dr. Pintassilgo

Vassouras

Gentílico : vassourense

Denominação anterior : Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito

Data da Fundação : 29 de setembro de 1857

A denominação de Vassouras associa-se a um arbusto muito utilizado para confecção de vassouras, abundante na região, pertencente à família das escrofularíneas e também conhecido como "tupeiçaba" ou "guaxima".

A penetração no município de Vassouras se deu pelas margens do rio Paraibuna e do Paraíba, subindo a serra da Viúva e da Sacra Família do Caminho Novo do Tinguá onde em seu extremo, na margem direita do Paraíba, fundou-se a Vila, depois cidade de Vassouras.

Garcia Rodrigues Pais Leme foi o primeiro a abrir a rota para Minas Gerais, o Caminho Novo das Minas, fixando-se na margem esquerda do Paraíba e direita do Paraibuna. Depois disso, seus sucessores, entre eles o sargento-mor Bernardo Soares Proença, deram continuidade a exploração pelo caminho aberto entre Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Na região do "Caminho Novo das Minas" forma surgindo plantações de cana-de-açúcar, logo depois culturas de café e a criação de porcos para o preparo de carnes salgadas que atendiam as freguesias do Pilar e de Iguaçu.

Em 1782 há a doação da "Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito" ao açoriano Francisco Rodrigues Alves, primeiro proprietário das terras que hoje conhecemos como a cidade de Vassouras quem, a partir de 1792, já tinha cafezais em sua propriedade para abastecer à família.

Atravessando o Paraíba, acompanhando o curso do rio das Mortes surgiu a "Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito", futura vila de Vassouras (decreto de 15 de janeiro de 1833).

Vassouras se desenvolve em poucas décadas sendo então elevada à categoria de cidade no dia 29 de setembro de 1857, data esta, na qual se comemora o seu aniversário, nesta época tinha aproximadamente 3.500 moradores.

A mão-de-obra escrava foi muito presente na região, chegando a contabilizar cerca de 20.000 escravos utilizados pelos sesmeiros nas lavouras.

Vassouras também foi local de parada dos viajantes e tropeiros, bem como as capelas que se construíam para o culto católico.

Por muito tempo Vassouras se firmou como núcleo da aristocracia rural fluminense.Fazendas como "Pau Grande" e "Rocinha" foram as maiores propriedades agrícolas do município, tornando-se famosas pelo volume da produção cafeeira.

Com a abolição da escravatura, em 1888, a cultura foi abandonada, estando quase ausente da economia do município nos dias atuais.

Entretanto, foram feitos investimentos em outros cultivos como de hortaliças e cereais, além do desenvolvimento da pecuária e indústria.

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Pontos turísticos

Memorial Manoel Congo

 

O Memorial está localizado no final de uma rua sem saída, onde existe uma construção de madeira e alvenaria, um altar com flores e ao fundo uma placa com os dizeres "A luta pela liberdade eterniza o homem ". Ao lado da construção um pedestal de granito com uma placa de bronze em homenagem a Manoel Congo, ao fundo uma grande área verde, regada por uma queda d'água, que por costume local, os visitantes levam essa água para casa.

 

 


Praça Barão do Campo Belo

 

Jardins, palmeiras, lago e um coreto embelezam a praça. No centro está o Chafariz Monumental, e ao alto a Matriz Nossa Senhora da Conceição. Rodeada de um farto comércio e alguns casarões tombados do século XIX, centraliza o conjunto arquitetônico histórico de Vassouras, desempenhando um papel importante no cotidiano da cidade.

 

 


Memorial Judaico

 

Jardim Memorial Judaico, localizado no terreno da Santa Casa de Misericórdia de Vassouras, projetado pelo paisagista Burle Marx, revitaliza a memória da colônia judaica na cidade no século XIX.

O jardim surgiu em função de divergências religiosas na época, em que pessoas de outras religiões não poderiam ser sepultadas no mesmo cemitério. Sendo assim, o historiador Egon Wolff e sua esposa Frieda, com ajuda de amigos, idealizaram a revitalização do jardim, com a participação do paisagista Burle Marx no projeto dos jardins. Hoje encontram-se no jardim os túmulos de Morluf Levy e Benjamim Benatar, judeus falecidos no século XIX.

 

 


Câmara Municipal de Vassouras e Museu

 

A sede da câmara municipal de Vassouras é uma construção grandiosa que foi iniciada em 1849 e inaugurada em 29 de Junho de 1872, com esplendoroso baile.

Possui quatro majestosas colunas de pedra que tiveram como padrinhos : o Barão de Vassouras, o Barão de Ribeirão, o Barão de Massambará e o. Manuel Simões de Souza Pinto. As colunas foram abençoadas pelo Padre Joaquim Lage em 6 de Janeiro de 1872.

 

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Personagem ilustre

Osório Duque-Estrada

Crítico, professor, ensaísta, poeta e teatrólogo, nasceu em Pati do Alferes, então município de Vassouras, RJ, em 29 de abril de 1870,

Faleceu na capital do Rio de Janeiro, em 5 de fevereiro de 1927.

É autor da letra do Hino Nacional.


 

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Hino

Salve, Salve, Vassouras gloriosa
Salve, berço de tantas tradições
Do teu passado a imagem grandiosa
Gravada vive em nossos corações

Se orgulhosos nos faz o teu passado
O teu presente nos traz esperanças mil
Salve, lindo torrão idolatrado
Salve, ó terra risonha do Brasil

Teus filhos te saúdam neste dia
Aniversário da tua fundação
Com um hino vibrante de alegria
Com um canto que fala ao coração

Numa auréola de glórias altaneiras
E de louros a fronte a te singir
Nós te adoramos, ó terra das Palmeiras
Vir impávida, a marchar para o porvir

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