Gentílico : alfenense
A cidade de Alfenas se localiza entre os vales dos rios Sapucaí, Machado e Verde. Os primeiros a desfrutarem de tamanha abundância natural foram as tribos indígenas das tradições Tupi-guarani e Sapucaí.
A herança deixada pelos primeiros habitantes da região está presente nos nomes de algumas localidades, em alguns ingredientes presentes no cardápio de Alfenas, no vocabulário, além de cacos cerâmicos e artefatos líticos, distribuídos em 15 sítios de interesse arqueológico no município, segundo averiguações de pesquisadores do setor de arqueologia da MHNJB/UFMG e do IAB - Instituto de Arqueologia Brasileira. Das áreas demarcadas, pelo menos três eram de habitação, ou ocupação permanente, de tradição Tupi-guarani; as outras áreas, de acampamento, pertenciam à tradição Sapucaí.
Essas tribos teriam o primeiro contato com outros povos, dentre eles os colonizadores, nos últimos anos do século XVIII, empenhados pela busca do ouro e na escravização indígena, Alfenas e região, os aventureiros exploram a área à procura de melhores condições de vida.
Nessa época, o eixo econômico do Brasil Colonial deslocava-se para o centro sul, atraindo grande número de pessoas, que se embrenhavam, em bandos ou caravanas, por regiões praticamente desabitadas, espantando os indígenas e se apropriando das terras, empreendendo a mineração, roçando mata e plantando gêneros para sua alimentação.
Com a presença de imigrantes europeus e negros africanos aumenta, assim, a disputa pela posse e o direito de uso do território.
Aculturação, extermínio e fuga foram os grandes responsáveis por fazer do índio uma figura apenas para ser registrada na história, eliminando-os, assim, gradativamente, da paisagem local.
As terras passaram a ser divididas em grandes glebas, doadas em sesmarias onde se fixavam as famílias colonizadoras, que, com seus escravos e animais domésticos, iniciaram a construção da infra-estrutura para a efetiva ocupação do território. Neste processo abriam caminhos, formavam arraiais e criavam vilas, inserindo-se no sistema da administração colonial.
Com os colonizadores, a paisagem natural dá espaço para as construções do homem. Moradas, engenhos, templos e comércio passam a ser elementos da região.
No começo do século XVIII, quando aconteceu o Estabelecimento das Minas e a criação das Vilas, a região do atual município de Alfenas ficava localizada a Ocidente da Villa de São João del Rey (criada em 1713). Em meados desse mesmo século, se fez, por Bula do Papa Benedicto XIV, a divisão das Dioceses, repartindo-se o Bispado em três Catedrais, que foram Rio de Janeiro, São Paulo e Minas.
A exploração aumentava, em torno de suas redondezas fixavam-se homens, posteriormente, construíam-se capelas. Já na primeira metade do século XVIII o sul da região de Minas Gerais já havia sido ocupada. Núcleos proto-urbanas instalados, dotados de arruamentos, casas de morada, igrejas, praças, vendas prédios da administração pública.
Campanha, Aiuruoca, São Gonçalo do Sapucaí, foram dos primeiros núcleos de povoamento do sul de Minas Gerais. Nesses locais encontraram ouro, e a mineração - mesmo não tendo acontecido com a intensidade que marcou as minas descobertas na região de Mariana, Sabará, Ouro Preto e Diamantina - foi à atividade que motivou o assentamento da população.
Com o fim do ciclo do ouro, nas últimas décadas do século XVIII e primeiras do século XIX, muitas famílias migraram, buscando nos vales férteis, banhadas pelas volumosas águas dos rios da região, uma alternativa econômica, e as atividades agropastoris acenavam naquele momento, como ramo promissor.
Desses migrantes, algumas famílias que deixaram seus sobrenomes registrados em livros eclesiásticos de Aiuruoca, Campanha, Cabo Verde e outras localidades se fixaram no território do atual município de Alfenas.
O início do século XIX representa um marco da história de Alfenas. A história da cidade começa nessa época, quando Francisco Siqueira de Araújo e sua esposa doaram terras para a construção de uma capela dedicada a N. Sª das Dores e São José. Membros da família de Alfenas edificaram a capela.
Ao redor da construção, logo surgiu o Arraial de São José de Alfenas, denominação que mais tarde foi mudada para Vila Formosa de Alfenas. Atendendo às reinvindicações da população, que alegava o extravio de correspondências para Vila Formosa de Goiás, o nome foi reduzido para Alfenas.
Em 1871, pela lei n. 1.791, passou simplesmente a denominar-se Alfenas, por haver em Goyaz outra cidade com o nome de Formosa, causa de frequentes enganos postaes, que convinha evitar.
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Locais turísticos
Lago de Furnas
Considerado o "Mar de Minas", o lago de Furnas é a maior extensão de água no Estado mineiro e um dos maiores lagos artificiais do mundo. Alimentado por nascentes e rios de águas cristalinas, cobre uma superfície de 1.457,48 Km², recriando paisagens em 34 municípios fazendo da região um reduto de pescadores, navegadores e pessoas em busca de beleza e repouso.
Rampa Náutica
Com acesso todo pavimentado, a Rampa Náutica pública está a 5 minutos do centro da cidade. Com 8 metros de largura, a rampa permite o acesso ao lago de Furnas por embarcações de vários tamanhos. No local, há área de estacionamento e pier flutuante. O acesso é gratuito.
Parque Municipal
Situado à margem esquerda da rodovia Alfenas/Varginha, é uma Unidade de Conservação Integral que visa a preservação da fauna, flora e recursos hídricos. Possui zoológico com diversas espécies de animais, além de trilhas ecológicas por entre uma bela mata nativa.
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Curiosidades
Hino
És minha Alfenas querida
uma jóia do Brasil
surges tão bela e amena
sob um doce céu de anil!
Tuas ruas e tuas praças
tem encantos que seduzem,
teus horizontes distantes
a meditar nos conduzem...
Tuas Escolas são Templos
abençoados por Deus;
nelas estudam, aprendem
os jovens e filhos teus.
Tuas indústrias tem fama,
tuas igrejas tão belas
a rezar o povo chama
e a piedade mora nelas.
Teu vermelho sol poente,
quando ao longe vai tombando
encanta, deslumbra a gente.
Tuas noites tão serenas
sao doçuras, sao poemas,
Tens feitiço - miha Alfenas!
Letra : Maria da Conceição Carvalho
Melodia : Agenor Reis
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