Vim voando, entre os canaviais de Sertãozinho! Faz muito calor e resolvo parar em uma cidadezinha, pequena, cheia de Pitangueiras. Apóio-me em um galho e sinto o perfume das pitangas. Não resisto e provo a frutinha vermelho-alaranjada... Logo me vem um sabor doce e ácido ao mesmo tempo.
Avisto uma igreja, e (não sei se é coincidência) ela também é alaranjada. A matriz São Sebastião me transmite calma! Os tons azulados de seus azulejos internos me ajudam a recuperar forças que o calor me tirou.
É hora de sobrevoar um pouco a cidade. Chapéus na cabeça, idosos conversam sobre a criação de gado, a plantação e também falam sobre futebol. Dos bancos da praça, admiram a vida passar.
Crianças e adultos circulam pelas ruas de bicicleta... São muitas! Elas dividem o trânsito com algumas motos e caminhonetes.
Aproveito para visitar o Museu do Café, coladinho à linha de trem. É nesse museu que funciona um ponto de cultura na cidade.
No fim da tarde faço meu pouso no rio Mogi-Guaçu, na divisa entre Pitangueiras e Sertãozinho. Retorno para casa com o sabor de pitanga na memória. E na boca, que não resisti.
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