhecida pela denominação de “Enguaguaçu”, “Indoá-Guaçu” ou “Ungaguaçu” – nome primitivo dado pelos aborígines às circun-vizinhanças da Barra Grande – já encontrou no local várias moradias de civilizados, entre elas a de Pascoal Fernandes e Domingos Pires, que, constituídos em sociedade, residiram à margem do canal, em frente à Barra Grande e a foz do rio Bertioga, numa casinha postada na ribanceira oriental do ribeiro a que, depois, se chamaria São Jerônimo.
Justamente do lado fronteiro do canal em apreço, na Ilha Pequena, mais tarde e sucessivamente denominada Ilha de Braz Cubas, Ilha dos Padres e hoje conhecida por Ilha Barnabé, situada na foz do rio Jurubatuba, instalou-se Braz Cubas em companhia dos irmãos que trouxera do Reino, iniciando com eles vasta cultura de cana-de-açúcar, de arroz e de outros produtos da primeira necessidade. Cabe assim a Braz Cubas, entre outras muitas glórias, a de ser o criador de um dos mais importantes focos iniciais da lavoura canavieira e da indústria do açúcar, cujos resultados tanto e tão beneficamente se refletiram mais tarde na economia do Estado e na do próprio País.
A 25 de setembro de 1536, Dona Ana Pimentel, mulher e procuradora de Martim Afonso, em pleno uso dos poderes em que dispunham, mandou passar a Braz Cubas uma Carta de Sesmaria das terras que ocupava na Ilha Pequena, atendendo às obras e benfeitorias que ali haviam sido executadas por ele. Dessa carta, que Martim Afonso confirmou depois, em Alcoente, foi portador, em 1540, o velho pai do fundador de Santos, João Pires Cubas.
Até o início da terceira década do século XVI, os navios fundeavam no ancoradouro onde o Rio Santo Amaro desemboca, no canal da Barra Grande, Braz Cubas, verificando os inconvenientes que nisso havia para os embarcadiços, ideou fundar outro porto no lado oposto de Santo Amaro e quase em frente à ilha desse nome, para o que tratou de adquirir parte das terras pertencentes a Pascoal Fernandes e Domingos Pires, na orla oriental do córrego de São Jerônimo, terras cobertas de mata virgem e que compreendiam o outeiro de Santa Catarina, junto ao qual, em 1534, teve começo a nova povoação. Foi, portanto, o porto criado por Braz Cubas que serviu de núcleo à nascente povoação. Foi, portanto o porto criado por Braz Cubas que serviu de núcleo as nascentes povoação. No novo porto passaram a fundear todas as embarcações, quer as de alto bordo, que vinham de fora, quer as canoas procedentes de Santo Amaro e Bertioga e outros sítios, cujos tripulantes, ao invés de irem a São Vicente, por mar, caminhavam para lá pela estrada aberta por Pascoal Fernandes e Domingos Pires, através do outeiro onde esta hoje o mosteiro de São Bento.
A embrionária povoação era então conhecida pelo nome de Porto da Vila de São Vicente.
Tempos mais tarde, Braz Cubas, impressionado pelo desamparo que ficavam os marinheiros que lá chegavam, muitos dos quais doentes, resolveu dotar a localidade de um hospital que o acolhesse e organizar uma sociedade que o administrasse. Assim, com o auxílio dos moradores interessados na execução do projeto, edificou o hospital e junto ao mesmo uma Igreja, criando, ao mesmo tempo, a Irmandade de Santa Casa de Misericórdia, a primeira que se instituiu no Brasil. Como desse hospital a denominação de “Todos os Santos”, em lembrança de outro de igual nome existente em Lisboa, esse topônimo, abreviado para “Santos”, estendeu-se, em breve, a todo o povoado. Tal fato ocorreu por volta de 1543, quando governava a Capitania o lugar-tenente do donatário, Christovam de Aguiar Altero, que exerceu funções durante o triênio 1543-1545, sendo nesse ultimo ano substituído por Braz Cubas. Tão cedo se viu investido nas funções de Capitão-Mor, em 8 de junho de 1545, tratou Braz Cubas de conceder o foral de vila à povoação que fundara, pois não lhe parecia curial que, sobrepujando a mesma em prosperidade, `a jurisdição da Vila de São Vicente continuasse subordinada àquela. Divergem os autores quanto à data exata em que esse acontecimento se verificou. É possível que o ato que elevou Santos à categoria de Vila tenha sido referendado, não em 19 de junho de 1545 como o quis o insigne e erudito Barão do Rio Branco em suas “Efemérides Brasileiras”, mas, sim, em 1.° de novembro do ano seguinte, tenha em vista os documentos citados por Frei Gaspar. Ainda segundo esse religioso, “a povoação do Porto de Santos, nos seus primeiros anos, foi sujeita à Vila de São Vicente, assim no temporal como no espiritual; por isto os camaristas desta Vila, a cujo termo pertencia a nova povoação, requereram que nela devia haver Juiz Pedáneo, e elegeram para este emprego, em 1.° de março de 1544, a Pedro Dias Namorado, o qual deu juramento na referida Câmara”.
Hans Stadem, o famoso aventureiro germânico, que nos primeiros anos da segunda metade do século XVI pervagou a região marginal ao rio Bertioga, dá, por essa época, à povoação em sua pitoresca “Viagem ao Brasil”, o nome de “Santos de Enguaguaçu. Entretanto, vários documentos, pouco posteriores à denominação espanhola, fazem referência ora a“Vila do Porto de Santos”, cujo primeiro povoado foi Pascoal Fernandes, ora “Vila do Porto de Santos”, que Braz Cubas “povoou de fogo morto, sendo o sítio desta vila tudo mato...”
No período colonial, quando os mares do Novo Mundo eram o principal teatro dos horrores praticados pelos piratas; foi então a vila de Santos, mais de uma vez, visitada por flibusteiros. A mais danosa dessas incursões foi a primeira que se verificou em 1591, sendo a vila saqueada pela marujada às ordens de Cook, lugar-tenente do comandante corsário inglês Thomas Cavendish.
Em 1709, muito ante portanto dos irmãos Montogolfier, um filho de Santos, o Padre Bartholomeu Lourenço de Gusmão, cognominado o “Padre Voador”, já elevava no estrangeiro o nome de sua terra, efetuando, em sua “Passarola”, sobre Lisboa, perante a Corte Portuguesa assombrada, a primeira ascensão aerostática do mundo. Quarenta e um anos mais tarde, a 13 de janeiro de 1750, um outro filho de Santos, Alexandre de Gusmão, aí nascido em 1695, teve também seu nome ligado a história de nossa pátria, em virtude da inteligente operosidade que desenvolveu um defesa o patrimônio territorial brasileiro, nas negociações que resultaram os termos do “Tratado de Madrid”, assinado naquele dia. À fulgurante inteligência e a larga visão desse grande santista devemos a garantia legal da posse de imensas regiões que já haviam sido incorporadas praticamente à Colônia, graças a tenacidade excepcional dos heróicos bandeirantes paulistas e bravos sertanistas do Norte.
Em virtude do espírito inteligente e laborioso de seu povo, aliado á privilegiada situação de seu ótimo ancoradouro, abrigado das tempestades marítimas, a Vila de Santos desenvolveu-se rapidamente, progredindo social e economicamente, à proporção que se incrementava o movimento da navegação internacional. Em conseqüência desse progresso, em 26 de janeiro de 1839, Santos foi elevada à categoria de cidade, tendo-se efetuado a eleição da Câmara e dos Juizes de Paz em 27 de janeiro do mesmo ano. Presidia, então os destinos da Província de São Paulo o Desembargador Manoel Machado Nunes.
O movimentado porto, as atividades exportadoras e importadoras, sobretudo as ligadas ao comércio cafeeiro, já por essa época atraiam para Santos considerável soma de indivíduos procedentes de todas as regiões, não só do país senão também do estrangeiro.
Como bem o disse ilustre pensador patrício Dr. C. Amazonas Duarte, em sua oração proferida em 24 de janeiro de 1945, no Rotary Club de Santos e publicada em “A Tribuna, edição de 26 do referido mês,“essa formação largamente mesclada, extensamente compósita, empresta a Santos quase intuitiva compreensão de todos os angustiantes problemas do Brasil e do mundo. “Por isso”, continua o citado conferencista, “a natural ligação de Santos com os movimentos de idéias e políticos que, no passado, agitaram a Nação e, no presente, a todos empolgam, resulta menos de sua privilegiada posição geográfica do que de sua realidade demográfica”.
Realmente, esse aspecto explica bem a razão do papel destacado que os habitantes de Santos tiveram nos três mais importantes movimentos políticos do Brasil – na Independência, na Abolição e na República.
Muito intenso foi o trabalho para separar a Colônia da Metrópole Portuguesa, na antiga Vila de Santos. Foram seus promotores e principais colaboradores Manoel da Silva Bueno, João Francisco Xavier da Costa Aguiar, Antônio dos Santos, Capitão João Batista Vieira Barbosa, Antônio José Viana, General Antônio Cândido Xavier Carvalho Souza e o Padre Manoel de Andrade e Silva.
Santos, por seus melhores elementos sociais, tomou parte ativa no movimento em prol da Independência do Brasil, como o atesta o fato de ter sido berço dos três irmãos Andradas – José Bonifácio, Martim Francisco e Antônio Carlos. Na noite de 27 para 28 de junho de 1821, houve no velho quartel santista uma revolta de caráter militar e popular, cujos dirigentes eram José Joaquim Cotindiba e Francisco das Chagas, este último conhecido pela alcunha “a Chaguinhas”. Essa revolta foi sufocada em 6 de julho do mesmo ano com a intervenção de tropas vindas da Capital, e a sua repercussão foi extensa e intensa, como o testemunham vários histroriadores.
Dias antes do 7 de setembro, o Príncipe D. Pedro esteve em Santos, o petexto de visitar a família de José Bonifácio e inspecionar as fortalezas locais, tendo-lhe feito carinhosa recepção a população santista. Em 5 de setembro seguiu para São Paulo, e no decorrer do trajeto verificou-se o episódio histórico do Grito do Ipiranga. Em 21 de outubro de 1822, em reunião popular efetuada na Praça da Matriz, hoje da República, o povo aclamou, na cidade de Braz Cubas, Sua Alteza Real D. Pedro de Alcântara, o Primeiro Imperador Constitucional do Brasil.
Entre os anos de 1869 e 1871, começaram a surgir em Santos os primeiros sinais de idéias abolicionistas entre liberais (republicanos) e conservadores. Aliás, desde 1868 que se promovia, surda mas eficientemente, a libertação dos escravos, existentes nas fronteiras da Vila. Foi precursora dessa campanha a sra. D. Francisca Amália de Assis Faia, que custodiava os primeiros negros fugidos, tornando o quintal de sua casa uma espécie de “quilombo” de escravos evadidos. Esse gesto foi limitado por muitas outras famílias locais. Em pouco tempo, a vila tornou-se refúgio garantido para o elemento negro, localizando-se nos terrenos de Jabaquara o núcleo principal dos egressos das fazendas de outros Municípios. Com a pena e a palavra, alguns homens ilustres passaram a pugnar pelo abolicionismo, destacando-se, entre outros Xavier da Silveira, Alexandre Martins Rodrigues, Joaquim Xavier Pinheiro, João Otávio dos Santos. Veio Luiz Gama a Santos iniciar o movimento, que depois de sua morte, se coroou de êxito.
Entre os vultos cujo nome a História guardou, nessa fase, se incluem Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, Martim Francisco, Américo Martins dos Santos, Quintino Lacerda Luiz de Matos, José Teodoro dos Santos Pereira, Vicente de Carvalho, Afonso Veridiano, Joaquim Fernandes Pacheco e muitos outros. Colaboraram nessa campanha órgãos da imprensa, como o “Diário de Santos”, o “Jornal da Tarde” e “O Alvor”. Em 1879 fundou-se em Santos o “Núcleo Republicano”, com Garcia Redindo, Henrique Porchat, Vitorino Porchat, Antônio Carlos da Silveira Teles e outros propagandistas. Na última fase da propaganda republicana, salientaram-se inúmeros outros santistas, além dos citados. Proclamada a República, organizou-se o Município, um batalhão patriótico destinado a defender o novo regime.
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Com o auxílio dos moradores do Porto da Vila de São Vicente criou Braz Cubas um hospital a que denominou “Todos os Santos”. Abreviado para “Santos”, em breve o nome do hospital estendeu-se a todo povoado.
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Bartolomeu Lourenço de Gusmão
Cientista e pregador. Nasceu em Santos em 1685. Doutorou-se em Direito Canônico em Coimbra, Portugal. Inventou o aeróstato, ficando conhecido como "o padre voador". Fez demonstração pública de seu invento perante a corte e o povo português, em 1709, tornando-se o precursor da aviação. A ignorância e a superstição do povo obrigaram-no a se exilar na Espanha. Morreu em Toledo no ano de 1724.
Alexandre Gusmão
Estadista e diplomata. Nasceu em Santos no ano de 1695. Doutor em Direito pela Universidade de Paris. Foi diplomata pela Corte de Lisboa e secretário do rei Dom João V. Escreveu textos políticos, poemas e o romance Aventuras de Diófanes. Morreu em Lisboa em 1753.
Visconde de São Leopoldo
O Visconde de São Leopoldo, considerado um dos homens mais ilustres do Brasil, nasceu em Santos a 9 de maio de 1774, e nesta cidade fez seus primeiros estudos, com os mestres frei Gaspar da Madre de Deus, padre Xavier Pinheiro e José Luis de Melo. Doutorou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em Portugal.
De volta ao Brasil, iniciou sua carreira pública: juiz da Alfândega de Porto Alegre; auditor geral das Tropas do Exército; membro da Comissão de Limites do Brasil; grande figura da Independência ao lado dos Andradas; deputado às Cortes Constituintes de Lisboa; deputado à Constituinte Brasileira; ministro do imperador D. Pedro I; senador do Império; criador e fundador do Instituto Histórico e Geográfico; conselheiro de D. Pedro II; presidente da Província do Rio Grande do Sul; fundador da cidade de São Leopoldo/RS; escritor e historiador; instituidor da Imprensa no Sul do País.
São inúmeros os seus trabalhos que marcaram o I e o II Império, mas, de todos o mais importante foi a criação dos Cursos Jurídicos no Brasil. Morreu em Porto Alegre, a 6 de julho de 1847, segundo registrou o Barão do Rio Branco.
Uma placa com a sua efígie assinala o local onde existiu a casa do seu nascimento, na esquina da Rua XV de Novembro com a Praça dos Andradas: "Dr. José Feliciano Fernandes Pinheiro (Visconde de São Leopoldo). Nasceu em Santos a 9 de Maio de 1774. Falleceu em Porto Alegre a 6 de Janeiro de 1847. Creou os Cursos Jurídicos no Brasil a 11 de Agosto de 1827".
José Bonifácio
Desde que retornara da Europa o ilustre santista José Bonifácio se chocara e escandalizara com a sociedade de senhores e escravos que encontrara em Santos: "inumana, injusta, imoral, corrompida e corruptora", que se degradava e degradava o Brasil. Convencido da necessidade urgente de acabar com a chaga social da escravatura, no início de 1820 ele liberta os escravos da Chácara do Outeirinhos, de sua propriedade, onde pretende provar que se pode trabalhar a terra e lucrar sem escravos e senzalas. Nos dois anos seguintes toda a sua energia se voltou para a luta pela Independência, mas quando esta se concretizou, ele voltou para seus ideais abolicionistas. Logo após a Independência, em fins de 1822, ele escreve a Caldeira Brant, em Londres, solicitando-lhe a convocação de trabalhadores rurais ingleses que quisessem se estabelecer no Brasil. José Bonifácio pretendia com isso criar um exemplo prático que convencesse seus compatriotas de que o trabalho livre era muito mais produtivo e lucrativo que o escravo. Em janeiro de 1823 embarcam os primeiros 50 trabalhadores ingleses rumo ao Brasil.
A suas atitudes como cidadão Bonifácio soma um ato político: entrega à Assembléia Constituinte da qual fazia parte, para consideração, a sua famosa "Representação sobre a Escravatura", a primeira manifestação pública a favor da abolição. O documento, de raciocínio lúcido e palavras sábias, revela toda a miséria social produzida pela escravidão até então e todo o atraso que ainda poderia produzir ao novo país que se formava, sugerindo os meios para extingui-la sem causar qualquer choque na economia. Infelizmente, a Representação de Bonifácio bate de frente com a barreira do sistema político e dos interesses em jogo e, com exceção dos Deputados paulistas, todos o repudiam violentamente. Pouco depois se dá a dissolução da Assembléia Constituinte e a deportação dos irmãos Andradas a mando do Imperador. A Representação sobre a Escravatura, apesar de ser um verdadeiro monumento de civilização, contribuiu de forma decisiva para a decadência política de José Bonifácio.
A Representação de Bonifácio, apesar de não encontrar eco no meio político, foi uma boa semente no campo fértil de sua terra natal. O santista José Feliciano Fernandes Pinheiro dá liberdade a 300 escravos do Núcleo Colonial de S. Leopoldo, no Rio Grande do Sul, pertencente ao governo. No interior de São Paulo, Nicolau Vergueiro, português naturalizado, é o primeiro a importar trabalhadores livres para a agricultura no Brasil, criando uma sociedade de imigração e colonização. Em 1827 chegam os primeiros colonos alemães e, em 1829, se forma a Colônia Santo Amaro, perto da capital. Era o abolicionismo pacífico pregado por Bonifácio e que acabaria por tornar São Paulo a primeira e mais rica Província do Brasil.
José Martins Fontes
Conhecido pela população santista como Zezinho Fontes, o poeta parnasiano José Martins Fontes nasceu em Santos, no dia 23 de junho de 1884, da união entre o médico Silvério Martins Fontes e Isabel Martins Fontes.
Martins Fontes começou a escrever muito cedo e, aos oito anos de idade, teve seus versos publicados em um jornal manuscrito, chamado A Metralhadora.
Aos 16 anos, ele lê uma composição de sua autoria na inauguração do monumento levantado, próximo à biquinha, em São Vicente, na comemoração ao 4º centenário do Descobrimento do Brasil. Seu primeiro livro de poesia, Verão, foi publicado em 1917.
Martins Fontes estudou nos melhores colégios de Santos e Jacareí, até transferir-se para o Rio de Janeiro. Lá, doutorou-se em Medicina, em 1906, e conviveu com poetas como Olavo Bilac e Coelho Netto. Em 1910, foi auxiliar de Oswaldo Cruz na campanha de saneamento do Rio de Janeiro. Em 1914, mudou-se para Paris (França) e lá fundou, com Olavo Bilac, uma Agência Americana para serviços de propaganda dos produtos brasileiros na Europa e em outros países.
Martins Fontes morreu aos 53 anos, em Santos. Seu corpo está sepultado no Cemitério do Paquetá e seu túmulo é um dos mais visitados pela população santista.
José Roberto Torero
José Roberto Torero nasceu em Santos, em 1963. É formado em Letras e Jornalismo pela USP e em Cinema pela ECA. É autor de treze livros , como "O Chalaça", escreveu roteiros para cinema , como "Pequeno Dicionário Amoroso" de Sandra Werneck e para tevê "Retrato Falado". Dirigiu 5 curta-metragens, entre eles "Amor !", "A alma do negócio" e "Nunc et semper", em 2004 dirigiu seu primeiro longa: "Como Fazer um Filme de Amor".
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Igreja da Ordem Terceira do Carmo
Originou-se das atividades dos padres carmelitas, estabelecidos em Santos no final do Século XVI. Por volta de 1599, os padres iniciaram a igreja e o convento.
A igreja atual, do Século XVIII é de estilo barroco, possui cadeirado em jacarandá. No pátio, há lápides funerárias do Século XIX e o Marco dos Evangelistas.
A Capela do Carmo foi edificada pela Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo - associação religiosa leiga - a partir de 1752, ao lado da igreja. Tem imagens seculares, altar de madeira trabalhada e pia de água benta em pedra, de 1710 e obras de Benedicto Calixto. Local onde foram enterrados vultos da História do Brasil, como José Bonifácio de Andrade e Silva, Patriarca da Independência. É considerado o templo mais antigo de Santos, erguido em 1599.
Foi tombada pelo IBPC em 1940, pelo CONDEPHAAT em 1981 e pelo Condepasa em maio de 1990. Todo 2º domingo do mês, às 11 horas os padres Carmelitas rezam a missa em canto Gregoriano.
Igreja do Santo Antônio do Barão
Outra valiosa obra da arquitetura barroca construída em 1641, no Largo Marquês de Monte Alegre, próximo à entrada da cidade. Ainda hoje serve de convento aos frades da Ordem de São Francisco e nela destacam-se os altares, como o de nossa Senhora das Dores, erguido em 1783 e o de São Francisco, em 1922.
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Construída em 1757, pela irmandade de Nossa Senhora dos Homens de Cor, em estilo barroco. Merece destaque a coleção de imagens da época, como a de Santa Catarina, do séc. XVI.
Outeiro de Santa Catarina
O local é o marco inicial da povoação da cidade. No Século XVI, Luiz de Góis e sua esposa, Catarina de Aguillar, construíram na base do morro a capela de Santa Catarina de Alexandria, a primeira de Santos.
Quando o corsário inglês Thomas Cavendish saqueou a vila em 1591, a capela foi destruída e a imagem de Santa Catarina jogada ao mar. A peça foi resgatada por escravos em meados do Século XVII (hoje encontra-se exposta no Museu de Arte Sacra) e em 1663 foi iniciada a reconstrução da capela, agora no alto do Outeiro.
Entre os Séculos XVIII e XIX o morro foi desbastado para a obtenção de aterro e a igreja demolida.
Entre 1880 e 1884, o médico italiano João Éboli estabeleceu-se em Santos e mandou construir uma casa acastelada sobre o bloco de rocha restante.
O local foi tombado em 1985 pelo CONDEPHAAT e em maio de 1990 pelo Condepasa. Atualmente a casa abriga a Fundação Arquivo e Memória de Santos que mantém o Acervo Fotográfico, Serviço educativo, Biblioteca de apoio e Acervo de documentos, Laboratório de Restauro de Papéis e o Laboratório Fotográfico. A Fundação mantém também exposição permanente de fotos e gravuras históricas.
Catedral de Santos
Com a elevação de Santos à categoria de vila em 1545 e, conseqüentemente seu desmembramento da Vila de São Vicente, o povoado fundado por Bráz Cubas, teve o privilégio de também passar a ser sede da Paróquia, com a construção e ereção da Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Em 1908, a antiga Matriz foi demolida por apresentar diversos problemas na estrutura. Com o crescente número de visitantes e pessoas, houve a necessidade de construir uma nova Matriz. A igreja nova foi construída em 1908, até o término de suas obras demorou 60 anos. O projeto do novo templo é de autoria do engenheiro Maximiniano Hell ( o mesmo que projetou a Catedral de São Paulo). Em estilo neo-gótico, com suas cúpulas de bronze doada pela Cia. Docas de Santos, foi solenemente inaugurada em 1924 e aberta ao público a Nova Igreja Matriz, neste mesmo ano foi elevada à condição de Catedral Diocesana. Santos passaria a ser sede de um Bispado em 1925. No seu interior podemos encontrar vários vitrais de origem germânica (alemã), imagens seculares, lustres de cristal tchecoslovaco os altares laterais foram construídos com mármore de carrara mas é na Capela do Santíssimo Sacramento que encontramos três afrescos do pintor Benedito Calixto, os quais fazem a representação do Ministério Eucarístico. Panteão dos Andrades
Localizado também na Praça Barão do Rio Branco, o Panteão é um mausoléu construído em homenagem a José Bonifácio e seus irmãos, Antônio Carlos e Martim Francisco, e inauguração em 07 de setembro de 1923. Ali, estão os valiosos quadros de bronze, retratando cenas da vida do Patriarca da Independência, e os restos mortais dos irmãos Andrada, inclusive, o mais velho, Patrício Manuel.
Bolsa Oficial do Café
O prédio, em estilo eclético foi inaugurado em 1922.Construído com mármores importados, madeiras nobres e vitrais, conta com torre de 40 metros, dotada de relógio, e quatro estátuas externas representando a Indústria, o Comércio, a Lavoura e a Navegação.
Destacam-se, pela beleza da construção, a sala de classificação do café, a secretaria e o salão de pregões.
Em seu interior, há três painéis de Benedicto Calixto, retratando a trajetória de Santos, de sua fundação até o início do Século XX.
O prédio foi tombado em 1981 pelo CONDEPHAAT e em maio de 1990 pelo Condepasa.
Casa do Trem Bélico
Considerada a mais antiga construção de Santos, a Casa do Trem, à Rua Tiro Onze no. 11, data de século XVI e serviu de arsenal para os diversos fortes construídos para defender a vila dos ataques de corsários. O monumento é tombado pelo SPHAN.
Engenho São Jorge dos Erasmos
Considerado pelo SPHAN o mais antigo engenho do país, foi construído no morro da Nova Cintra, por iniciativa de Martim Afonso de Souza, na época em que a cana-de-açúcar era a maior riqueza agrícola do Brasil Colonial. Há projetos, por parte da Universidade de São Paulo, para sua restauração e instalação do Museu do Açúcar no local, que é tombado pelo SPHAN.
Paço Municipal
Imponente construção em estilo clássico, a sede da Prefeitura fica à Pça Visconde de Mauá, no centro. O prédio foi inaugura em 1939, pelo então presidente Getúlio Vargas. Merece destaque, pela beleza, o Salão Nobre.
O Porto
Sua origem está vinculada ao comércio do café. Paralelamente, o porto contribuiu para a melhoria das condições sanitária da região e desempenhou papel preponderante no desenvolvimento industrial do país. Hoje, Santos é o primeiro porto do Brasil, em movimentação de carga e em instalações, que ocupam quase 13 Km de expansão (12.735 mts.). Em 02 de fevereiro de 1892, o navio Nasmith atracava no cais, então com apenas 260m, marcando o início de funcionamento do primeiro porto organizado do país. Em 1886, um grupo liderado pelos brasileiros Candido Gaffreé e Eduardo Palassim Guinle, obteve a concessão para 90 anos. A partir de 1980, a administração do porto passou a ser exercida pela Cia Docas do Estado de São Paulo - CODESP, sociedade de economia mista, sob. controle acionário da Empresa de Portos do Brasil S/A - PORTOBRÁS. Pelo movimento intenso de navios, guindastes, vagões, pela grande quantidade de armazéns e pela Casa do Café, onde a Prefeitura Municipal mantém um posto de informação turísticas. O Porto merece uma visita.
Fortaleza da Barra Grande
Também chamada Fortaleza de Santo Amaro, foi construída em 1548, para defesa da cidade e dos navios atracados no porto. Localiza-se no Estuário, em terras do município de Guarujá, e pode ser avistado da Ponta da Praia, dos Clubes sócio-esportivos e do Museu de Pesca. Considerado monumento histórico foi tombado pelo CONDEPHAAT e pelo SPHAN, órgãos que cuidam da preservação do Patrimônio Cultural do país.
Museu do Porto
O Museu do Porto está instalado no antigo edifício, do início do século, que era ocupado pelo comando da Guarda Portuário. O acervo do museu é constituído por cerca de 40 mil documentos, 700 fotos, móveis, máquinas, equipamentos mapas, plantas antigas e outros peças. No museu está a locomotiva á vapor, Lavoura, construída no iniciado século e que esteve em atividade até 1980, realizando a operação de carga e transporte de pessoal, na região de Itapetininga, entre o rio e a usina. Juntam-se às peças uma bússola, fabricada em 1892 e uma enorme corrente encontrada a seis metros de profundidade no local onde estavam os antigos trapiches.
Museu de Arte Sacra
Construído em 1650 pela Ordem de São Bento, o prédio segue o estilo beneditino, sendo importante exemplar do barroco.Os três altares são ricamente decorados e há pedras tumulares dos Séculos XVII, XVIII e XIX. No Mosteiro viveu Frei Gaspar da Madre de Deus, um dos mais importantes historiadores de Santos. Abriga o Museu de Arte Sacra, inaugurado em 1981, com valioso acervo de aproximadamente 400 peças. Tombado pelo IBPC em 1948, pelo CONDHEPAAT em 1979 e pelo Condepasa em maio de 1990.
Estação de ferro de Santos
A estação de Santos foi aberta com a linha, em 1867, a primeira estação do Estado de São Paulo a ouvir o apito de um trem. Por mais de cem anos o trem de passageiros foi um dos principais meios de transporte dos paulistanos para Santos. O prédio que abriga a estação é basicamente o original de 1867, reformado em 1895 com a construção de um segundo andar, dois torreões e mais alguns elementos de ferro. O prédio esteve ativo até 30 de novembro de 1996, quando foi desativado com a chegada do último trem de passageiros. Ele recebeu durante anos composições como a do Cometa, locomotiva que marcou época na Santos-Jundiaí. Após o fechamento da estação, vários carros e vagões permaneceram no seu pátio apodrecendo.
Estação do Valongo era o nome pela qual era conhecida popularmente a estação, situada nesse bairro. Depois de anos de abandono total, em janeiro de 2004 foi terminada a restauração do prédio da estação, que passa a abrigar a Secretaria Municipal de Turismo. A Estação do Valongo agora pertence a Santos. Após sete anos de negociações, a Prefeitura finalmente obteve a transferência definitiva pela Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) da área de 40 mil metros quadrados onde ficam a antiga estação e o pátio, no Valongo.
Histórico da Linha: A São Paulo Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862 e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus maiores acionistas o Barão de Mauá.
Ligando Jundiaí a Santos, transportou durante muito anos - até a década de 30, quando a Sorocabana abriu a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul.
Em 1946, com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à REFESA, e, em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla. O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as TUES dos trens metropolitanos.
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Museu do Mar
Curiosidades do mundo submarino, desde uma concha pesando 148 quilos e animais preservados em formol, até equipamentos de mergulho, podem ser vistos no Museu do Mar, que fica na Ponta da Praia. O acervo contém mais de 12.000 exemplares de conchas, além de corais e aquários.
Aquário Municipal
Inaugurado em 1945, o Aquário foi inteiramente reformado em 1987, para maior conforto do público visitantes. Ali mais de 30 tanques abrigam animais e vegetais aquáticos, de águas doces e salgadas. Sua principal atração é o Leão Marinho. Localizado na Ponta da Praia, o Aquário é sede, também. de um dos postos de informação turísticas da Prefeitura Municipal.
Orquidário Municipal
No bairro do José Menino fica o Orquidário, com mais de 20 mil m2 de área verde. Ali o visitante encontra várias espécies de aves, macacos, veados, cisnes, pássaros instalados em viveiros, nos lagos ou criados soltos, entre a vegetação. Uma grande estufa abriga raras espécies de orquídeas, cultivadas por orquidófilos de todo o país. Há também, um play-groud para diversão das crianças e outro posto de informações turísticas da Prefeitura Municipal.
Museu de Pesca
Na Ponta da Praia, o Instituto de Pesca "M. NASCIMENTO JR.", mais conhecido como Museu de Pesca, exibe exemplares da fauna Marinha, vivos e empalhados, e tem como atração principal o esqueleto de uma baleia, com 23 metros.
Morro de Santa Terezinha
Denominado atual do antigo sítio e pico do Combuca, que tinha como parte mais avançada o morro. Neste século, foi também conhecido como "Suiça Santista" e "Morro Loureiro", denominação derivada de Francisco Loureiro, que realizou a primeira denominação do local, dividindo-o em lotes. abrindo a primeira estrada e construindo nele a capela de Santa Terezinha. Com a morte de Loureiro, seu genro, José Ferreira da Silva, suspendeu a venda de lotes, recuperou os já vendidos e construiu um majestoso edifício, com bar, restaurante, salão de danças e mirante.
Morro Serrat
A mais antiga denominação conhecida do monte data do tempo de Martim Afonso: Morro de São Jerônimo. Após a utilização do seu ponto mais alto como posto de observação da entrada da barra, passou a ser chamado de "Morro do Vigia". Mais tarde, o Monte passou a "Morro Braz Cubas", depois que , elevado a Capitão-Mor, em 1545, Braz Cubas foi morar na encosta norte, em terras adquiridas de Pascoal Fernandes. A denominação Monte Serrat só aconteceu em 1604, após a construção da capela Nossa Senhora do Monte Serrat, em 1603, pelo então governador de São Paulo, Dom Francisco de Souza, devoto daquela Santa. No princípio deste século, foi construído, no alto do morro, um grande edifício, com terraços, mirante e um cassino. Mas, a partir de março, de 1928, quando aconteceu um grande deslizamento de terras causando soterramentos e mortes, foi fechada.
É um marco no coração da cidade, o seu topo pode ser atingido pelo Bondinho, que funciona sobre trilhos no sistema funicular, ou pela escadaria, com 415 degraus, intercalados por nichos, com representação da Via Sacra. Do alto, pode-se avistar toda a cidade, desde as praias até o porto, e também os municípios: Guarujá e Cubatão.
Morro do Fontana
Fica junto à Rua Visconde de Embaré e dá fundos para o Jabaquara. Seu antigo nome era "Morro do Bufo" ou "da Coruja", denominação hoje apenas utilizada para uma parte do monte. "Fontana" deriva-se de Benjamin Fontana, negociante italiano que adquiriu aquelas terras, ali instalando residência.
Morro de São Bento
Desde o inicio da cidade de Santos, entre 1532/33, chamou-se Morro do Desterro ou Nossa Senhora do Desterro, nome que parece ter sido adotado, antes que o primeiro povoador, mestre Bartolomeu Fernandes ferreiro de Martin Afonso, tivesse no monte. A sesmaria ou sítio de Nossa Senhora do Desterro, doado à mestre Bartolomeu, deve ter atingindo terras do monte Serrat ao Saboó e muitos lotes foram vendidos por seu filho e genros. A parte central da propriedade foi doada aos frades de São Bento, quando chegam à Santos, em 1650 e, desde então, o morro passou à denominação atual e tornou-se sede do Mosteiro, hoje transformado em Museu de Arte Sacra.
Morro da Penha
A mais antiga notícia que se tem sobre a denominação vem de meados do século XVIII. Quando surgiram os primeiros moradores, todos temiam que as grandes rochas - as "penhas" - ali existentes rolassem sobre as casas ou interditassem os caminhos de acesso, daí o nome persiste até nossos dias.
Morro do Pacheco
O chamado Morro do Pacheco é uma parte do Morro da Penha. Seu primeiro morador de que se tem notícia foi um português açoriano, Fernandes Pacheco, que por volta de 1800 morava numa casa da antiga chácara Boa Vista, perto da nascente de uma pequena cachoeira que passou a ser conhecida como "Fonte do Pacheco". Por extensão, toda aquela parte do morro tomou a mesma denominação.
Morro do José Menino
Também conhecido como Morro dos Vôos, é muito procurado pelos praticantes de Asa Delta. A paisagem é belíssima, vê-se toda a orla de Santos, São Vicente e até de Guarujá.O acesso é pela Rua Monteiro Lobato, próximo ao Caiçara Clube. Terminado o calçamento, siga pela trilha e em 20 minutos seu esforço será recompensado.
Vale do Quilombo
Localiza-se na zona rural do Município, vizinha a Piaçaguera, cortado pelo Rio Quilombo, que até o século XIX era conhecido como "Cabraiquara". É praticamente a última reserva da área verde de Santos. Situado entre as serras de Ururai, por onde correm os trilhos da Estrada de ferro Santos-Jundiaí e onde se encontra o Pico de Itaguaçú e a Titiguabara ou do Quilombo, o vale era a sede do engenho do Mourão e da Fazenda do Engenho ou dos Gayas. O nome do rio e do vale deriva-se do grande quilombo de escravos fugidos existente naquelas serras, desde 1780. Entre 1830 e 1840, foram armadas expedições para apreensão dos negros ali refugiados e a destruição, do esconderijo.
Praias
José Menino, Gonzaga, Embaré, Boqueirão, Ponta da Praia. Famosas por suas jardins, entre os mais belos do mundo , são a maior atração da cidade. Os mesmos acabam de entrar para o Guiness Book, em virtude de sua extensão, cobrindo toda a orla marítima.