Denominações anteriores: Freguesia de Santo Antônio de Guaratinguetá
Fundadores: Atribui-se Jacques Félix ou Domingos Leme.
Data da fundação: Ano de 1630.
A região onde está localizada Guaratinguetá – e muitas outras cidades do vale do Paraíba - chamou-se inicialmente “Hepacaré”, nome tupi, que segundo Teodoro Sampaio quer dizer braço ou seio da lagoa torta, em virtude de um braço do rio Paraíba, ali existente nessa época. Mas, segundo Relatório da Província de São Paulo, de Azevedo Marques (1887) “Hepacaré” significa lugar das goiabeiras. Em 1560, verificada a extinção da Vila de Santo André, emigra dos Campos de Piratininga grande leva de Guaianases mansos, localizando-se para os lados da região denominada “Hepacaré”, onde se levantaram, depois Taubaté, Guaratinguetá e Lorena. Em 1636, dirige-se Jacques Felix, acompanhado de sua família para o local onde hoje se ergue Guaratinguetá, munido de carta de sesmaria e com amplos poderes para se estabelecer no local.
É de se supor que o lugar escolhido já fosse uma aldeia de índio mesclados e adventícios que possuía condições essenciais para edificação de povoado. Estabelecendo-se no local, Jacques Felix fez logo erigir uma igreja, considerada matriz, constando como seu pároco, de 1632 a 1637, o Padre Lourenço de Mendonça. Há outra hipótese da história de Guaratinguetá que diz haver sido fundada por Domingos Leme, como representante do donatário D. Diogo Faro, mais ou menos no mesmo ano que Jacques Felix.
Contudo, a data considerada oficial da fundação é a de 1651, pois versões há que consideram este último ano o da chegada de Domingos Leme. Com o correr dos anos foi se transformando em caminho e passagem obrigatório nas viagens entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Como todo interior, possuía indústria rudimentar e caseira até a época do incremento da cultura da cana - de - açúcar e instalação de numerosos engenhos, quando começa Guaratinguetá a adquirir destaque entre as demais cidades do Vale do Paraíba pela sua grande prosperidade. O prestígio dos canaviais perdura até princípios do século XIX, quando a produção açucareira do Nordeste do Brasil sufoca totalmente a da região Sul.
Contudo um horizonte magnífico se descortina dento do desastre açucareiro, pois, vindo das terras fluminenses, o café adapta-se às terras de São Paulo, trazendo, consigo agricultores afeitos a seu cultivo.
Guaratinguetá investe na cultura do café com todas suas forças e em alguns lustros vê a cultura atingir o apogeu. A opulência e a fartura se alastram no município: é o período áureo da vida da cidade. Com a decadência do café, iniciou-se no município uma fase de policultura, em que a cana–de–açúcar e o arroz tiveram a maior importância.
Repercutiu em seu desenvolvimento, como no de outras cidades do vale do Paraíba, o grande êxodo em fins do século XIX da população rural e urbana, atraídas pelas zonas pioneiras do oeste paulista. A partir do segundo quartel do século XX, com a chegada de famílias mineiras procedentes da Mantiqueira, as velhas propriedades rurais se transformaram em fazendas de criação e a pecuária constituía em 1957 a principal atividade econômica da população do município, juntamente com a industrialização que progressivamente se vai processando das localidades situadas no vale do Paraíba, ao longo das estradas que ligam o Rio de Janeiro a São Paulo.
O topônimo “Guaratinguetá” é de origem tupi e significa muitas graças brancas (Guará = Garça; tinga = branca; etá = muitas).
Em 1651 já era vila e foi elevado à categoria de cidade pela Lei n° 2, de 23 de janeiro de 1844, passando a comarca pela Lei n° 61, de 20 de abril de 1866.
(Do tupi, gûyrá-ting-etá) Rigorosamente, "muitas garças brancas", ou seja, o lugar onde essas aves são abundantes. Gûyrá-tinga significa “garça”, mas é também “pássaro branco”, de gûyrá – pássaro e tinga – branco. Etá é o adjetivo muito, muitos. Supõe-se que o nome, obviamente, se deva às garças que se encontram, até hoje, às margens dos cursos d’água da região; e isso desde o primeiro registro que se fez do lugar, quando a denominação aparece no Livro do Tombo, número 1, da igreja matriz de Santo Antônio, hoje catedral, erguida em pau-a-pique por volta de 1630 e ao redor da qual o atual núcleo urbano se organizou. O nome primitivo da localidade era Santo Antônio de Guaratinguetá, que se conservou até 1844, quando a já então vila, localizada, primitivamente, como freguesia, no atual município de Taubaté, recebeu foros de cidade. Diga-se, em tempo, que o diploma legal que alterou a denominação anterior para a atual, de Guaratinguetá, simplesmente, não foi localizado.
Frei Antônio de Sant'Ana Galvão
Primeiro brasileiro nato declarado Beato pelo Vaticano Nascido em 1739, filho do Capitão-Mór Antônio Galvão de França (português) e de Dona Isabel Leite de Barros (de Pindamonhangaba), foi o quarto entre treze filhos. Batizado na Matriz, hoje Catedral de Santo Antônio, cresceu sob a inspiração e fé católicas. Descoberta a sua vocação religiosa, com treze anos segue para o Seminário de Belém em Cachoeira, Bahia. Aos dezoito anos ingressa no Convento Franciscano de São Boa Ventura de Macacú, Capitania do Rio de Janeiro, e acrescenta à seu nome a homenagem a Nossa Senhora: Sant’Anna. Em 1761 faz sua profissão na Ordem Franciscana e no ano seguinte ordena-se sacerdote, sendo posteriormente transferido para o convento de São Paulo. Consagra-se como "servo e escravo" de Nossa Senhora, ato que assina com o próprio sangue em 9 de março de 1766. Pregador, confessor, poeta, culto, tornou-se à convite membro da primeira Academia de Letras de São Paulo, a Academia dos Felizes. Em 1774 funda o Mosteiro da Luz, do qual é arquiteto e construtor, e onde se encontra seu túmulo. Dotado de dons, como o da bilocação, da premonição e da levitação. Frei Galvão, por seu amor e misericórdia para com os enfermos era por demais solicitado para atender enfermos. Faleceu aos 83 anos, em 23 de dezembro de 1822. Foi sepultado na Igreja que construíra. Como santo viveu, morreu e é venerado, por sua bondade e misericórdia. Certo dia, não podendo atender uma parturiente em risco de vida enviou-a uma jaculatória à Nossa Senhora, em Latim, enrolada em um papelzinho: "Pos Partum Virgo Inviolata permanamsisti; Dei Genitrix intercede pro nobis" ( Depois do parto, ó virgem, permaneceste intacta. Mãe de Deus rogai por nós). Com a salvação da enferma, bem como de outro doente atendido por intermédio desta forma de oração, crescem a fé e a fama de Frei Galvão, bem como nas pílulas que aí nasceram, as quais são objetos de fé, um sinal de sua devoção à Virgem Imaculada e a Jesus Cristo.
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Frederico José Cardoso de Araújo Abranches
Presidente da Província do Paraná - Período Imperial - 1853 a 1889. Nascido em Guaratinguetá em 20/1/1844, faleceu em São Paulo em a 17/9/1903. Foi presidente de Província de 13/6/1873 a 2/5/1875.
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Francisco de Paula Rodrigues Alves (Presidente da República de 15/11/1902 a 15/11/1906)
Advogado, nascido na cidade de Guaratinguetá, Estado de São Paulo, em 7 de julho de 1848. Cumpriu dois mandatos como deputado provincial pelo Partido Conservador (1872-1875 e 1878-1879). Nessa mesma legenda foi eleito deputado geral (1885-1887) e presidente da província de São Paulo (1887-1888). Foi conselheiro do Império em 1888. Tornou-se deputado geral pelo Partido Conservador (1888-1889) e deputado à Assembléia Nacional Constituinte (1890-1891). Foi ministro da Fazenda nos governos dos presidentes Floriano Peixoto (1891-1892) e Prudente de Morais (1895-1896). Tornou-se senador pelo Partido Republicano Paulista (1893-1894, 1897-1900 e 1916-1918). Por meio de eleição direta, assumiu a presidência da República em 15 de novembro de 1902. Após o período presidencial, governou o estado de São Paulo (1912-1916). Eleito, pela segunda vez, presidente da República em 1918, não tomou posse por motivo de saúde. Faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1919. Rodrigues Alves centrou suas atenções no programa de remodelação urbana e de saneamento da capital da República. O engenheiro Pereira Passos foi nomeado prefeito da cidade do Rio de Janeiro, com plenos poderes para a implementação das reformas de modernização. O porto foi ampliado, os antigos quarteirões com seus cortiços foram demolidos e os moradores transferidos para a periferia, abrindo espaço para o alargamento de ruas e a construção de novas avenidas, entre elas a avenida Central, atual avenida Rio Branco. A modernização da cidade também compreendeu a regulamentação de novas posturas públicas, como a proibição do comércio ambulante, da venda de bilhetes de loterias pelas ruas e no interior dos bondes, dos fogos de artifício, dos balões e das fogueiras. O cientista e médico Oswaldo Cruz, que até então dirigira o Instituto Manguinhos, foi nomeado diretor-geral de Saúde Pública, implementando o combate às epidemias, como a peste bubônica e a febre amarela. Em 1904, a obrigatoriedade de vacinação contra a varíola levou a população carioca ao protesto nas ruas, no dia 10 de fevereiro, movimento que ficou conhecido como a Revolta da Vacina. Rodrigues Alves enfrentou a primeira greve geral na capital da República em 15 de agosto de 1903, iniciada pelos operários da indústria têxtil que reivindicavam aumento de salários e jornada diária de oito horas para todas as categorias de trabalhadores. No seu governo foi assinado o Tratado de Petrópolis, cujas negociações foram dirigidas pelo barão do Rio Branco, definindo os limites entre o Brasil e a Bolívia, cabendo ao Brasil a posse do Acre. A Bolívia recebeu uma compensação no valor de dois milhões de libras esterlinas, além da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. No último ano de governo, apesar da oposição de Rodrigues Alves, foi concluído o Convênio de Taubaté, com apoio do Congresso Nacional. Assinado pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o convênio instituiu a estabilização cambial e a proteção aos cafeicultores, cabendo ao governo central comprar as safras com recursos financeiros externos e estocá-las para vendê-las no momento oportuno.
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Francisco de Assis Barbosa
Francisco de Assis Barbosa, jornalista, biógrafo, historiador e ensaísta, nasceu em Guaratinguetá, SP, em 21 de janeiro de 1914, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de dezembro de 1991. Era filho de Benedito Lourenço Leme Barbosa e Adelaide Limongi Barbosa. Fez seus estudos na cidade natal, completando o secundário em Lorena. Em 1931 ingressou na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, depois Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Iniciou a atividade de jornalista ainda estudante. Com Donatelo Grieco e Fernando de Castro lançou o jornal Polêmica, passando depois a redator-chefe da revista A época, órgão oficial do corpo discente da Faculdade. Marcou presença efetiva no jornalismo, integrando postos de relevo nos seguintes jornais e revistas: redator de A Noite (1934) e de O Imparcial (1935); A Noite, A Noite Ilustrada, Vamos Ler, Carioca, Diretrizes (1936 a 1942); colaborador da Revista do Globo, redator do Correio da Manhã (1944), do Diário Carioca, Folha da Manhã (de São Paulo) e Última Hora (1951 a 1956). Autor de uma obra em que se evidencia o rigor da pesquisa, da análise e da interpretação, escreveu A vida de Lima Barreto, biografia fiel e cabal do grande escritor urbano, além de ter compilado e anotado a edição das Obras completas de Lima Barreto, com a colaboração de Antonio Houaiss e M. Cavalcanti Proença. O seu livro Retratos de família é um álbum perene de recordações dos grandes vultos da nossa cultura. Entre os vários livros desse escritor voltado aos assuntos e problemas brasileiros, destaca-se a biografia Juscelino Kubitschek, Uma revisão na política brasileira e prefácios à obra de vários autores, os quais constituem verdadeiros ensaios. Foi o sétimo ocupante da Cadeira 13 da ABL, eleito em 19/11/1970, na sucessão de Augusto Meyer e recebido em 13 de maio de 1971 pelo Acadêmico Marques Rebelo. Recebeu os Acadêmicos Carlos Chagas Filho e Orígenes Lessa.
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Carlos da Silva Lacaz
Nascido em Guaratinguetá, interior de São Paulo, Lacaz integrou a primeira turma da Faculdade de Medicina da USP, em 1934, tendo sido membro do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz. Logo ao se formar, foi convidado a permanecer na Casa de Arnaldo - nome dado ao edifício da faculdade, que teve como fundador Arnaldo Vieira de Carvalho - na função de assistente do Departamento de Microbiologia e Imunologia; tornando-se, depois, professor e, de 1974 a 1978, diretor da FMUSP. Lacaz foi também o fundador do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo e da Sociedade Brasileira de História da Medicina. Elaborou e organizou a instalação, dentro da FMUSP, do museu que recebe seu nome - Museu Histórico Professor Carlos da Silva Lacaz. E até pouco antes de sua morte, ministrava, anualmente, o Curso de História da Medicina.
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Lourival dos Santos
Lourival dos Santos nasceu em Guaratinguetá em 11 de agosto de 1917 e faleceu em Guarulhos, SP, em 19 de maio de 1997. Em Guaratinguetá, faz curiosas revelações: "Morando ali, quase dentro do Rio Paraíba, nunca tive qualquer inspiração. O que fez escrever Rio de Lágrimas foi uma música de Isaurinha Garcia, Marrequinha da Lagoa. Eu estava aqui em São Paulo. Aliás, sempre produzi em São Paulo. Talvez seja porque aqui a gente fica sentindo saudade do interior e aí a criação aparece. A saudade é a principal fonte de inspiração. Ele sempre viveu de suas composições. "Não deu para ficar rico, mas, relativamente, vivo bem, com minha mulher Jandira, com quem me casei em 1950, depois de seis meses de namoro. Por sinal, a história de como ele a conheceu é outra das curiosidades da vida de Lourival dos Santos. "Eu era comprador de uma casa de espetáculo e liguei para uma lavanderia para reclamar de toalhas que não haviam chegado. Mas errei o número e tocou na casa dela. Foi o engano mais certeiro do mundo". Jandira é irmã do dramaturgo Oduvaldo Vianna, que implantou as novelas no Rádio brasileiro. Assim, Lourival, que compõe desde a infância e teve sua primeira música gravada em 1938, pela Columbia, teve a oportunidade de ter suas músicas, cantadas por Lombari e Laranjinha, nos intervalos das novelas, na antiga Rádio São Paulo. Porém a sua glória como compositor viria bem mais tarde, com a dupla Jacó e Jacozinho , gravando seus primeiros pagodes e regravados por Tião Carreiro e Pardinho, e surgiu o sucesso Pagode em Brasília. Lourival dos Santos não cantava. Muitas vezes ele compunha letra e música, mas sempre entregava para Tião Carreiro "dar uma guaribada". Assim se estabeleceu a parceria. A música sertaneja não tinha segredos para Lourival dos Santos: "A gente compõe tanto cururu, quanto qualquer outro ritmo sertanejo."
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Cândido Rangel Dinamarco
Formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (Turma 1960). Professor Titular de Direito Processual Civil da Faculdade de Direito do Largo São Francisco - Universidade de São Paulo. Aluno do Professor Enrico Tullio Liebman da Universidade de Milão – 1968/1970. Foi Procurador de Justiça do Estado de São Paulo, tendo integrado a Comissão de Revisão dos Códigos, do Ministério da Justiça, 1980. Foi Juiz do Primeiro Tribunal de Alçada Civil. Foi Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Membro do Instituto Ibero-Americano de Direito Processual. Conferencista sobre temas de Processo Civil. Autor de inúmeras e consagradas obras como : “Capítulos de sentença”, São Paulo, Malheiros, 2002 – “Reforma da Reforma do Código de Processo Civil”, 3ª ed., São Paulo, Malheiros – “Instituições de direito processual civil – vols. I, II e III”, 2ª ed., São Paulo, Malheiros, 2002., 2002 – “Reforma do Código de Processo Civil”, 5ª ed., SP, Malheiros, 2000 – “Execução civil”, São Paulo, Malheiros, 8 ª edição, São Paulo, Malheiros, 2002 – “Teoria geral do processo (em cooperação)”, 18ª ed., São Paulo, Malheiros, 2002 – “Litisconsórcio”, 7ª edição, São Paulo, Malheiros, 2002 – “Fundamentos do processo civil moderno” (2 volumes), 5ª ed., São Paulo, Malheiros, 2002 – “A instrumentalidade do processo”, 10ª ed., São Paulo, Malheiros, 2002 – “Direito processual civil”, São Paulo, Bushatsky, 1975 – “Manual dos juizados cíveis”, 2ª ed., São Paulo, Malheiros, 2001 – “Manual de direito processual civil de ENRICO TULLIO LIEBMAN (tradução e notas)”, Rio de Janeiro, Forense, 1987 – “A Reforma do Código de Processo Civil”, São Paulo, Malheiros, 5ª edição, 2001 – “Intervenção de terceiros”, São Paulo, Malheiros, 3a edição, 2002 – “A nova era do processo Civil”, Malheiros, 2003.
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José Elsio Franco Freire
Natural de Guaratinguetá, onde nasceu a 28 de julho de 1920, era formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (Turma de 1948). Aposentado como procurador-chefe da Prefeitura do Município de SP, foi chefe do setor das desapropriações do prefeito Faria Lima. Responsável pelas desapropriações e aberturas de inúmeras avenidas da Capital, entre outras, as avenidas Faria Lima, 23 de Maio, Rubem Berta, foi assessor direto de diversos prefeitos. Criou e coordenou inúmeros serviços e dentre outros o Serviço de Legalização dos Loteamentos Clandestinos na cidade de São Paulo. Filho do sr. José Isidro Freire e de d. Durvalina de Carvalho Franco, era casado com d. Zuleika Budri Freire.v Faleceu no último dia 26 de janeiro de 2006, aos 85 anos.
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Thereza Regina de Camargo Maia
Casada com Dr. José Carlos Ferreira Maia – Tom Maia (nascido em Guaratinguetá em 1929). Advogado, Promotor aposentado. Escritor, Artista. Filha de Dr. João Baptista Rangel de Camargo (Guaratinguetá, 1891-1981). Advogado, Deputado Estadual na época de Washington Luiz. Neta do Dr. Eduardo Augusto Nogueira de Camargo (Guaratinguetá, 1854-1915). Advogado, Juiz de Direito, Deputado na época de Hermes da Fonseca. E mãe do Dr. João Carlos de Camargo Maia (nascido em Guaratinguetá em 1970), Promotor da Infância e Juventude e Meio Ambiente em Guaratinguetá.
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Prof. Dr. Antonio Hélio Guerra Vieira
Antonio Hélio Guerra Vieira nasceu no dia 14 de julho de 1930 na cidade de Guaratinguetá. Os avós paternos foram fazendeiros de café do Vale do Paraíba, porém, por ocasião da abolição da escravatura, acabaram por perder a propriedade na medida em que o valor remontante aos escravos suprimia o preço das terras. Seu pai, nascido em Guaratinguetá, e sua mãe, natural de Silveiras - cidades estas circunvizinhas no interior do Estado de São Paulo -, estudaram no Colégio Normal e foram professores primários. Pela tradição materna no âmbito jurídico, inclusive possuindo um antigo ascendente formado, em 1856, pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Hélio Guerra cogitou, inicialmente, ser bacharel nessa área. Não obstante, assim que concluída a etapa de estudos no Colégio Rooosevelt, optou por engrenar-se no campo de exatas ao prestar os exames para a Escola Politécnica. A mudança no caminho profissional não descontetou a família. Em 1953, ano de sua formatura, o impulso que as indústrias automibilísticas passaram a tomar era patente. Assim, o primeiro emprego foi na fábrica de automóveis da Ford e no seu primeiro registro na carteira de trabalho carimbado o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Decorrido apenas um mês na empresa, foi convidado pelo professor Luiz de Queiroz Orsini para integrar o corpo docente da Escola Politécnica, no entanto, preferiu aprimorar ainda mais seus conhecimentos ao partir para a França com o intuito de ali realizar seu doutorado. Em Paris, durante um ano, contou com bolsa cedida pelo governo francês e posteriormente com o auxílio do CNPq, conseguido pelo mestre Luiz Cintra do Prado. Regressando da Europa retomou a docência, participando ativamente dos diversos empreendimentos da Escola. E durante o período em que estiveram à frente da direção os professores Tharcísio Damy de Souza Santos e Oswaldo Fadigas Fontes Torres, colaborou para a formação do Departamento de Engenharia Elétrica; tomou parte do grupo que elaborou o projeto do primeiro computador montado na Universidade de São Paulo - o chamado "Patinho Feio" ou Projeto G-10. Já em 1982, ampliava os horizontes de seus ofícios administrativos ao candidatar-se à reitor - era o quarto da lista. O então governador Paulo Salim Maluf acabou por elegê-lo, dentre os outros fatores, por ser politécnico. Recordando esses tempos, o professor Hélio Guerra comenta que o conhecia somente de vista, dado que, quando ainda era estudante, Reinaldo de Barros e o futuro governador aportaram à Escola com grandes e importados carros. No período em que foi reitor enfrentou fortes oposições tanto de direita quanto de esquerda, e, por conta disso, com o intuito de obter maior respaldo político, pediu ao professor Martins que assumisse novamente o cargo de diretor da Politécnica. A direita, neste caso, era representada por Antonio Britto da Cunha e o Jornal O Estado de São Paulo e a esquerda por Dalmo de Abreu Dallari - que não conseguiu eleger-se para a lista interna da própria Universidade - e por aqueles que formavam o nascente Partido dos Trabalhadores (PT). Entremeado ao período ditatorial, sob a égide do governo militar, preocupou-se com os possíveis incidentes e intervenções que o Estado acarretaria à Universidade. Logo, utilizando-se da mais profícua diplomacia fez com que o grupo de militares presente na reitoria se retirasse, ao mesmo tempo em que recontratou os docentes àquela época cassados e que quisessem retornar às atividades na instituição. Versado não somente em engenharia, a experiência como reitor lhe rendeu o desenvolvimento de habilidades também na área de humanas. As reflexões acerca do papel científico e institucional da Universidade proporcionaram uma amplitude de visão para os campos político, social, econômico e mesmo histórico.
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Francisco Antonio Lacaz Netto
O Professor Francisco Antonio Lacaz Netto nasceu em 1911 em Guaratinguetá e em 1991 faleceu na cidade de São José dos Campos. Fez seus estudos básicos na Escola Normal de Guaratinguetá. Em 1929 graduou-se em Farmácia, em 1932 Engenheiro Geógrafo pela EPUSP e 1935 em Ciências Matemáticas na FFCL/USP. No ano de 1959 encerra seus estudos na Universidade de Roma. Foi professor em diversos colégios na cidade de São Paulo como o Bandeirantes e o Dante D'Alighieri e Universidades (PUC, Mackenzie, USP, Unesp). O ITA era sua casa, onde foi professor adjunto, Titular, Conferencista e finalmente Professor Emérito. Escreveu 25 livros e mais de uma centena de artigos e monografias. Permaneceu de 1966 a 1973 como reitor do ITA. (VIDAL, 1993.) São inúmeros os cadernos contendo estudos sobre educação, história da matemática, e cultura geral em sua biblioteca pessoal.
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Dr. Euryclides de Jesus Zerbini
Euryclides de Jesus Zerbini nasceu no dia 7 de maio de 1912 na rua Visconde em Guaratinguetá. Completou seu estudo primário em nosso município e prosseguiu seus estudos na cidade de Campinas, onde ingressou na Faculdade de Medicina do Estado, única existente em São Paulo. Casou-se com Dra. Dirce da Costa, com quem teve três filhos. Participou da Revolução Constitucionalista de 1932, tendo servido em Taubaté e cidades vizinhas. Livre-docente aos 22 anos, o Dr. Zerbini se especializou em cirurgia torácica. Viajou para os EUA onde estudou com Christian Bernard, pioneiro em transplantes de coração. Sua primeira cirurgia cardíaca data de 1942. Em 1947 montou uma equipe de especialistas no Hospital das Clínicas. Em 1957, iniciou com sua equipe as primeiras cirurgias cardíacas com circulação extracorpórea. Nos porões do Hospital das Clínicas, em São Paulo, instalou uma oficina experimental. Iniciou-se a produção artesanal das máquinas que fazem a circulação e oxigenação do sangue para fora do corpo durante as cirurgias. Em 1968 o Dr. Zerbini surpreendeu o mundo realizando o primeiro transplante cardíaco no Brasil e nas Américas. Em 1975 viu realizado o seu grande sonho com a construção do Instituto do Coração (INCOR). Tendo atingido 70 anos, por compulsória, deixa o cargo de professor catedrático de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina, passando a operar na Beneficência Portuguesa, na cidade de São Paulo, recebendo todo o apoio do Dr. Antônio Ermírio de Moraes, seu grande e dileto amigo. No ano de 1978 foi acometido por hepatite B, adquirida provavelmente através de contaminação em ato cirúrgico, logo após ter chegado de uma viagem à China. Aos 73 anos, em 1985 conseguiu realizar o primeiro transplante cardíaco em um portador de Doença de Chagas. Em 58 anos de carreira, o Dr. Zerbini recebeu 125 títulos honoríficos e inúmeras homenagens de governos de todo o mundo. Participou de 314 congressos médicos. Realizou, pessoalmente ou através de sua equipe, mais de quarenta mil cirurgias cardíacas. Porém, aos 80 anos apresentou uma lesão tumoral (de localização bulbar) e, apesar de ter sido operado com êxito, logo chegou-se a conclusão de que a lesão extraída era de melanoma metastático (lesões cutâneas diversas foram então detectadas e retiradas). Após longo martírio, aproximadamente às 10h30 do dia 23 de outubro de 1993, este ilustre guaratinguetaense morre no Instituto do Coração.
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Monsenhor João Filippo
Idealizador e executor de gigantescas obras social e educacional. Construiu o Colégio do Carmo, com internato para meninas. Para meninos pobres ergueu o Colégio São José, reformou e ampliou a Igreja do Rosário e a Santa Casa de Misericórdia, deu início à reforma da Matriz com alteamento de suas torres, o Asilo de Mendicidade Santa Isabel, o Albergue Noturno, construiu e inaugurou o Orfanato do Puríssimo Coração de Maria para meninas pobres (que hoje é local de romarias conhecido em todo o território nacional). Em 1928 morria em Guaratinguetá, esse sacerdote santo cujo tempo não conseguiu apagar a lembrança desse piedoso Homem de Deus. Por insondável desígnio da providência, a feliz cidade de Guaratinguetá teve a honra e a alegria de acolher esse Bom Pastor que veio da Itália. Todos dizem que foi um santo, mergulhado na oração, incansável catequista das crianças e jovens. Sua presença era exemplo, apoio, conforto e alegria. Amou os pobres, seus prediletos, com quem repartiu a riqueza de sua pobreza. Há hoje, na cidade de Guaratinguetá, um grande espírito de união visando a beatificação de monsenhor Filippo, que dedicou sua vida a socorrer os mais necessitados.
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Dilermando dos Santos Reis
Violonista e compositor nascido em 22 de setembro de 1916 em Guaratinguetá, SP e falecido em 2 de janeiro de 1977, no Rio de Janeiro, RJ. Dilermando dos Santos Reis começou a estudar violão com o pai, o violonista Francisco Reis, ainda na infância. Em 1931, aos 15 anos de idade, Dilermando já era conhecido como o melhor violonista de Guaratinguetá.
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Maria Helena Milliet Fonseca Rodrigues
Nasceu em Guaratinguetá, São Paulo, em 1910, e faleceu em São Paulo em 1989. A partir de 1919, dedicou-se ao estudo do desenho com Georgina Albuquerque. Em São Paulo, aprendeu cerâmica e escultura, sendo aluna de Waldemar da Costa nessa época. Em 1947, participou da Exposição dos 19. Mas foi à tapeçaria que sempre deu atenção especial, realizando belíssimos trabalhos.
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José Geraldo Rodrigues de Alckmin
Nasceu em Guaratinguetá, em 4 de abril de 1915, filho de André Rodrigues de Alckmin e de D. Ida Rodrigues de Alckmin.Fez o curso normal na Escola Normal de Guaratinguetá (atual Instituto de Educação Conselheiro Rodrigues Alves), e o secundário no Ginásio de São Joaquim, em Lorena, e no Ginásio Nogueira da Gama, em sua cidade natal. Bacharelou-se em Direito do Largo de S. Francisco (Turma de 1937). Ingressou na magistratura do Estado de S. Paulo, em 1940, mediante concurso, sendo nomeado Juiz Substituto da Seção Judiciária com sede em Mogi-Mirim. Foi, sucessivamente, Juiz da Comarca de S. Luiz do Paraitinga, da Vara Auxiliar da Fazenda Municipal de São Paulo, da 1ª Vara Cível da Comarca de S. José do Rio Preto, da 3ª Vara Criminal e de Menores de Campinas, da 10ª Vara Cível da Capital e da Vara dos Feitos da Fazenda Nacional. Juiz Substituto de Segunda Instância, a partir de 1951, ascendeu ao Tribunal de Alçada, como Juiz, em 1958, exercendo a presidência de 1961 a 1963. Nomeado Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo em 1964, desempenhando as funções de Corregedor Geral da Justiça no biênio 1970-1971. Foi Professor de Direito Processual Civil na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo e Titular de Direito Judiciário Civil na Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie. Além de inúmeros trabalhos publicados em revistas especializadas, foi autor da obra Repertório de Jurisprudência do Código Civil - Direito das Coisas, em dois volumes (ed. Max Limonad - 1951). Possui anotações no Tratado do Direito Civil, do Professor Luiz da Cunha Gonçalves (vol. VIII, tomos I e II, e vol. XI, tomo II - Ed. Max Limonad - 1956), na obra A Destinação do Imóvel, Philadelpho Azevedo (Ed. Max Limonad - 2ª ed. - 1957). Participou da elaboração do anteprojeto que resultou na Lei de Registros Públicos. Foi Relator do "Primeiro Encontro dos Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil", realizado no Rio de Janeiro, então Estado de Guanabara, em 1969. Era sócio colaborador do Instituto dos Advogados de São Paulo e membro do Conselho Editorial da Revista dos Tribunais. Nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal por decreto de 3 de outubro de 1972, do Presidente Emílio Garrastazu Médici, para a vaga decorrente da aposentadoria do Ministro Moacyr Amaral Santos, tomou posse em 11 do mesmo mês. Indicado Juiz do Tribunal Superior Eleitoral, tomou posse, como Substituto, em 5 de abril de 1973 e, como Efetivo, em 20 de fevereiro de 1975. Eleito Vice-Presidente, assumiu as respectivas funções em 12 de novembro de 1975, exercendo-as até 7 de novembro de 1977, quando ascendeu à Presidência, onde permaneceu até a data de falecimento. Faleceu no dia 6 de novembro de 1978, quando no exercício do cargo, em Brasília, sendo sepultado em Guaratinguetá, Estado de São Paulo. O Supremo Tribunal Federal prestou-lhe homenagem póstuma em sessão de 6 do mês seguinte, quando exprimiu o sentimento da Corte o Ministro Moreira Alves, manifestando-se pela Procuradoria-Geral da República o Prof. Henrique Fonseca de Araújo e pela Ordem dos Advogados do Brasil, o Prof. Galeno Lacerda. Condecorações: Grande Oficial da Ordem do Mérito do Rio Branco; Grande Oficial do Mérito Militar; Oficial do Mérito Aeronáutico; Grã-Cruz do Mérito Judiciário Militar; Ordem do Mérito Judiciário Militar; Ordem do Mérito Judiciário. Os municípios de São Paulo, Guaratinguetá e Pindamonhangaba prestaram-lhe significativa homenagem dando seu nome a logradouros públicos. A Justiça paulista, em demonstração de apreço ao notável magistrado, denominou o Fórum da Comarca de Aparecida do Norte, a Biblioteca e uma das Salas de Sessão do Tribunal de Alçada Criminal, de Ministro Rodrigues de Alckmin.
Pai de José Eduardo Rangel de Alckmin, Bacharel em Direito, formado pela Universidade de Brasília, em 1977.
Atividades Exercidas
- Advocacia a partir de 1978
- Assessor do Ministério da Educação e Cultura (1979)
- Secretário-Geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (1980/81)
- Chefe dos Serviços Jurídicos do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição - ECAD (1981)
- Chefe de Gabinete do Secretário-Geral do Ministério da Previdência e Assistência Social (1982/83)
- Conselheiro do Conselho Nacional de Direito Autoral - CNDA (1982/85)
- Conselheiro da Primeira Câmara do Primeiro Conselho de Constribuintes do Ministério da Fazenda e Membro da Câmara Superior de Recursos Fiscais (1987/92)
- Vice-Presidente da primeira Câmara do primeiro Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda e Membro da Câmara Superior de Recursos Fiscais (1987/92)
- Ministro Suplente do Tribunal Superior Eleitoral (1991/93)
- Ministro Efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (1996/2000).
Presta ou prestou serviços profissionais, entre outros, aos seguintes escritórios e empresas:
- Arnaldo Malheiros Filho (SP)
- Arnoldo Wald (RJ)
- Helly Lopes meirelles (SP)
- Modesto Carvalhosa (SP)
- Nilo Batista (RJ)
- José Carlos Dias (SP)
- José Alexandre Tavares Guerreiro (SP)
- Manoel Alceu Affonso Ferreira (SP)
- J.B. Viana de Moraes (SP)
- Nehring, Vidal e Menezes dos Santos (SP)
- Sérgio Bermudes (RJ)
- Grupo Veplan Residência (RJ)
- Grupo Ultra (SP)
- Grupo Real (SP)
- Grupo Comind (SP)
- SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
- CESP - Cia. Energética de São Paulo.