Denominações anteriores: Incas e Italina.
Fundadores: Dr. Labiano da Costa Machado e Carlos Ferrari.
Data da Fundação: 4 de outubro de 1924.
Há 40 anos, em julho de 1916, partia de Campos Novos, localidade situada à meio caminho, entre o rio do Peixe e o rio Paranapanema, na altura de Salto Grande, a primeira bandeira, que iria atravessar a mata virgem e estabelecer-se nestas paragens, dando origem à atual cidade de Garça.
A caravana era constituída pelo engenheiro Hengel, Senhores Odilon Ferraz, José Caetano de Oliveira, Adolpho Campanhã, Pedro Alcântara, José Mendes, 10 camaradas e 6 cargueiros, chefiados pelo Dr. Labieno da Costa Machado.
Atingindo as margens do rio do Peixe, depois de percorrer uma região relativamente fácil de ser transposta em virtude de ali dominarem os campos, a comitiva segue-lhe o curso, rumo às nascentes. Marchavam lentamente curso à cima, abrindo a primeira picada quando descobriram um afluente pela margem direita; mudaram então o rumo, seguindo o curso do novo rio, ao qual denominaram mais tarde Ribeirão da Garça. Durante o percurso marginal a comitiva acampou diversas vezes para pousar e para fazer inspecção dos arredores.
Esses estacionamentos efetuaram-se nos lugares seguintes: Barra Cascata, Água do Norte, Água do I. D. C. B. A., Água do Castelo, Olaria Velha, Confluência do Ribeirão de Santo Antônio e Ribeirão da Garça e, finalmente, na nascente deste último, onde acamparam definitivamente, abrindo a primeira picada na floresta construindo os primeiros ranchos.
A terra era fértil e a floresta densa. As primeiras derrubadas foram feitas pelo Dr. Navarro J. Cintra nas terras que se situam à direita da Cabeceira do Ribeirão da Garça. Ali se formou uma fazenda, que em 1920, já estava consideravelmente desenvolvida. Não tardou, portanto, à surgir um povoado em torno da sede da fazenda.
Em 4 de outubro de 1924, com a presença de pessoas locais, o Dr. Labieno da Costa Machado fundava a cidade de Garça então distrito de Campos Novos. Mas não se deve tão-somente ao Dr. Labieno a fundação da cidade, ela originou-se de 2 núcleos distintos: o primeiro do Dr. Labieno, e o segundo do Sr. Carlos Ferrari.
Esses dois núcleos não tiveram igual desenvolvimento, pois o primeiro embora mais antigo cresceu menos que o segundo devido à dois fatores: melhor localização e menor preço dos lotes. Os núcleos eram chamados Labienópolis e Ferrazópolis, e foram as duas colunas fundadoras da cidade.
Formação Administrativa – O distrito foi criado no município de Campos Novos, e em 29 de dezembro de 1925, pela Lei estadual de n.º 2.100, sua sede era elevada à categoria de Vila.
O município de Garça foi criado em 27 de dezembro de 1928, por força da Lei Estadual n.º 2.330, com território desmembrado do de Campos Novos e Pirajuí, recebendo a sede foros de cidade.
Em 1933, realizou-se a divisão administrativa do município, possuindo somente, o distrito de Garça.
Na divisão Territorial de 1926, recebeu 3 distritos: Garça, Vila Santa Cecília e Santo Inácio. Na divisão de 1937, foi-lhe acrescentado o distrito de Álvaro de Carvalho.
Segundo o quadro ao anexo ao Decreto-lei estadual n.º 9.073, de 31 de março de 1938, e o fixado pelo de n.º 9.775, de 30 de novembro de 1938, para vigorar no qüinqüênio 1939 – 1943, o município de Garça é formado pelos distritos de Garça, Álvaro de Carvalho e Santo Inácio.
Em 1944 o município de Garça sofreu as seguintes transformações, decorrentes do Decreto-lei estadual n.º 14.334:
1) Adquiriu para o distrito de Garça, parte de Gália e Presidente Alves, dos municípios dêsses nomes; e para o de Lupércio (ex-Santo Inácio) parte de Gália, do município de Gália.
2) Foi desfalcado de partes dos territórios dos distritos de Álvaro de Carvalho e Lupércio, anexados respectivamente, aos de Guarantã e São Pedro do Turvo, dos Municípios assim denominados.
Na divisão territorial-judiciário-administrativa do Estado, que vigorou de 1945 à 1948, o Decreto-lei n.º 14.334, o município de Garça surge com os seguintes distritos: Garça, Álvaro de Carvalho e Lupércio.
De acordo com o Quadro Territorial Administrativo e Judiciário do Estado, Lei n.º 2.456, de 30 de dezembro de 1953, para vigorar no qüinqüênio 1954-1958, o município de Garça é formado pelos distritos de Garça, Alvilândia e Jafa.
Formação Judiciária – Pelo Decreto Estadual n.º 7.072 de 6 de abril de 1935, era criada a comarca de Garça.
De acordo com as divisões territoriais de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, bem como o quadro anexo ao Decreto-lei estadual n.º 9.073, de março de 1938, os municípios de Garça e Gália estão subordinados à comarca de Garça, o que foi mantido pelos Decretos: 9.775, de 30 de novembro de 1938 e n.º 14.334, de 30 de novembro de 1944, que fixaram os quadros da divisão territorial Administrativa do Estado, para vigorarem nos qüinqüênios 1939-1943 e 1945-1948.
Ainda de acordo com a Lei n.º 2.456, de 30 de dezembro de 1953, os municípios de Garça, Gália, Álvaro de Carvalho e Lupércio, estão subordinados à comarca de Garça.
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Garça é o nome de um ribeirão que nasce na zona suburbana da cidade.
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Nelson Koshe Ichisato
Em 1979, Nelson Koshe Ichisato trouxe as primeiras mudas de cerejeiras para Garça. Ichisato, que nasceu em Oshima, Yamagutiken, no Japão aponta que desde pequeno tem um apreço especial pelas flores. Segundo ele, as floradas são uma marca tradicional da primavera japonesa, já que as famílias se reúnem com convidados para piqueniques, nos quais há o congraçamento entre as pessoas e a possibilidade de apreciar a beleza natural e comemorar o início da estação primaveril.
O plantio de cerejeiras em Garça, cidade de clima pouco parecido com o do Japão, foi visto, inicialmente, com descrédito. Ichisato plantou 110 mudas e várias delas, após poucos dias, morreram devido às chuvas torrenciais. Após um ano, novas mudas foram plantadas e, pouco a pouco, as plantas se adaptaram ao solo e o clima da cidade. Assim, após alguns anos, o bosque do lago "J.K. Willians" de Garça ganhava um novo visual. As árvores passaram a preencher o espaço com uma beleza singular e, a cada inverno, a comunidade pode assistir um espetáculo ímpar de cores.
Roberto Carlos
Roberto Carlos nasceu em uma fazenda de café, em Garça, estado de São Paulo, em 10 de Abril de 1973. A infância foi difícil e Roberto foi criado com muita dificuldade pelos pais, que eram lavradores. Seu nome é uma homenagem do pai ao cantor, de quem ambos são grandes fãs até hoje. Quando garoto, Roberto era fascinado pela bola e sempre que podia estava envolvido em uma “pelada” com os amigos. Começou sua carreira no futebol muito cedo e aos 14 anos já jogava pelo União São João de Araras.
Roberto Carlos já disputou mais de 100 partidas pela seleção brasileira e apesar da idade, continua sendo considerado um dos melhores do mundo na posição dele.
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Biblioteca Pública Municipal de Garça
A Biblioteca Pública Municipal de Garça foi criada por Decreto-Lei 126-A de 15 de Janeiro de 1943, na época do Prefeito Durval Alves de Souza e inaugurada em 03 de Maio de 1944.
A primeira Biblioteca foi instalada em uma das dependências da prefeitura com o nome de Biblioteca Municipal Brasileira.
Em 19 de Dezembro de 1953 ocorreu a inauguração das novas instalações da Biblioteca no Sobrado da Rua Carlos Ferrari nº 111, em cima da sorveteria Skimell, depois se mudou para a Rua Sargento Wilson Abel de Oliveira nº 70, em cima do Rotary Clube de Garça, de onde foi transferida para a Rua Coronel Joaquim Pizza nº 186, em uma área de 190 m2.
Em 05 de Maio de 1987 foi inaugurada no prédio situado à Rua Barão do Rio Branco nº 131, com área de 497,40 m2. em 19 de novembro de 1996 iniciou a mudança da Biblioteca para uma área de 1.076,88m2, no centro Cultural situado à avenida Dr. Rafael Pães de Barros nº 522.
Estação Ferroviária de Garça
A estação de Garça foi inaugurada no dia de ano novo de 1928, permanecendo como ponta de linha até o final desse ano. O núcleo que já existia chamava-se Garça, por causa do ribeirão do mesmo nome, que ali nascia; a cidade ainda por um curto espaço de tempo, chamou-se Incas e depois Italina, talvez por causa do alfabeto da Paulista (a estação anterior tinha levado a letra G, em Gália). Acabou por ficar como Garça mesmo, tendo então a linha ficado com dois GG seguidos. Também em 1967, antigos moradores e ferroviários se lembram do trem da Paulista que passou por Garça-velha, vindo de Adamantina, recolhendo em 1967 mantimentos para os flagelados de Caraguatatuba, vítimas da grande inundação e desabamento do início desse ano. As pessoas esperavam nas estações do trecho com donativos e alimentos, também fato registrado com fotografias na época. Nos anos 70, com a retificação do trecho, a estação foi desativada, mais precisamente em 05/05/1974, mesmo dia que a nova estação foi inaugurada, fora da cidade, com o mesmo nome. Foi demolida, antes de 1986. O trecho urbano da ferrovia original em Garça tinha vários pontilhões - todos retirados em 1976, juntamente com os trilhos. Existem várias fotos retratando toda essa erradicação.
Histórico da linha:O chamado tronco oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até o rio Paraná, foi constituído em 1941 a partir da retificação das linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú (originalmente construído pela Cia. Rio-clarense e depois por pouco tempo de propriedade da Rio Claro Railway, comprada pela Paulista em 1892), de Agudos e de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã, foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná, onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976, já com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado, suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998 operados pela Ferroban, seguiram trafegando pela linha precariamente até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos.
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Festa da Cerejeira
Toda alta temporada do inverno Brasileiro, o município de Garça realiza a Festa da Cerejeira, comemoração que celebra a florada anual de um extenso parque das cerejeiras, localizado a beira do Lago Artificial J.K. Williams, ponto turístico da localidade.
A magnífica florada proporcionada pelas árvores originou um surpreendente assédio da colônia japonesa, concentrada nas cidades circunvizinhas. Para assistir o espetáculo das cerejeiras e matar um pouco a saudade do Japão, centenas de japoneses passaram a dirigir - se, em excursão a cidade.
Com o passar dos anos, o grande encontro da colônia oriental tornou - se um evento comemorativo da cultura, incentivando artesões, músicos, dançarinos e cozinheiros a exporem e comercializarem as suas especialidades. Como conseqüência disso, mais visitantes passaram a locomover - se em direção ao encontro em sua grande festa temática oriental.
Centenas de ônibus, provenientes da cidade de Bauru, Tupã, Marilia, Bastos, Agudos, Presidente Prudente, Getulina, entre outras, passaram a freqüentar o acontecimento, cuja divulgação ainda era feita "boca a boca".
Durante os 16 anos de realização, a Festa da Cerejeira foi sendo descoberta pelo público e os realizadores foram avaliando suas reais dimensões. Segmentada e temática, a comemoração estende - se por 3 dias de intensa programação cultural, gastronômica, social e esportiva.
Lago Artificial Municipal "Jennings Kendrick Williams"
A inauguração foi em 28-08-80 . Foram plantadas 70 pés de ipês - oferta de um cidadão de Álvaro de Carvalho, Sr. Gentil Cavalaria - e 500 mudas de cerejeiras - autor do plantio Koske Ichisato, ou “Nelson da Quitandinha” .
Atualmente é um ponto de encontro de jovens e famílias para passar o dia. Se desfrutando das lanchonetes, dando alimentos aos peixes que há em grande quantidade, e passeando no tradicional pedalinho de Garça.
Hino
Conquistando o solo dos bugres
No encanto do imenso espigão
Bela Garça aos olhos tu surges
Para o bem, para a fé da Nação
Em teu solo família de bravos
Do ideal, fortaleza viril
O café plantam, sem ser escravos,
Para riqueza do nosso Brasil
Avante Garça
Pelo céu cor de anil
Por teus filhos
Por São Paulo
Pelo Brasil
Na alvura do teu ideal,
Pra grandeza dos filhos de Garça,
No trabalho, instrução, tons fanal,
De conquista em conquista realças.
Em teus vôos conquistas vitórias
Pra teu solo e pra os filhos teus
Estas hoje coberta de glórias,
Em mil graças rendemos a Deus
Avante Garça
Pelo céu cor de anil
Por teus filhos
Por São Paulo
Pelo Brasil
Música – Maestro Antônio Lazarini
Autor – José Porfirio
Lei n° 3.416 / 2000