Em 1862 instalou-se na região, ao lado do ribeirão que hoje se denomina Ribeirão Bonito, vinda de Minas Gerais, a família Alves Costa.
A região pertencia à cidade de Brotas, e tudo provinha daquela cidade, medicamentos, mantimentos, além dos assuntos administrativos como casamentos, batizados, registros. As viagens eram muito penosas pela distância e pela mata virgem que cobria a região.
Os membros da família Alves Costa cultivavam a idéia da criação de um povoado com capela e necrópole. De fato, Joaquim Alves Costa fizera promessa neste sentido, ainda quando residia em Ouro Fino, motivado por seus irmãos que muito o queriam, obrigando-o a fazer uma promessa de doar ao Bom Jesus alguns alqueires de terra, das primeiras que adquirisse, para a fundação de um povoado e construção de uma capela dedicada ao Bom Jesus da Cana Verde, visando recuperar a saúde gravemente afetada por árvore derribada em trabalho de roçado, serviço feito na data de 6 de agosto, apesar da oposição de seus parentes, lembrando-o a respeitar o dia do Senhor Bom Jesus sobre cuja devoção afirmava ele não se tratar de dia santificado.
Uma árvore derrubada no serviço o apanhara e estava gravemente acidentado. A convivência com a sede de Brotas tornava-se penosa em virtude da distância e dificuldades para atravessar a mata virgem em picada rudimentar. Decorria uma década, tal era o desenvolvimento do local, que no cérebro de seus habitantes começou a germinar a idéia da fundação de uma capela para o culto divino e a abertura de uma necrópole.
A vila de Brotas, a cujo município pertencia o novo bairro, distava cinco léguas e isso dificultava a assistência às missas, batizados, casamentos, enterramentos e a aquisição de muitos artigos indispensáveis ao consumo local. Uma feita, regressavam de Brotas o moço José Venâncio Alves Costa, filho de Joaquim Alves Costa e o velho português, aqui domiciliado, Antonio José de Souza Pinto. Tinham ido àquela vila em busca de medicamentos para pessoas que haviam enfermado no bairro.
Durante a viagem, Antonio José de Souza Pinto, refletindo sobre os incômodos que causavam essas constantes idas e vindas, a que se não podiam furtar, porquanto Brotas, apesar da distância, era o centro obrigado, fez ver ao jovem companheiro a conveniência e necessidade que tinham seus tios de, doando para o respectivo patrimônio certo trato de terras, nele levantarem um povoado e erigirem a necessária capela.
Seria a libertação dos moradores de Ribeirão Bonito das difíceis viagens àquela vila, por caminhos impérvios e, em tempo das águas, medonhamente penosos. José Venancio Alves Costa mencionou a existência de promessa familiar neste sentido, O cumprimento da mesma vinha a favor da necessidade mais que sentida. Deus se louva e se honra no cumprimento de nossos votos!
Ao chegarem ao bairro, os dois viajantes lembraram essa promessa de Joaquim Alves Costa a diversos membros de sua família e. como ela não possuísse ainda terra, chamaram a si a tarefa do cumprimento seus dignos irmãos Antonio Alves Costa, Thomas Alves Costa, Ignácio Alves Costa e seu cunhado Manoel Garcia de Oliveira, que, cotizando-se, fizeram a doação de quinzes alqueires de terra para o patrimônio da Igreja do Senhor Bom Jesus.
Este o motivo de que ainda hoje grande parte da cidade constitui-se de terrenos foreiros. O fato de Joaquim Alves Costa ainda não possuir terras não se coadunaria com a idéia de posse de terras como instrumento de Direito.
A família Alves Costa encontrou um arranjo para a doação de 15 alqueires de terra para a igreja, com a idéia de constituir um povoado. Isso explica porque ainda hoje o centro da cidade de Ribeirão Bonito é constituída de terrenos foreiros.
Em dois de março de 1872, foi contratada com João Leite de Arruda pela quantia de 800$000, a construção da capela, para o que contribuíram todos os moradores do arraial.
Em 1882 o povoado foi promovido a freguesia, e teve o distrito de paz criado. Em 1890 a vila foi elevada a município. Cresceu com as culturas de mandioca, cana de açúcar e café. Em 1894 foi inaugurada a linha da Cia Paulista de Estradas de Ferro.
Essa capela, construída na base do morro denominado Bom Jesus ou do José Pinto, foi a matriz durante muitos anos, até que afinal foi demolida em 8 de janeiro de 1904, para dar lugar à atual Igreja Matriz, verdadeiro monumento da grandeza, fé e denodo do povo de Ribeirão Bonito.
Pouco tempo depois, preparava-se, na parte alta do já então arraial de Ribeirão Bonito, o cemitério que serviu até 1893. Há registro pelo instituto de Pesquisas Municipais, fls. nº 186/187- Tomo II- 1996: "Ribeirão Bonito foi fundada pelos Irmãos Antônio e Ignácio Alves Costa, como resultado de uma doação de terras para a construção de uma capela ao Senhor Bom Jesus.
O Brasil como Império se atarefava com a guerra do Paraguai. O povoado que se originou à volta da capela crescia rapidamente. Prosperando o arraial, a população aumentando, vieram as primeiras casas, as primeiras vendinhas, próprias de beira de estrada, onde os consumidores podiam encontrar sal, fumo, aguardente, rapadura, ferramenta e outros gêneros semelhantes.
O comércio, mesmo que rudimentar, é sempre um serviço prestado à comunidade, que responde rapidamente à demanda. Pelo comércio se conhece e reconhece o verdadeiro alcance social da comunidade. Assim, o comércio foi prosperando com o lugarejo e vieram as casas de negócios de Nicolau Padula, Miguel Cataldi, Manoel Massagão, José Inocêncio de Almeida, Frederico Garms e outros, seguindo-se Leopoldo Castro e Pedro Giudice, para alcançar o apogeu com Francisco Farani.
A imaginação tem seu lugar quando afirmamos que "com muito 'trabalho sendo realizado, os dias passam céleres e mais uma década é passada. À luz das lamparinas, reunem-se os amigos para as conversas do dia a dia com troca de novidades traz idas da sede Brotas além de contar e ouvir as eternas piadas de pescadores do Rio Jacaré."
Sem dúvida, o trabalho duro, a dedicação diuturna e o crescimento rápido atraem as atenções da Administração Pública que, por Lei provincial nº 18, de 8/3/1882, criou a freguesia e distrito de paz de Ribeirão Bonito, divisando, como ainda até hoje, com São Carlos, Araraquara, Boa Esperança do Sul, Dourado e Brotas.
Bula Canônica
A Diocese de São Carlos foi criada a 7 de junho de 1908 pelo Papa Pio X através da bula diocesium nimiam amplitudinem desmembrada integralmente da então Diocese de São Paulo.
Pela mesma bula foram criadas as Dioceses de Campinas, Botucatu, Ribeirão Preto e Taubaté, e ainda elevada a Arquidiocese e Sede Metropolitana a Capital Paulista, vindo assim a construir a primeira Província Eclesiástica de São Paulo, constituída pelas novas dioceses mencionadas, incluindo a Diocese de Curitiba que, em 1908 abrangia os Estados do Paraná e Santa Catarina. Até então a diocese de São Paulo fazia parte da Província Eclesiástica do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, a multiplicação e desmembramentos de novas dioceses gerou a necessidade de novas Províncias Eclesiásticas no ano de 1958, o Papa Pio XII elevou 4 novas sedes Metropolitanas, entre as quais Campinas, e desde então São Carlos tornou-se sua sufragânea.
A Diocese em 1908
Criada a Diocese, esta ficou constituída pelas seguintes paróquias cujo ano de criação segue entre parênteses: Araraquara (1817), Brotas (1843), Jaú (1853), Jaboticabal (1857), São Carlos (1858), Dois Córregos (1866), Barretos (1877), São José do Rio Preto (1882), Ribeirão Bonito e Bariri (1885), Boa Esperança do Sul e Ibitinga (1891), Bocaina e Itirapina (1891), Taquaritinga (1897), Matão, Dourado, Monte Alto e Itápolis (1898), Novo Horizonte e Analândia (1899), Bebedouro e Guariba (1900), Itapuí, monte Azul Paulista, Pitangueiras e Taiaçu (1902), Barra Bonita (1903) e Ibaté (1906).
A Diocese, criada a 7 de junho de 1908, foi instalada aos 22 de novembro do mesmo ano, quando à posse do 1.º Bispo. A Igreja Matriz de São Carlos foi elevada a Catedral Diocesana.
A Estação
A estação de Ribeirão Bonito foi inaugurada como ponto final do ramal do mesmo nome, em 1895. Em 1900, passou a ser também a estação de início da Companhia Douradense, linha que dali saía ligando a estação a Dourado, com bitola de 60 cm. Em 1910, foi inaugurada a linha métrica da E. F. Dourado direta até Trabiju, e o alargamento da bitola da sua continuação, de Trabiju a Ibitinga, foi terminada somente em 1922. Foi mantida, porém, a linha original que ligava Ribeirão Bonito à estação de Dourado, de bitola de 60 cm, até 1933, quando foi erradicada. Antes disso, em 1915, a estação de Ribeirão Bonito ganhou um prédio muito maior, que é o que está lá até hoje.
Com a compra da Douradense pela Paulista, em 1949, tornou-se apenas uma estação intermediária, visto que os trens agora seguiam direto, sem baldeação, pela então linha-tronco do novo ramal de Ribeirão Bonito, agora "esticado" até Novo Horizonte, aonde a E. F. Dourado havia chegado em 1939. Após a incorporação, trens a diesel chegaram a passar por ali, numa coisa rara nos ramais de bitola métrica da Paulista. Em 3/1/1969, o trecho, de 148 quilômetros, entre São Carlos e Ibitinga, foi eliminado. Esse trecho já tinha autorizada a sua desativação por um decreto de novembro de 1966, portanto mais de dois anos antes, mas sobreviveu até 1969. Por sua vez, a linha de Ibitinga até Novo Horizonte havia sido suprimida em 1966 mesmo.
Vicissitudes
Entre os percalços da vida, Ribeirão Bonito conheceu o grave problema da febre amarela. O município vinha crescendo magnificamente com a cafeicultura.
"Em fevereiro de 1.896, surgiu o primeiro caso de febre amarela, trazida não se sabe de onde, alarmando a população e espantando diante da salubridade que oferecia este lugar. Para prevenir o alastramento do mal, logo em princípios de março, a Câmara Municipal resolvia a construção de um Lazareto, onde fossem socorridos os atacados, de vez que outras localidades vizinhas já apresentavam surto epidêmico."
"Em dezembro de 1.897, Ribeirão Bonito passou por quadra angustiosa. Os moradores começaram a abandoná-la, só permanecendo quem dispunha de meios para se libertar da febre amarela que iniciava sua fase destruidora."
"A Câmara Municipal promoveu todos os meios ao alcance para debelar o mal, socorrendo indigentes e aqueles atacados. Para tanto contou com o auxilio do governo estadual que para cá enviou ambulâncias e um inspetor sanitário."
"Inestimáveis serviços à coletividade, quer como médico emérito e caritativo, quer no exercício de sua profissão, prestou o dr. Januário da Costa Baptista, intendente municipal durante o período da febre amarela." Entre mortos e saídos, Ribeirão Bonito saiu ferido! A libertação da escravidão, a participação das fazendas, as duas guerras mundiais, as revoluções nacionais, o processo de industrialização do pais, a crise de vinte e nove, a queima do café, a ditadura e divisão do mundo em esferas de influências, criaram certo marasmo interiorano do que não escaparam pequenas cidades como Ribeirão Bonito.
Foram quase 50 anos nestas circunstâncias. A vida vai passando, mas o progresso não é grande. "Em 1911, foi instalado o sistema de iluminação elétrica e, em 1913, foi inaugurado o sistema de esgoto sanitário. Foram progressos marcantes em todos os sentidos.
Mas "idéia que não vingou foi a criação de uma linha de bonde partindo da Companhia Paulista com o terminal da fazenda do sr. Luis Antonio Machado, na serra de Dourado.
Concedeu-se o privilégio ao coronel Antonio Carlos Ferraz de Salles e Pe. Antônio Alvares Guedes Vaz, em sessão de 14 de fevereiro de 1891, do antigo Conselho de Intendência." "Instalada linha telefônica por Manoel Cabral de Santos, devido à falta de renda suficiente, logo depois desistiu da concessão."
Sinal de vitalidade e a um tempo, contratempo, há este registro: "Luta política abateu-se sobre o burgo, quando elementos governistas, levados por denúncia de membros da corporação municipal, procuraram forjar uma edilidade a seu jeito, tendo em vista que a eleita compunha-se de elementos dissidentes."
"Dia 20 de junho terminava a luta com a posse de nova edilidade, às 10h da manhã, daquele dia de 1903, dava entrada na cidade, sob o espocar de fogos, uma carroça enfeitada, conduzindo o arquivo da Câmara que de há muito encontrava-se desaparecido. Pelas ruas era grande a multidão que olhava o transito do veículo tirado por sete parelhas de muares. Uma banda de música abrilhantava a passeata, que terminou frente ao paço da Câmara, em cuja secretaria novamente era depositado o arquivo.
Ao meio dia, perante o MM. Juiz dr. Benjamin da Luz Novaes, prestaram compromisso os novos vereadores dr. Joaquim Duarte Pinto Ferraz que muito fez em beneficio exclusivo da terra que tomou por adoção, dr. Aurélio Neves, tenente coronel Leopoldo de Arruda Castro, capitão Raphael de Moura, major José Alves de Mira Costa e Salvador Robertí.
Dai para frente, apenas cabe ressaltar a eleição de vereadores a 30 de outubro de 1904, para o triênio 1905 - 1907, a escolha por duas vezes sucessivas do dr. Odilon Ribeiro para intendente municipal, e que já se distinguira nas lides judiciárias." Trabalho anônimo que seguimos passo a passo registra:
"Passando por um estágio de inanição, na era moderna, volta a reagir e vai de conquista em conquista no campo da Educação. A permanência da comarca como de Direito e de Justiça. O impulso por meio de rodovia, ligando-a a São Carlos e Jaú - Araraquara." "Porém, um nome avultou nestes últimos tempos. César Torrezan. Muito se trabalhou nas indústrias Torrezan. Ai está o Morro Bom Jesus e capela N. S. Aparecida, o Jardim Primavera, o Primavera Clube."
Outras indústrias se instalaram na cidade. Há hoje um sistema bancário bem representado. Melhorias foram feitas na área da Saúde, com postos de atendimento e com o Hospital. Construções de prédios públicos e fundação de bairros como Centenário e Malvinas, são fatos que surgiram face ao afluxo de trabalhadores que aqui aportaram com suas famílias engrandecendo a luta de todos para o bem de Ribeirão Bonito.
Padre Antônio Álvares Guedes Vaz
Segundo relatos, "foi um mito em Ribeirão Bonito, serviços incalculáveis prestou a favor da comuna. Pode-se até afirmar sem medo de erro que foi ele quem fez Ribeirão Bonito. Ocupou cargos seja por nomeação ou seja por eleição, tendo sido pároco, chefe político, tenente coronel, chefe do estado maior do comando supremo da Guarda Nacional da Comarca, presidente da primeira Câmara Municipal, enfim, sempre presente em todos os momentos de Ribeirão Bonito, até sua morte, nesta vila, a 12 de julho de 1896."
Blota Junior (1920–1999)
Filho de José Blota e de Dona Amélia Queiroz Blota, Blota Junior nasceu em Ribeirão Bonito, interior do Estado de São Paulo, em 3 de março de 1920. Teve uma infância tranqüila, ao lado dos irmãos Luizir, Geraldo, Maria, Luiz Gonzaga e Cícero. Foi escoteiro, apóstolo na Semana Santa, fez a 1ª Comunhão e tudo aquilo próprio de uma família católica. Começou a se destacar nos estudos. De família de calabreses, muito apegados entre si, teve, porém, o apoio do pai, cartorário, para estudar longe de sua cidade natal e chegou à São Paulo, onde fez Faculdade de Direito. Sempre se destacou por sua oratória. Foi orador da turma do Centro Acadêmico do Colégio São Bento, no pré-jurídico da Faculdade de Direito. Dono de bela voz, perfeita dicção e português castiço, desejou então entrar para o rádio paulistano. E qual sua surpresa: foi reprovado 5 vezes. Mas não desistiu, acabando por conseguir um lugar de locutor substituto de todos os esportes, na Rádio Bandeirantes. Lia muito, comprava todas as revistas de esportes nacionais e estrangeiras, mas seu autor preferido era Eça de Queiroz. Na verdade começou como jornalista, escrevendo sobre esportes em 1938. Esteve nas emissoras de rádio Cosmos, Cruzeiro do Sul, sempre como locutor e já então apresentador. Foi, porém na Rádio Record que se salientou e ali ficou de 1940 a 1985, em rádio e televisão. Sua inteligência foi sempre reconhecida. Fez programas de muito sucesso, como apresentador e produtor. Entre eles destacam-se: "Sua majestade, o cartaz" , "Aliança para o sucesso", "Rapa Tudo", "Blota Jr. Show" , "Diálogo Nacional", "Gente que brilha", e outros. Tudo o que faz é sucesso. Esteve também na TV Bandeirantes e no SBT.
João Silvério Trevisan : Nascido em 1944, na cidade de Ribeirão Bonito (Estado de São Paulo). É escritor de literatura ficcional e ensaística, dramaturgo, tradutor, jornalista, coordenador de oficinas literárias, roteirista e diretor de cinema. Estudou filosofia. Tem publicadas as obras: "Testamento de Jônatas deixado a David" (contos, 1976); "As incríveis aventuras de El Cóndor" (romance juvenil, 1980/2ª dição: 1984); "Em nome do desejo" (romance, 1983/2ª edição: 1985); "Vagas notícias de Melinha Marchiotti" (romance, 1984); "Devassos no Paraíso" (ensaio histórico-antropológico, 1986); "O Livro do Avesso" (romance, 1992); "Ana em Veneza" (romance, 1994/4ª edição: 1998); "Troços & destroços" (contos, 1997); "Seis balas num buraco só: a crise do masculino" (ensaio, 1998). Traduziu obras de Guillermo Cabrera Infante, Jorge Luis Borges e Melanie Klein, entre outras. Escreveu e realizou os filmes "Contestação" (curta-metragem, 1969) e "Orgia ou o homem que deu cria" (longa-metragem, 1971). Além desses, escreveu os roteiros dos filmes "Doramundo", de João Batista de Andrade (1º tratamento, 1977) e "A mulher que inventou o amor", de Jean Garret (1981). Já teve peças encenadas, dentre as quais: "Heliogábalo & Eu" (Cia. de Teatro de Séraphim, direção de George Moura); "Em nome do desejo" (Cia. Teatro de Séraphim, direção de Antonio Cadengue); e "Troços & Destroços" (Teatro Universitário da U.F.M.G., direção de João das Neves). Recebeu inúmeros prêmios em teatro, cinema e literatura, dentre os quais o Jabuti (três vezes) e o APCA (duas vezes). Tem obras traduzidas para o inglês, o alemão e o espanhol. Escreve para jornais e revistas de todo o país e do exterior.
ANTONINHO MARMO TREVISAN: PRESIDENTE E CONSULTOR;
BDO TREVISAN AUDITORES, TREVISAN CONSULT, TREVISAN SERVICE; TREVISAN ESCOLA DE NEGÓCIOS; TREVISAN EDITORA UNIVERSITÁRIA.
ATIVIDADES PROFISSIONAIS :Auditor e consultor de empresas desde 1970, graduado em Ciências Contábeis pela PUC de São Paulo. Brasileiro, nascido em 30 de março de 1949.
Em 1983, fundou a Trevisan, atualmente BDO Trevisan, empresa com mais de 1.400 clientes e 1000 profissionais distribuídos em 16 escritórios no Brasil. A BDO Trevisan é a única empresa natural do Brasil entre as cinco grandes empresas de auditoria no País.
Em 1998 fundou a Faculdade Trevisan (Trevisan Escola de Negócios), entidade de ensino que se tornou referência nacional pela tecnologia instalada e metodologia diferenciada em cursos de graduação, extensão, pós-graduação e MBA.
Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.
Presidente do Conselho do Programa da Qualidade no Serviço Público – Prêmio Nacional da Gestão Pública – PQGF, vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Presidente da ABCC – Academia Brasileira de Ciências Contábeis.
Presidente do Conselho Editorial da Revista Razão Contábil.
Membro nato do Conselho Consultivo da Associação Comercial de São Paulo.
Membro da Academia Nacional de Economia - ANE.
Membro do Fórum de Líderes Empresariais Gazeta Mercantil.
Membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Analistas de Mercado de Capitais – APIMEC.
Membro do Conselho Consultivo da ADVB - Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil.
Membro do Conselho Consultivo da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria – São Paulo.
Membro do Conselho Consultivo da FBC – Fundação Brasileira de Contabilidade.
Membro do Conselho Consultivo do Tribunal Arbitral do Comércio.
Membro do Conselho Geral da ADVP - Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Portugal.
Membro do Corpo de Árbitros da Câmara de Arbitragem do Mercado – BOVESPA.
Membro do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON
ATIVIDADES EXERCIDAS: Titular da Secretaria de Controle de Empresas Estatais – SEST do Ministério do Planejamento em 1986/ 87 do governo José Sarney.
Delegado do Brasil no Conselho Empresarial Brasil-Reino Unido do Ministério das Relações Exteriores do governo Fernando Henrique Cardoso.
Coordenador do Grupo de Concessões Públicas e Privatizações no Fórum Paulista de Desenvolvimento do governo Luiz Antonio Fleury.
Colaborador da Assembléia Constituinte defendendo o tema “Estatais e seu Controle pela Sociedade” na Comissão da Ordem Econômica.
Representante do Conselho Federal de Contabilidade no Congresso Nacional sobre a Reforma Tributária e Reforma do Sistema Financeiro Nacional e sobre as alterações na legislação aplicável às empresas brasileiras.
Presidente do Conselho Superior de Estudos Econômicos e Tributários da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
Sócio da PricewaterhouseCoopers.
Professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
Membro da Comissão de Ética Pública vinculada à Casa Civil da Presidência da República.
Membro da Comissão de Reforma Tributária do Conselho Federal de Contabilidade.
Membro do Conselho de Diretores da Câmara Americana de Comércio – São Paulo.
Membro do Fórum São Paulo – Século XXI.
Membro do G.E.I. – Gruppo Esponenti Italiani.
TRABALHOS PUBLICADOS:Autor do livro Empresários do Futuro – Como os jovens vão conquistar o mundo dos negócios, finalista do Prêmio Jabuti na categoria economia e negócios, publicado pela Editora Gente.
Co-autor do capítulo “Realidade Tributária no Brasil” do livro Princípios de Administração Financeira, de Laurence J. Gitmman.
Autor dos livretos Como participar do mercado de capitais e Como entender balanços, editado pela Trevisan Editora Universitária .
É colaborador, de artigos e entrevistas, em jornais e revistas do Brasil e do exterior. Possui mais de 350 artigos e trabalhos publicados sobre gestão pública e privada, privatização, reforma administrativa e tributária, organização e controle do setor público, gestão contábil e financeira das empresas.Temas esses debatidos em congressos, fóruns universitários, empresariais e políticos, entidades de classe e meios de comunicação.
Participou da coluna semanal Linha de Frente na Rádio Jovem Pan.
Durante 3 anos manteve coluna semanal na Rádio Eldorado de São Paulo e no Jornal da Tarde, abordando temas ligados ao mundo empresarial.
PRÊMIOS E RECONHECIMENTOS FORMAIS:Agraciado com a Ordem de Rio Branco, no grau de Comendador em 2003.
Agraciado com a Medalha Ernani Calbucci da Ordem do Mérito Contábil pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo em 1995.
Agraciado com a Medalha do Pacificador concedido pelo Exército Brasileiro em 2004.
Agraciado com o Diploma de Honra ao Mérito Profissional pela Associação Interamericana de Contabilidade – AIC em 1999.
Prêmio Analista de Valores Mobiliários concedido pela Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais – ABAMEC de 1981 e 1985.
Prêmio Profissional do Ano – 1987, concedido pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade – ANEFAC (NAA).
Prêmio Destaque 1992, concedido pelo Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros – IBEF.
Prêmio Líder Empresarial Setorial na categoria Serviços Especializados em 1994, 1996 à 2004 e também Líder Empresarial 2004, na categoria Educação, eleito pelos assinantes da Revista Balanço Anual e do jornal Gazeta Mercantil.
Eleito Contabilista Emérito de 1995 pelo Sindicato dos Contabilistas de São Paulo.
Eleito Personalidade do Ano – 2002 pela Federação dos Contabilistas do Estado de S.Paulo.
Premiado pelas entidades do mercado de capitais e das Bolsas de Valores por representar a melhor empresa do seu ramo de atuação em 1996.
ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR:Membro fundador e Presidente do comitê gestor da Ação Fome Zero.
Membro fundador do Conselho da Associação de Apoio ao Programa Alfabetização Solidária
Membro fundador do Conselho do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.
Membro do Conselho da Associação de Apoio a Aidéticos – Parceiros da Vida;
Membro do Conselho Consultivo do CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola;
Membro do Conselho Consultivo da Fundação Dorina Nowill para Cegos;
Membro do Conselho Consultivo da Fundação Mario Covas;
Membro do Conselho do Instituto Raduan;
Membro do Conselho Consultivo da PlaNet Finance Brasil;
Membro do Conselho Supervisor do Prêmio Bem Eficiente;
Membro do Conselho da REBRAF – Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas;
Membro do Conselho Fiscal da Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD;
Membro do Conselho Fiscal do Instituto Verde Escola;
Membro do Grupo Orientador do Programa Itaú Social;
Presidente fundador da AMARRIBO - Amigos Associados de Ribeirão Bonito;
Presidente de Honra da Mesa Administrativa da Santa Casa Misericórdia de Ribeirão Bonito.
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Um caso de repercussão
O município de Ribeirão Bonito ganhou repercussão depois que a população tirou do cargo, por corrupção, o prefeito eleito em 2000, Antonio Sérgio Mello Buzzá, do PMDB, que renunciou para não ser cassado.
Segundo o vice-presidente da Amarribo - Amigos Associados de Ribeirão Bonito, Pedro Sérgio Ronco, quem faz a ponte com os ministros é Antoninho Marmo Trevisan, presidente da Associação de Apoio a Políticas de Segurança Alimentar, Apoio Fome Zero.
Trevisan nasceu na cidade e é presidente de honra da Amarribo, que denunciou a corrupção na gestão do ex-prefeito. Ronco disse que Trevisan é um entusiasta da cidade e sempre fala dela para os colegas do governo e em suas palestras pelo país.
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Santo de Ribeirão Bonito
Indiferente à guerra de Veja e IstoÉ, a revista Época desta semana, em seu encarte Econômico, traz na capa a foto de Antoninho Marmo Trevisan : "O poderoso Trevisan". A revista conta que muitos dos projetos do governo passam pelo seu crivo. De fato, o governo de Lula vê em Antoninho um santo, que pode salvá-lo das críticas que acusam a máquina governamental de inerte e incompetente.
"Santinho"
Para quem não sabe, Antonio Marmo é mesmo considerado um santo. Não este que atualmente brilha pelos ribeirões bonitos. Mas outro, que nasceu em 19 de outubro de 1918. Segundo nos conta a história, Antonio da Rocha Marmo foi consagrado pela devoção do povo como o "santinho Antoninho". Na crença popular, ele trazia consigo, desde o berço, a auréola da santidade e da espiritual beleza. Mas, atacado de virulenta tuberculose, ele sucumbiu aos 12 anos; arrebatado, na flor da idade.
Os que enxergavam nele uma alma angelical, diziam que "os outros anjos seus irmãos vieram buscá-lo, com medo de que ele, tão pequenino e tão puro, se contaminasse com as peçonhas da terra."
Homenageado com o nome do "santinho", Trevisan agora é chamado a realizar milagres no governo petista.