Denominações Anteriores: Jacarezinho.
Fundadores: Heráclito Sandano, Francisco Lourenço, Manuel Soutelo, Abuássali Abujamra, Benedito Ferreira, Asgeli Chistoni, José Felipe Amaral, Isordino Cunha, Benício José do Espírito Santo, Odilon Chaves, Jacinto Ferreira de Sá, Francisco Príncipe, João Neder, Domingos Garcia, Bento Pereira, Joaquim Gil de Carvalho.
Data da Fundação: Ano de 1906.
Em fins do século XIX as monoculturas de café e algodão atingiram os sertões junto ao Rio Paranapanema. Nessa época teve início a imigração Italiana que rapidamente povoou a região. Isso levou Jacinto Ferreira de Sá a adquirir de Escolástica Michert da Fonseca, grande propriedade de terras, tendo loteado a parte central e doado terras para construção de um grupo escolar, sede de administração e um templo metodista.
Em 1906 teve início o povoamento com pequeno número de casas. Os primeiros moradores da cidade foram os srs: Heráclito Sândano, Francisco Lourenço, Manoel Soutello, Abuassali Abujamra, Benedito Ferreira, Ângelo Christoni, José Felipe do Amaral, Isordino Cunha, José Fernandes Grillo e Odilon Chaves.
Dois anos depois, o progresso foi acentuado quando a Estrada de Ferro Sorocabana inaugurou uma parada, depois transformada em estação. Nessa época, a parada servia de baldeação aos passageiros com destino ao patrimônio vizinho de Ourinhos (atual Jacarezinho-PR). Dessa forma ao embarcarem em outros centros para o povoado Paulista, diziam que iam para “Ourinhos”, muito embora fosse parada intermediária. Por haver apresentado maior progresso que o patrimônio Paranaense, o nome Ourinhos foi dado ao povoado Paulista.
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Um velho mapa de 1908 mostra a cidade de Ourinho (no singular), no Paraná, no lugar da atual Jacarezinho. Não é obra anônima ou de amador. Editado pela seção cartográfica do Estabelecimento Graphico Weiszflog Irmãos, de São Paulo, foi incluído como o Mappa da Viação Férrea de São Paulo mostrando a zona tributária da Sorocabana Railway Company no relatório da ferrovia. O mapa ainda não registra a existência de Ourinhos. Existe apenas o pontilhado vermelho indicando o trecho da estrada de ferro em construção entre Ipauçu e Salto Grande. O começo do nosso começo.
Apesar do trabalho detalhado dos irmãos Weszflog, há um falso mistério e algumas polêmicas entre historiadores municipais em torno desses nomes. Na realidade, a Ourinho paranaense foi também Nova Alcântara por escolha do seu fundador, o mineiro Antonio Alcântara da Fonseca, que se fixou naquelas terras em 1888. Jacarezinho era um distrito policial do município de Tomazina. Todas elas, pequenas e perdidas povoações. Jacarezinho é, originalmente, o nome de um rio e Ourinho, o de um riacho que vai dar o ribeirão Fartura, afluente do Paranapanema. Movia então a roda d'água da serraria de João Frutuoso de Melo Coelho, por volta de 1896. Em 1926 foi represado para servir de piscina pública. Hoje está canalizado na parte central da cidade.
Entre tantas denominações, o patrimônio de Nova Alcântara, ou Ourinho correu o risco de se chamar Costina, em homenagem ao fazendeiro e político Antonio José da Costa Junior, que recusou a discutível honraria. Sua fazenda, aliás, chamava-se Ourinhos e, atravessando o Paranapanema, chegava até o lugar conhecido como Água do Jacu, atual bairro rural ourinhense. Nunca se estudou o fato, mas há a possibilidade de a fazenda ter ajudado a determinar o nome da cidade de Ourinhos.
Finalmente, a lei estadual 352, de 2 de abril de 1900, estabeleceu que Nova Alcântara (ou Ourinho) e o distrito policial de Jacarezinho fossem levados a termo (criação do judiciário) de Jacarezinho, nomeado juiz e adjunto de promotor. A Lei 525, de 9 de março de 1904, criou a comarca de Jacarezinho. Deixava de existir a Ourinho paranaense, ainda que os mapas seguissem por algum tempo a antiga denominação. Os trilhos da Sorocabana oficializaram por sua vez a Ourinhos paulista, que herdou o nome por tradição oral. Estava no caminho daquela outra, a do Paraná, e da fazenda de Costa Junior. É a hipótese mais viável.
Extraído do livro: "Ourinhos, memórias de uma cidade paulista" - Jefferson Del Rios
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Desembargador Vasco Conceição
Dá nome ao Fórum da cidade de Ourinhos. Vasco Conceição nasceu em Limeira, interior de São Paulo, em 9 de abril de 1904. Bacharelou-se em Direito pela USP em 1927. Foi juiz de direito, vice-presidente do Tribunal de Alçada do Estado de São Paulo e desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Foi ainda comissário de polícia em Campinas, Botucatu e Itapetininga; delegado de polícia em Bananal, Salto Grande e Socorro e, membro da comissão encarregada de elaborar o regimento interno do Tribunal de Alçada. Faleceu em 13 de setembro de 1980.
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Estação de Ourinhos
A estação de Ourinhos foi inaugurada no final de 1908. Já em 1926, foi construído um novo edifício, devido ao aumento do tráfego na região. A partir de 1925, daqui passou a sair a estrada de ferro para o Norte do Paraná, primeiramente da E. F. São Paulo-Paraná e depois encampada pela RVPSC, no início chegando até Cambará e hoje atingindo Cianorte, e que acabou por ser a responsável pela origem de inúmeras cidades, como Londrina, em 1934, e Maringá, em 1948. Em 1969, foi entregue o novo prédio da estação, o atual. (nota: a data de 1969 aparece nos relatórios da EFS, enquanto em outras fontes se encontra a data de 1/3/1963, que pode ter sido a data do início de sua construção). Em 1981, passou por ali o último trem que seguia para Maringá. Esses trens vinham direto da Júlio Prestes com carros da Sorocabana e não da RFFSA, embora entrassem pelo ramal de Cianorte. Mais ou menos na mesma época, provavelmente um pouco antes, pararam também os trens que ligavam Ourinhos a Curitiba, em carros de madeira até o final. Em 1997, reativou-se a locomotiva a vapor a partir dessa estação, com fins turísticos, num trecho curto de linha, operação logo desativada. Em 16 de janeiro de 1999, deixou de receber trens de passageiros. Hoje é uma das pouquíssimas estações que permanecem ativas no trecho entre Rubião Júnior e Presidente Epitácio, devido ao fato de ser ponto de chegada e partida dos ramais da ALL que seguem para o Paraná.
Histórico da Linha: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
Diocese de Ourinhos
A Diocese de Ourinhos foi criada em 30/12/1998 pela Bula "Ad Aptius Consulendum" do Papa João Paulo II, desmembrada da Arquidiocese de Botucatu e das Dioceses de Assis e Itapeva.
Parque Olavo Ferreira de Sá
O parque Olavo Ferreira de Sá também oferece um formidável potencial para o turismo clássico e, ainda, para o turismo de negócios. O local conta com infra-estrutura completa para a realização de feiras temáticas e similares.
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Hino
Canto a nossa terra
Berço que encerra um povo varonil.
Canto o pioneiro que a semente um dia fez florir.
Brado toda essa lida
Que a mão sofrida aos poucos esculpiu.
Ourinhos, tu és fruto de trabalho e amor.
Solo de terra tão roxa
De campos verdes cercados de água e céu.
Foste um dia café,
Hoje os horizontes são teus canaviais.
Pardos Panemas e Turvos,
Leitos que banham todos os dias teus.
Ourinhos, tu és majestoso esplendor.
No sudoeste paulista és a força que avança
E persegue a meta de ser sempre bem melhor.
Neste limite de estado és a guardiã,
És a ponte primeira da integração.
Sabes qual é teu caminho,
Não sais dos teus trilhos.
Constrói um ideal.
Ourinhos, o futuro é a estação final.
Autor: Fernando Henrique Mella Ribeiro