dr. Pintassilgo

Valença

População

O recenseamento geral de 1950 registrou para o município a população de 36.126 habitantes, sendo 18.130 do sexo masculino e 17.996 do feminino. A densidade demográfica é de 25.73 habitantes por quilômetro quadrado. A população de Marquês de Valença distribui-se pelos distritos Marquês de Valença, Barão de Juparanã, Conservatória, Parapeúna, Pentágna e Santa Isabel do Rio Preto.

Atividades econômicas

O município de Marquês de Valença vive quase que exclusivamente da pecuária e da sua indústria têxtil. Segundo elementos censitários compulsados, cerca de 20% das pessoas ocupam-se no ramo agricultura, pecuária e sivicultura, onde a produção de leite é a que mais se destaca, visto tratar-se de município essencialmente pecuarista. A indústria extrativa ocupa, também, interessante posição na economia, pois que se exploram caulim, mica, argila e dolomita, sendo que desta a Companhia Siderúrgica Nacional possui, em Juparanã uma jazida de grandes proporções para industrialização em escala bastante ampliada.

Comércio e Bancos

O comércio valenciano mantém elos de ativa transação com o Distrito Federal, São Paulo, Juz de Fora e Barra do Piraí. Há, na sede municipal, 12 estabelecimentos atacadistas e 290 varejistas.

Funcionam, na sede municipal, 1 banco, o Banco de Valença S.A. e 3 agências dos bancos Comércio de Minas Gerais S.A. e o de Minas Gerais S.A..

Aspectos Urbanos

A sede municipal apresenta um interessante traçado urbanístico, onde abundam as praças, cujos jardins foram executados pelo francês Glaziou, o mesmo que levantou a planta do jardim da Praça da República, no Distrito Federal, o antigo Campo de Santana.

Até 1874 a cidade não possuía qualquer espécie de iluminação. Conseguiu-a, em 9 de março de 1907, iniciando-se a iluminação pública com 150 lâmpadas de 32 velas. Em 1950 já contava 650 focos.

Os serviços de abastecimento de água, que antes eram, em virtude de lei estadual 274, de 9-X-28, executados pelo governo fluminense, acham-se transferidos para o governo do município, por força do decreto-lei estadual 1.576, de 22-I-46.

A quantidade de água distribuída diariamente, na zona urbana, é de 1.328 m3.

O número de logradouros na cidade, com abastecimento domiciliar, é atualmente, de 56, com 2.686 prédios beneficiados.

O serviço de esgoto da cidade ainda é primitivo, sendo explorado, todavia, pela Prefeitura Municipal. Até 1952, havia 47 logradouros beneficiados, com 879 prédios servidos e 5.782 metros de extensão da rede. O número de ruas calçadas, presentemente, é de 52 na sede municipal, sendo 29 inteiramente calçadas e 7 parcialmente, a paralelepípedo. Há 5 ruas calçadas inteiramente e duas parcialmente a macadame simples.

Comunicações

O município está bem servido com a rede postal-telegráfica do Departamento dos Correios e Telegráfos que tem disseminadas em seu território, na maioria de suas localidades, 17 agências postais, 4 agências postais-telegráficas e 1 posto de correio em Piabetá. Conta, além dos mais, com as seguintes reder telegráficas de uso privativo : Secretaria de Segurança Pública, Estrada de Ferro Central do Brasil e Rede de Viação Mineira. As comunicações telefônicas são mantidas pela Cia. Telefônica de Valença e Telefônica Santa Isabel Ltda., que operam em tráfego mútuo, nas ligações interurbanas, com a Companhia Telefônica Brasileira.

Alfabetização

Os dados do recenseamento geral de 1950 informam que dos 30.325 habitantes contados à época, de 5 anos e mais, sabiam ler e escrever 15.134, sendo 8.034 homens e 7.100 mulheres, representando quase 50%.

Em 1955, havia, no município, 54 unidades escolares do ensino primário fundamental comum, 3 do ensino secundário, uma do comercial e 3 de outros cursos. Desses estabelecimentos de ensino primário, apenas 7 são de administração municipal.

___________

Crônica | Histórico da comarca | Histórico da cidade | Ocelo clínico | Dados atuais | A cidade na década de 50