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Marketing Jurídico

Questionamentos pontuais do marketing jurídico.

Alexandre Motta
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Novas dicas de contratação

A amiga Stéphany Barros pergunta: "Alexandre, boa noite. Estou há bastante tempo desempregada e até agora não me recoloquei mas sei que tenho um currículum interessante e me apresento bem. Alguma dica interessante?" Stéphany, obrigado pela pergunta. Como dono de uma empresa de recrutamento, vejo erros acontecendo diariamente no envio dos CV's. As pessoas, na maioria das vezes por falta de atenção, insistem em diminuir suas chances de serem empregadas simplesmente por não entenderem a importância do aspecto de envio adequado. Já falei sobre isso em outra coluna (acesse aqui) e hoje quero expandir isso com mais algumas dicas. No corpo: A primeira dica se refere ao corpo do e-mail onde se envia o currículo. Muitos candidatos sequer colocam algo para deixar a comunicação mais interessante. O que custa colocar algo como "Prezado Recrutador, segue anexo meu CV para sua análise. Espero estar condizente com a vaga XXX proposta pela empresa e fico disponibilizado para quaisquer dúvidas, se existirem. Desde já agradeço. Atenciosamente"? Pronto, você customizou essa comunicação e "falou bonito" para uma pessoa que deve ser impressionada. Obviamente não precisa ser este texto, mas nunca envie um e-mail sem nada escrito. Não apele: Aproveitando o ensejo do texto do corpo do e-mail comentado no item anterior, já entro no segundo ponto que é o do apelo. Muitos destes textos (e ainda alguns dentro do próprio CV) chegam com textos falando "por favor me dê uma chance", "preciso muito trabalhar", "tenho filhos para criar" e outros. Apesar disso apelar ao nosso sentimento de empatia, a verdade é que nenhum recrutador sério vai te escolher simplesmente por que você está precisando. A escolha é feita exclusivamente em cima de suas características empregatícias que encaixam com a vaga proposta. Basicamente você será contratado porque pode ajudar a empresa e não o contrário e essa é a dura realidade. Você tem que ganhar a vaga pela sua competência e não por nenhum outro fator, independente de qual seja. Águas passadas não movem moinho: Outro ponto a comentar é que vitórias do passado não contam no CV. Isso significa, na prática, que se seu currículo tem uma experiência do passado importante, onde você conseguiu se manter na empresa (e talvez até ter evoluído lá) e depois disso seu CV se tornou "picado" (6 meses em uma empresa, 1 ano em outra, 8 meses na próxima, etc.) essa boa experiência anterior se diluiu em empregos mais recentes que você não conseguiu manter. Se você como estagiário era considerado bom, isso não significa que você, como empregado, deva necessariamente ser também e nós percebemos isso. A coisa que mais vejo são pessoas perderem empregos bons pois se mostram instáveis nos empregos em que foram trabalhando. CV's com prazos curtos de atuação em diversas empresas tendem a ser descartados. Cuidado com isso. Don't lie: Outro ponto mais do que importante é nunca mentir no CV. Isso é, de longe, a coisa mais percebida pelos recrutadores. É mais fácil um candidato passar para uma próxima fase do recrutamento dizendo "errei bastante em meu último cargo, mas aprendi minha lição" do que tentar contornar a realidade com alguma história onde o candidato nunca é o culpado pela sua não evolução na carreira. Seja autossuficiente: Outro erro clássico dos candidatos é "pedir dados" e não "confirmar dados". Explico. A verdade, independentemente de qualquer vaga pleiteada, é que o recrutador quer uma pessoa esperta e que tenha uma certa proatividade e autonomia. Portanto, é muito mais empolgante receber de um candidato perguntas como "o endereço da entrevista é realmente em XXXXX?" ao invés de "onde é o endereço da entrevista?", "a atuação da empresa é realmente no segmento XXXX?" do que "o que exatamente a empresa faz?", "as funções que vou exercer são XXXXXX, confere?", do que "quais são as atribuições que vou exercer?". Confirmar e não apenas questionar significa que você fez sua lição de casa e entende onde está se inserindo, ao contrário do outro cenário. Tenha certeza que essa impressão vai agradar seu futuro chefe. O CV é sua foto impressa: Se você não teve o zelo de revisar seu currículo antes de enviar e o recrutador percebe erros de digitação, de diagramação, de linha de raciocínio e - ó céus! - de português, pode dar tchau ao sonhado emprego. Uma pessoa que erra no CV, já passa, automaticamente, a imagem de descuidada e desleixada. Se erra em documento tão importante - que deveria ter sido revisado mil e uma vezes - imagina no dia a dia do trabalho. Pontualidade nas entrevistas: Não atrase. Nunca. Ponto final. Enfim, estas são mais algumas dicas para que você seja contratada em breve. Espero ter ajudado e boa sorte! Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Assunto delicado

O amigo Rodrigo pergunta: "Caro Alexandre, bom dia. Somos um escritório pequeno e em que pese o desempenho da nossa secretária ser satisfatório, ela tem algumas limitações. Ocorre que dentre tais limitações está, em primeiro lugar, a falta de habilidade no atendimento ao telefone e - mais problemático - um problema grave de dicção, o que impacta de forma negativa na apresentação e na imagem do nosso escritório. Além de falar algumas expressões em português de forma errada, ela tem dificuldade na pronúncia de certos fonemas. Como a relação de confiança é grande, pretendemos mantê-la aqui, mas gostaria de ajuda. Você teria alguma sugestão (inclusive a forma de abordar isso com ela)?" Rodrigo, obrigado pela pergunta. Que assunto delicado, hein? Mas vou tentar ajudar dentro do possível. Vale lembrar que o mais difícil de tudo você já tem, que é uma colaboradora em que você possa confiar. Essa relação de confiança é difícil de ser construída e, portanto, deve prevalecer sobre o restante dos problemas apresentados. Primeiro vamos falar o ponto mais fácil de ser tratado, que é a falta de habilidade em atender o telefone. Isso é facilmente contornado através de dois pontos: um manual de regras de atendimento (tanto presencial quanto telefônico) em você colocará uma tabela de situações que possam acontecer, com a resposta que o escritório quer que ela dê na ocasião apontada. É uma tabela simples onde podemos apontar "se acontecer isso, você vai responder isso". Com essa simples solução você consegue mostrar a ela todas as possíveis respostas padrão que você gostaria no escritório. O outro ponto é efetivamente investir em um curso para secretárias jurídicas (existem dezenas no mercado) que, na maioria das vezes, vem com módulos de atendimento telefônico e português, o que é essencial para o problema apresentado. Com estes dois pontos cobrimos a parte educativa da questão. Agora com relação ao problema de dicção, que é o ponto mais sensível do assunto. A premissa é simples: "funcionários-diamante" devem ser valorizados, e se ela é tão importante para o escritório como dito (e eu acredito), o que deveríamos fazer é investir cada vez mais nela. Sendo assim, se existir a possibilidade de o escritório pagar um tratamento fonoaudiólogo para minimizar esse problema, acho que isso seria um presente que ela nunca mais esqueceria, multiplicando a lealdade dela para com vocês em milhões de vezes. Satisfação pessoal de ajudar uma pessoa querida aliada ao retorno profissional que a mesma dará depois de ser ajudada. Não tem receita melhor de solução que isso. Vale lembrar que a abordagem a este delicado assunto deve ser feita com foco na evolução da profissional, nunca o de corrigir erros que ela não tem controle proposital sobre. Ou seja, o escritório está querendo que ela evolua junto com ele e por isso está investindo nela. Resumo da solução: sugiro então que o "pacote" de evolução seja um curso voltado para secretariado jurídico + manual interno de atendimento profissional + o tratamento fonoaudiólogo. A ideia é que possamos passar que estamos investindo na carreira dela, tanto a parte teórica (curso e manual), quanto a parte física (fono). Acho que ela vai gostar. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Muito trabalho e pouca mão-de-obra

A amiga Fernanda Haven pergunta: "Como lidar com o crescimento bagunçado do escritório, onde temos muito trabalho e pouca mão-de-obra?" Fernanda, obrigado pela pergunta. Realmente este é um problema muito vívido e vivido pelos escritórios. Vou colocar brevemente aqui dois cenários: um onde sabemos cobrar corretamente pelos nossos serviços e, portanto, o crescimento, mesmo que desordenado em uma fase inicial, pode facilmente ser acertado, pois à medida que o escritório está crescendo e com novos contratos entrando, nossa rentabilidade também está exponencialmente aumentando. Isso significa que, em breve palavras, quanto mais dinheiro está entrando, mais pessoal de qualidade podemos contratar para efetivamente dar conta de todos os projetos novos. É assim que os escritórios crescem. Se a rentabilidade de nossos novos contratos está adequada, a contratação de colaboradores e expansão do escritório deveria ser a prioridade para o crescimento efetivado com qualidade. O segundo cenário é quando as cobranças financeiras não condizem com o tanto de trabalho que executamos e isso é um grande desastre para o escritório. Aí se inicia um processo que, quanto mais contratos conquistamos, mais trabalho temos, porém, ainda sem dinheiro para se investir em mão-de-obra para "escoar" o trabalho conquistado. Resultado: muito trabalho sobrando para uma única pessoa. Se você não sabe quanto custa sua hora (e isso impacta diretamente em como você cobra pelos seus serviços) está muito propenso a estar nesta segunda categoria de situação. Cuidado. Então não se trata de crescer ou ter mais contratos, mas sim de ter crescimento com rentabilidade. Novos contratos só são bons se tem margem de lucro adequada. Ter um novo contrato só para ter mais trabalho - sem dinheiro atrelado - não faz sentido para mim. Ainda existe um terceiro cenário que infelizmente já presenciei. Onde a rentabilidade em cima dos contratos está boa mas o sócio principal prefere colocar o dinheiro no próprio bolso ao invés de reinvestir no próprio escritório, criando assim um cenário com muito trabalho, pessoas sobrecarregadas e efetivamente, perda de qualidade, o que leva, certeiramente, à perda de clientes à longo prazo e ao declínio pontual da banca. Minha dica: aguarde para colocar o dinheiro no bolso quando seu quadro de pessoal estiver compatível com a demanda gerada pelo mercado e nunca antes. Obviamente que para os dois cenários principais comentados muita coisa pode ser discutida e adaptada, mas como temos um espaço limitado nessa coluna, acredito que essa introdução ao assunto seja válida para seu questionamento. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Slogan na advocacia

O amigo Jonas Paulo Salim pergunta: "Outro dia ouvi e gostei de um slogan para um escritório de advocacia. Nunca tinha ouvido. Isso é comum nos escritórios?"  Jonas, obrigado pela pergunta. Minha resposta é muito simples: Por que não? Se isso não confronta o Código de Ética e é um forte indício de que o escritório, como um todo, está indo em uma única direção, por que não?  Obviamente, e assim como tudo que permeia o marketing na advocacia, esse detalhe institucional deveria ser baseado na realidade e na discrição do escritório. Isso significa dizer que um slogan deveria transformar em palavras o que está no DNA do escritório e de seus sócios, sem enfeites e ilusões, além de iluminar o caminho de todos os colaboradores que acreditam na banca.   Um bom slogan traz à advocacia um "grito de guerra" que pode unificar ideais, pensamentos e o caminho único a ser seguido por todos.  E vale reforçar o já dito: ter um slogan é colocar em palavras o sentimento de propósito do escritório e não uma possibilidade de "vender" o escritório. Posto isso, não entenda como slogan algo como os hipotéticos "resultados mais rápidos só aqui em nossa banca" ou "temos um jeitinho especial de ganhar sua causa". Isso é querer vender o escritório (proibidíssimo pelo Código) e não mostrar do que você é feito. Cuidado.  Mas e o que seriam alguns slogans condizentes com o código e que são interessantes? Separei alguns para entendimento do leitor: "O erro não passa pela porta de entrada" (focado na qualidade dos serviços) "Ser referência no mercado é para os conscientes da excelência do trabalho cotidiano" (focado na missão/visão do escritório) "Aqui a essência do escritório é o cliente" (focado no cliente)  E como tudo que é bom eu implemento em minhas empresas, termino a coluna de hoje colocando os slogans que há anos nos acompanham: "Faça Direito. Diferencie-se. Atue Marketing Jurídico" (Inrise Consultoria em Marketing Jurídico)  "Por Resultado. Para Resultado" (Inrise Recrutamento Jurídico)  Espero ter ajudado.  Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios,  cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar.   Bom crescimento!
sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Impactos tecnológicos no Marketing Jurídico

O amigo Nicholas Merlone pergunta: "Gostaria de saber mais sobre os impactos e as relações das novas tecnologias e redes sociais no Marketing Jurídico e na advocacia. Pode nos ajudar? Muito obrigado!" Nicholas, obrigado pela pergunta e por sua visita em nosso stand na Fenalaw. É sempre muito bom saber que estou ajudando as pessoas através desta coluna semanal e seu depoimento, assim como nosso papo, me deixaram muito feliz. Pegando gancho na sua visita e na sua pergunta, você mesmo pôde perceber que o cenário mostrado aos advogados na feira foi de completa imersão na tecnologia. Legal techs, law techs, empresas de big data e jurimetria, novas ferramentas jurídicas, velhas ferramentas jurídicas remodeladas e até um robô interativo fizeram parte do cenário da Fenalaw 2019, pincelando o mundo tecnológico que pode - e deve - ser usado daqui pra frente no cenário advocatício. E esse novo panorama é um caminho sem volta. Aquele advogado que ainda defende o controle de andamento processual na pasta física pois, "sempre foi assim", está fadado a desaparecer. Voltando à feira em si, um aspecto que comprova o que estou falando é que diversas empresas que tinham stands no evento sumiram. Como acompanho a Fenalaw desde sua primeira edição, pude perceber a extinção de empresas (como por exemplo de arquivos rolantes e recortes de jornais físicos) que expunham antigamente e hoje - se não sumiram - tem dificuldade em se manter ativas e operantes. Me assusta hoje o advogado que ainda refrata qualquer avanço tecnológico, sempre defendendo o "sempre deu certo desta maneira" no seu dia a dia. Esse profissional, se não acordar para as novas tendências de tecnologia, gestão, marketing e outros, em breve se juntará a outros que, no advento do computador, ficaram anos defendendo a máquina de escrever pois ela supria as necessidades e "sempre foi assim". E a história mostra que houve uma grande leva de profissionais que afundaram dessa maneira, infelizmente. Meu conselho final: evolua, sempre dentro do Código de Ética da Advocacia, mas evolua. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Eventos jurídicos em São Paulo

A amiga Hanna Silveira pergunta: "Sou da Bahia e estive na semana passada na Fenalaw e foi um evento muito bom. Porém eventos como esse não são priorizados pelos advogados quando acontecem na minha própria terra. Porque isso acontece, Alexandre?" Hanna, obrigado pela pergunta. Esse é um cenário bem comum no meio. Se colocarmos O MESMO evento aqui em São Paulo e em outra localidade é possível que o de SP lote e o outro não. Isso acontece porque - vamos admitir - São Paulo é considerado o polo de negócios do Brasil. Tudo acontece aqui e a percepção que as pessoas tem é de que os eventos aqui podem trazer mais networking e consequentemente mais negócios para o advogado. Ledo engano. Já palestrei no Brasil todo e, na maioria da vezes, os eventos tem uma excelência de organização e troca de informações de nível máximo, de fazer inveja em qualquer outro grande evento do setor. Talvez o que precise ser melhor anunciado seja o resultado que estes eventos fora do eixo SP-Rio trazem. Muitas vezes o que precisa ser feito é o pós evento, ou seja, explicitar o resultado e sucesso da empreitada para que seja criada então uma imagem de evento de sucesso, como uma marca de respeito. Isso, ao longo do tempo, transforma a imagem de evento simples, aquele que "podemos perder" em "o evento do ano que nenhum advogado da região pode perder". Foi isso que aconteceu com a Fenalaw. Construiu seu nome ao longo dos anos e agora aproveita a devida fama (deixando claro que existe uma competência organizacional tremenda na entidade). E é por isso que vemos diversos "primeiros" e não "segundos". Explico: toda hora aparece o 1º Congresso de X, 1º Seminário de Y, e assim por diante. Mas como não se fomenta a imagem desses eventos com resultados positivos, grande parte das vezes nunca se chega à necessidade do mercado pela continuação do mesmo, simplesmente pelo fato de que não mostramos os resultados efetivos que a primeira edição trouxe. E isso pode ser transposto para o marketing jurídico no geral. Muitas vezes pensamos na ação mas nunca no pós-ação, que geralmente é onde colhemos os frutos do trabalho, seja ele institucional ou comercial. Cuidado, portanto: toda ação de marketing e comunicação deve ter pré-ação, a ação em si e o pós-ação. Por fim, parabéns Hanna, por estar visitando e vivenciando os eventos jurídicos tão importantes para o setor. Informação e networking de qualidade nunca são demais. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Personal organizer

A amiga Débora Félix pergunta: "Olá Alexandre, me chamo Débora, sou personal organizer e atualmente comecei parcerias com algumas empresas em minha cidade (Americana/SP). Acredita que eu possa incluir o marketing jurídico em meus serviços para futuramente atuar com grandes escritórios?" Débora, obrigado pela pergunta. Sendo bem sincero, eu não sabia exatamente o que era personal organizer até receber sua pergunta, mas como o amigo Google está aí para nos ajudar, dei uma pesquisada e voilá, agora sei o que uma personal organizer pode fazer. Para os que não querem pesquisar, seguem abaixo algumas características tiradas da internet. Uma Personal Organizer avalia a pessoa ou empresa, sua rotina, seu ambiente, identifica o problema e, com foco em objetivos como bem-estar e otimização de tempo e espaço, aplica soluções personalizadas pra bagunça não voltar. O serviço de uma Personal Organizer pode ser aplicado nos mais diversos ambientes e para diversas finalidades: Mudanças residenciais sem stress, com muito mais tranquilidade; Organização de ambientes para pessoas com necessidades especiais, com mobilidade restrita ou deficiência visual, que requerem sistemas específicos, eficientes e personalizados; Treinamento de funcionárias domésticas para otimização de trabalho; Orientação de recém-casados com as adequações da nova vida a dois; Organização de empresas e escritórios, para um sistema eficiente de arquivamento de documentos e fluxo de trabalho; Preparo de malas de viagem com otimização de espaço; Auxílio à enlutados, ou seja, pessoas que perderam uma pessoa próxima e passam por dificuldades de organizar e destinar os pertences. Pelo que entendi de sua pergunta, sua ideia seria agregar escritórios jurídicos (e por consequência seus sócios) em seu mapeamento de futuros clientes, certo? Eu particularmente acho que o casamento é válido, em especial em pequenos escritórios que tem uma tendência grande de não ter rotinas definidas e nem fluxo de trabalho pontuados. O que não falta nos escritórios, hoje em dia, são itens para serem organizados, isso eu te garanto. O grande escritório geralmente já tem maior organização ou pessoas internas cujas funções são exatamente organizar o fluxo (ou outras ações de sua competência) de maneira adequada. Mas isso não impede de que você também possa entrar em alguns deles com sua expertise. Cuidado apenas para que uma simples organização não se transforme em uma consultoria em gestão interna, o que demandaria diversos outros enfoques que acredito que apenas profissionais voltados ao trabalho constante com o setor jurídico tem. O mundo jurídico, seja para o bem, seja para o mal, tem características que nenhum outro setor tem, portanto apenas pessoas vinculadas e com conhecimento interno consegue ajudar de maneira mais focada os profissionais em seus problemas. Boa sorte no empreendimento! Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 18 de outubro de 2019

O set completo do marketing jurídico

O amigo Paulo Hungueria pergunta: "Quando falamos de marketing jurídico, falamos também do endomarketing para escritórios ou somente de redes sociais?" Paulo, obrigado pela pergunta. Realmente se criou, ao longo dos anos, uma ideia de que marketing jurídico eram apenas poucas ações esporádicas. Ou era uma pequena ação interna aqui, ou era uma pequena ação digital ali, alguns esforços prospectivos esparsos, e se resumia a isso... Ledo engano, meu amigo. Ainda, nos dias avançados de hoje, quando falo em criar uma pessoa de comunicação em um escritório de advocacia que concatene todas as ações possíveis de marketing para o escritório, muitos sócios ainda perguntam: "mas o que tem para essa pessoa fazer? Não é só uma coisinha ou outra?" Ou então, "mas vai ter trabalho para essa pessoa? Ela não vai ficar ociosa não?". E eu respondo: imagina rotinizar mais de 60 ações de marketing dentro de seu escritório e veja se essa pessoa interna de comunicação terá tempo para ficar ociosa. E é essa a verdade, já respondendo sua pergunta: quando falamos de marketing jurídico não é apenas endomarketing e redes sociais que estamos promovendo, mas sim uma chuva de ações possíveis e condizentes dentro de uma estrutura organizada. Tudo ao mesmo tempo agora. Lembra quando você era pequeno e saía algum álbum de figurinhas novo? Você não queria ter apenas algumas figurinhas, mas sim o set completo delas, para que pudesse completar o álbum logo. O princípio é o mesmo. Uma ou outra figurinha são legais, mas o bom mesmo, que mostra o produto final e brilhante, é quando o álbum tem todas as figurinhas, completão. O marketing jurídico bem trabalhado é a mesma coisa. Só é brilhante quando trabalhado por completo. Ainda dentro desse escopo, um grande item a ser desmistificado é que marketing jurídico completo não é apenas marketing jurídico digital (ou as redes sociais às quais você se refere em sua pergunta). Como já explorei isso em artigos anteriores, copio abaixo um resumo dos itens mais importantes nesse ponto. Marketing digital não é marketing jurídico Sabemos que o advogado não tem obrigação nenhuma em saber quais as ferramentas de execução possíveis em um plano de marketing bem organizado, e é aqui que mora um grande perigo. Uma noção muito errada que vejo acontecer hoje a todo o momento são empresas aventureiras querendo ludibriar advogados e vender atuações digitais como se fossem ações completas de marketing jurídico. Lembrando que as ferramentas digitais são importantíssimas para os escritórios, o que comento aqui é que existe uma gama muito mais completa de ações possíveis, além do cenário digital. Se o advogado entender que hoje, dentro do Código de Ética atual, existe a possibilidade de atuação de, no mínimo, 60 ações de marketing, ele acaba entendendo que às vezes atuar apenas em uma fatia do marketing jurídico é talvez não conseguir os resultados exigidos para que um plano alcance o sucesso. Fica aqui, portanto, o aviso: marketing digital é um pedaço do marketing jurídico, mas não é ele por completo. Perdido nos resultados Aproveitando que falamos de marketing digital no item acima, acho importante comentar que não adianta investir nas ações digitais se você não controla os resultados obtidos. Seja nas redes sociais (número de contatos, de respostas, de curtidas, de envolvimentos, etc.), no seu site (respostas ao "fale conosco", relatório de acessos, etc.), na sua newsletter (relatório de cliques, e-mails inválidos, links mais acessados, etc.) ou no investimento em links patrocinados (saber quem efetivamente está clicando nos mesmos), não adianta termos as ferramentas digitais e não entender se elas estão funcionando para seu caso ou não. Espero ter ajudado a completar seu álbum. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Marketing jurídico nas faculdades

  O amigo Fernando Prudente pergunta: "Uma questão não me sai da cabeça e foi por isso que resolvi escrever pra coluna. Por que o advogado não tem a matéria de marketing jurídico na faculdade já que isso ajudará na carreira dele?". Fernando, obrigado pela pergunta. Pois é, você cutucou a ferida. Vejo que, não apenas você, mas muitos advogados percebem essa necessidade justamente depois de saírem da faculdade (não sei se esse foi o seu caso) e aí não dá para voltar atrás. A vida efetiva do advogado já começou, mesmo sem os conhecimentos básicos de atuação em marketing. A verdade é uma só: a faculdade prepara o advogado para ser advogado e não para administrar uma carreira ou um escritório. Por enquanto a metodologia das faculdades não se modernizar e evoluir para ensinar, não apenas a parte técnica, mas também a parte "comportamental de sucesso" ao advogado que quer ter uma carreira estável, o novo entrante vai, invariavelmente, iniciar seus trabalhos bastante perdido no que tem que fazer. Mas o que seria esse "comportamental de sucesso" que o advogado deveria conhecer? Me refiro então às áreas correlatas à advocacia, mas que tem um grande peso no dia a dia, como marketing, financeiro, comercial, administrativo e até contábil, entre outras. Os cursos formadores deveriam pelo menos oferecer noções básicas de cada uma destas atividades para que o advogado saísse da faculdade pronto para administrar e promover sua carreira e negócios. Infelizmente nenhum advogado tem sucesso apenas conhecendo o Direito e isso é um fato. A boa notícia é que, além desta coluna que tenta ajudar nestas questões, diversos outros modos são facilmente acessíveis para o melhor entendimento do marketing jurídico - e de outras áreas de igual importância em uma carreira de sucesso - tais como: livros, artigos (aqui no Migalhas tem um monte), vídeos, tutoriais, palestras, cursos, seminários e congressos diversos. O que não dá é para usar a desculpa do "eu não sabia como fazer". Fica aqui, então, meu pedido às faculdades em geral: pensem no advogado não apenas como um ser técnico, mas sim como um "empresário conhecedor do Direito" que precisa crescer, ser reconhecido e evoluir na sua carreira. E para isso, precisa de formação adequada. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Only You...Tube

O amigo Giovanne Vargas pergunta: "Estou abrindo um escritório com meus colegas de faculdade, gostaria de saber se é possível fazer a divulgação somente pelo YouTube?" Giovanne, obrigado pela pergunta. A resposta mais simples é: não, de maneira alguma. A mais explicativa é a seguinte: redes sociais são uma das diversas ferramentas que podem ser trabalhadas na advocacia. Apesar de muito importantes, são uma fração das possibilidades que deveriam ser operacionalizadas para o resultado mais conciso e rápido em um planejamento de marketing jurídico. Usar apenas o marketing digital em uma estrutura racional de evolução é um erro que se torna cada vez mais clássico no dia a dia do advogado pouco instruído. O resultado sempre vai vir do entrosamento entre ações online e offline, onde uma ajuda a outra a ter maior e melhor consistência. Aqui, na verdade, além de propor o uso apenas de uma ação online, você ainda restringiu para uma única rede social, fragmentando ainda mais a aculturação do mercado com seu potencial. Apesar do Youtube ser uma das mais importantes redes sociais do mundo - e com certeza você e seus sócios deveriam estar contribuindo com suas opiniões e vídeo-artigos lá - usar apenas uma das redes sociais acaba sendo um grande erro por si só. Use moderadamente o Youtube, mas também se comunique com o mercado através de Facebook, Linkedin, Instagram e Twitter, se for o caso do seu perfil. Quanto mais pessoas tiverem acesso ao seu conteúdo - que tenho certeza vai ser de excelência - melhor para solidificação da sua imagem no mercado. Então, voltando a resposta mais simples à sua pergunta: divulgação apenas pelo Youtube? Não, de maneira alguma. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Ampliando a rede de relacionamentos

O amigo Felipe Di Marco pergunta: "Prezado Alexandre, quais dicas práticas você daria a um profissional advogado que busca ampliar e qualificar sua rede de relacionamentos e como posso saber se a informação que estou levando ao mercado é relevante?" Felipe, obrigado pelas perguntas. É importante entender que rede de relacionamentos não se restringe apenas às redes sociais. Elas são extremamente importantes, mas não são a essência de uma rede de relacionamentos qualificada. Posto isso, vamos falar um pouco das redes pessoais e das redes virtuais. Nas redes pessoais o mais importante é se fazer presente. Mapeie seus principais nichos mercadológicos e saiba quais os principais eventos que estão acontecendo no setor. É obrigatório que o advogado que queira se fazer presente tenha uma rotina de, pelo menos, duas vezes ao mês participar dos eventos em que público alvo esteja, seja como visitante, seja como palestrante. Mas e como ampliar seu círculo de pessoas nas redes pessoais? A resposta chave é: não tenha vergonha. Bata no ombro das pessoas que você vê e que quer conhecer e simplesmente se apresente. Troque cartões e apresente a ele quais as dificuldades que você percebe como as mais complexas de serem contornadas na atualidade no setor dele (vá preparado para isso). Apenas depois de se posicionar, pergunte sobre como ele vê essas dores setoriais. Tome cuidado para não monopolizar essa conversa (até porque você quer conversar como outros contatos) e termine o breve papo com um agradecimento seguido de compromisso. Algo como "Foi muito bom te conhecer para batermos um papo sobre o setor X. Gostaria muito de, se possível, marcar um café na semana que vem. Posso te enviar um e-mail para alinharmos isso?" Já nas redes virtuais o mais importante é gerar conteúdo (de preferência inédito) para seus contatos digitais. Artigos, declarações, comentários e outros, fazem a reputação online ser respeitada e procurada pelo mercado. Mas e como ampliar seu círculo de pessoas nas redes virtuais? A resposta chave é: vá cavando. É importante sempre buscar nomes e pessoas relacionadas aos contatos que queremos e ir incluindo em nosso círculo virtual, com convites personalizados (algumas redes permitem isso), sempre mostrando que queremos trocar informações e percepções sobre o mercado atual. Vale lembrar que, em diversas redes, você consegue conversar diretamente com as pessoas com o intuito de parabenizar por uma publicação ou acontecimento sobre ele, a empresa ou algo de relevante para carreira do citado. Veja que nos dois tipos de redes aqui citadas, a informação de qualidade (ou seja, conteúdos relevantes que o mercado necessita) são essenciais para que sua visualização seja corretamente absorvida. O importante é que você seja visto com um profissional que entende de sua área de atuação. Tenha certeza que você será o primeiro a saber se as informações levadas são relevantes ou não, através da própria conversa ou pelos respaldos virtuais em suas publicações. Como dica final: a manutenção destes contatos, seja através de newsletter, ligações ou e-mails diretos é obrigatória para se fazer constantemente presente e eventualmente requisitado pelo contato. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O banquete da gestão de equipe

A amiga Mônica Sautchuk pergunta: "Alexandre, parabéns pela coluna que está cheia de conteúdo de qualidade! Minhas dúvidas são as seguintes: Vale a pena investir em gestão de equipe para meu escritório? Quais as melhores práticas atuais?". Mônica, obrigado pelas perguntas. A premissa máxima para seus questionamentos é saber que funcionário satisfeito, direta ou indiretamente, gera lucro para o escritório. Seja fazendo um bom trabalho (o que por si só já é interessante) ou gerando oportunidades à frente da banca, o importante é entender que, o único cenário em termos de gestão de pessoas que não queremos ter é a rotatividade. É ela que mina o tempo e o dinheiro do escritório, sendo que muitos nunca conseguem sair da eterna espiral "contrata-ensina-perde-contrata". É como se estivéssemos comprando alimentos para uma receita, mas sempre algum destes produtos se estraga antes de começarmos a fazer o prato. Quando repomos este alimento, outro se estraga e assim nunca conseguimos saborear o tão esperado banquete farto. Então, se você está pensando seriamente em investir em gestão para sua equipe (e acho que deveria mesmo), comece fazendo uma varredura completa nos pontos fortes e fracos de sua banca. A ideia é mudar tudo ao mesmo tempo, como se fosse uma fase nova para seu escritório. Escute a todos e insista que eles precisam mostrar as coisas ruins (e não apenas as boas) que estão passando, pois o momento é de reflexão e correção de caminhos errados. Explique que está precisando enxergar pontos que você pode não perceber e somente a opinião crua e sem filtros deles vai poder mudar as coisas. Tenho uma empresa de recrutamento jurídico e posso te dizer, com propriedade, que mais de 80% dos colaboradores insatisfeitos e que estão buscando nova colocação, simplesmente dizem que não conseguem ser ouvidos pelos seus superiores, seja para reclamações ou simples sugestões cotidianas de novos caminhos. Eles simplesmente acham que não existe uma "porta aberta" nos donos que possa ser usada e isso os fazem procurar outro emprego. Obviamente a sua parte no negócio é de entender os pontos colocados, sem levar para o lado pessoal. Muitos sócios, ao verem os pontos negativos colocados pelos colaboradores, tem a tendência de ficar se explicando e, muitas vezes, ficam bravos e revoltados com as posições apresentadas. O sentimento é natural (afinal de contas ninguém gosta de escutar coisas ruins sobre sua pessoa ou empreendimento), mas o importante é se controlar e colocar em prática a reestruturada 180 graus que o escritório dará (se fosse 360 graus - como muita gente fala - estaríamos dando a volta completa e retornando para o mesmo ponto). E, por favor, não se esqueça do principal ponto: mudar. Fazer todo um rebuliço no escritório e depois não operacionalizar nada vai sair mais caro e prejudicial do que se você tivesse deixado as coisas como estavam. Se você se organizar e se prontificar a acertar os pontos deficitários comentados, começará, apenas com este simples passo, a fazer uma gestão mais eficiente de pessoas e, portanto, sair - ou nunca entrar - da espiral matadora de rotatividade constante. Tenho certeza que juntos, sócios e colaboradores integrados, em breve desfrutarão de um grande e suculento banquete, com os alimentos mais saborosos do mercado. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Nome ou imagem

O amigo Daniel Toledo pergunta: "Alexandre, boa tarde, como vai? Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pela coluna. Gostaria de saber se hoje em dia o mercado jurídico percebe primeiro o nome dos sócios ou a imagem do escritório?". Daniel, obrigado pela pergunta. Partindo do princípio que os nomes dos sócios ainda não são conhecidos pelo mercado (acredito que essa é sua premissa também), vou colocar um cenário simples aqui e você mesmo vai responder sua pergunta. Estamos - eu e você - em um evento onde esperamos trocar experiências com advogados para que possamos agregar informações à nossa rotina. Não conhecemos ninguém, mas queremos falar apenas com pessoas que possam acrescentar algo à nossa carreira. Vemos dois advogados: um de terno cinza, camisa branca e gravata azul marinho e outro de terno lilás, camisa verde e gravata vermelha. Quem vamos tentar abordar? Tendenciosamente acabamos optando pela pessoa que mais se adequa ao que temos como imagem conceitual de advogado de sucesso. Nesse cenário não importou muito o nome da pessoa e sim a maneira como ele estava se mostrando aos demais. O cenário pode ser simplista e extrapolado demais, mas o que delimito aqui é que, do mesmo jeito que queremos ver um médico de branco, o mercado ainda quer ver o advogado com o porte e imagem de advogado. Vale lembrar que não estou falando aqui de moda e nem de modernidade na advocacia, mas sim comentando sobre mostrar uma imagem adequada dentro do setor jurídico. Trazendo isso para a imagem completa do escritório e respondendo sua pergunta: o mercado percebe primeiro a imagem em um escritório iniciante para apenas depois se importar com sua alcunha. Isso significa que criar uma imagem inadequada nos seus materiais institucionais acaba repelindo muitas tentativas de contato e afinidade com o possível cliente. Afinal de contas, quem já não desistiu de falar com um advogado pois percebeu, na sua imagem institucional, que ele era "mais um da balancinha"? Obviamente a ideia é que o nome, através do reforço constante do marketing no institucional solidificado, ultrapasse a imagem "física", fazendo com que as pessoas consigam escutar a denominação do escritório, atrelem o mesmo a uma banca sólida e à qualidade de resultados e constatem que é este tipo de escritório que elas necessitam para solucionar seus problemas. E é isso o que eu chamo de Marca Jurídica Consolidada, o objetivo final de qualquer projeto de marketing jurídico bem-sucedido. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Falta falar como

A amiga Karen Miyamura pergunta: "Recentemente participei de um curso de Marketing Jurídico onde me informaram que deveria acreditar que é possível ter um grande retorno, mas não foi dito COMO eu consigo atingir esse objetivo, acabei saindo com mais dúvidas do que quando entrei. Acredita que há uma maneira mais eficaz de aprender tal assunto?". Karen, obrigado pela pergunta. Você tocou em um ponto muito importante e que particularmente acho um problema no mercado: o falar COMO fazer as coisas. Vejo dezenas de cursos, palestras, workshops e treinamentos que deixam as pessoas, assim como você se sentiu, mais confusas na saída do que na entrada. São geralmente "ensinadores" que nunca colocaram em prática os conceitos teóricos que tanto pregam. Eu mesmo já fui em palestras onde o título era "Como Fazer XYZ" e na realidade o "professor" estava simplesmente mostrando os itens que podiam ser aplicados. Ter uma palestra onde o nome diz "Como Fazer" implica necessariamente em mostrar aplicações reais daquilo e não apenas explicar o que é a ferramenta. A tática é realmente fisgar a pessoa pelo título atrativo e depois, quando o aluno já pagou, oferecer o "genérico" do assunto, muitas vezes simplesmente pela falta de não saber efetivamente colocar em prática o ensinado. Falar O QUE é diferente de falar COMO. Um exemplo: é muito fácil falar aos advogados que eles precisam escrever artigos. Vejo toda hora alguém dando esta dica "mágica". Mas qual a operação por trás disso? Qual o formato? Qual a linguagem? Quantas laudas são adequadas? Para quem é aquele artigo? Qual o gancho de leitura? Qual a periodicidade interna? Onde ele será distribuído e veiculado? Qual a rotina pré e pós artigo? Onde ele será inserido no contexto do institucional do escritório? Como ele se tornará peça prospectiva no avanço comercial do escritório? Estas e outras perguntas deveriam ser respondidas juntamente com o "inédito" anúncio de que "advogados devem escrever artigos". Isso é apenas um exemplo de como as ferramentas, muitas vezes, apenas são citadas ou comentadas em palestras, sem dar o passo a passo, o que é, ao meu ver, o mais importante. E é por isso que peço a todos que estão lendo esta coluna: comecem a levantar a mão ao final de palestras e cursos que tenham ensinamentos "meia boca" e dizer: "Falta falar COMO". Está aqui a frase completa para seu copia e cola: "Professor, muito boa sua explicação. Já entendi O QUE eu preciso fazer, mas e COMO eu devo operacionalizar isso na minha rotina?" Levanto aqui, mais uma vez, a bola da investigação. Antes de fazer um curso, palestra ou outros, investigue quem vai ministrar esse conteúdo. Veja se a pessoa em questão tem em sua carreira a efetiva aplicação dos ensinamentos no dia a dia, e saiba referenciar pessoas que usaram seus mandamentos com sucesso. Ler fórmulas mágicas na internet e replicar para alunos desavisados e "não detetives" é a coisa mais fácil do mundo. O que eu quero ver mesmo é a cara de um destes super professores com a frase: "Falta Falar COMO". Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Redes sociais na advocacia

O amigo Maurício Bezerra vai direto ao ponto e pergunta: "Qual a melhor rede social para divulgar meu escritório?". Maurício, obrigado pela pergunta. Sem um entendimento maior de qual sua área de atuação e para qual público alvo você foca sua atividade, fica bastante difícil responder sua pergunta de um modo adequado, mas vou tentar ajudar de alguma maneira. Apesar das redes sociais aparentarem ser uma grande "massa" de atuação desconexa, a verdade é que, se darmos enfoques diferentes para cada uma, podemos tentar obter uma melhor atuação e retorno devido. Aqui falo apenas das quatro principais redes da atualidade: Facebook: por ser uma ferramenta "mista" (tanto visual quanto textual) aqui a abordagem deveria ter foco nos clientes e na interação do escritório com eles, com reforço a assuntos institucionais, além de temas relevantes que podem afetar a maioria de seu público alvo. Linkedin: por ser uma ferramenta mais "séria" e voltada exclusivamente para negócios (portanto nada de postagens engraçadinhas e piadinhas), a abordagem aqui deveria ser em trabalhar dados e insights sobre o mercado, além de conteúdos mais pontuais sobre as áreas de atuação e ramo dos clientes e prospects. Instagram: por se tratar de uma ferramenta exclusivamente visual (isso significa que se você não tiver uma rotina de gerar fotos do escritório e/ou posts com imagens, nem precisa utilizar a rede), aqui o enfoque poderia ser publicar a vida no escritório, além de acontecimentos relevantes sobre a vida dos sócios e de clientes. YouTube: da mesma maneira que a rotina de imagens é essencial para se utilizar o Instagram, ter uma rotina de vídeos (sejam vídeos-artigos mensais, vídeos de suas palestras ou o seu vídeo institucional) é primordial para se ter um canal no YouTube. Se você não tem essas ações costumeiras (e cá entre nós, deveria ter) nem precisa se preocupar com essa rede. Independente da classificação acima, a regra geral é simples: use as redes sociais para levar informação de relevância e qualidade ao seu público alvo. Não seja um replicador de informações, seja a fonte. Para finalizar a resposta, aproveito para colocar aqui o link para um artigo intitulado "Redes Sociais para Advogados - É Proibido Entrar Com Cachorro" que escrevi para o Migalhas há algum tempo atrás, falando justamente sobre os erros e acertos dos advogados nas mídias sociais. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Marketing jurídico nas faculdades

A amiga Luciana Fortino pergunta: "Alexandre, estou no 5º semestre de Direito, ainda não tive nenhuma matéria onde falasse sobre o marketing jurídico e aparentemente não consta em minha grade. Teria alguma indicação para que eu tenha mais acesso a esse conteúdo?". Luciana, obrigado pela pergunta. Realmente hoje nas faculdades o ensino sobre o real marketing jurídico, por mais incrível que pareça, ainda não foi pautado. É bastante comum o advogado sair da faculdade e entender que aprendeu a fazer Direito, mas não a administrar uma carreira ou o seu próprio escritório. Posto isso, a verdade é que fica a cargo do próprio advogado se auto instruir com relação a assuntos sobre administração, marketing jurídico, recrutamento e finanças, entre outras matérias necessárias para uma evolução correta de um escritório. Mas não se desespere. A boa notícia é que existem diversos e diversos materiais referentes a estas áreas, em especial marketing jurídico. Livros, e-books, palestras presenciais e online, artigos, vídeo-artigos, entrevistas e cursos complementares com os mais variados tempos de duração, entre outros. Esta própria coluna do Migalhas foi desenhada para levar informação de marketing jurídico a qualquer advogado que procure evoluir. Então, apesar de que eu particularmente acho que marketing jurídico deveria estar na grade de formação do advogado nas faculdades, o que não faltam são informações disponibilizadas para "complementar" seu amadurecimento como advogada moderna, seja em formato pago ou gratuito. Cabe agora você correr atrás. O amigo Google está aí para isso. Digite "livro marketing jurídico", "artigo marketing jurídico" ou simplesmente "marketing jurídico" e explore todos os caminhos apresentados. Mas fica aqui a minha dica e aviso: antes de assumir o novo ensinamento como verdadeiro, verifique a carreira de quem escreveu. Existem, infelizmente, diversos "autores" de textos que nunca efetivamente aplicaram o marketing jurídico na prática. Como sempre falo, não acredite em tudo que possa ler na internet. Tem muita besteira sem fundamento sendo vendida como "solução rápida e ideal". Investigue quem escreveu e converse com as pessoas que efetivamente usaram os ensinamentos e conseguiram conquistar algo. A regra é simples: só ensina quem criou ou domina uma matéria na prática, nunca apenas na teoria. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Mire nas estrelas

A amiga Letícia Stabile pergunta: "Estou em começo de carreira e com milhões de dúvidas sobre marketing jurídico. Provavelmente vou escrever bastante para sua coluna. Mas antes de perguntar algo técnico queria saber se estou muito errada em fazer ação ainda que pequenas como se meu escritório já fosse grande. Sempre tive uma cabeça que imaginava que a carreira que se vê grande se torna grande, mas meus amigos de faculdade tiram sarro disso bastante. Estou muito errada?". Letícia, obrigado pela pergunta. Pelo título da coluna desta semana acredito que você já saiba minha posição a este respeito. E isso sempre se refletiu em minha carreira. Desde o começo do Grupo Inrise, sempre pensei na empresa como gigante e, assim como você, muita gente não compartilhava da visão e, por consequência, acabavam "tirando sarro" como você comenta. Então só para alinhar suas expectativas, tenho a mesma linha de raciocínio que você e acredito que, independentemente do tamanho, o escritório deve se ver como grande, até efetivamente se tornar. Obviamente aqui estou falando de saber dosar esta quantidade de entusiasmo para uma realidade compatível - inclusive financeiramente - ao patamar atual do escritório. Isso significa saber quais as prioridades de sua evolução na carreira (sempre pensando grande) mas investir apenas quando o bolso deixar. Imagine que você é uma das advogadas mais respeitadas e conhecidas do mercado e entenda quais os materiais e ações você está trabalhando nessa posição, mas vá evoluindo para esse cenário ideal, de pouco em pouco, apenas quando sua possibilidade financeira permitir. Pense que você é a rainha, mas só compre a coroa quando tiver dinheiro. Outro dia, li em algum lugar a teoria do "Moonshot" que acho que tem tudo a ver com sua pergunta e a maneira como vemos (pelo menos eu e você) a imagem de si próprios em evolução de carreira. A teoria Moonshot (Tiro na Lua em tradução literal), fala algo como "mire na lua e, mesmo que não chegue lá, terá ido tão alto que a tentativa já terá valido a pena". Ou seja, mesmo se você não conseguir chegar exatamente no patamar milionário auto imposto, terá realizado muito pois simplesmente nivelou seu objetivo por cima e não pelo comum de mercado. Para finalizar, peço apenas que, mesmo pensando em seu escritório como um negócio multibilionário, mantenha os pés na realidade atual e evite constrangimentos de jovens profissionais que, mesmo sem muito estudo, remuneração, estrutura física e outras evoluções da carreira, ainda insistem em se apresentar como CEOs de empresas que nem existem. - Oi, eu sou João da Silva, CEO do XYZ Advogados Associados. - Que legal. Onde fica seu escritório? - Não tenho sede ainda. Pra falar a verdade, ainda estou no 3º ano de Direito, mas assim que me formar e arranjar emprego pretendo começar. - A ideia é essa e desejo boa sorte, mas deixe eu entender: no momento você não tem nem escritório, nem a formação completa, nem emprego e nem advogados trabalhando com você, certo? - Certo. - Então você é CEO do que? - Não sei direito, mas para falar a verdade acho o termo bem legal e vou continuar usando. - Uau. Diálogo real presenciado por este que lhe escreve. Mire na lua, nas estrelas, seja rainha e rei. Mas nunca perca a noção do ridículo. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Marketing criminalista - Round 2

O amigo Mauricio Paes Manso pergunta: "Parabéns pelo trabalho desenvolvido desmistificando a questão do marketing para os advogados. Mas, a dúvida é a seguinte: É possível a prospecção de clientes, no âmbito da advocacia criminal, fazendo marketing jurídico, dado a peculiaridades dos clientes. O que é quero dizer é: como divulgar o trabalho do advogado criminalista. Obrigado e forte abraço". Maurício, obrigado pela pergunta. Algumas semanas atrás respondi pergunta semelhante da amiga Amanda Barros. Acho que a resposta engloba a maioria das dúvidas efetivas que o advogado criminalista tem em relação ao marketing jurídico. Por favor relembre aqui: Agora que você já leu sobre as ferramentas no artigo anterior, em um âmbito mais amplo, é possível dizer que o marketing jurídico serve para qualquer advogado, incluindo o advogado criminalista. Embora seja um trâmite mais difícil e reativo (afinal de contas ninguém vai sair no mercado falando "cometeu um crime? Fez besteira? Vamos marcar uma reunião") existe sim a possibilidade de engajamento do público alvo nas atividades do escritório e do advogado. E é exatamente esse acompanhamento e engajamento que faz o público obter a preferência por determinado advogado que possa, em uma hora de aperto, ser o salvador da pátria e o resolvedor da situação. Veja bem, o criminalista faz sua carreira em função do conhecimento exposto ao mercado e nunca em cima do nome de clientes, o que é - embora proibido - utilizado por diversos escritórios de outras áreas de atuação do direito em algum grau de exposição institucional. Infelizmente, tenho uma má notícia: o trabalho que o advogado criminal tem para criar seu nome e angariar clientes é praticamente o dobro de outras carreiras jurídicas, comparativamente falando. Por ser um assunto (crimes) que, na teoria, "ninguém fez, ninguém faz e ninguém vai fazer" se torna difícil materializar ações e "produtos", focando-se muito mais em expor correta e constantemente o nome do advogado do que uma divulgação direta de benefícios efetivos. E, se o trabalho é maior para o criminalista, está na hora de começar antes de todos, concorda? Mãos à obra! Para finalizar, deixo aqui um questionamento-chave para os advogados criminalistas: por que será que todo grande caso, que supostamente deverá ter amplitude de exposição (leia-se cobertura nacional), é disputado à tapas, com promessas de resultados completos e sem pagamento de um tostão sequer, pelos criminalistas de plantão? Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 26 de julho de 2019

Agregando valor à marca

O amigo Jean Marques pergunta: "Gostaria de saber qual a melhor maneira de agregar valor a nossa marca? Parabéns pela coluna! Grande abraço". Jean, obrigado pela pergunta. O próprio significado da palavra "agregar" já nos facilita a entender o que podemos ajudar na advocacia. Agregar é um verbo que significa juntar com o outro, reunir a algo já existente. Por exemplo: agrupar pessoas, incorporar novas ideias, novas técnicas, inserir novos elementos, novas informações, novos conceitos, etc. Posto isso, como podemos transferir tudo isso para um aumento de valor de uma marca de escritório? Partindo do princípio que já existe uma imagem institucional construída, com materiais adequados (isso é a base de tudo e sem ela você não tem nem o mínimo onde agregar alguma coisa), estes são alguns itens: Tenha opinião: a melhor maneira de ser mais valorizado é colocar sua opinião ao mercado, expondo como o escritório se posiciona com relação a assuntos pertinentes à sua rotina. Isso significa que ter artigos ou livros escritos, vídeos de comentários e mídias que citam seu nome são necessariamente extremamente relevantes para ter valor agregado à marca. Seja inovador: aqui não estou falando de ser um advogado "modernoso" (daqueles que focam seu discurso institucional em temas como "o advogado não deveria usar gravata" e não em temas de relevância efetiva para o público que ele atende), mas sim em inovar em práticas que o mercado percebe como melhorias, tais como ter real transparência com os clientes através de antecipação de passos a serem executados e probabilidade de resultados, ou uma advocacia mais humanizada que percebe o cliente não como um número ou cifra, mas que entende que o começo de uma fidelização de clientela passa por se colocar no lugar do contato e fazer exatamente o que gostaríamos que fizessem conosco, ou ainda, inovar em técnicas de marketing que não tem ainda uma prática muito regular no mercado jurídico mais tradicional (você sabia que existem escritórios que hoje já se aliam a outros profissionais para entregar um serviço mais completo ao cliente final? Como por exemplo, escritórios que, juntamente com seu serviço jurídico, agregam um coaching para ajudar as pessoas a compreenderem os desdobramentos do que está acontecendo ou vai acontecer depois da atuação do escritório?). Corte o caminho: quantas vezes no seu dia a dia, você chegou a pensar "como eu poderia fazer isso de uma maneira mais criativa e/ou mais rápida?". A maioria dos advogados sempre seguem à risca o arroz com feijão da advocacia como se o caminho fosse sempre o mesmo. Os poucos que se fizeram a pergunta acima são os que criaram novos conceitos, metodologias e geraram uma percepção de maior valor simplesmente porque pensaram em saídas alternativas e/ou de maior resultados para seus clientes. Seja um louco moderado: difícil entender o conceito de louco moderado, mas entenda que todos que foram os primeiros a fazer algo diferente foram vistos, pelo menos em um primeiro momento, como loucos pelo mercado jurídico e vanguardistas pelo público. Isso significa dizer que o primeiro advogado que teve uma pessoa de marketing em seu escritório foi um louco moderado, que o primeiro advogado que usou laranja em seus materiais institucionais foi um louco moderado, que o primeiro advogado que aceitou pagamento com cartão em seu escritório foi um louco moderado e assim por diante em diversos exemplos que depois foram (e continuam sendo) copiados pelo mercado. Mas cuidado. A palavra "moderado" não está aí apenas de enfeite e significa que não adianta você criar um material institucional verde limão com bolinha rosa que será visto da maneira adequada. Tudo tem seu conceito, estratégia e operacionalização devidas. Não excludente de outros pontos, estes são alguns itens que você poderia pensar para agregar valor maior à sua marca. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 19 de julho de 2019

60 ferramentas de marketing jurídico

A amiga Rayssa Terto pergunta: "Você falou sobre a importância de lembrar que o marketing jurídico não é apenas digital, e que conta com mais de 60 opções de atuação que o advogado moderno deve conhecer. Você poderia citar algumas das mais importantes? Obrigada". Rayssa, obrigado pela pergunta. Vale lembrar que não existe uma ferramenta mais importante que a outra e sim uma mais importante que a outra para aquela determinada estratégia. Isso significa dizer que apenas a análise aprofundada de como é o escritório (raio X atual) e o que ele pretende ser (objetivo final de marketing) é que determinarão quais as ferramentas fazem mais sentido na construção do caminho de marketing daquela determinada banca. Vou dar um exemplo: apesar das redes sociais (e por consequência as informações que levamos ao mercado através delas) serem um dos 6 itens institucionais essenciais de qualquer escritório, para um escritório que atua em previdenciário, com um público alvo de pessoas mais idosas e que dificilmente tem ou acessam mídias sociais, essa é uma ferramenta que perde seu potencial perante a estratégia organizada e completa do escritório, em especial na impressão e prospecção de clientes. Este é apenas um exemplo aleatório para ilustrar. Mas respondendo mais diretamente sua pergunta, fora os 6 itens essenciais (logotipo, site, folder impresso, folder digital, newsletter e redes sociais), podemos contar com ferramentas fortes no marketing jurídico como palestras, geração de artigos escritos e vídeo artigos, cafés-da-manhã, pesquisas de satisfação interna e externa, CRM, criação de diferenciais efetivos, análise de venda cruzada para clientes ativos, reapropriação de clientes inativos, assessoria de imprensa, rankings, planos de fidelização e parcerias complementares, apenas para citar algumas. Para não consumirmos espaço da coluna, se você quiser conferir uma lista completa de ferramentas, divididas em estruturação de imagem institucional, prospecção ética de clientes e potencialização e crescimento de escritório, acesse aqui. Além de repetir que cada ferramenta tem sua importância apenas dentro de uma estratégia estudada e alinhada com o perfil e objetivo do escritório, é importante também comentar que cada ação citada acima deve ser implementada da maneira correta e integrada com outras ferramentas. Um dos principais erro do advogado é achar que cada ferramenta atua apenas dentro de sua própria esfera, ao passo que deveria se integrar e trabalhar juntamente com outras. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!  
sexta-feira, 12 de julho de 2019

Escritório virtual nas redes sociais

A amiga Gabriella Leal comenta: "Estamos (grupo de advogados) com um protejo de abrimos um escritório virtual, em um primeiro momento funcionaria pelas redes sociais. Estamos com algumas dificuldades de sistematização do protejo e de conseguir tirá-lo do papel. Gostaria de saber quais dicas e conselhos poderia nos oferecer, bem como dimensionar o quão o marketing jurídico estará atrelado a esse protejo". Gabriella, obrigado pela pergunta. O ideal seria eu conhecer quais são as dificuldades enfrentadas na operação do projeto, mas é importante entender que tudo no marketing passa pela visão do mercado, invariavelmente. Então, mesmo sem entender o âmbito completo do seu cenário atual, vou arriscar um posicionamento. Veja que "criar um escritório virtual que funcionaria pelas redes sociais" é teoricamente interessante do ponto de vista prático para os advogados envolvidos, mas e quanto ao ponto de vista do mercado que vocês querem atingir? Se partirmos da premissa que o que faz o público alvo buscar um advogado é a confiança que se tem na pessoa (e diversos estudos já comprovaram isso), qual seria a confiança que teríamos ao nos deparar com a falta da presença física dos profissionais que nos inspiram o devido sentimento? Posto isso, é importante entender que o advogado é como um médico, que queremos ver e conversar, pois queremos ter certeza que é aquela pessoa que resolverá nosso problema. Você iria querer se consultar sobre um problema sério para você, só com um médico das redes sociais? Com a saturação do mercado com os profissionais do setor jurídico, o público hoje tem a sua disposição diversas opções de contratação de advogados, do mais simples ao mais complexo, do mais caro ao mais barato e assim por diante. Então se eu tenho toda essa gama de opções, porque eu optaria por aquele que não consigo me aproximar fisicamente? Funcionalmente, também estranho um pouco o projeto, tendo em vista que, se o advogado não pode responder consultas via internet (artigo 42 do Código de Ética), qual seria a atuação efetiva do escritório nas redes sociais? Se mesmo com esses alertas a ideia é seguir com o projeto, tento ajudar também, respondendo a pergunta quanto a "dimensionar o quão o marketing jurídico estará atrelado a esse protejo". Dentro do que imagino ser este escritório virtual com operação nas redes sociais, acredito que os itens iniciais a serem operacionalizados sejam: Regularizar a abertura do escritório junto a OAB; Escolher o nome da banca (sempre nome ou sobrenome dos sócios); De preferência, criar seu logotipo diferenciado; Fazer a criação do perfil do escritório nas principais redes sociais (Facebook, Linkedin, Instagram e Youtube); Mapear seu público alvo (quem são e como trabalharemos para eles); Iniciar postagens diárias com conteúdos informativos diversos e focados ao público mapeado; Ter canal aberto de contato com seu público (um e-mail que seja respondido, independente do volume de contatos, em menos de 24 horas). Sem conhecer maiores detalhes sobre o projeto, acredito que estas são as primeiras medidas a serem operacionalizadas nessa empreitada. Boa sorte! Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!  
sexta-feira, 5 de julho de 2019

Marketing criminalista

A amiga Amanda Barros comenta: "Sou advogada criminalista e tenho escritório em Goiânia. Gostaria de saber dicas de como se destacar na área criminal por meio do Marketing Jurídico, pois muitas vezes ficamos com receio de violar o Estatuto de Ética da OAB ao divulgarmos os nossos diferenciais de atuação". Amanda, obrigado pela pergunta. É importante entender que, mesmo dentro do Estatuto, podemos fazer muitas ações de marketing dentro da ética. Então não tenha medo do Código, simplesmente entenda que existem algumas limitações que, ao meu ver, são benéficas para resguardar a imagem do advogado sério. Com relação à sua pergunta, vamos lá. A Advocacia criminal é realmente um capítulo a parte no marketing jurídico. Ao passo que em outros tipos de advocacia você consegue ser mais proativo em função de novos negócios, no Direito Criminal, pela própria concepção de sua atuação, a coisa fica um pouco mais restrita ainda. Mas não se desespere. O foco do marketing jurídico dentro de um projeto voltado ao criminal (obviamente estou falando em um modo geral pois cada escritório e sócio tem sua estratégia customizada pela sua atuação específica e perfil) passa necessariamente por se tornar "Top of Mind" do mercado, ou seja, em primeiro lugar, deve-se criar uma imagem extremamente reconhecida no mercado. Se você pensar em tornar-se uma "microcelebridade" no âmbito criminal, estará no caminho certo. E como isso acontece? A resposta é simples: gerar tanto conteúdo que o mercado comece a ver você como uma referência do setor e, portanto, como a pessoa mais capaz para atuar nos problemas decorrentes. E quais as ferramentas de marketing que envolvem essa criação de imagem concreta? Aqui vão algumas: Artigos: a criação de opiniões mensais é mandatória para essa imagem de "entendedor" do assunto. Ou seja, se você ainda não começou a colocar suas opiniões no papel, pode iniciar. Vídeo-Artigos: a variação mais prática do item acima acaba sendo um item de fácil operação e fácil consumo pelo mercado atual. Filme-se dando sua curta opinião (2-3 minutos) a respeito de tudo que influencia e tem relevância para seu público alvo. A propósito: como anda seu canal no Youtube? Imprensa: aparecer nas mídias, sejam impressas ou eletrônicas, é um meio certeiro para que as pessoas se lembrem de você como referência do seu setor. Aqui abrimos uma subdivisão do item, com a ferramenta Assessoria de Imprensa, que facilita sua entrada em diversas dessas mídias. Newsletter: tenha sempre sua base de contatos (ativos, inativos e pessoas que já tenham seu contato) atualizada e recebendo informações (artigos, opiniões, suas palestras, suas vitórias, as mídias que você saiu, etc). Elas constantemente têm que lembrar de sua atuação criminal. Adwords: promova todos os itens acima comentados em Links Patrocinados com palavras chave adequadas. Não saia vendendo seu escritório nos links, mas sim levando informação focada. CV: não se esqueça que um currículo com diversos cursos e estudos setorizados sempre é mais atrativo para o público que quer te ver como o "salvador da pátria". A ideia aqui é rechear o mercado com informações e lembretes constantes de suas realizações de sucesso para sejamos o primeiro a despontar na cabeça daquele que comete algum ato ilícito e precisa de socorro. Espero ter ajudado! Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 28 de junho de 2019

OAB e o marketing jurídico

A amiga Eliane Girão pergunta: "Quando tempo você acha que vai levar para as OABs começarem a aceitar o trabalho de marketing jurídico como ferramenta importante dentro dos escritórios?" Eliane, obrigado pela pergunta. No meu ponto de vista, existe um grande apoio institucional da OAB para que o marketing jurídico seja mais reconhecido e trabalhado dentro da advocacia. Vale lembrar aqui que estamos falando de marketing jurídico ético, dentro dos preceitos e condições do Código de Ética e do Provimento 94/2000. E isso vejo acontecendo no Brasil todo. A necessidade por se entender e operacionalizar o marketing ético está no dia a dia do advogado e as seccionais e subseções do Brasil todo já se mobilizam para que esse conhecimento seja distribuído de maneira adequada. Se você acompanhar o itinerário de palestras agendadas, verá que não apenas o marketing ético, mas todas as atividades "adjacentes" à advocacia (que muitas vezes o advogado não conhece na faculdade) tem um peso grande na grade de atividades, fazendo assim com que o advogado que queira crescer na advocacia tenha, gratuitamente, acesso e condições de se profissionalizar no cenário atual. Dando um exemplo especificamente em São Paulo, o novo departamento de Cultura e Eventos (gestão 2019/2021), sob o comando do conselheiro Alexandre Luís Mendonça Rollo, tem como objetivo, nesta nova fase, justamente ajudar a advocacia a ter palestras de melhor qualidade e se profissionalizar adequadamente. Inclusive existe um esforço claro em focar no conteúdo das palestras e não apenas em quantidade, o que significa que aquele tipo de palestra "genérica" tem seus dias contados (afinal de contas quem tem tempo para ver uma palestra que foca em frases de efeito, dados de pesquisa e outras informações etéreas mas que não ajuda o advogado a saber como fazer as coisas?). Mais especificamente (já que a coluna aqui foca no marketing jurídico) existe um esforço em desmistificar o marketing jurídico completo do marketing jurídico digital, uma vez que o advogado deveria conhecer todas as possibilidades de atuação do marketing jurídico e não ser levado a acreditar que o marketing jurídico digital é a única opção de divulgação. Como já disse em diversas ocasiões e artigos, marketing jurídico digital é apenas uma das mais de 60 opções de atuação que o advogado moderno deve conhecer para atuar de uma maneira adequada no mercado competitivo atual. Em conclusão então, minha amiga, percebo que a OAB está fazendo a parte dela. Cabe agora, ao advogado, buscar informação pertinente à sua evolução. Ficar assistindo o jogo ou a novela, à medida que estão acontecendo diversas palestras de conteúdo que ajudam o advogado a evoluir profissionalmente, não leva ninguém a lugar nenhum. Apesar de clichê, as frases seguintes são verdadeiras: o destino é feito por nós mesmos e sem esforço não existe crescimento. Conhecimento é tudo para um profissional de sucesso. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
Nosso amigo Rafael comenta: "Me chamo Rafael Massaki Higa e entrei recentemente em um escritório de advocacia em Campo Grande/MS, sou estudante de Publicidade e Propaganda, e estou encontrando dificuldades quanto ao assunto focado em Marketing Jurídico, pesquisei alguns cursos online sobre o assunto, porém gostaria de uma opinião mais concisa. Os cursos de MKT Jurídico encontrados na internet podem realmente me ajudar com o serviço que vou prestar no escritório, ou me focar mais em estudos de marketing em geral são mais eficazes? Existe algum passo que você pode auxiliar pra quem está entrando no ramo? Qual dos dois livros do senhor seria melhor indicado para quem está no início?" Rafael, obrigado pela pergunta. Em primeiro lugar é importante frisar que conhecimento, seja através de cursos, livros ou estudo nunca é e nunca vai ser item a ser dispensado do profissional de excelência. Mas entrando no mérito da sua pergunta, instruir um escritório em uma caminhada ao marketing jurídico é realmente uma tarefa para poucos. E para isso acredito que as respostas às suas questões não são excludentes. Na verdade, a resposta ideal é a combinação de todos os itens citados por você. Se por um lado estudar marketing em sua forma geral é importantíssimo para construir uma base real de entendimento de importância, técnicas e objetivos, talvez um curso de marketing jurídico focado traga nuances que apenas são relevantes na advocacia atual. Você parte, portanto, do geral para o específico, o que é perfeito. Entende o contexto geral e depois parte para os detalhamentos. E não para por aí. Depois disso parte então para o aprimoramento dos detalhes, que são as leituras específicas de livros sobre o assunto. Hoje existem dezenas de livros (e aqui incluo "O Guia Definitivo do Marketing Jurídico" de minha autoria, respondendo sua pergunta inicial) que podem elucidar diversos entendimentos de como um escritório deveria se portar e quais as ações específicas deveriam ser colocadas em prática. Opções não faltam. Digite "livro marketing jurídico" no Google e veja a mágica acontecer. Baseado nisso, o que eu faria se eu fosse você? Iniciaria pelo básico que são as leituras do Código de Ética da Advocacia e do Provimento 94/2000. Todo profissional que se preza nesse setor tem esses dois itens como guias mestras de atuação. Depois disso, paralelamente aos estudos de marketing como um todo (ponto negativo se você não sabe quem são Kotler e Sun Tzu), escolheria um bom curso completo online (por "bom" eu quero dizer que o professor tem que ter experiência prática no assunto e por "completo" eu quero dizer que seja um curso que mostre todos os ângulos do marketing jurídico, não apenas o digital como muitos enganam hoje), complementaria assistindo pelos menos 3 palestras presenciais de marketing jurídico de consultores diferentes e terminaria com a leitura de, pelo menos, 5 livros de marketing jurídico focado. Se cansou de ter que fazer tudo isso? Tenho más notícias para você. Isso é só o embasamento teórico da coisa. Agora você terá que avaliar pontualmente seu escritório e criar uma estratégia condizente com a realidade e objetivos. É aí que entra seu feeling como profissional, pois nenhum escritório é igual ao outro e cada estratégia tem uma pegada diferente baseada em perfil dos sócios, perfil da banca, áreas de atuação, diferenciais, nichos prospectivos e amplitude geográfica. É o teórico colocado agora na prática real. E para isso não existe fórmula alguma. Aperte o cinto pois a jornada vai ser turbulenta, cansativa, cheia de altos e baixos, erros e acertos e, por fim, muito, muito aprendizado. Bem-vindo ao marketing jurídico na prática. Se precisar estarei aqui para ajudar. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!  
sexta-feira, 7 de junho de 2019

O coaching deve ser punido?

Nosso amigo Victor Gasparini pergunta: "Prezado Alexandre, parabéns pela coluna. Estou acompanhando semanalmente e gostando bastante das dicas. Aproveitando o ensejo, acredito que você deva estar a par da polêmica criada pela tentativa de criminalização do coaching. Qual sua opinião?" Victor, obrigado pela pergunta. Realmente é uma polêmica que está dando o que falar. Para quem não está acompanhando, o sergipano William Menezes quer criminalizar o coaching e já conta com o apoio de mais de 14 mil pessoas. Ele alega que esse é um importante passo que, segundo ele, "não permitirá o charlatanismo de muitos autointitulados formados sem diploma válido". O ponto aqui, pelo menos na minha opinião, é separar os bons profissionais dos autointitulados, conforme ele mesmo fala. E a verdade, pura e simples, é que hoje existem milhares de "profissionais" no mercado com habilidade/experiência/estudo iguais a zero e que se promovem como se fossem os salvadores da pátria para os mais incautos. É comum hoje ver, portanto, "coachs" de vida que nunca construíram nada em sua própria existência. "Coachs" financeiros que não tem um tostão em suas contas bancárias. "Coachs" de vendas e resultados que nunca conseguiram segurar um emprego. "Coachs" matrimoniais com 3 casamentos fracassados e por aí vai. Seria cômico se não fosse trágico. Isso acontece porque não existe uma regularização adequada da profissão e, portanto, qualquer um pode "virar" e se intitular um "profissional renomado no mercado que pode resolver seus problemas em poucas horas". E como o brasileiro não tem o costume de investigar o background dos profissionais que contrata (muitas vezes focando apenas no valor), acaba selecionando e pedindo ajuda para uma pessoa que não consegue sequer implementar mudanças em sua própria vida, imagina na de seus coachees (cliente que participa do processo de coaching). Eu então, oficialmente falando, defendo veemente o Coaching em todas suas formas (sou inclusive membro das comissões de Coaching Jurídico das OABs de São Paulo e de Carapicuíba) desde que sejam operados e ensinados por profissionais capacitados, estudados e com experiência comprovada de resultados. Veja bem, ensinar e/ou conduzir um processo de coaching não é uma coisa simples e deveria necessariamente passar por 3 pontos: estudo, experiência anterior e técnica própria desenvolvida. Se você quer encontrar e contratar um profissional adequado (seja um coach ou de qualquer outro segmento), investigue a carreira do mesmo e faça a prova dos 3 antes de qualquer aproximação. Concluímos, portanto, que não é o Coaching que deve ser punido e sim o aproveitador mal-intencionado e despreparado, que vê nos menos investigativos uma chance de ganhar dinheiro fácil sem muito esforço. E esse "profissional" (sempre com aspas) é o que menos queremos como guia mestra em qualquer que seja nosso problema. Apenas finalizando os fatos atuais: nosso amigo William Menezes está com sua proposta registrada na plataforma de participação popular do Senado e, caso alcance 20 mil apoios, será encaminhada para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa onde os senadores decidirão se a ideia vai para a frente ou não. Vamos aguardar os próximos capítulos. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 31 de maio de 2019

1 para 3

Nosso amigo Bruno K. Fornaris pergunta: "Prezado Alexandre, possuo um escritório de médio porte no centro do Rio de Janeiro e estou em vista de fazer uma parceria com um escritório de Curitiba e outro em São Paulo. Acredita que seja possível criar um projeto para que os três escritórios sigam em sincronia?" Bruno, obrigado pela pergunta. Eu precisaria de maiores dados para fazer uma análise mais substancial do cenário, mas vamos a algumas considerações: Se você está pensando em uma única estratégia e/ou plano de ação para três escritórios diferentes, é muito difícil que isso se execute satisfatoriamente. Cada escritório geralmente tem tantas facetas diferentes que é bastante complicado que elas se encaixem perfeitamente em outro escritório. Suas áreas de atuação, seus nichos prospectivos, o formato de atuação, seus diferenciais perante a concorrência, o tamanho do escritório, o modelo de negócios, o perfil do escritório, o perfil dos sócios e até a área geográfica de atuação impactam para que cada escritório tenha perfil e vida própria, o que geralmente faz com que exista apenas uma estratégia customizada ao mesmo. Essa estratégia dificilmente se encaixará na vida de outro escritório, mesmo eles sendo aparentemente iguais. Agora, se você está pensando na fusão de seu escritório com os demais, aí já estamos falando em criar uma marca única, com objetivos focados e perfil alinhado. Aí sim existe a possibilidade de entrosamento de ideais e consequentemente um plano de ação único e integrado. Vale lembrar que estou eliminando a possibilidade de simples parcerias de trabalho pelo fato de você ter mencionado "um projeto para três escritórios". Se for este o caso confira o que eu comentei sobre parcerias de sucesso da advocacia na coluna da semana passada. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!  
sexta-feira, 24 de maio de 2019

Parcerias na advocacia

Nosso amigo Marcos Paez pergunta: "Alexandre, se fala muito sobre parcerias na advocacia, mas já tentei fazer diversas e nunca deu resultado. O que pode estar dando errado? Marcos, obrigado pela pergunta. Uma das ferramentas mais interessantes no marketing jurídico são as parcerias (Parcerias Complementares, como costumo chamar), mas, como você mesmo posiciona, muitas vezes não dão certo. Coloco abaixo alguns dos motivos que percebo como impactantes para o insucesso. Parceria não é trampolim: Este, ao meu ver, é primeiro ponto para que uma parceria não siga avante e, infelizmente, é o que mais acontece. Existe um conceito de "usar" uma suposta parceria para se catapultar a um resultado, muitas vezes exercendo um grande egoísmo unilateral. De tempos em tempos sou abordado por um profissional que quer fazer algum tipo de coligação parceira mas, em poucos minutos, percebo que ele está pensando nele e não na parceria. Ele projeta no colega um meio ao qual poderá chegar a algum tipo de resultado, sem ter pensado muito no que isso representa para o outro lado. É geralmente aquele cara que chega e fala "poderíamos usar o seu mailing para...", "poderíamos abordar seus contatos e...", "poderíamos usar sua estrutura e...". Eu digo "OK, vamos fazer tudo isso, mas e a sua parte nesse negócio? E o seu mailing? E os seus contatos? E a sua estrutura?". Parceria é casamento, cada um deveria contribuir com metade. Fica aqui então a primeira dica para uma parceria de sucesso: primeiro tenha uma proposta real de resultado para seu prospect parceiro e não para você. É muito mais fácil conectar-se se você sabe exatamente como pode ajudar o outro lado. Sem egoísmo nos negócios, mais negócios perenes. Falta de reciprocidade Parece existir um gama incrível de profissionais que não se importam, não tem um "desconfiômetro" afinado ou não tem a necessidade de ser solidários ou recíprocos com um parceiro. Perdi as contas dos "parceiros" (note-se as aspas) para os quais eu já abri caminhos (com indicações de clientes, oportunidades de palestras, aparições no meu programa de entrevistas ou até indicações de outros parceiros) que sequer pensaram duas vezes em ser recíproco para o outro lado. Esse é o tipo de profissional que sequer consegue curtir uma publicação nas redes sociais do amigo, mas que quando encontrado, reafirma categoricamente que existe uma grande parceria entre vocês. Esse é, portanto, o tipo de parceiro que você não quer ter em sua base, e sendo essa a situação, passe para um novo. Existe uma quantidade grande de outros profissionais que fazem questão de valorizar sua parceria da maneira correta sendo recíproco nas oportunidades. Eu já passei. Foco somatório Vejo a palavra parceria sendo usada de uma maneira constante. Em qualquer encontro alguém fala "poderíamos fazer uma parceria", mas a verdade é que, para se dar certo, o projeto precisa ser entendido e verificado para se saber se existe um foco adequado e integração entre as partes. A expertise dos dois lados somam ou se complementam para o objetivo da parceria? Essa deveria ser a primeira pergunta, antes da formalização de qualquer ação conjunta. Falta de entusiasmo na operação As coisas não acontecem do dia pra noite. Não é porque você se aliou a um novo parceiro que as coisas magicamente vão acontecer. Entenda que, mesmo mais fortes em conjunto, ainda deverá existir um esforço grande por todas as partes para que isso dê certo. Isso implica em constantemente tentar gerar oportunidades para os parceiros e para a parceria. Veja que eu usei as palavras separadas. Seguindo o ensinamento do primeiro item onde entendemos que ser egoísta é um tiro no coração da parceria, usei a expressão "gerar oportunidades para parceiros", mesmo se isso não implique gerar oportunidades imediatas para você. O ideal é pensar no parceiro como uma pessoa que gostaríamos de ajudar, independentemente de qualquer coisa. Isso é parceria. E adivinhe: se as duas partes pensam desta maneira, o que temos nas mãos? Uma parceria de sucesso. Parceiros bons são difíceis de encontrar e parcerias rentáveis são difíceis de operacionalizar, mas se executadas da maneira correta, com bom senso e sem egoísmo dos dois lados, são extremamente interessantes de serem implementadas no cotidiano do escritório ou carreira. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!
sexta-feira, 17 de maio de 2019

Mais agilidade nas tarefas

Nossa amiga Neila Araújo pergunta: "Como conversar com um colaborador, pedindo para ser mais ágil na execução das tarefas, porém, não quero que se sinta pressionado. É possível?" Neila, obrigado pela pergunta. Apesar de ser uma questão delicada, acaba sendo natural o escritório querer obter resultados com os colaboradores. Então vamos lá: Metas: O primeiro passo (e o mais importante) são as metas. Não existe cobrança se não existe metas acordadas entre as partes. Se é uma tarefa pontual, o colaborador tem que se saber que deverá entregar aquilo até a data e hora combinadas. Se não o fizer, imediatamente já entende que "pisou na bola" e não cumpriu com o acordado. Se é uma tarefa usual, que ela faz todos os dias e não tem a rapidez devida, uma micrometa deve ser estabelecida, como por exemplo: "Essa atividade que estou te pedindo consegue ser finalizada até dia XX?". Veja que aqui estou supondo uma conversa amigável para que o rendimento seja bom e adequado entre as partes, pois é ela quem vai dar o prazo, que deverá ser respeitado. Em função disso, passamos ao próximo ponto. Conversas e feedback: Se uma pessoa não está cumprindo as metas estabelecidas, uma conversa franca deverá ocorrer entre as partes, deixando claro que muitas atividades deveriam ter as finalizações mais agilizadas. É importante mostrar que o escritório a vê como pessoa chave para execução daquilo e a integração do trabalho dela com o restante do escritório depende desta agilidade. Isso nos leva ao próximo ponto. Evolução: O ponto principal da conversa que detalhamos no ponto anterior é mostrar que o que queremos não é apenas cobrar cegamente uma atividade para que ela seja executada rapidamente, mas que queremos que o colaborador evolua nas suas atividades e evolua no escritório. É importante mostrar abertamente que vemos a colaboradora como merecedora de um possível crescimento no escritório, mas que existem detalhes que precisam ser acertados na rotina dela para que isso aconteça. Resumidamente precisamos mostrar, através de metas e feedback, que queremos crescer esse colaborador na nossa estrutura e que se ele se empenhar na execução correta, com agilidade, isso ocorrerá. Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!  
sexta-feira, 10 de maio de 2019

Dicas de contratação

Nossa amiga Batira Vracovsky pergunta: "Alexandre, o mercado jurídico está bastante disputado. Eu tento arrumar emprego há mais de um ano em escritórios e até agora nada. Alguma dica para acelerar minha recolocação? Ou quem sabe você pode me contratar?" Batira, obrigado pela pergunta. O mercado realmente está um pouco complicado para quem está tentando uma colocação ou recolocação. Mas sinto também que a onda de contratação está aumentando cada vez mais. Sou dono de uma empresa de recrutamento jurídico e cada vez mais os escritórios e departamentos jurídicos estão nos pedindo contratações, indicando que assim o aquecimento nos negócios e consequentemente maior necessidade de mão de obra qualificada. Veja que a última parte da frase anterior é a chave para a contratação: ser mão de obra qualificada. Vejo muita gente reclamando, culpando tudo e todos, desde governo até as estrelas, quando na verdade o destino é a gente que faz. E se isso é verdade, qual a ajuda que você está dando para o destino te ajudar? É importante entender que o mercado tem um leque muito grande de profissionais capacitados. Porque ele deveria escolher uma pessoa menos capaz (ou pelo menos que se mostra menos apta) do que uma pessoa que claramente está investindo na sua educação? A OAB promove gratuitamente dezenas de cursos e palestras que ajudam o advogado a crescer e se promover mais qualificadamente, tanto no mercado, quanto no currículo. Você está se envolvendo nisso? Assistir novela ou jogo a noite é bastante legal, mas não vai te trazer muito resultado na hora de ser escolhido para uma posição. Se envolver em estudos e crescimento profissional vai. Esta portanto é a primeira pergunta que você deveria se fazer: será que estou sendo visto como mão de obra desejável? Será que meu currículo impressiona? Além desta chave primordial para contratação, outros detalhes - que vejo comumente acontecer na empresa - podem ser evitados. Veja algumas gafes que as pessoas cometem: Dificultar a leitura do CV: erros de português, erros de digitação e falta de padronização fazem com que imediatamente você coloque uma estampa no seu currículo dizendo "inadequado aos padrões atuais". Se você não consegue corrigir ou revisar corretamente seu CV que vai para milhares de pessoas, imagina o que aconteceria no trabalho efetivo se contratado. Falar e escrever bem o próprio idioma é, e sempre vai ser, o básico de um bom profissional, ainda mais se falando de um advogado. Falta de atenção: muitas vezes o anúncio da vaga é claro: "envie seu CV para o e-mail [email protected] com o nome da vaga no assunto". O que a pessoa faz? Manda para um e-mail geral da empresa (que não é o que foi divulgado) com o assunto "segue meu CV". Ponto negativo em atenção aos detalhes. Falta de disponibilidade: são inúmeros os casos de pessoas que acreditam que os escritórios ou empresas podem aguardar um tempo ilimitado para a contratação. Então acabamos escutando pérolas como "amanhã não posso fazer entrevista. Pode ser depois do carnaval?", "estou curtindo essa semana na praia, podemos reagendar para minha volta?" ou outras diversas que são realmente hilárias. Se o carnaval ou praia são mais importantes do que a conquista de um bom emprego na sua escala de prioridades, você realmente não está maduro o suficiente para ter um bom emprego. Forma errada: simplesmente colocando, cuidado na hora de colocar os nomes dos destinatários no envio de um currículo. Tem gente que copia 30 e-mails, todos em aberto (existindo assim a possibilidade de que quem recebe veja os outros copiados) e ainda coloca no corpo do e-mail algo como "sabendo da solidez de sua empresa, me candidato....". Isso obviamente soa como mentira para o recrutador. Trabalhar e-mails em massa para procurar emprego só mostra que você não é tão perfeccionista como geralmente fala nas entrevistas. Falta de noção: é importante entender que detalhes são percebidos pelos recrutadores e, portanto, um deslize pode ser o ponto que faltava para seu currículo ser descartado. O e-mail do remetente é um caso clássico. Um exemplo simples de erro relacionado ao remetente do currículo é quando chega um CV de um remetente (uma esposa ou uma mãe) e o CV anexado é de outra pessoa (marido ou filho). Será que a pessoa que quer um emprego não tem e-mail? Será que ela não sabe mexer com e-mail? Estranho não? Esse é um caso simples. Um caso mais complicado é quando remetente é claramente sem noção nenhuma em termos de visualização. Posto isso, já recebemos currículos (casos reais) de e-mails como gostosinha94@, noisebandido@, casalswing2000@, cuecadosuperman@ e o mais interessante de todos para alguém que quer um emprego: odeiotrabalhar@. Eu, depois de sempre ter um ataque de risos ao ver esses detalhes, me pergunto: como um rapaz quer arranjar trabalho com o e-mail odeiotrabalhar@? Pura falta de entendimento do que o mercado espera de um profissional adequado. Enfim, essas são algumas dicas para que se recoloque rapidamente. Tenho certeza que em breve você será mais uma advogada atuante no mercado. Boa sorte! Espero ter ajudado. Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar. Bom crescimento!