Denominações Anteriores: Vila do Senhor Bom Jesus de Ibitinga.
Fundadores: Miguel Pereira Landim e sua esposa Ana Custódio de Jesus.
Data da Fundação: Ano de 1866.
O início do século XIX marca como que o começo do povoamento da parte do Estado situada a oeste do eixo compreendido pelas estradas que ligavam São Paulo a Franca. A população migratória provinha da parte então mais populosa do Estado, a faixa litorânea próxima da cidade de São Paulo e da região do Vale do Paraíba, como também de outros Estados, principalmente Minas Gerais. Tal movimento migratório forneceu novos habitantes para as cidades em formação e também provocou a fundação de outras tantas cidades pela fixação de elementos em novas terras, num trabalho perseverante de desbravamento e colonização. Ibitinga surgiu de um desses esforços de procura de novas terras, pois foi conquistando os sertões de Avanhandava e tomando posse de vasta gleba, de cerca de 11 mil alqueires que José Antônio de Castilho e sua mulher Dona Ana Claudina do Sacramento localizaram-se na região a que chamaram Boa Vista, além dos “Campos de Araraquara”. Em 1842, chegaram de Santo Antônio do Machado (Minas Gerais) Miguel Pereira Landim e Pedro Alves de Oliveira – o “velho Amaro” e trabalharam nas terras de Castilho de 1842 até 1856 quando o segundo compra as terras de Joaquim Antônio de Castilho, que se estendiam do rio Soa Lourenço ao ribeirão dos Porcos.
Após essa compra uma nuvem de discórdia paira entre as famílias Landim e Amaro. Separaram-se os que até então estiveram irmanados pelo mesmo ideal. Esta última família se dirigiu para o local onde se ergue hoje a cidade de Itápolis e a primeira família instalou-se nas imediações da Cachoeira de Vamicanga, no rio Tietê. Porém, mal instalados no novo centro de suas atividades, os homens de Landim encontraram os contratempos da febre palustre e das emboscadas indígenas. A luta, tornando-se desigual, encaminha os desbravadores ao fracasso quando resolve Landim retirar-se para as margens do córrego São Joaquim, nas proximidades da foz do riacho Saltinho lançando os delineamentos da vila do Senhor Bom Jesus de Ibitinga.
Estava-se já pelo ano de 1866 quando fundaram o novo povoado e fizeram erigir uma capela em louvor do padroeiro. Com o correr dos anos a terra foi sendo cultivada e produzindo e o povoado prosperando.
________
IBI = Terra. (Ybi = ibi, ubu, bu, bo, vi, vu, vo) = terra, solo ou mundo.
TINGA = Branca. (tinga, tim, ti) = branco.
IBITINGA = Terra Branca.
___________
Duílio Galli
Duílio Galli nasceu em 1930, na cidade de São Carlos, foi um dos fundadores do movimento artístico em São Paulo. Em 1969, foi exilado por problemas políticos e permaneceu na Europa expondo seus trabalhos. Já viajou pelo mundo e dessas andanças escreveu três livros. Além de possuir telas em acervos do mundo todo, como: Itália, África, Índia, Inglaterra e Estados Unidos. Em 1971, de volta ao Brasil, organizou o Museu De Ibitinga. Para isso, contou com a colaboração de grandes artistas como Volpi, Tarcila do Amaral, Geraldo Décourt, Gruzinski, Quirino da Silva dentre outros. O pintor já produziu duas Vias Sacras, uma delas exposta na Igreja Bom Jesus de Ibitinga e a outra, tema do teatro na USC, na cidade de Limeira. O artista já produziu mais de 1200 obras e atualmente executa vídeos de cultura e ecologia para emissoras de televisão regionais. Suas exposições percorrem o Brasil e vários países, desde 1966, tendo obtido diversos prêmios e reconhecimento da crítica.
______________
Alambique Lorusso
Distante 4 km do centro, com boa via de acesso, é neste alambique que se encontra um dos mais antigos engenhos da região. Produz pinga de modo artesanal. A famosa pinga Guarani é fabricada de modo tradicional há quase cem anos neste alambique. A cana é produzida ali mesmo, passa pela moenda e seu próprio bagaço é aproveitado como combustível para o aquecimento da caldeira, que elabora a pinga pelo método a vapor, o mesmo desde o início do século.
Matriz do Senhor Bom Jesus
Localizada no centro da cidade, encontra-se na Igreja Matriz a obra "Via Sacra" do artista plástico Dicilio Galli.
Museu Duilio Galli
No Museu Duilio Galli há cerca de 130 obras: pinturas a óleo, gravuras, desenhos, serigrafias, esculturas acadêmicas, impressionistas, primitivas, etc. (artistas de renome: Tarsila do Amaral, Alfredo Volpe, Vinicius Pradella, Aldemir Martins, entre outros).
Rio Jacaré Pepira
Divisa com o município de Itaju. Distante 15 km da sede. As vias de acesso são as estradas municipais e a SP 304. É propício a esportes náuticos como botes, lanchas e esqui. Possibilidades de pesca peixes pequenos, localizado em área pública arborizada.
Represa da Usina de Ibitinga da CESP
Faz divisa com os municípios de Itaju e Iacanga, distante da sede 7 a 20km. Vias de acesso: diversas estradas municipais, SP 304 e SP 321. Propício a banhos, natação; esportes náuticos: lanchas e votes. Possibilidade de pesca: peixes pequenos, corimbatá e corvina. Localizada em área pública arborizada, com acesso ao público.
Rio Ribeirão dos Porcos
Faz divisa com o município de Borborema, distante da sede 22 km. Vias de acesso. Propício a esportes náuticos como: botes, lanchas e esqui. Possibilita a pesca de peixes pequenos como o dourado. Área pública com acesso ao público. Acesso fácil, não explorado turisticamente.
Rio Jacaré Guaçú
Atravessa o município, distante da sede 6km. Regular os meios de acesso, pela SP 304 estradas municipais. Propício a esportes náuticos, lanchas, botes e esquis. Possibilita a pesca de peixes pequenos. Localizado em área pública arborizada com acesso ao público. Não é explorado turisticamente.
Praças
As praças de Ibitinga fazem parte das atrações turísticas da cidade uma vez que são patrimônios históricos. A praça Rui Barbosa, localizada no centro da cidade em frente a Igreja Matriz, com construções de início, é tombada pelo CONDEPHAAT.
Estação de Ibitinga
A estação de Ibitinga foi construída em 1910, e serviu como ponta de linha do tronco da Douradense até 1936, quando a linha foi prolongada. Em 1949, passou a servir à Cia. Paulista, nova dona da ferrovia. Em 1966, voltou a ser ponta de linha, com a desativação do trecho que seguia para Novo Horizonte, e foi finalmente desativada no início de 1969, com a supressão do ramal.
Histórico da Linha: Em maio de 1894, foi entregue o ramal de Ribeirão Bonito pela Cia. Paulista, saindo da estação de São Carlos, no tronco, e com ponto terminal em Ribeirão Bonito, em bitola métrica. Em 1900, a Cia. E. F. do Dourado (Douradense) abriu uma linha que unia Ribeirão Bonito a Dourado, com bitola de 60 cm. Em 1910, o tronco da Douradense atingiu Ibitinga e no mesmo ano sofreu modificações, aumentando-se a bitola para métrica e alterando a ligação Ribeirão Bonito-Trabiju, colocando a estação de Dourado como ponta de um curto ramal. Somente em 1939 a Douradense prolongou a linha, chegando até Novo Horizonte. Em 1949, a Paulista adquiriu a Douradense, adicionando a sua linha-tronco ao ramal de Ribeirão Bonito, que agora ligaria São Carlos a Novo Horizonte diretamente. Em 1966, a linha entre Ibitinga e Novo Horizonte foi suprimida, e em 3 de janeiro de 1969, todo o ramal de Ribeirão Bonito foi desativado. Os trilhos foram retirados pouco tempo depois.
_____________
Ibitinga - Capital Nacional do Bordado
O processo de bordado em Ibitinga iniciou-se há mais de 50 anos, com uma senhora de origem portuguesa, da Ilha da Madeira. A mesma fazia lindos bordados a seus parentes e amigos. Há pouco mais de 10 anos, Ibitinga despertou interesse e verificou que possuía um grande complexo de micro-indústria. Seus líderes administrativos apoiaram a iniciativa das senhoras que em suas casas criaram o grande desenvolvimento do bordado e promoveram em 1974 a I Feira do Bordado de Ibitinga, conhecida como "A capital Nacional do Bordado" e no centro do estado é a maior produtora de bordados industriais do mundo. A cidade possui 6 grandes indústrias de bordados, 200 médias indústrias e mais de 1000 pequenas indústrias de bordados e conta ainda com 5 industrias de confecções e mantas resinadas de alta qualidade. A Feira do Bordado é realizada no mês de Julho sempre na 2ª semana e é o maior atrativo da cidade.
Hino
Salve Ibitinga
Salve, Ibitinga!
Salve! Salve!
Terra de encanto...
Que eu amo tanto...
Boa e Feliz...
Salve, Ibitinga!
Salve! Salve!
Terra de luz
Do Bom Jesus,
Que eu sempre quis
Salve, Ibitinga!
Salve! Salve!
Mãe brasileira!
Hospitaleira!
Terra gentil!
Salve o teu povo
Varonil!
Sempre de pé,
Cheio de fé,
Pelo Brasil.
Salve o Rio Branco, que na luta é sem igual
Salve o América, que foi o nosso campeão
Salve a Industrial, Comercial e o Normal
Salve o Colégio e o Primário
que do ensino é o coração!
Salve o brotinho que passa (fiu fiu)
Balzaqueana com graça (oba)
Salve os atletas do basquete!
Salve o esporte da raquete!
Vôlei e futebol de salão!
"Salve Ibitinga" é de autoria do maestro Fernando Arantes Brasil. Foi aprovado pela Lei Municipal número 930, de 8 de dezembro de 1969.