Denominações anteriores: São Joaquim.
Fundadores: Manuel Damásio e Manuel Gouevia de Lima.
Data da fundação: Ano de 1896.
Em 1952 dois jornalistas joaquineneses, de maneira diferente, mas com os mesmos propósitos, escreveram em “Memorial Histórico” o seguinte: Os povoadores de Ipuã procederam de Caldas e outros lugares de Minas Gerais. E os de São Joaquim, que já se chamou “Capão do Meio”, São Joaquim, São Joaquim do Oyçaí, novamente São Joaquim e finalmente São Joaquim da Barra, (Barra, por causa do nome do córrego que dividia o território de Ipuã a este, e para atender a exigência legal de evitar nomes iguais para mais de uma cidade) foram Manoel Damásio Ribeiro, português, vindo do sítio Ventania, comarca de Batatais, deste Estado; Francisco Fernandes Vidal, espanhol; Manoel Gouveia de Lima, desta zona; Manoel Trindade da Silva, baiano, além de outras pessoas e famílias que já moravam nestas imediações e que foram para dentro de Capão do Meio ao se esboçar o povoado.
São Joaquim era pouso habitual de viajantes, negociantes e tropeiros no percurso entre Ipuã e Nuporanga (Espírito Santo de Batatais), daí ser escolhido pelo Sr. Manoel Damásio Ribeiro para ponto de uma venda à beira da estrada.
Antes já havia vendinha do outro lado do córrego (cemitério), mas a formação da cidade, ou seja o povoamento, deu-se onde Damásio construiu a primeira casa, e precisamente onde está o estabelecimento comercial que tem o seu nome e que pertence a J. C. da Silva Leça.
Dizem alguns antigos joaquinenses que antes da chegada do Sr. Damásio ao antigo “Capão do Meio” , já havia outros habitantes a ocupar os casebres de pau-a-pique aqui levantados.
Portanto, o “Capão do Meio” já era habitado em 1891, todavia, o homem que primeiro construiu uma casa de telhas e tijolos no povoado, e aqui se fixou em caráter definitivo, foi o Sr. Manoel Damásio Ribeiro.
Formação administrativa – São Joaquim da Barra esteve sob orientação administrativa de Orlândia, como distrito criado pela Lei Estadual n° 859, de 6 de dezembro de 1902. Quatro anos após, em 19 de dezembro de 1906, pela Lei n° 1.035, foi São Joaquim elevada à categoria de Vila.
Desmembrou-se do município de Orlândia por força do disposto na Lei n° 1.588, de 26 de dezembro de 1917, tendo sido constituído como município autônomo, sendo que sua instalação deu-se em 10 de abril de 1918.
Na divisão administrativa referente ao ano de 1933, bem como nas territoriais datadas de 21 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, no quadro anexo ao Decreto-lei Estadual n° 9.073, de 31 de março de 1938, o Município de São Joaquim figura com os distritos da sede, o de Olhos D’Água, assim permanecendo no quadro, em vigência no qüinqüênio 1939-1943, fixado pelo Decreto-lei Estadual número 9.775, de 30 de novembro de 1938. Pelo Decreto-lei Estadual n° 14.334, de 30 de novembro de 1944, o município de São Joaquim tomou a denominação de São Joaquim da Barra, conservada até o presente.
Formação Judiciária – A comarca de São Joaquim foi criada pela Lei n° 2.256, de 31 de dezembro de 1927. Segundo as divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, e o quadro anexo ao Decreto-lei Estadual n° 9.073 de 31 de março de 1938, o município de São Joaquim está subordinado ao termo único da Comarca de igual nome, termo este constituído apenas pelo referido Município. Essa situação foi mantida nos quadros fixados pelos Decretos Estaduais n° 9.775, de 30 de novembro de 1944, para vigorarem, respectivamente, no qüinqüênio 1939-1943 e 1945-1948, observando-se, porém, que neste último período a Comarca, o termo e o Município se denominaram São Joaquim da Barra.
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São Joaquim da Barra recebeu este nome por ter sido fundada em antigos terrenos da fazenda São Joaquim.
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Rolando Boldrin
Rolando Boldrin nasceu em São Joaquim da Barra, SP, em 22 de Outubro de 1936. Aos sete anos, já tocava viola e, aos 12, formando com um irmão a dupla Boy e Formiga, fazia sucesso no rádio de sua cidade. Incentivado pelo pai, resolveu tentar a sorte em São Paulo SP, onde trabalhou como sapateiro, frentista, carregador e garçom, antes de se firmar como artista.
Estreou na carreira musical nos anos de 1960, participando de um disco da cantora Lurdinha Pereira, que logo se tornou sua esposa e produtora de seus discos. Foi pioneiro na realização de programas de televisão dedicados a musica brasileira autentica, de inspiração regional, diferenciada da musica sertaneja de consumo: Som Brasil (TV Globo), Empório Brasil (TV Bandeirantes) e Empório Brasileiro (SBT).
Sintetizou a experiência profissional na realização de "teatros musicados", espetáculos em que seu personagem se transforma em ator, cantador, poeta, interprete e contador de "causos": Palavrão, show com a Banda de Pau e Corda (1974), Teatro de quintal (1975), Paia... assada (1987) e Brasil em preto e branco (1993 e 1994) foram consagrados pelo publico e pela critica. No radio, criou o programa Violas de Repente, apresentado na Rádio Jornal de São Paulo (1980 e 1981) e na Rádio Globo (1982). Destacou-se também no cinema, premiado pela APCA por sua participação no filme Doramundo (1978), de João Batista de Andrade.
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Total de habitantes: 45.110 (População estimada 2005 em 1.7.2005)
Mulheres residentes: 17.712 (10 anos ou mais de idade - municípios vigentes em 2001)
Homens residentes: 17.117 (10 anos ou mais de idade - municípios vigentes em 2001)
Área da unidade territorial (km²): 412
PIB a Preço de mercado corrente - 2001: 309.837 Mil Reais
PIB a Preço de mercado corrente – 2002: 62.452 Mil Reais
Óbitos e Serviços de Saúde 2002-2003:
Óbitos hospitalares - Homens - 76
Óbitos hospitalares - Mulheres - 58
Óbitos hospitalares - Doenças infecciosas e parasitárias - 9
Óbitos hospitalares - Causas externas - 0
Estabelecimentos de saúde - Total - 69
Leitos hospitalares - 126
Leitos hospitalares disponíveis ao SUS - 98
Registro Civil 2002:
Nascidos vivos - 709
Casamentos - 195
Separações judiciais - 46
Representação Política 2004:
Nome do candidato eleito – Maria Helena Borges Vannuchi
Número de votos do candidato eleito - 12.606
Nome do candidato segundo colocado – Wagner José Schmidt
Número de votos do candidato segundo colocado - 11.168
Votos válidos - 27.049
Número de eleitores - 30.718
Instituições Financeiras 2004:
Número de Agências - 9
Operações de Crédito - R$ 116.279.710,35
Depósitos à vista - governo - R$ 775.798,14
Depósitos à vista - privado - R$ 18.130.015,77
Poupança - R$ 48.688.800,51
Depósitos à prazo - R$ 39.487.027,70
Obrigações por Recebimento - R$ 32.275,31
Finanças Públicas 2003:
Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM - R$ 5.938.017,60
Valor do Imposto Territorial Rural - ITR - R$ 100.830,74
Frota 2004:
Automóvel - 9.427
Caminhão - 731
Caminhão trator - 185
Caminhonete - 451
Micro-ônibus - 34
Motocicleta - 3.163
Motoneta - 1.217
Ônibus - 118
Trator de rodas - 0
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Estação São Joaquim da Barra
A estação foi aberta em 1902 como São Joaquim. Depois foi ampliada em 1909. Em 1945, o CNG determinou a mudança de nome para o atual. Era uma estação com enorme movimento. Em 1955, havia 20 mil sacas de cereais armazenados, aproveitando todo o espaço disponível. No vestíbulo, pilhas de café beneficiado e só um corredor para movimentação dos passageiros. Até na sala de espera havia cereais. As queixas contra a estação, agora já no centro da cidade, aumentavam. A estação foi finalmente desativada em 1979 e substituída por uma outra, nova, do lado oeste da cidade. Os trilhos foram retirados poucos anos depois, e, em 1985, a imprensa denunciava o estado deplorável em que se encontrava a estação da Mogiana. No fundo as casas desativadas, antigas moradias de funcionários da Companhia. O pátio dos trilhos ainda estava abandonado, não havia avenida. O leito da linha, que passava dentro da cidade, foi mais tarde transformado numa avenida larga, e a estação transformou-se em rodoviária.
Histórico da linha:
O ramal de Igarapava foi aberto em seu primeiro trecho, em 1899, até Jardinópolis, a partir do local em que seria construída a estação de Entroncamento, um ano depois. Em 1905, chegou a Igarapava, então ainda Santa Rita do Paraizo. Em 1914, atingiria a linha do Catalão, já em Minas Gerais, pouco antes de Uberaba. O ramal atravessava as melhore terras de café do norte do Estado. Em fevereiro de 1979 foi fechado para cargas, e em 10/05/1979 para os trens de passageiros, e substituído pela variante Entroncamento-Amoroso Costa, que correria mais a oeste da linha velha e se tornaria então a continuação do tronco retificado da ex-Mogiana. Os trilhos foram retirados por volta de 1986, sobrando apenas as velhas estações, abandonadas ou com outras funções.