dr. Pintassilgo

Porto Ferreira

Lema: “Nomen prodit virtutem gentis” (O nome ostenta a virtude de sua gente)

Data da fundação: 29/07/1896

A região do Vale do Mogi foi habitada pelos índios "Painguás" ou "Paiaguás", da grande família Tupi Guarani, que tinham algumas aldeias em terras onde veio a se constituir o município de Porto Ferreira.

A origem de Porto Ferreira aponta para os anos de 1860. Nas margens do rio Mogi Guaçu, exerceu atividade a Balsa que efetuava a travessia de passageiros e mercadorias. O responsável foi o Balseiro João Inácio Ferreira, que viria a emprestar seu nome à cidade.

Curiosidade

A cavalhada, festividade com origem nos torneios Medievais, relembrando combates contra os Sarracenos e entremeada de galanteria, foi longamente difundida na cidade pelos portugueses.

Eram realizadas onde está hoje o jardim público, com dois dias de duração, antecedidos de muitos preparativos e ensaios. Os participantes, montados em cavalos ricamente ajaezados, dividiam-se em dois grupos antagônicos: os Cristãos e os Mouros.

Os Cristãos vestiam dólmã azul, quepe da mesma cor, culote branco e botas pretas; o dólmã e o quepe dos Mouros eram vermelhos, adornados por alamares dourados ou prateados. Eram brancos os culotes e pretas as botas. Cada grupo tinha seu "Mantena" (Chefe), cujos dolmãs eram cruzados por talabartes, vermelho para os Mouros e branco para os Cristãos. Do lado que passa hoje a rua Cel. João Procópio, era armado o "castelo" dos Mouros, onde a "Princesa" Cristã ficava aprisionada, sob guarda, tendo damas mouriscas como companhia.

Próximo dele erguia-se um palanque, destinado às autoridades e pessoas gradas. No primeiro dia, realizavam-se vários torneios e competições, quando os cavaleiros antagônicos exibiam suas habilidades eqüestres e destreza, com suas lanças e espadas, alegremente aplaudidos pela assistência. No último dia, simulavam-se uma batalha, com o terçar estridente das espadas e tiros de pólvora. Nos intervalos, entre uma e outra "batalha", palhaços entravam no "campo de luta", para divertir e distrair o público, com suas brincadeiras.

No final, os Cristãos conseguem libertar a "Princesa", e os Mouros se rendem, depois de mais uma batalha para retomá-la. E a "Cavalhada" tem encerramento apoteótico, com o castelo mourisco incendiado, sob o espocar de rojões, quando os dois grupos se confraternizam e são vivamente aclamados. A última Cavalhada em Porto Ferreira realizou-se em 1910 ou poucos anos depois, no terreno onde se encontra hoje o Hospital "Dona Balbina". À convite, várias vezes seus componentes exibiram-se em outras cidades.

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