Denominações Anteriores: Espírito Santo da Fortaleza.
Fundadores: Felicíssimo Antonio de Sousa e Antonio Teixeira do Espírito Santo.
Data da Fundação: 1º de agosto de 1896.
A vasta região onde hoje se localiza Bauru era, há pouco menos de um século, assinalada nos mapas da época simplesmente como “sertões desconhecidos-índios caingangs”. Os selvagens dessa tribo dominavam completamente aquela parte do oeste paulista e repeliam com violência os brancos que tentavam invadir seus domínios. A hostilidade dos nativos, todavia, não conseguiu arrefecer a atração que aquelas terras férteis exerciam no espírito dos pioneiros. Contam-se entre os desbravadores da região: Pedro Nardes Ribeiro (em 1834), proprietário das matas, José Gomes Pinheiro Veloso (em 1849), posseiro no “sertão de Bauru” e Pedro Francisco Pinto (1852), trucidado às margens do rio Batalha.
O mineiro Azarias Ferreira Leite, autêntico bandeirante, deixou seu Estado natal e, juntamente com a esposa e o sogro, ambos fluminenses, quebrou a impenetrabilidade dos sertões. Radicou-se ali em 1889, cabendo-lhe, assim, a honra de fundador de Bauru. Após organizar sua fazenda e iniciar a cultura do café, começou a dedicar-se ao nascente povoado, para onde afluíram, então, outros pioneiros.
Começaram a aparecer novos moradores, em sua maioria amigos e parentes de Azarias Ferreira Leite e seu parente João Batista de Araújo Leite. Este último foi o fundador da fazenda Val de Palmas, que chegou a contar com uma lavoura de café calculada em meio milhão de pés. Em 1905, já iniciada a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, chegaram os trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana e em 1910 os da Cia. Paulista de Estradas de Ferro.
A evolução histórica de Bauru pode ser dividida em três partes distintas: desde o desbravamento das terras e lutas políticas até sua formação de comunidade voluntariosa e conseqüente mudança da sede do município, com ratificação do Governo do Estado, constitui sua primeira fase; a segunda compreende o período de crescimento vegetativo, como que a amadurecer e a guardar energias para o futuro e vai até o primeiro quartel deste século; o terceiro período começa junto com o segundo quartel deste século e se caracteriza por progresso e crescimento sem limites. Desbravada a terra, descansou para tomar fôlego e conhecer-se, agora acelera seu desenvolvimento como cidade prodigiosa do interior paulista.
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YUM BAY YURU.
Bauru= Fio d'água dependurado escorrendo por gargantas estreitas.
Explica Teodoro Sampaio: o topônimo Bauru resulta da corruptela de Ybá = urú - termo tupi, que significa “cesto de frutas”.
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Luiz Elias Tâmbara
Luiz Elias Tâmbara nasceu na cidade de Bauru. Graduou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Bauru. Em 1966 foi nomeado para a 28º Circunscrição Judiciária com sede em Ribeirão Preto. Em 1967 foi promovido a Juiz de Direito de 1ª Entrância para a Comarca de Nhandeara. Em 1968 é nomeado Juiz de Direito de 2º Entrância para a Comarca de Guaíra. Depois de várias promoções, Tâmbara foi a desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo por critério de merecimento. No ano de 2001 foi eleito 4º vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Tomou posse em 2002 como Corregedor Geral da Justiça. Em 3 de dezembro de 2003foi eleito em sessão plenária Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, para o biênio 2004/2005.
Mauro Rasi
Mauro Rasi nasceu no dia 27 de fevereiro de 1949, em Bauru. Aos 13 anos iniciou sua aventura pelo mundo do teatro, participando de um concurso com sua primeira peça, escrita e dirigida por ele: "Duelo do Caos Morto", assistida por Antônio Abujamra, que na época o incentivou a escrever. O dramaturgo foi altamente influenciado pelas mulheres em sua obra teatral. A arte e a cultura entraram na sua vida pela mão das mulheres de sua família. Com poucos anos, ele era levado ao cinema pela avó. Depois, as tias é que o levavam e brigavam com o porteiro para ele entrar em filmes proibidos. Era uma situação tipo Amarcord. O primeiro livro, "A Vida de Mozart", ganhou de uma tia. Cinema, música, literatura, tudo lhe foi passado por mulheres. Três delas foram professoras. De francês, de literatura e de piano. Entre suas peças de maior sucesso estão: "A Cerimônia do Adeus", "A Estrela do Lar", "Viagem a Forli", "Ladies na Madrugada", "O Baile de Máscaras", "O Crime do Doutor Alvarenga", "Pérola", "A Dama do Cerrado" e "Alta Sociedade". Muitos dos textos fazem referências a situações familiares, em que os personagens femininos, como suas tias e sua mãe, sempre tiveram papel de destaque. O autor se inspirava em Bauru para escrever alguns de seus textos.
Na TV, escreveu para programas como "Armação Ilimitada", "TV Pirata", participou do programa "Fantástico" apresentando o quadro "A Hora do Alçapão", e foi colunista do jornal "O Globo" de 1996 a 2003. Rasi era um dramaturgo popular e também fazia sucesso com a crítica: foram ao todo 11 prêmios no teatro. "Pérola" foi um de seus maiores sucessos. Desde cedo, o dramaturgo sempre se dividiu entre a música e o teatro. Se formou em música pelo Conservatório Musical Pio XII em Bauru, mas o teatro falou mais alto. Rasi faleceu no dia 22/4/2003, no RJ.
Marcos Pontes
Marcos Pontes conseguiu realizar o sonho da maioria das crianças do mundo todo: ser astronauta. A realização do sonho é uma conquista não só pessoal para o tenente-coronel aviador da Força Aérea Brasileira (FAB), mas também nacional: ele é o primeiro astronauta do Brasil, e de todo o Hemisfério Sul – um verdadeiro marco para a história dos países abaixo da Linha do Equador. Marcos nasceu em Bauru, no interior de São Paulo, e suas maiores lembranças de infância são as visitas ao Aeroclube de Bauru para ver a Esquadrilha da Fumaça, e à Academia da Força Aérea (AFA) onde seu tio servia como membro da equipe de manutenção de aeronaves.
Foi aí que começou a dar asas a seus sonhos. Porém, o início de sua carreira foi bem difícil: começou a trabalhar como eletricista com apenas 14 anos de idade para pagar seus estudos no colégio técnico de eletrônica e teve que estudar muito até entrar para a Força Aérea. A partir daí, Marcos não parou mais: formou-se piloto militar, foi instrutor da aviação de caça, líder de esquadrilha, e voou em praticamente todos os aviões da FAB. Marcos nunca parou de estudar: cursou Engenharia Aeronáutica no ITA e fez mestrado em Engenharia de Sistemas em Moterey, na Califórnia, onde também faz doutorado. Foi essa combinação de teoria e prática, engenharia e vôo que o tornou o candidato ideal a representar o país quando o Brasil abriu uma seleção de astronautas em 1998.
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Anfiteatro Vitória Régia
Um dos mais destacados cartões-postais da cidade, o anfiteatro com concha acústica, palco e capacidade para 2 mil pessoas, está instalado num parque de 50 mil m2, com lago formado por nascente próxima, esculturas, equipamentos de lazer e muita área verde.
Igreja Tenrikyo
Fundada em 1951, foi construída seguindo o padrão da arquitetura de sua Sede, na cidade de Tenri no Japão.
Matriz do Divino Espírito Santo
A Diocese de Bauru foi criada em 1964, no contexto histórico do Concílio Vaticano II, que deu novos rumos à Igreja Católica, e do regime militar que oprimiu o país. Sua instalação definitiva se deu no dia 17 de maio de 1964, quando tomou posse seu primeiro bispo, D. Vicente Ângelo José Marchetti Zione. Naquele momento, a Diocese possuía 5.845 km², 12 municípios e 18 paróquias. Sua população somava 251.065 habitantes. A Arquidiocese de Botucatu cedeu as cidades de Agudos, Bauru, Boracéia, Cabrália Paulista, Duartina, Gália, Lucianópolis, Pederneiras e Piratininga, enquanto a Diocese de Lins cedeu Arealva, Avaí e Iacanga para a formação da nova Igreja Particular, como também é chamada cada diocese católica. O segundo bispo diocesano, D. Cândido Padim governou de 2 de agosto de 1970 a 4 de setembro de 90.
Seu sucessor, D. Aloysio José Leal Penna, iniciou seus trabalhos em 4 de setembro de 1990. Em junho do ano 2000, D. Aloysio deixa a Diocese de Bauru para assumir o governo da Arquidiocese de Botucatu. A partir de 29 de agosto de 2000, a administração da Diocese ficou sob a responsabilidade de Mosenhor Enedir Gonçalves Moreira, pároco da Paróquia Universitária do Sagrado Coração de Jesus, designado para a função de administrador diocesano, a partir da eleição realizada pelo Conselho de Presbíteros da Diocese. Apenas em 24 de outubro de 2001, o Papa João Paulo II anunciou a nomeação de D. Luiz Antonio Guedes como novo bispo da Diocese de Bauru. Sua posse foi celebrada no dia 23 de dezembro de 2001. D. Luiz era bispo auxiliar da Arquidiocese de Campinas e bispo de Martuba. Mosenhor Enedir Moreira passou a ser também Vigário Geral da Diocese. Atualmente, fazem parte da Diocese de Bauru 14 municípios: Agudos, Arealva, Avaí, Bauru, Boracéia, Cabrália Paulista, Duartina, Fernão, Gália, Iacanga, Lucianópolis, Paulistânia, Pederneiras e Piratininga. Hoje, são 38 paróquias e uma quase paróquia. Sua população é de aproximadamente 450 mil pessoas.
Museu Ferroviário Regional
Instalado na Estação Ferroviária, no centro da cidade, o Museu Ferroviário oferece ao visitante uma volta ao passado glorioso das ferrovias brasileiras, com exposição de fotografias, documentos, peças originais, maquetes e recriação de ambientes que remetem aos tempos da construção da NOB, até o final dos anos 30. Além de um passeio histórico através de curiosidades e peças de grande valor artístico, o Museu proporciona uma aula completa sobre a importância das ferrovias para o desenvolvimento econômico de Bauru e de todo o interior do Brasil.
Museu Histórico Municipal
Dividido em salas temáticas, o Museu Histórico Municipal de Bauru reúne fotos, textos, peças de mobiliário e equipamentos relacionados à história de Bauru desde os tempos de sua fundação.
Além da galeria com fotos de todos os prefeitos, o museu traz uma visão de como eram as escolas de antigamente, equipamentos industriais do início do século, implementos agrícolas empregados pelos colonizadores nas fazendas de café, o primeiro rádio e peças e documentos relacionados ao desenvolvimento das comunicações e de outros setores de Bauru.
Praça Rui Barbosa
Marco central da cidade de Bauru, mantem antigo coreto com arquitetura do início do século. A praça abriga também a igreja matriz de Bauru.
Biblioteca Municipal "Rodrigues de Abreu"
Inaugurada em 30/01/73, em homenagem ao poeta bauruense "Rodrigues de Abreu". Possui cerca de 15.233 obras diversas. Câmara Municipal – 1º Andar.
Benedito Rodrigues de Abreu nasceu em 27 de setembro de 1897. Poeta paulista, nascido em Capivari, dotado de grande inspiração e de notável senso artístico, faleceu no dia 24 de novembro de 1927, em Bauru. Era filho do Sr. Narciso Rodrigues de Abreu e de D. Leonor Ribeiro da Silva. Publicou as seguintes obras: A Sala dos Passos Perdidos, Casa Destelhada, Noturnos.
Estação Bauru-Noroeste
A foi inaugurada em 1906, com muitas festas. A Sorocabana já tinha sua estação, a poucos metros, desde 1905, e a Paulista chegaria a Bauru em 1910. Em 1939, com a conclusão da nova e enorme estação da Noroeste, que englobava também os escritórios da empresa, todos os embarques e desembarques das três ferrovias foram centralizados nessa estação, e os prédios da Sorocabana e da Noroeste foram desativados. Enquanto houve trens de passageiros naquele que era chamado de maior entroncamento ferroviário do Brasil, a estação teve enorme movimento. No final de 1995, os trens de passageiros da Noroeste foram extintos. Nos anos 90, ele minguou e, desde que a concessionária Novoeste assumiu a ferrovia, em 1996, ele definhou rapidamente. Em 1999, os escritórios da ferrovia se mudaram dali e a estação caiu no abandono. Os trens de passageiros para Bauru, na antiga linha da Cia. Paulista, chegaram à estação pela última vez em 15 de março de 2001, sendo então suprimidos. A estação, então, somente servia como plataforma de embarque e desembarque. Depois desse dia, nem para isso.
Histórico da Linha: A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil foi aberta em 1906, seguindo a partir de Bauru, onde a Sorocabana havia chegado em 1905, até Presidente Alves, em setembro de 1906. Em janeiro de 1907 atingia Lauro Müller, em 1908 Aracátuba e em 1910 atingia as margens do rio Paraná, em Jupiá, de onde atravessaria o rio, de início com balsas, para chegar a Corumbá, na divisa com o Paraguai, anos depois. O trecho entre Araçatuba e Jupiá, que até 1937 costeava o rio Tietê em região infestada de malária, foi substituído nesse ano por uma variante que passou a ser parte do tronco principal, enquanto a linha velha se tornava o ramal de Lussanvira. Em 1957, a Noroeste passou a fazer parte da Refesa. Transportou passageiros até cerca de 1995, quando esse transporte foi suprimido. Em 1996, a Refesa deu a concessão da linha para a Novoeste, que transporta cargas até hoje.
Estação Bauru - Paulista
A estação foi aberta em 1910, como ponta do ramal de Bauru. O álbum dos 50 anos da Cia. Paulista cita a estação como sendo "provisória", mas, aparentemente, é o mesmo prédio que sibrevive até hoje; talvez a idéia de se centralizar tudo na estação da Noroeste, o que se deu nos anos 1930, tenha feito a Paulista não construir a "definitiva". Uma suposição que pode ser válida ou não. Como já existiam as estações Bauru-Sorocabana e Bauru-Noroeste, o nome da estação passou a ser Bauru-Paulista. Em 1937, a linha foi esticada até Piratininga, encontrando o ramal de Agudos, e, em 1941, passou a fazer parte do tronco oeste, ainda com bitola estreita. O trecho entre Pederneiras e Bauru com a bitola alargada foi entregue somente em 15/06/1947. A estação de Bauru-Paulista deixou de ser estação de embarque e desembarque já há muito tempo. Aparentemente, já antes da inauguração da estação da Noroeste atual, em 1/9/1939, e que passou a centralizar essas funções, situada um pouco mais à frente da estação da Paulista, esta não tinha mais a função de embarque e desembarque, pois há fotos da estação original da Noroeste com venda de bilhetes para a Paulista e a Sorocabana num guichê exclusivo. Em 1976, houve a desativação da linha de Piratininga; como o trem usava a estação da Noroeste para pegar e deixar os passageiros, ele passaria a voltar de ré, para seguir para Garça, pois a linha nova de 1976 (variante Bauru-Garça) passou a sair logo depois da estação da Paulista, e antes da da Noroeste. A eletrificação, que ia até Cabrália, a partir de agora, terminava em Bauru, com a supressão da linha sul. Nos últimos anos, Bauru-Paulista foi sede de uma das regionais da Fepasa. Em janeiro de 1999, os trens de passageiros deixaram de circular. Foi usada pela Ferroban, sucessora da Fepasa, mas somente algumas de suas salas, como escritório. É muito comprida, e a parte em que os passageiros antigamente embarcavam era a que fica mais para o fundo, nas fotografias, que foram tomadas todas do lado da plataforma. Ao seu lado, ainda funcionava o CTC de Bauru, no dia em que lá estive e tirei as fotos, com a anuência do auxiliar que trabalhava na estação. No final de 2000, dezoito meses depois, testemunhas deram conta de que tudo estava já abandonado.
Histórico da Linha: O chamado tronco oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até o rio Paraná, foi constituído em 1941 a partir da retificação das linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú (originalmente construído pela Cia. Rio-clarense e depois por pouco tempo de propriedade da Rio Claro Railway, comprada pela Paulista em 1892), de Agudos e de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã, foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná, onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976, já com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado, suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998 operados pela Ferroban, seguiram trafegando pela linha precariamente até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos.
Estação Bauru- EFS
A Sorocabana foi a primeira das três ferrovias a atingir Bauru, em 1905, com muita festa. No relatório da Sorocabana de 1905, em sua página 10, está escrito: "Durante o ano de 1905 foi augmentada a extensão da linha em trafego de Kilometros 11,087, extensão do trecho comprehendido entre a estação de Conceição e a de Baurú na linha Tronco, entregue ao trafego provisorio em 22 de Abril, e ao definitivo em 1o. de Julho de 1905. Neste ponto teve inicio a E. F. Noroeste do Brasil, de concessão Federal, a qual tem por directriz o Tieté, enquanto em territorio de São Paulo, e por objectivo final Cuyabá, capital do Estado de Matto-Grosso". Como curiosidade, o movimento da estação nesse primeiro ano de atividade foi de 71.727$210, seis vezes menos que a estação de Igualdade, nessa época a de maior movimentação no ramal, mas a de Bauru funcionou pouco mais de meio ano... No primeiro dístico da estação lia-se: Bahuru. Em 1939, com a construção da estação da Noroeste atual, os embarques da Sorocabana e da Paulista passaram a ser feitos nessa grande estação, e a velha estação zinha foi desativada. Hoje, mais de noventa anos depois, a estação hoje está localizada dentro do pátio da Noroeste, a cerca de cem metros à frente da plataforma de embarque, e é "bem Sorocabana". Serve de armazém para uma empresa que fica ao lado, e cujo prédio, novo, encosta na estaçãozinha. Ela está ali, meio perdida, cercada de trilhos pouco usados e cobertos de mato.
Histórico da Linha: O ramal de Bauru teve origem na linha da Cia. Ituana (ramal de São Manuel) que saía de Porto Martins, no rio Tietê, que recebia os barcos da navegação fluvial da ferrovia, e chegava até São Manuel, em 1888. Quando a Ituana foi fundida com a Sorocabana para formar a CUSY, esta alterou radicalmente o ramal de São Manuel, usando parte dela para fazer uma linha que ligava a estação de Capão Bonito (mais tarde Rubião Júnior), logo após Botucatu, visando chegar à nascente e próspera cidade de Bauru. Outra parte se tornou o curto ramal de Porto Martins-Araquá. A linha chegou a Bauru em 1905. O agora ramal de Bauru sobreviveu até hoje, com algumas retificações feitas nos anos 60, unindo as linhas da Paulista, da Noroeste e a linha-tronco da Sorocabana. Em 1976, o trem de passageiros foi suprimido na linha, mas os trens de carga mantém-na ativa até hoje.
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Bauru, um dos mais famosos lanches do Brasil, foi criado pelo bauruense Casimiro Pinto Neto, em 1934, no Bar Ponto Chic, em São Paulo, capital. Sua receita original consta de pão francês sem miolo, fatias de rosbife, queijo derretido, rodelas de tomate e pepino.
A história
Casimiro Pinto nasceu em Bauru-SP, em 5 de abril de 1914. em 1931, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Orgulhoso de sua cidade natal, sempre foi conhecido como "Bauru". Juntamente com outros estudantes, artistas e intelectuais, frequentava o restaurante Ponto Chic, no largo do Paissandu.
Numa noite, em 1934, procurou o cozinheiro do restaurante e "ditou" a receita de um sanduíche: pão francês, aberto e sem miolo, uma porção de queijo derretido em banho-maria, fatias de rosbife, rodelas de tomate cru e pepino (picles). Segundo Casimiro, essa receita incluía os elementos básicos de um lanche equilibrado em albumina, proteína e vitamina, conforme ele havia lido em uma cartilha sobre alimentação. Na mesma noite, outros freqüentadores pediram o novo sanduíche, dizendo que queriam um "igual ao do Bauru". Nascia um dos mais famosos lanches do Brasil e também conhecido em outros países.
A receita
Pão francês aberto, sem miolo
Uma porção de queijo mussarela, derretido em banho-maria
Fatias de rosbife
Rodelas de tomate
Rodelas de pepino (picles)
Sal e orégano a gosto
Hino
I
É Bauru, terra branca ditosa
É a esperança e o desejo febril
Amparada na árvore frondosa
Cidade Franca do nosso Brasil
- É a luz do céu resplandecente
Desta terra abençoada
Bauru, és o sol nascente
que surge na madrugada
Vives na paz bem altaneira
Tens gloriosa tradição
Saudamos-te como a primeira
Da brasileira Nação!
II
De São Paulo és cidade querida
Bauru, berço da região
Sempre bela e engrandecida
no progresso da grande extensão
Vida própria da Noroeste
de riqueza e amplidão
É a esperança que nos resta
É de grande satisfação
Oh. Que terra tão querida
De todo o meu coração
- Saudamos-te por tua vida
na brasileira Nação!
Hino de Bauru - Letra e música de Manoel Domingos de Oliveira