Denominações Anteriores: Fazenda Pederneiras e São Sebastião da Alegria.
Fundadores: Manuel dos Santos Simões e seus filhos Manuel Leonel dos Santos e João Leonel dos Santos.
Data da Fundação: No ano de 1848.
Até 1840, o território hoje ocupado pelo município de Pederneiras estava inteiramente em poder dos índios. A revolução de São Paulo e Minas, tendo como líder Diogo Antônio Feijó, em 1841 e 1842, fez com que inúmeros habitantes dos centros populosos destes dois Estados se embrenhassem pelos sertões, fugindo ao recrutamento. Desceram esses retirantes acompanhando o curso do Rio Tietê, via de acesso às selvas bandeirantes. Por essas mesmas águas históricas vieram também, como os refugiados de 1842, os fundadores de povoados e plantadores dessas grandes cidades marginais do lendário “Y-ETÊ” de Piratininga.
Antes da Constituição Republicana de 1891, que fez a separação entre a Igreja e o Estado, os primeiros emissários da Civilização que atingia as regiões inexploradas podiam tomar posse dos terrenos que pretendessem colonizar. A legalização dessa posse resultava de uma simples formalidade: o Registro do Vigário, para provar o domínio e garantir a posse dos pequenos sítios ou de vastos latifúndios.
Para esta região tal registro era feito na sede paroquial de Botucatu (Freguesia de Santana). Ali compareceram em 1848, os sertanistas Manuel dos Santos Simões e seus filhos Manuel Leonel dos Santos e João Leonel dos Santos, que foram os primeiros posseiros das terras em que localiza esta cidade, e denominaram-na “Fazenda Pederneiras”, em virtude da grande quantidade de pedra-de-fogo encontrada no local.
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Originário da “Pedra dura que produz lume” que são abundantes neste município.
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Antonio Ruiz Filho
Antonio Ruiz Filho, 43 anos, é formado pela PUC-SP em 1984, sempre dedicou-se à Advocacia criminal. Integra a Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP desde 1985, da qual tornou-se Coordenador Consultivo. Foi examinador, em matéria penal, no exame oral de ingresso à OAB-SP, por cerca de cinco anos, até a sua extinção. No Instituto dos Advogados de São Paulo foi responsável pelo “Informativo” e pela “Revista do IASP”, bem como diretor-responsável pela Comissão dos Novos Advogados. Foi eleito e ingressou no Conselho Diretor da AASP em 1998, onde ocupou os cargos de 2° tesoureiro, 1° tesoureiro e 1° secretário duas vezes. É casado há 12 anos com Maria Helena Beukers Ruiz, com quem tem duas filhas, Juliana (10 anos) e Natália (8 anos). É o atual presidente da AASP - Associação dos Advogados de São Paulo.
Casa Bancária Antônio Ruiz & Filhos e Banco Nacional Paulista S/A – A Casa Bancária funcionou durante vários anos em Pederneiras e foi transformada em Banco Nacional Paulista S/A. Foram seus fundadores os Srs. Antônio Ruiz Romero e seus filhos, Francisco, Antônio e Vicente Ruiz. Antônio Ruiz Romero faleceu e Vicente Ruiz retirou-se da sociedade. Francisco Ruiz e Antônio Ruiz Filho que se tornaram os maiores acionistas do Banco, cederam o controle acionário a Moizés Lupion e seu grupo.
VALE A PENA
Convidado pelo amigo Milton Rondas a escrever nesta coluna, revisitei, de memória, alguns lugares realmente incríveis. No Velho Mundo, recordei-me da Amsterdam da pequenina Anne Frank e de Rembrandt, que se vê no Rijksmuseum; de Bruxelas, o seu instigante museu da música e a histórica Grand Place — também vale citar, na Bélgica, a simpaticíssima Bruges, que num átimo transporta o visitante ao tempo medieval; Londres do belíssimo Hyde Park e dos grandes musicais que depois percorrem o mundo; da encantadora Madri do museu de Velásquez; Paris e seus tradicionais Bar du Théâtre e La Coupole. No continente americano, a gélida Montreal, dividida pelo idioma, e a Quebéc do belíssimo Château Frontenac; as interessantes Boston e Chicago; a requintada Palm Beach e o fantástico The Breakers Hotel. Mais próxima, a Buenos Aires do impecável Hotel Four Seasons, e seu concorrido brunch dominical, ou do tradicional Alvear, e também das noites de tango no El Carandi às quinquilharias da feira de San Telmo. Tanto mais valeria ser lembrado...
Contudo, preferi voltar-me à origem e dizer de um quase anônimo quinhão de terra extremamente fértil, centro-oeste do interior paulista, rodeada pelas progressistas Bauru e Jaú. Presto um tributo a Pederneiras. Sendo paulistano e nunca tendo morado noutro canto, de minhas viagens a Pederneiras, acompanhando meus pais lá nascidos, guardo grandes recordações da minha infância e juventude.
Com 40 mil habitantes, hoje cultiva a cana-de-açúcar em lugar do café do passado. O rio Tietê, que lá possui águas tão surpreendentemente límpidas que até permitem o lazer aquático, sendo navegável, deu lugar a importante porto intermodal, formado pela ligação da hidrovia com a ferrovia e rodovia. Um castelo de verdade, em que mora uma prima da família, construído em 1911, é um de seus principais atrativos turísticos.
Para mim sempre valeu a pena estar naquele clima quente, empoeirado pela característica terra roxa, ladeado daquela gente simples e boa.
Texto publicado no jornal Tribuna do Direito em janeiro de 2005
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Castelo Furlani
A história de Pederneiras reserva grandes atrações para quem se dispuser a estudá-la. Entre os destaques da história do município figura Fausto Furlani. Nascido na província de Trento, Áustria, em 1876 - hoje pertence a Itália, Fausto Furlani se aventurou a se mudar para uma terra distante, sobre a qual pouco, ou quase nada conhecia. Acabou desembarcando em Pederneiras. Em 1908, surgiu a idéia de construir um castelo numa terra cercada de índios, quando uma pequena casa habitada apenas por ele e sua mulher recebeu uma parte das famílias Furlani e Colati, incluindo o pai de Fausto, Amadeu Furlani. Construir mais uma ou duas casas ou mesmo ampliar a já existente não pareceu uma idéia atraente para famílias acostumadas a viver entre os castelos da região de Trento. O caminho mais "simples" foi construir um castelo. O local era propício. A pequena casa, que viu crescer ao seu lado um castelo, ficava próxima da água. O terreno, em declive acentuado, completava a paisagem. A área total para a construção era de pouco mais que um hectare. O castelo começou a ser construído em 1911, com cimento importado da Alemanha e telhas de Marselha, França. Fausto Furlani, que era engenheiro, quase não participou da construção do castelo. Ele foi o responsável pelo desenho da planta, mas passava a maior parte do tempo a procura de materiais para a construção.
O pai, Amadeu Furlani, mestre de obras, e os irmãos, trabalhavam na construção efetiva do prédio. Aos poucos, à medida que as paredes iam subindo, a região já começava a se transformar. Até mesmo a paisagem foi modificada. As árvores nativas foram substituídas por plátanos e araucárias, plantas que até então só eram encontradas, no Brasil, na região Sul. Na época, ainda como um dos últimos locais "civilizados" antes do sertão para o oeste, Pederneiras sofria com a constante presença de bandidos. O castelo foi construido dentro de alto padrão de segurança. Uma porta de madeira muito resistente e uma ponte elevadiça no acesso ao 1º andar garantiam a segurança dos moradores. A iluminação, cuja previsão inicial era para ser a gás, com gerador a carbureto e água, foi substituída por uma usina de eletricidade movida através do aumento da retirada de água do córrego, tocada por uma turbina Pelton. Era a modernidade e a tradição européia atingindo os olhos, de espanto e admiração, das pessoas que passavam pelo local.
Lago dos Paturis
Localizado à margem esquerda do Rio Tietê, encontram-se o loteamento Lago dos Paturís, que ocupa uma vasta área urbanizada e ornamentada com modernas residências, vários ranchos e chácaras destinados ao lazer e descanso de grupos de amigos e famílias nos fins de semana. É um recanto aprazível que apresenta aos visitantes magnífica e atraente visão panorâmica.
Parque Ecológico
O Parque Ecológico é um local para descanso e encontro com a natureza. Possui um bosque com várias espécies de árvores, playground, quiósques, palco para shows, lagoa e pesqueiro. Oferece toda infra-estrutura com água encanada e churrasqueira, lanchonetes e aluguel de acessórios para uma boa pescaria.
Estação Ferroviária de Pederneiras
A estação de Pederneiras foi aberta em 1903, como ponta de linha do ramal de Agudos. Em 1905, o ramal foi estendido até Piratininga, e, a partir de 1910, passou a ser a estação de saída para o novo ramal de Bauru, que seguia para essa cidade e se encontrava com a Noroeste. Com a retificação das linhas da Paulista em 1941, Pederneiras passou a fazer parte do tronco oeste, com a linha agora vindo de Jaú, e o novo, e mais curto, ramal de Agudos passou a sair dessa estação, para terminar em Piratininga. Em 1966, esse ramal foi extinto. A Ferroban construiu um ramal para da estação atingir o rio Tietê e receber mercadorias vindas de Goiás pela hidrovia. A estação foi ocupada por alguns anos pela Ferroban depois da privatização da Fepasa em 1998, mas atualmente está abandonada, tendo sido depredada e saqueada.
Histórico da Linha: O chamado tronco oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até o rio Paraná, foi constituído em 1941 a partir da retificação das linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú (originalmente construído pela Cia. Rio-clarense e depois por pouco tempo de propriedade da Rio Claro Railway, comprada pela Paulista em 1892), de Agudos e de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã, foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná, onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976, já com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado, suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998 operados pela Ferroban, seguiram trafegando pela linha precariamente até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos.
Igreja Matriz de São Sebastião
Sob a liderança do Monsenhor José Montezuma, Pároco da Igreja Matriz de São Sebastião, juntamente com uma comissão, foi providenciada a demolição do edifício da antiga Igreja Matriz da Praça Dr. Joaquim de Sales, dando lugar à construção do novo edifício da Igreja Matriz do Padroeiro São Sebastião. O projeto do novo edifício foi elaborado pelo engenheiro Dr. Benedito Calixto de Jesus Neto, de São Paulo. A execução da obra foi confiada ao construtor pederneirense Jacinto Ghiraldeli. A comissão executiva recebeu todo o apoio e colaboração do Revdmo. Dom Henrique de Goulart Trindade, Arcebispo da Diocese de Botucatu, que recomendou ao Monsenhor José Montezuma que todos os recursos disponíveis da Paróquia fossem empregados na obra de construção. As obras tiveram início em outubro de 1949 e foram concluídas na década de cinqüenta, por volta de 1955.
Escola Eliazar Braga
O Governo do Estado, prestando homenagem ao antigo morador e político de Pederneiras, deu a denominação de Grupo Escolar “Eliazar Braga” ao estabelecimento de ensino localizado na rua Eliazar Braga, nesta cidade.
Mauri do Brasil
A fábrica localizada em Pederneiras é reconhecida mundialmente pela modernização e automatização. Construída entre 1994 e 1995 e inaugurada no início de 1996, é considerada um modelo entre fábricas de fermento. A empresa foi fundada em 1878, na Austrália, pelos irmãos portugueses José e Joaquim Mauri, com o nome de Mauri Brothers. Os empreendedores haviam deixado a Europa alguns anos antes com destino à América, onde adquiriram experiência para, mais tarde, iniciarem a produção de fermento biológico na próspera terra dos cangurus.
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Hino
Pedra de fogo, Água cristalina,
Tietê hoje e Hidrovia,
Uma história que vem de Minas:
Três sertanistas, Na terra roxa,
Sementes da paz, Que aqui germina.
Fomos forjados De amores Brasileiros,
Um universo de cores E timbres estrangeiros
São bem bonitas Nossas Bandeiras,
Dizem bem alto De Pederneiras.
Somos irmão, partes da mesma flor,
Destino do sangue que o azul irrigou.
São muitas raças, encontros de amor,
O mundo inteiro no meu interior.
OBS. 2ª vez - (4ª linha): A História retorna a Minas
Rio Tietê, canto com você uma vida inteira;
Há muitas estórias vivas na memória de Pederneiras.
Letra e Música
Prof. Roberto Gonçalves Juliano
Maestro Vidal França
Arranjos para Orquestra
Matestro Branco
Versão Popular
Maestro Vidal França