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Marketing Jurídico

Questionamentos pontuais do marketing jurídico.

Alexandre Motta
sexta-feira, 3 de maio de 2019

Marketing jurídico é para os pequenos

Nossa amiga Regina Franciulli pergunta: "Possuo um escritório de pequeno porte e gostaria de saber se também posso implementar o marketing jurídico mesmo não tendo muitos colaboradores". Regina, obrigado pela pergunta. Ela realmente é uma das mais questionadas pelos advogados. Eu sempre comento que marketing jurídico é muito mais indicado para o pequeno e médio escritório, (incluindo-se nessa conta o advogado solo e a micro advocacia) do que para o grande. A banca grande já tem rotinas definidas de marketing e se beneficia delas, ao passo que é o pequeno/médio que precisa se "promover". Se você entender que o marketing não está atrelado ao número de colaboradores (como você pergunta) mas sim ao objetivo final do escritório, perceberá que para cada intenção existe um plano de ação que pode ser forjado em seu benefício. Conheço diversos advogados que trabalham sozinho e que criaram e operacionalizaram seu plano de marketing de uma maneira simples, conseguindo assim alçar voos maiores. E em referência ao recente feriado do Dia do Trabalho, ressalvo a importância da palavra que coloquei na frase anterior "operacionalizaram". Isso significa que independente do tamanho, do objetivo, do seu budget, do seu plano ser profissional ou amador, etc, o mais importante é operação. Fazer pouco é infinitamente melhor do que pensar muito. Em uma análise pessoal, você sabia que é muito mais fácil implementar um projeto de marketing em um escritório pequeno do que em um grande? A vontade de ganhar seu lugar ao sol de um escritório onde o sócio está envolvido diretamente com o crescimento versus a burocracia de aprovações e mentes diversificadas de um escritório grande faz com o que micro e pequeno saiam em disparada na evolução de uma estrutura adequada de geração de negócios. Finalizando: marketing é para você, minha amiga, que quer crescer, tem vontade e agora entendeu que o maior beneficiário é o pequeno e médio escritório. Tenha certeza que existe um plano de marketing moldado exatamente aos seus objetivos e a sua realidade, só aguardando sua ação. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!  
sexta-feira, 26 de abril de 2019

Como encontrar um sócio?

Nosso amigo Matheus Falivene pergunta: "Alexandre, bom dia, tudo bem? Primeiro, gostaria de te dar os parabéns pela coluna. O marketing jurídico é um tema relevantíssimo e muito pouco conhecido pelos advogados. Dito isso, tenho uma dúvida: Tenho um escritório relativamente conhecido na minha área de atuação, porém, nunca tive sócios, sempre atuei sozinho, sendo auxiliado por estagiários e advogados associados. Muitas vezes, contudo, sinto falta de sócio para dividir as tarefas administrativas do escritório ou para conversar sobre as estratégias processuais. Penso também que, se eu tivesse um sócio, o escritório se desenvolveria de forma mais rápida e eficiente. Sendo assim, pergunto: Para que um escritório se desenvolva corretamente e se torne renomado é necessário que ele tenha sócios? Caso a resposta seja afirmativa, quais são os critérios para escolher um sócio? Porque é tão difícil se conseguir um bom sócio? Muito obrigado e parabéns!" Matheus, obrigado pela pergunta. Realmente essa é uma das questões de difícil resposta em função de sua complexidade e variáveis. Mas vamos por partes. Em primeiro lugar, não é primariamente vital ter um sócio para que o escritório se desenvolva de forma rápida e eficiente. Estatisticamente existem muito mais escritórios "rachando" a sociedade do que escritórios em que os sócios se complementam e se ajudam. Fora isso, é comum casos de sócios que "levam nas costas" o outro, seja por inaptidão, fata de proatividade ou simplesmente porque se acomodaram. Obviamente ter com quem dividir estratégias, custos e ideias é mais do que bem-vindo, mas a verdade (e aqui usarei um clichê famoso) é que a sociedade de trabalho nada mais é do que um casamento, onde, se não existir completa integração - pessoal, profissional, emocional e financeira -, as chances de que algo saia errado são grandes. Posto isso, se você sentiu que é hora de ter um sócio, aqui vão algumas dicas para minimizar um possível desencontro de ideias: Conheça o histórico de vida dessa pessoa: ninguém quer fazer sociedade e depois descobrir que o sócio era o capeta em um passado recente. Tenha as mesmas afinidades que você: se você vai "passar a vida" com este novo companheiro de trabalho, nada mais importante de que suas convicções sejam compartilhadas. Tenha o mesmo senso de objetivo que você: para qualquer escritório, remar para o mesmo lado é fator primeiro na evolução. Saiba de antemão se os objetivos que você tem para sua carreira e escritório são abraçados pelo novo sócio. Tenha o mesmo pique que você: um dos maiores motivo de separação é quando um sócio está com "sangue nos olhos" (como falam por aí) e o outro está mais para "deixa a vida me levar". Ter o mesmo pique de atuação e correria diária é vital para que a nova sociedade tenha sucesso. Tenha o mesmo conhecimento que você: uma sociedade que se inicia como defeituosa é aquela que o sócio vira professor do outro. Trocar ideias sobre estratégias é uma coisa. Ensinar como atuar é outra. Salvo exceções que um aluno e/ou estagiário vai se energizando na carreira até virar sócio, tecnicamente os dois sócios que iniciam uma jornada juntos deveriam conhecer as áreas de atuação de forma primorosa. Sejam complementares: o ciclo "técnica-venda" deveria ser preenchido por qualquer escritório para o sucesso, ou seja, se seu perfil pessoal é apenas técnico (o costumeiro advogado atrás do computador) tente se juntar a um advogado que tenha um perfil mais vendedor e voltado a novos negócios. E vice-versa. Isso traz uma dinâmica muito interessante ao conjunto como um todo. Existem diversos fatores que influenciam - positiva e negativamente - uma sociedade. Porém, Matheus, no seu caso em particular, fazendo uma "investigação" rápida em site e redes sociais, percebo que você é bastante conhecido em seu setor de atuação e isso, por muitas vezes, pode inibir a aproximação de uma pessoa que pode se considerar menos apta tecnicamente a trabalhar com você. A pessoa quer se envolver com sua carreira e com o escritório, mas acha que, como você já é conhecido no mercado, não está no mesmo nível. Se esse for o caso, é importante explicitar aos seus contatos que está aberto a novos rumos para o escritório, com conversas em todos os níveis. Tenho certeza que rapidamente alguém estará alinhado às suas pretensões profissionais. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!  
Nosso amigo Pedro Reinaldo Bulias pergunta: "O marketing pessoal dos sócios está ligado à divulgação do escritório nas redes sociais?" Pedro, obrigado pela pergunta. Definitivamente existe uma ligação direta entre a imagem que o sócio projeta no mercado (seu marketing pessoal) e a imagem institucional da banca. Em diversas palestras que dou no mercado mostro casos (incluindo diversos exemplos reais) bastante peculiares, onde o escritório se esforça para criar uma imagem séria e serena e o sócio consegue, em poucas fotos ou comentários, destruir completamente esta tentativa em função de não entender que a "cabeça" do escritório é ele, e, sendo assim, deveria personificar fortemente as qualidades intrínsecas de sua empreitada. Exemplifico: é fácil demais buscar, derivado do nome principal, os sócios responsáveis por determinado escritório. Posto isso, ninguém quer ver um perfil institucional completamente estilizado e correto para que, momentos depois, possamos ver o perfil do dono deste escritório completamente inadequado, muitas vezes com situações pornográficas, etílicas ou simplesmente desorganizadas. Já vi, nestes anos de consultoria, casos completamente sem noção, onde o sócio maior teve a falta de percepção de colocar postagens como "Saindo de férias. Não avisem meus clientes!" ou "Novo estagiário no escritório! Agora o problema tá em outras mãos. Kkkkkk....Partiu happy hour!". O tom pode ser de brincadeira, mas contradiz tudo que o escritório prega em seus discursos institucionais. Se você é uma pessoa desorganizada ou que não tem prioridades em sua vida pessoal e transparece isso nas suas redes sociais, tenha certeza que o impacto ocorrerá também na imagem corporativa de seu escritório. Ninguém quer entrar em uma Ferrari que o motorista seja um bêbado. Por mais que ele tente te convencer que esta Ferrari é um dos melhores carros do mundo, você ainda sabe que existe uma pessoa embriagada por trás de sua direção. Desastre total. Já que estamos falando de redes sociais, não deixe de conferir meu artigo, postado há algum tempo aqui mesmo no Migalhas, intitulado: "Redes Sociais para Advogados - É Proibido Entrar Com Cachorro". Lá tem boas dicas também.Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 12 de abril de 2019

Escritório x emprego

Nosso amigo Ronaldo Santos Monteiro inicia nossa coluna com a mensagem: "Alexandre, inicialmente parabéns pela nova coluna! Tenho uma dúvida: recentemente precisei me mudar de cidade e tive que me desligar do escritório que anteriormente atuava como coordenador jurídico. Deixei pra trás, também, meu networking construído ao longo dos últimos 12 anos de trabalho (tinha uma reputação consolidada em minha antiga cidade). Tenho interesse em tentar, enfim, abrir meu próprio escritório na nova cidade em que estou morando, mas ao mesmo tempo preciso encontrar um novo emprego para me capitalizar e até mesmo fazer novo networking e me tornar conhecido no novo mercado. Dúvida: se eu colocar no meu LinkedIn que fundei um novo escritório de advocacia e consultoria jurídica isso me prejudicará na busca por um novo emprego?" Ronaldo, obrigado pela mensagem. Se a ideia é apenas entrar no novo escritório para se capitalizar, onde o objetivo é juntar dinheiro e em breve sair para tocar exclusivamente sua banca, talvez você tenha algum tipo de dificuldade em ser aceito por um escritório que entenda que você tem "tempo de validade" dentro da estrutura. Empregadores necessariamente validam pessoas que queiram crescer junto com o escritório. Porém, se a ideia é seguir com as duas atividades, não vejo problema algum em expor nas redes sociais que tem seu escritório ao mesmo tempo que está em busca de novas oportunidades. É importante entender que o mercado tem simpatia e carência por profissionais que sejam proativos. A ideia que você deve levar ao mercado é simples: sou um advogado de conhecimento e responsabilidade. E, posto isso, tenho meu escritório para tocar todas as demandas acumuladas ao logo destes 12 anos ao mesmo tempo que ajudo outros escritórios em suas demandas. Veja que a ideia por trás disso não é "atirar para todo o lado", mas sim se posicionar como um advogado que tem experiência e, portanto, é bastante procurado, seja em demandas próprias, seja em trabalhos como colaborador interno de um escritório. Partindo do princípio que um lado das atividades não afetará tecnicamente o outro e que esse novo panorama de estar empregado ao mesmo tempo que inicia um novo escritório seja abertamente conversado com seu novo empregador (até para ele entender que os trabalhos não se cruzarão), não vejo problemas em termos de imagem. Dica final: vale a pena explorar um pouco mais a fundo o networking que você criou na antiga cidade. Muitas vezes as conexões já estabelecidas podem gerar trabalhos mesmo a distância ou, em muitos casos, contatos na nova localidade que possam acelerar o crescimento de sua nova empreitada. Boa sorte! Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
Que o marketing jurídico sempre foi envolto em mistério, isso sempre foi uma realidade. Pode fazer? Não pode fazer? É publicidade? É propaganda? E o Código de ética? Ele proíbe? Não proíbe? O que o provimento 94 libera? E o novo código? Deu possibilidade de novas atuações? O que usar? Como se posicionar? Como ter rentabilidade sem sofrer consequências? Essas (e muitas outras) sempre foram perguntas amplamente discutidas no âmbito jurídico. Umas das minhas grandes missões como consultor de marketing jurídico foi justamente desmistificar e mostrar que muitas vezes o marketing voltado para advocacia é muito mais simples que parece. Esse trabalho, que eu chamo de 'informação jurídica' foi, e ainda é, a base de tudo que sempre tentei passar ao mercado advocatício, seja nos meus artigos (todos amplamente publicados aqui no Migalhas para sua consulta), seja nas minhas palestras, seja no programa de entrevistas que tenho há mais de dez anos, seja nos livros voltados ao assunto que já escrevi, entre outras ações voltadas ao mercado. Tudo isso sempre teve um único objetivo: ajudar a advocacia a entender e tomar conhecimento de caminhos e respostas que, na maioria das vezes, os advogados sequer se deparam na faculdade e no dia a dia. E agora o Migalhas aumentou ainda mais a abertura dessa democratização da informação mercadológica. A partir desta edição, foi criada uma nova coluna exclusiva de marketing jurídico, onde eu posso responder perguntas reais de advogados que tem dúvidas em como implementar, como fazer, como analisar, o que pode e não pode, qual o formato das coisas, etc. Enfim um canal exclusivo que o Migalhas abre para ajudar a advocacia brasileira a crescer. Confira então toda semana a coluna "Marketing Jurídico" onde responderei perguntas do âmbito do marketing jurídico, seja ela qual for. Se você quiser participar ou contribuir com sua pergunta, envie um e-mail com a dúvida que será prontamente respondida. Fico aguardando! A missão continua!