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Cenário

Um radar dos principais assuntos que estão na mídia.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Cenário - 6.9.18

Impulsividade está longe de ser percebido pelo eleitor como um defeito. Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) que o digam. A contracapa das pesquisas (vide Ibope) sugere como nota de rodapé que o brasileiro médio passou a fazer - neste momento da campanha - a seguinte associação: 'velha política' = discurso embalado. A preferência pelo 'novo' que (não faz muito tempo!) chegou a ser confundida com o Messias na forma de um não-político ganha agora formato mais contemporâneo. A prova não está só nos números. Parte do eleitorado tem se mostrado simpático a sincericídios e a certa dose de improviso. É bem verdade que os embates estão só no começo, mas também é certo que a retórica seletiva e previsível de outras eleições perdeu terreno. A agenda dos candidatos adaptou-se a isso e está flexível para se ajustar ainda mais daqui até outubro. Pós-Lula Voto sem dono O desconhecimento do público em relação a Fernando Haddad (PT) é o que a esta altura da campanha move a estratégia de Ciro Gomes (PDT) em busca votos. Já Bolsonaro (PSL) passou a torcer com fervor por brancos e nulos. Legenda Foco no número Haddad (PT) impulsiona de viva voz à tática que os petistas estão usando nos Estados, após a impugnação da candidatura de Lula. Na porta das fábricas do ABC pediu voto no 13. Memória Relembrando Aliados de Lula comemoraram o resultado do sorteio que indicou o ministro Celso de Mello como relator do recurso extraordinário no STF contra a decisão do TSE que negou o registro de candidatura do petista. É que, em 2008, o decano alterou o ordenamento jurídico brasileiro ao aplicar teor de um tratado internacional. Mello entendeu que o Pacto de San Jose tinha alcance de norma constitucional. Minas Gerais A calculadora de Dilma A campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao Senado já consumiu R$ 2,9 milhões dos R$ 4,2 milhões previstos. Goiás Plano Caiado O senador Ronaldo Caiado (DEM) é líder isolado nas pesquisas de intenção de votos para o governo de Goiás e já discute projetos com o legislativo local. Entre outras coisas em discussão, Caiado já apresentou como proposta implantar um programa de 'Compliance Público' com mecanismos de controle interno e avaliação de desempenho da aplicação dos recursos oficiais. Educação Encolhimento Estudos da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados mostram que, apesar de as despesas com pessoal na área da educação terem crescido, o total de recursos destinados diminuiu consideravelmente. A conta sugere cortes em itens de custeio e investimento. Em 2014, por exemplo, o governo federal desembolsou R$ 108,6 bilhões. Em 2017, o valor caiu para 98,2 bilhões. Congresso As emendas Parlamentares governistas e da oposição fazem coro contra o reajuste do Judiciário. Deputados e senadores terão, de fato, bastante trabalho para enquadrar as contas no Orçamento 2019. As despesas com emendas parlamentares, no entanto, custarão quase R$ 2 bilhões a mais no próximo ano. Agenda Urnas - O TSE realiza hoje cerimônia de assinatura digital que marca a lacração do sistema eletrônico. Índices - O IBGE divulga hoje o Índice Nacional de Preços, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo e a Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. Veículos - A Anfavea apresenta hoje balanço da produção de veículos referente ao mês de agosto. Extrativistas - O presidente Michel Temer participa da Cerimônia de Lançamento de Edital para Ações de Inclusão Social e Produtiva de Populações Extrativistas da Amazônia. Presidenciáveis 1 - José Maria Eymael (DC) é o entrevistado de hoje da série do G1 e da CBN de sabatinas com candidatos à presidência. Presidenciáveis 2 - Folha, UOL e SBT sabatinam hoje o candidato do PSOL à presidência da República, Guilherme Boulos Presidenciáveis 3 - A EBC entrevista hoje, às 17h30, o candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin. Nos jornais Ibope - Na primeira pesquisa Ibope após o indeferimento da candidatura do ex-presidente Lula (PT) e o início do horário eleitoral, Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança, com 22% das intenções de voto. Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) aparecem com 12% e Geraldo Alckmin (PSDB) com 9%. (manchete de O Globo e de O Estado de S.Paulo)Datafolha - Geraldo Alckmin entrou com ação no TSE para tentar impedir a divulgação da pesquisa Datafolha, prevista para segunda-feira, 10. O argumento é que a sondagem substituiu no questionário o nome do ex-presidente Lula pelo de Fernando Haddad - que ainda figura como vice na chapa do PT. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Alckmin - O MP de São Paulo ajuizou ação de improbidade administrativa contra Geraldo Alckmin. Segundo os promotores, o tucano aceitou pelo menos R$ 7,8 milhões da Odebrecht para financiar sua campanha à reeleição, em 2014, por meio de caixa dois. (todos os veículos)Temer - Em vídeo divulgado ontem, Michel Temer rebateu as críticas que Geraldo Alckmin tem feito a seu governo: "Eu me dirijo a você [Alckmin] pelas falsidades que você tem colocado em seu programa eleitoral". (manchete da Folha de S.Paulo)Lula - O ministro do STF Edson Fachin deve levar ao plenário recurso em que o ex-presidente Lula pede que seja juridicamente reconhecida a decisão do comitê da ONU que valida seu direito de ser candidato à presidência. (todos os veículos)Meirelles - O candidato à presidência pelo MDB, Henrique Meirelles, participou da série Estadão-Faap Sabatina com os presidenciáveis. O ex-ministro defende o teto de gastos e diz que, "se promessas resolvessem, o Brasil seria uma maravilha". (O Estado de S. Paulo)Odebrecht - A Polícia Federal concluiu inquérito sobre supostos repasses ilícitos da Odebrecht ao MDB e afirma que o presidente Michel Temer recebeu da empreiteira propinas de ao menos R$ 1,43 milhão por meio de intermediários. (todos os veículos)Frete - A ANTT divulgou a nova tabela com preços mínimos de frete. A agência reguladora detalhou que o reajuste varia de 1,66% a 6,24%, dependendo do tipo de carga e da distância percorrida, e que a média ponderada é de 3%. (todos os veículos)Subsídio - Em votação relâmpago, o Senado aprovou a MP 838/2018 que determina o subsídio com recursos da União para reduzir o preço do óleo diesel rodoviário até 31 de dezembro deste ano. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)Estatais - O lucro das empresas estatais Federais chegou a R$ 37,2 bilhões no primeiro semestre, alta de 136% em relação ao mesmo período do ano passado. A Petrobras respondeu por 46% do total. (manchete do Valor Econômico)
quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Cenário - 5.9.18

O timing político de Lula, definitivamente, não é o mesmo de parte da militância petista. Enquanto o ex-presidente orienta o posicionamento de câmeras para que o melhor ângulo de sua retirada das eleições seja captado - ato previsto para o dia 11 -, correligionários históricos não escondem a irritação. Para quem tiver tempo e curiosidade, basta zapear por sites e blogs simpáticos ao PT. Na internet, o silêncio resignado e respeitoso canalizado a Lula vem sendo substituído por análises que apontam fragilidades na estratégia de deixar o tempo passar. O pragmatismo que marcou a era PT no governo começa a tomar forma entre apoiadores. A preocupação está no fato de que Fernando Haddad terá menos de um mês para cativar o eleitor, apresentar-se a quem ainda não o conhece e "dobrar" os radicais. Haddad não teve ainda (e não está claro se terá!) chance de imprimir sua própria marca à campanha. E segue flertando com os riscos da obediência. Voto baiano Não... não é o 'Andrade' Jaques Wagner engrossa as fileiras dos que alertam, há semanas, para as consequências da indefinição da chapa petista. Candidato ao Senado pela Bahia, tem gastado saliva e sola de sapato para explicar ao eleitorado o que está acontecendo. É autor, por exemplo, da rima 'Haddad/Felicidade', repetida para firmar o nome do colega petista nos redutos baianos onde o ex-prefeito de São Paulo ainda é conhecido como 'Andrade'. Na TV e no rádio O tom de Alckmin A propaganda tucana continua mirando Jair Bolsonaro (PSL), apelando agora para o senso de responsabilidade do cidadão. Questão racial As cotas e o economista O economista Eduardo Giannetti, um dos mais importantes estrategistas da campanha de Marina Silva (Rede), mergulhou em uma polêmica ao manifestar-se sobre o sistema de cotas e o modelo educacional do Brasil. Movimentos organizados criticam Giannetti e cobram de Marina respostas às questões levantadas pelo assessor. Segurança Nova prisão Federal A situação caótica do sistema prisional brasileiro impede, muitas vezes, que os órgãos judiciais de outros países concedam extradição de criminosos. A alegação mais comum é que não são respeitadas regras mínimas de respeito aos direitos humanos. Para se contrapor à retórica diplomática, o Ministério Público Federal agiu e conseguiu emplacar no projeto da quinta Penitenciária Federal (em Brasília) a ideia de uma ala destinada aos extraditados. 'Esforço concentrado' A pauta e o tempo A Câmara dos Deputados se livrou de algumas pendências e aprovou ontem acordos no âmbito do Mercosul que possibilitam a integração educativa e reconhecimento de diplomas de nível básico, fundamental e médio entre países do bloco e outros tipos de cooperação relativas à segurança pública e procedimentos de investigação criminal. Calibragem Realidade orçamentária O presidente Michel Temer alterou o montante de fixação de despesas do Bolsa Família para 2019. A primeira versão da LOA previa apenas metade das estimativas de 2018. Agenda Museus - O presidente Michel Temer terá hoje mais uma reunião para discutir a tragédia do Museu Nacional. Participam representantes da Febraban, Ibram, Ministério da Cultura e BNDES. Constituição - O ministro do STF Dias Toffoli lança hoje o livro "30 anos da Constituição Brasileira". Endividamento - A Confederação Nacional do Comércio divulga hoje o resultado da pesquisa sobre Endividamento e Inadimplência do Consumidor. Sabatina 1 - João Amoêdo, do Novo, é o entrevistado de hoje da série do G1 e da CBN de sabatinas com candidatos à presidência. Sabatina 2 - Folha, UOL e SBT reservam espaço hoje ao candidato do PT ao Planalto. Entrevista - A EBC entrevista hoje, às 17h30, o candidato do Podemos à presidência, Álvaro Dias. Nos jornais Arrecadação - As renúncias tributárias, como desonerações e incentivos fiscais, terão um salto de R$ 23 bilhões em 2019 e vão atingir R$ 306,4 bilhões já no primeiro ano do próximo governo. (manchete de O Estado de S. Paulo)Haddad - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. (todos os veículos)PT - A propaganda do PT no rádio e na TV continua a defender a candidatura de Lula, barrada pelo TSE. Ao mesmo tempo, o partido começou a sinalizar a substituição do ex-presidente por Haddad. (todos os veículos)Pesquisa - O Datafolha cancelou registro de pesquisa eleitoral nacional que seria realizada de 4 a 6 de setembro devido à decisão do TSE que rejeitou a candidatura do ex-presidente Lula. (todos os veículos)Marina - Em sabatina promovida por Folha, UOL e SBT, Marina Silva (Rede) criticou rivais que "abrem a janela do promessômetro" em época de campanha, usando "discurso fácil" para atrair o eleitor. (Folha de S.Paulo e Valor Econômico)Ciro - O presidenciável Ciro Gomes (PDT), durante a série Estadão-Faap Sabatinas, atacou o clima de polarização no Brasil e afirmou que a falta de projetos afundou PT e PSDB. (O Estado de S. Paulo)Garotinho - Após a condenação pelo TRF-2 pelo crime de formação de quadrilha, o candidato ao governo do Rio Anthony Garotinho (PRP) passa a cumprir os requisitos para ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. (todos os veículos)Luz - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou aumento de R$ 1,9 bilhão nos encargos do setor e, assim, a taxa embutida na tarifa de energia passa de R$ 16 bilhões para R$ 17,9 bilhões em 2018. (manchete de O Globo)Ativos - Empresas brasileiras estão vendendo participações acionárias no exterior para trazer recursos de volta ao Brasil. O volume dessas vendas que ingressaram no país atingiu US$ 13,6 bilhões de janeiro a julho. (manchete do Valor Econômico)Indústria - O IBGE informou que a produção industrial brasileira recuou 0,2% em julho no comparativo com junho. Dez dos 26 ramos pesquisados tiveram queda. Em 2018, a indústria acumula alta de 2,5% até julho. (todos os veículos)Câmbio - As principais moedas emergentes registraram nova rodada de desvalorização ante o dólar. Diante do real, a alta foi de 0,07%. A moeda americana fechou a R$ 4,155. (manchete da Folha de S.Paulo)
terça-feira, 4 de setembro de 2018

Cenário - 4.9.18

Nas eleições deste ano, a campeã do tempo de televisão é a chamada "tela azul". São aqueles intermináveis minutos sem som e imagem inseridos entre uma peça e outra porque os candidatos não enviaram - com seis horas de antecedência - a propaganda do dia. O desperdício contrasta com o status adquirido pelo programa eleitoral. O horário reservado aos políticos na TV e no rádio é visto quase como um título de nobreza pela mídia e pelos partidos. Essa percepção foi o que, no caso da corrida ao Planalto, motivou a gincana por alianças. A ideia de que a exposição pode render votos segue bastante viva na cabeça dos estrategistas que coordenam as campanhas. Ainda que as pesquisas divulgadas até o momento não sustentem a teoria, a disposição é de manter a pose e de reforçar a importância do palanque eletrônico. Multitela Novos tempos Estudiosos dedicados a investigar tendências do eleitorado dizem que a menor sensibilidade do cidadão ao horário eleitoral gratuito mostra que o brasileiro já saiu da lógica linear da programação, ou seja, não consome conteúdo apenas no tempo pré-definido por alguém. Prazos Recursos Fernando Haddad (PT) calcula que, até a próxima terça-feira, o STF julgará o pedido de liminar, nas esferas criminal e eleitoral, do recurso sobre o registro da candidatura de Lula. Após esse prazo, o partido perderá o direito à propaganda de TV se não fizer a substituição da chapa. Uma apelação também está nas mãos do Comitê de Direitos Humanos da ONU para que o órgão se manifeste sobre a decisão do TSE de vetar a candidatura do ex-presidente. Estratégia No ataque Ciro Gomes (PDT) tenta atrair e se mostrar confiável ao eleitorado apreensivo com a indefinição do PT. O candidato tem reforçado sua agenda de encontros com líderes sindicais - alguns da indústria automobilística - e com associação de aposentados - nicho, até o momento, desprezado pelos presidenciáveis. Ontem, o pedetista participou da segunda rodada de sabatina que Folha/UOL/SBT promovem (veja ou reveja aqui). Emenda 95 Cabo de guerra A Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF reclamando que o direito fundamental à assistência judiciária está sendo afetado pelos cortes de gastos. Os defensores alegam que, apesar de a faixa da população com insuficiência de recursos ter aumentado com a crise, o acesso à assistência foi reduzido em um terço e o órgão está sendo perigosamente sucateado. Combo Eleições + plebiscito Os eleitores de Petrópolis, Região Serrana do Rio, irão às urnas no dia 7 de outubro para escolher presidente, governador, deputados estadual e Federal, senador e também vão decidir se as charretes puxadas por cavalos poderão continuar a ser usadas no turismo. O plebiscito foi marcado pelo TRE-RJ para a mesma data das eleições. Caso Marielle Rumos da investigação A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco votará hoje requerimento para que a PGR solicite o deslocamento da competência do inquérito para a esfera Federal. Agenda Indústria - O IBGE divulga hoje dados da Pesquisa Industrial de julho. Reajuste - O CNJ julga hoje liminar que garante reajuste automático a juízes estaduais quando o subsídio dos ministros do STF for alterado. Sabatina - Folha, UOL e SBT sabatina hoje, às 10h, a candidata da Rede à presidência, Marina Silva. Entrevista - A EBC entrevista hoje o candidato do PPL à presidência, João Vicente Goulart. A transmissão ao vivo acontece às 17h30. Nos jornais Museu - Uma sucessão de erros levou ao incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio. O dinheiro repassado à instituição, vinculada à UFRJ, caiu entre 2013 e 2017. Entretanto, a verba para a universidade aumentou. (manchete do O Globo)TSE - Os ministros Carlos Horbach e Luís Felipe Salomão, do TSE, determinaram a suspensão de propagandas veiculadas pelo PT no rádio e na TV que tinham como protagonista o ex-presidente Lula. (todos os veículos)Eleições - A procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, prepara recurso para pedir que o TSE mande o PT devolver aos cofres públicos os valores que gastar na campanha presidencial enquanto não anunciar a substituição de Lula. (Folha de S.Paulo)PT x Bolsonaro - O PT entrou com uma representação no STF contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) por injúria eleitoral e incitação ao crime por causa de um vídeo em que o candidato defende "fuzilar a petralhada". (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Ciro - O candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, disse, em sabatina promovida pela Folha, que não faz parte "dessa esquerdinha boboca que fica alisando bandido". Ciro atacou ainda o PSDB e seus líderes. (todos os veículos)Indústria - Levantamento do Iedi mostra que mais de um terço dos setores industriais encerrou os seis primeiros meses do ano com desempenho negativo. (manchete de O Estado de S. Paulo)Caminhoneiros - A Polícia Federal vai investigar mensagens com informações falsas sobre suposta paralisação de caminhoneiros que circulam pelo WhatsApp. (todos os veículos)Funcionalismo - A MP editada pelo presidente Michel Temer para suspender o reajuste dos servidores Federais, previsto para 2019, poderá esbarrar na jurisprudência do STF. Ontem, ao menos duas entidades ajuizaram ações na Corte para contestar a medida. (todos os veículos)Argentina - Em mais um dia de forte desvalorização do peso, desta vez de 4,3% em relação ao dólar, o governo argentino anunciou ontem aumento de impostos e corte de despesas e prometeu zerar o déficit primário. (manchete do Valor Econômico)Educação - A rede de ensino paulista perdeu a liderança no principal indicador de qualidade nas três etapas da educação básica. Essa radiografia aparece no mais recente Índice de Desenvolvimento da Educação de 2017. (manchete da Folha de S.Paulo)
segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Cenário - 3.9.18

Desde o dia 7 de abril, quando se entregou à Polícia Federal em meio a um cinematográfico ato político, Lula dita o ritmo da campanha ao Planalto. Hoje, o petista coloca à prova (mais uma vez!) seu poder de influência. Em Curitiba, Fernando Haddad receberá novas instruções para atualizar a estratégia petista. Depois que o TSE indeferiu o nome de Lula muita coisa precisa ser decidida. Duas questões dependem do aval direto do ex-presidente: 1) recorrer ou não ao STF contra o indeferimento da candidatura e 2) quando delimitar o momento da transição para Haddad. O prazo máximo para a substituição de quem encabeçará a chapa termina dia 11. Pós-TSE Superexposição A campanha petista comemora a quase onipresença na mídia e nas redes sociais. Os nomes de Lula, Haddad e do PT monopolizaram o noticiário e as conversas na internet desde sexta-feira e durante todo o fim de semana. Nordeste Mapa eleitoral Alagoas se transformou em um dos polos desta eleição. A peculiaridade dos palanques no Estado faz muita gente se sentir atraída ou evitar uma viagem até lá. Fernando Haddad está no primeiro grupo. E não tem poupado elogios a Renan Calheiros. Outros 1 Um pouco do mais do mesmo Geraldo Alckmin (PSDB) seguirá concentrando todas as forças possíveis em ataques contra Jair Bolsonaro (PSL). Ainda não há indicativos ou estatísticas que indiquem que essa postura surtiu efeito. Outros 2 Padrão Ciro Aos poucos, Fernando Haddad (PT) torna-se alvo preferencial de Ciro Gomes (PDT) - principalmente junto ao eleitorado do Nordeste. Ao menos um voto o pedetista já virou: o cantor Frank Aguiar, antes cabo eleitoral de Lula, vai de Ciro. Nas redes sociais, o movimento #nãotemLulavaideCirão já está instalado. Pesquisas O que vem por aí A próxima pesquisa Datafolha está no forno. As entrevistas com os eleitores começarão a ser feitas amanhã e o resultado deverá ser divulgado no fim da semana. Sem orçamento Situação nos Estados Candidatos à reeleição nos Estados ficarão sem projetos importantes para alardear aos eleitores como conquistas de gestão. O anexo de obras com indícios de irregularidade da Lei Orçamentária de 2019 lista dez empreendimentos de peso, como o corredor de ônibus Radial Leste, em São Paulo, o canal adutor do sertão alagoano e a construção da fábrica de hemoderivados de Pernambuco. Obras sub judice ficam fora do orçamento e sem inclusão na LOA. Nada de dinheiro Federal no próximo ano. Caminhoneiros Entre boatos e ameaças Apesar de as federações de caminhoneiros negarem articulação para uma nova greve, sindicatos de Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo insistem que podem parar mesmo sem a adesão das demais subcategorias. Agenda Sabatina - Folha, UOL e SBT iniciam hoje, às 10h, a segunda rodada de sabatinas com os candidatos à presidência da República. A primeira será com Ciro Gomes (PDT). Entrevista - A EBC entrevista hoje, às 17h30, o candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro. IDEB - O MEC divulga hoje resultados do índice de Desenvolvimento da Educação Básica, do ano de 2017. Sociedade - A alta administração dos parlamentos do Brasil e de Israel realiza no Salão Nobre do Senado a primeira reunião para debater temas relacionados à segurança, acessibilidade e equidade de gênero. Comunicação - O Conselho de Comunicação Social vota relatório sobre a reestruturação de seu regimento interno, no plenário 3 do Senado. Nos jornais Incêndio - Um incêndio de grandes proporções destruiu o Museu Nacional, no Rio. Mais antigo do país e com acervo com mais de 20 milhões de peças, o museu passava por dificuldades financeiras geradas pelo corte em seu orçamento. (manchete em O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)Lula - Depois de ter a candidatura de Lula barrada pela Justiça Eleitoral, o PT avalia recorrer ao STF e deixar com o ex-presidente a palavra final sobre a sua substituição por Fernando Haddad. (todos os veículos)Adversários - Partido Novo e PSDB ingressaram com representações na Justiça Eleitoral contra os planos do PT de manter em alta a exposição do ex-presidente Lula mesmo após ele ter sua candidatura barrada. (O Globo e O Estado de S. Paulo)Bolsonaro - A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) lançou vídeo mostrando o adversário na disputa à presidência Jair Bolsonaro (PSL) maltratando mulheres e fez subir a tensão entre os dois. (Folha de S.Paulo)Amoêdo - Com apenas 2% das intenções de voto, João Amoêdo (Novo) diz acreditar que a baixa rejeição à sua candidatura ajudará a atrair o voto de indecisos e de eleitores de concorrentes. (Folha de S.Paulo e O Globo)Sabatinas - A Folha, o UOL e o SBT iniciam hoje a segunda rodada de sabatinas com os candidatos à presidência. O primeiro entrevistado no estúdio do UOL, será Ciro Gomes (PDT). (Folha de S.Paulo)Frete - Em meio a rumores de uma nova greve dos caminhoneiros, a ANTT vai reajustar a tabela de preços de frete por causa da alta recente de 13% do valor do diesel nas refinarias. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico)Mercado - Um mercado de capitais mais forte no Brasil poderia criar 1,7 milhão de empregos e aumentar em 11,6% a renda per capita do país em cinco anos. (manchete do Valor Econômico)
sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Cenário - 31.8.18

Para driblar o efeito "Enéas" (oito presidenciáveis terão apenas poucos segundos de exposição diária!), as campanhas vão abusar dos vídeos teasers convidando o eleitor a passear pelas redes sociais. Além disso, com o orçamento curto, as grandiosas produções para a TV e o rádio também perdem força. Em vez de efeitos mirabolantes, locações fantásticas, atores e figurantes aos montes, a corrida eletrônica pelo voto deste ano voltará às origens: bastante imagens de arquivo e gravações em estúdio. Mesmo o dono da fatia mais generosa da propaganda que começa hoje, Geraldo Alckmin (PSDB), teve de se adaptar. Ao longo da semana, o tucano realinhou a estratégia a ser adotada. A comunicação emocional e os ataques velados ao ideário bolsonariano largarão na frente. Tudo embalado em papel relativamente austero. Palanque virtual Estética youtuber Na TV, alguns programas vão explorar a agilidade e os novos formatos típicos da internet. A captação de imagens será, muitas vezes, "caseira". O telespectador será apresentado a vídeos em movimentos feitos por celular. Jornal Nacional Marina e a transição A candidata da Rede, Marina Silva, encerrou ontem a série de entrevistas de presidenciáveis do Jornal Nacional. Passou em revista o passado recente, em especial o apoio a Aécio Neves nas últimas eleições e o padrão adotado durante o impeachment de Dilma Rousseff. Apresentou-se como alguém que pode levar o Brasil em segurança até a outra margem do rio (veja ou reveja aqui). TSE Pauta do dia O TSE se reunirá hoje em sessão extraordinária, mas faz mistério sobre a possibilidade de analisar o registro de candidatura do ex-presidente Lula e sua participação no horário eleitoral gratuito. Para justificar a chamada excepcional, colocou o registro de Geraldo Alckmin e o de José Maria Eymael na pauta. Em todos esses casos, o personagem do dia será o ministro Luís Roberto Barroso. Orçamento O que está no papel O Congresso recebe hoje o Projeto de Lei Orçamentária que guiará o primeiro ano de mandato do novo presidente da República. Grupos de pressão já se organizam para levar muita gente às audiências públicas que precedem o trabalho dos relatores setoriais. Até o fim de setembro, a comissão mista será palco de manifestações e lobbies. Pela internet será possível acompanhar o que foi incluído, retirado ou alterado da peça enviada pelo Executivo (clique aqui). Sociedade Mural da violência O Conselho Nacional de Justiça inaugurou um mural eletrônico que interliga informações de varas e juizados sobre processos relacionados à violência doméstica. O monitoramento fornecerá dados por região e será uma importante ferramenta para a criação de políticas públicas de segurança e prevenção ao feminicídio. Agenda PIB - O resultado do Produto Interno Bruto referente ao 2º semestre de 2018 será divulgado hoje pelo IBGE. Diesel - A Agência Nacional do Petróleo divulga hoje o preço de referência do diesel. Contas - O resultado das contas do setor público consolidado em julho e o acumulado do ano serão apresentados hoje pelo Banco Central. Nos jornais Marina - A candidata da Rede à presidência, Marina Silva, afirmou, em entrevista ao Jornal Nacional, que não repetiria alianças com envolvidos em corrupção. Citando Itamar Franco, Marina disse que seu governo será de "transição". (todos os veículos) Lula - A recomendação feita pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU para que o Brasil garantisse a participação do ex-presidente Lula na campanha eleitoral foi escolhida como um dos eixos principais da defesa do petista no TSE. (todos os veículos) Bolsonaro - Os primeiros comerciais das campanhas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) no rádio e na TV terão Jair Bolsonaro (PSL) como alvo. (O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico) Roraima - Os candidatos ao governo de Roraima se esforçam para convencer os eleitores de que salvarão o Estado da "invasão venezuelana". (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo) Terceirização - Por 7 votos a 4, o STF deu aval à terceirização dos diferentes tipos de atividade das empresas. (manchete da Folha de S.Paulo e O Globo) Rombo - As contas do governo registraram um rombo de R$ 7,5 bilhões em julho, segundo dados do Tesouro Nacional. Embora tenha sido o melhor resultado para julho desde 2014, o valor foi o quarto pior desde 1997. (Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo) Eletrobras - A Eletrobras conseguiu vender mais três de suas distribuidoras, ontem. No leilão, a Energisa arrematou a Eletroacre (AC) e a Ceron (RO). A terceira, a Boa Vista Energia (RR), foi vendida para a Oliveira Energia. (todos os veículos) Câmbio - O agravamento da crise na Argentina, que elevou os juros para 60%, e a tensão com a corrida eleitoral no Brasil fizeram o dólar chegar a R$ 4,21. O Banco Central interveio e a moeda fechou aos R$ 4,15. (manchete de O Estado de S. Paulo) Argentina - A Argentina viveu ontem mais um dia dramático, com desvalorização de 15% do peso em relação ao dólar e elevação da taxa de juros de 45% para 60% ao ano. O ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, deve ir a Washington pedir nova ajuda ao FMI. (manchete do Valor Econômico)
quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Cenário - 30.8.18

O PT se esforçou e conseguiu manter Lula no imaginário das pessoas como possível concorrente ao Planalto. Hoje, essa estratégia será mais uma vez confrontada com a realidade. É que termina o prazo para a defesa do ex-presidente entregar as justificativas contra a impugnação de seu registro. O partido parece não ter mais cartas na manga. Assim que a defesa protocolar os argumentos no TSE, os ministros devem virar a noite para amarrar o entendimento que será levado à sessão extraordinária marcada para amanhã sobre a participação ou não de Lula nas eleições. O TSE pode reduzir o escopo da análise apenas ao conteúdo do horário eleitoral gratuito do candidato sub judice. Contando com algum imprevisto e as possíveis pressões petistas, a Corte Eleitoral comunicou a sessão extra sem, no entanto, adiantar a pauta. Isso porque o timing ganhou tanto status como o julgamento em si. Quando os ministros do TSE estiverem reunidos, às 14h30, candidatos a deputado, senador e governador já terão se apresentado ao eleitor na propaganda eleitoral - os presidenciáveis vão aparecer no sábado, 1º. PT Nas redes Os canais digitais da campanha petista estão movimentados. Antes de o TSE decidir se Lula poderá aparecer na propaganda eleitoral no rádio e na TV, circulam vídeos com depoimentos do ex-presidente nas redes sociais do partido. Jornal Nacional Alckmin se defende Intercalando explicações sobre a aliança que fechou com o chamado 'centrão', um balanço sobre segurança pública e frases de efeito inspiradas na sabedoria popular, Geraldo Alckmin (PSDB) apresentou-se ontem no Jornal Nacional (veja ou reveja aqui). Marina Silva (Rede) será a entrevistada de hoje. Eleições x Justiça Recalibrando O STF vai segurar a votação de temas que têm impacto financeiro direto à União e que jogam seus custos para 2019. Na fila estão processos que questionam a base de cálculo de tributos, como os embargos de declaração que tratam da proibição da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. Economia real Em dívida A crise também atingiu a parcela da população que vive com mais de 10 salários mínimos por mês. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) registram que pelo menos 10% dos brasileiros nesta faixa estão com o nome sujo por causa de dívidas. Agenda Intervenção - O presidente Michel Temer visitará a Central Administrativa da Intervenção Federal no Rio de Janeiro e fará reunião de acompanhamento com o Comando Militar. STF - A Corte deve concluir hoje o julgamento sobre a legalidade da terceirização das atividades de trabalho relacionadas a atividades-fim. Mercado de trabalho - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal que mede a taxa de desemprego do período de julho. Nos jornais Funcionalismo - O presidente Michel Temer decidiu conceder o reajuste salarial para juízes Federais e servidores públicos da União. O impacto pode chegar a R$ 8 bilhões em 2019. (manchete da Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo)Lula - O TSE marcou uma sessão extraordinária para amanhã e pode julgar a participação do ex-presidente Lula no horário eleitoral. (todos os veículos)Marina - Marina Silva (Rede) terá um programa direcionado a mulheres e chamará o eleitor para conteúdos das redes sociais. (Folha de S.Paulo)Bolsonaro - Exibido pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em entrevista ao Jornal Nacional, o livro infanto-juvenil "Aparelho Sexual e Cia." nunca foi distribuído em escolas pelo Ministério da Educação. (Folha de S.Paulo e O Globo)Ciro - O candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, afirmou que Jair Bolsonaro é um "cabra despreparado" e listou uma série de críticas a seu adversário. "É um projetinho de Hitlerzinho tropical". (todos os veículos)Alckmin - Ao ressaltar que todos os partidos têm bons quadros, o candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, defendeu ontem, em entrevista ao Jornal Nacional, sua aliança com os partidos do 'centrão', que abriga investigados na Lava Jato. (todos os veículos)Investigação - A Procuradoria Eleitoral de Minas Gerais solicitou à Justiça a quebra do sigilo fiscal de seis empresas envolvidas no esquema de disseminação de conteúdos favoráveis a políticos de PT e PR. (O Globo e O Estado de S. Paulo)Venezuela - Michel Temer afirmou que o governo estuda adotar senhas para limitar a entrada de venezuelanos no Brasil. O presidente admitiu ter debatido em reunião um mecanismo para reduzir o número de venezuelanos que cruzam a fronteira diariamente. (todos os veículos)Aço - O presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou a flexibilização da importação de produtos de aço e alumínio brasileiros que excedam as cotas livres do pagamento das sobretaxas impostas pelo governo em março. (O Globo e O Estado de S. Paulo)Argentina - A crise econômica já ameaça a reeleição do presidente argentino, Mauricio Macri, em 2019, que era considerada muito provável. A situação do país se agravou do começo do ano para cá e minou a principal bandeira do governo. (manchete do Valor Econômico)
quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Cenário - 29.8.18

O debate instalado na mídia e nos partidos começa a incorporar nesta fase da campanha ao Planalto conceitos um pouco mais elaborados.As projeções (baseadas em pesquisas ou não!) tentam se adaptar à dura realidade imposta por sinais incertos.Ao mesmo tempo, buscam inspiração em teorias clássicas. Nos últimos dias, em virtude de sabatinas, das viagens dos candidatos pelo país e das frequentes entrevistas em emissoras de TV, os especialistas devolveram a relevância perdida à chamada Espiral do Silêncio (leia aqui uma boa definição).As tendências, as possíveis correntes de transmissão e seus efeitos estão sendo revisitadas.A percepção sobre os benefícios práticos da propaganda partidária, que começa depois de amanhã, também. Jornal Nacional Bolsonaro por ele mesmo Dentro do que se propôs, Jair Bolsonaro (PSL) resistiu e até demarcou território, ontem, no JN (veja ou reveja aqui). Hoje, será a vez de Geraldo Alckmin (PSDB). TSE Hardnews de campanha Ao julgar o pedido do PT para que emissoras de TV divulgassem atos de campanha do partido, o TSE avaliou dois critérios: 1) a presença do candidato titular no evento a ser registrado e 2) a menção do nome do presidenciável em pesquisas eleitorais - item apresentado pelo ministro Napoleão Nunes. A tese vencedora foi a de que as emissoras têm de cobrir agendas e compromissos nos quais o titular estiver fisicamente presente e "não há agenda a ser divulgada por Lula". Assim, por maioria o pedido do PT foi rejeitado. Debate O campo e as eleições Os candidatos à presidência estarão hoje no debate da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. Todos serão cobrados a apresentar soluções para os prejuízos causados pela greve dos caminhoneiros, em maio. Estudos da CNA mostram que o acordo do governo Federal com os grevistas terá repercussões no bolso e na mesa dos brasileiros em 2019. Partidos Efeito colateral A neutralidade assumida em nível nacional pelo PSB segue provocando impactos nos diretórios regionais. Depois do enfrentamento em Minas Gerais, que culminou com a saída de Márcio Lacerda do partido, há problemas agora em Santa Catarina. Educação Proposta e polêmica O STF decidirá esta semana se os pais têm direito de ministrar, em casa, o currículo educacional que é oferecido no sistema de ensino, a chamada educação domiciliar. O Conselho Nacional de Educação é contra o método. Anistia Indenizações Os 39 anos da Lei da Anistia não foram celebrados sem protesto. Grupos organizados estiveram na Câmara para reclamar da demora nos processos de indenização. Atualmente, existem 4.488 pedidos de perseguidos políticos e de familiares de desaparecidos durante o Regime Militar sendo analisados. Venezuela Traços da interiorização Cidades do Amazonas, Paraíba e Paraná começaram a receber imigrantes venezuelanos que estavam vivendo em Boa Vista/RR. Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro também acolhem os cidadãos do país vizinho em busca de emprego no Brasil. Nesta primeira fase, os venezuelanos ficarão em abrigos e casas de assistência. Ainda não há um plano de adaptação social e econômica . Agenda Preços - O IBGE divulga hoje o Índice de Preços ao Produtor de Indústrias Extrativistas e de Transformação referente ao mês de julho. STJ - O novo presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, toma posse hoje. Nos jornais Roraima - O presidente Michel Temer autorizou a atuação das Forças Armadas em Roraima. Será uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), por 15 dias, na área de fronteira com a Venezuela. (manchete da Folha de S.Paulo e de O Estado de S. Paulo)Fake - Ao menos 14 candidatos do PT e PR tiveram elogios fake a suas campanhas disseminados a partir de aplicativos desenvolvidos pela agência Follow, que pertence ao deputado e candidato ao Senado por Minas Gerais, Miguel Corrêa (PT). (manchete de O Globo)Haddad - O promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo Wilson Ricardo Coelho Tafner propôs ontem uma ação civil contra o candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad, sob acusação de improbidade administrativa. (todos os veículos)Bolsonaro 1 - Em entrevista ao Jornal Nacional, Jair Bolsonaro (PSL) voltou a defender que a violência urbana deve ser combatida com uso da força. O presidenciável disse ainda que os direitos para as mulheres já estão previstos na lei. (todos os veículos)Bolsonaro 2 - Um pedido de vista do ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu o julgamento sobre uma denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro por racismo. Moraes disse que devolverá o caso para julgamento na próxima semana. (todos os veículos)Amoêdo - O candidato João Amoêdo (Novo) disse ontem no Estadão-Faap Sabatinas com os Presidenciáveis que seu partido busca ser mais do que uma legenda antipetista. Ele defendeu a privatização de bancos públicos e a criação de um "vale-educação". (O Estado de S. Paulo)Marina - Em participação no Estadão-Faap Sabatinas, Marina Silva (Rede) afirmou que é "especialista em passar por frestas", como chamou seus 21 segundos de tempo de TV, e aproveitou para reforçar o diálogo com as mulheres. (O Estado de S. Paulo)Serra - A Segunda Turma do STF decidiu remeter à Justiça Eleitoral em São Paulo o inquérito que investiga o senador José Serra (PSDB-SP) e o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Funcionalismo - Michel Temer pode não encaminhar mais ao Congresso uma proposta para adiar o reajuste salarial dos servidores públicos de 2019 para 2020. A decisão foi tomada depois que o presidente se reuniu com ministros do STF. (Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo)Câmbio - A moeda americana retomou a trajetória de alta. O dólar comercial fechou em alta a R$ 4,1400, depois de subir até R$ 4,1470. Com isso, a moeda renova o maior nível em dois anos e meio. (todos os veículos)Gasolina - A escalada do dólar levou o preço da gasolina vendida pela Petrobras a patamar próximo ao recorde atingido após o início da política de reajustes diários, em julho de 2017. (todos os veículos)Eldorado - Desentendimentos entre comprador e vendedor podem levar à arbitragem a operação de venda do controle da Eldorado Brasil, produtora de celulose de eucalipto da J&F Investimentos, para a asiática Paper Excellence. (manchete do Valor Econômico)
terça-feira, 28 de agosto de 2018

Cenário - 28.8.18

Tudo caminha para que, do ponto de vista legal, o 'caso Lula' seja encerrado nas próximas semanas. As pautas do TSE e do STF vão se alinhar em datas e em temas. Com isso, o debate sobre a candidatura do ex-presidente pode chegar ao fim na primeira quinzena de setembro. O plenário virtual do Supremo julgará o recurso da defesa de Lula que questiona a prisão preventiva de condenados em segunda instância. A temática não é nova para os ministros. O pleno do STF já acenou positivamente para a prisão após a condenação com grau recursal. O entendimento, no entanto, não foi unânime: Rosa Weber, atual presidente do TSE, e Dias Toffoli votaram contra. O julgamento do recurso da preventiva de Lula coincidirá com movimentos importantes do Tribunal Superior Eleitoral. A validação da candidatura do petista deve entrar em pauta entre o fim da primeira ou o início da segunda semana de setembro. PT Ação e reação Ao liberar o recurso para o plenário virtual do STF, o relator Edson Fachin pode obrigar o PT a mudar mais uma vez de estratégia. O partido tenta ganhar tempo e planejou deixar para o prazo final - nos dias 30 ou 31 - a entrega da defesa junto ao TSE. Se o STF decidir primeiro (pela manutenção da prisão), o pleito de viabilidade eleitoral perde o sentido. Jornal Nacional 1 O poder das palavras Hoje, será a vez de Jair Bolsonaro (PSL) ocupar a bancada do Jornal Nacional. A definição sobre que tom adotar provoca debates. Os filhos, por exemplo, defendem a espontaneidade que alçou o presidenciável ao topo das pesquisas. Dentro do PSL há quem tente convencer Bolsonaro de que não adianta ser popular e perder. Setores do partido insistem em mesclar o discurso tradicional com algumas 'novidades' e esperam com isso quebrar o gelo e o medo de parte do eleitorado que ainda não foi impactado. Jornal Nacional 2 Ciro na vitrine Ciro Gomes (PDT) passou sem grandes problemas, ontem, pelo JN (veja ou reveja aqui) Nem mesmo a defesa que fez ao presidente da sigla, Carlos Lupi, o desgastou. Ao criticar o governo Michel Temer e escolher a dedo os elogios a Lula, Ciro apresentou-se como herdeiro de uma parte do projeto de Brasil que ainda está no imaginário popular. MDB A voz de Meirelles Henrique Meirelles (MDB) concedeu à EBC a entrevista mais elogiosa que algum aliado já fez ao governo Michel Temer. Pró-Lula Mais mobilizações O MST iniciará em setembro novos atos em defesa da candidatura de Lula. A semana de mobilizações será encerrada no feriado do dia 7. Judiciário Pesou no bolso O relatório Justiça em Números, do CNJ, mostra que a manutenção do Poder Judiciário custava, em 2009, R$ 173,58 por ano ao contribuinte. Em 2017, período do estudo, cada brasileiro pagou R$ 368,22 para manter o sistema. Agenda Judiciário - O ministro do STJ Humberto Martins toma posse hoje como novo corregedor do Conselho Nacional de Justiça. Temer - O presidente Michel Temer participa da Cerimônia de Comemoração do Dia Nacional do Voluntariado e da Entrega do Prêmio Viva Voluntário. STF x Bolsonaro - O Supremo analisa hoje denúncia contra Jair Bolsonaro e decide se candidato se tornará réu por crime de racismo. Nos jornais Haddad - O Ministério Público de São Paulo moveu ação por improbidade administrativa contra Fernando Haddad (PT). É pedida a condenação por enriquecimento ilícito. (manchete de O Estado de S. Paulo)PT - As empresas envolvidas no caso de suspeita de pagamento para influenciadores digitais elogiarem candidatos petistas são ligadas ao deputado federal e candidato ao Senado, Miguel Corrêa Júnior (PT-MG). (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Doações - O balanço das primeiras prestações de contas dos candidatos mostra que empresários e políticos ricos são responsáveis pela quase totalidade do financiamento de campanhas. (manchete da Folha de S.Paulo)Jucá - O senador Romero Jucá (MDB-RR) anunciou que deixou a liderança do governo do Senado. O motivo, segundo ele, é sua discordância com a "forma como o governo está tratando a questão dos venezuelanos em Roraima". (todos os veículos)Investigação - A Procuradoria-Geral da República denunciou 26 pessoas por organização criminosa numa suposta atuação no Ministério do Trabalho, como ex-ministro Helton Yomura e o presidente do PTB, Roberto Jefferson. (O Globo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo)Ciro - Confrontado com acusações contra Carlos Lupi, presidente do seu partido, o PDT, o presidenciável Ciro Gomes disse, em entrevista ao Jornal Nacional, ter total confiança de que o aliado "é um homem de bem". (todos os veículos)Álvaro Dias - Entrevistado pelo Estadão-Faap Sabatinas, Alvaro Dias (Podemos) defendeu a adoção de plebiscitos e disse que vetará indicações políticas. (O Estado de S. Paulo)Estados - O novo governador do Rio estará à frente de um Estado que terá, nos primeiros três anos de mandato, um rombo de quase R$ 10 bilhões nas contas públicas. A previsão integra as projeções da LDO, aprovada em julho. (manchete de O Globo)Trump - Donald Trump anunciou um acordo comercial com o México, em substituição ao Nafta. O presidente dos EUA sugeriu que o Canadá, ficará de fora do acordo. (manchete do Valor Econômico)Câmbio - O dólar perdeu força no mercado internacional, após acordo entre EUA e México sobre o Nafta. A moeda americana fechou em baixa de 0,59%, cotada a R$ 4,08. (todos os veículos)
segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Cenário - 27.8.18

Com o início da série de entrevistas logo mais à noite, o Jornal Nacional reedita o que fez há quatro anos e impõe novo ritmo à corrida ao Planalto. A despeito do que falaram até agora em debates e sabatinas, os candidatos sabem que deixar uma boa impressão no principal telejornal do país conta muito. O histórico de interação no JN mostra que os presidenciáveis terão pouco espaço para meias palavras. A dinâmica é de confronto. E as perguntas desconcertantes são comuns. Na versão de 2014 os candidatos tinham apenas 15 minutos para falar. Agora, são 25. Tanto tempo no ar requer preparo e sangue frio. As campanhas sabem disso e submeteram os políticos a treinamentos especiais. A ordem das entrevistas foi definida por sorteio. Ciro Gomes (PDT) será o primeiro a ocupar a bancada. Jair Bolsonaro (PSL) será entrevistado amanhã. Na quarta-feira, será a vez de Geraldo Alckmin (PSDB) e, na quinta-feira, Marina Silva (Rede) fechará a lista. Os presidenciáveis também serão entrevistados nos mesmos dias pelo Jornal das 10, da Globonews. Guinada Alckmin nas redes As redes sociais de Geraldo Alckmin (PSDB) rejuvenesceram pelo menos 30 anos em um fim de semana. Após a troca da coordenação, os textos padronizados e as fotos formais de campanha deram lugar a uma nova estética. 'Economês' Vice em ação Jair Bolsonaro (PSL) tem observado a distância as investidas do vice Hamilton Mourão. Na semana passada, o companheiro de chapa do presidenciável testou uma plateia de gente graúda do mercado ao falar com desenvoltura sobre fundamentos, conceitos e até da "Curva de Laffer". Memórias O livro de Dirceu As memórias do ex-ministro José Dirceu foram concluídas e está tudo pronto para o lançamento de seu livro. Em razão da obra, o petista quebrará longos anos de silêncio e concederá entrevistas. Uma delas está disponível no site do PT. Data Em defesa do ECA A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados convocou audiência pública para comemorar, na quarta-feira, 29, os 28 anos de existência do Estatuto da Criança e do Adolescente. Diplomacia Modo espera Os futuros ocupantes das embaixadas do Brasil na Costa Rica, Guatemala, Guiné-Bissau, Namíbia, Arábia Saudita e Iêmen aguardam na fila pela aprovação de seus nomes pelo Senado. É que o recesso branco provocado pelas eleições tem prejudicado as votações. Agenda Frete - O STF realiza hoje audiência pública que debaterá termos da MP que instituiu a política de preços mínimos no transporte rodoviário de cargas. CUT - Sessão solene da Câmara homenageará os 35 anos da CUT. A solenidade também lembrará o 39º aniversário da Lei da Anistia. Contas públicas - O Tesouro Nacional divulga o desempenho das contas do governo, tendo julho como período de referência. Focus - O boletim com estimativas do mercado para inflação e PIB será divulgado hoje pelo Banco Central. Nos jornais TSE - Sob a justificativa de economizar R$ 61,4 milhões neste ano e corrigir distorções do número de eleitores, o TSE cortou 395 juízes e 395 promotores que atuariam nas eleições. (manchete Folha de S.Paulo)Gil - Em entrevista, o cantor e ex-ministro Gilberto Gil elogia Fernando Haddad, Ciro Gomes e Marina Silva, mas defende o voto útil. Afirma que aguarda quem terá mais chances para ir ao segundo turno. "Sou Lula Livre, mas não necessariamente para votar nele". (Folha de S.Paulo)PT 1 - O PT é acusado de fazer propaganda irregular na internet após uma série de comentários nas redes sociais e levou o Piauí a ser um dos assuntos mais relevantes do Twitter ontem. (todos os veículos)PT 2 - A jornalista Paula Holanda, militante de esquerda e influenciadora digital com mais de 6.700 seguidores no Twitter, disse em uma sequência de tuítes, que foi convidada, em troca de dinheiro, pela agência Lajoy a promover conteúdo de esquerda. (todos os veículos)Religiosos - Ao menos 569 dos mais de 28 mil candidatos inscritos nesta eleição usam nome religioso nas urnas. As designações preferidas são ligadas a igrejas evangélicas, como pastor, irmão e missionário e suas inflexões femininas. (Folha de S.Paulo)Marina - Única evangélica entre os principais candidatos ao Planalto, Marina Silva (Rede) perdeu o embalo do crescimento do eleitorado dessa religião desde 2014. Hoje ela tem 12% das intenções de voto desse público, em 2014 era 43%. (O Estado de S. Paulo)PSL - Na disputa por votos dos evangélicos, Jair Bolsonaro (PSL) segue a estratégia, exposta no debate da Band, de atrelar Marina Silva (Rede) a uma agenda "não cristã". (O Estado de S. Paulo)Crimes - Entre 2015 e 2016, o estado do Rio registrou uma série de assassinatos de vereadores e pré-candidatos na Baixada Fluminense. Foram 13 homicídios em nove meses. De lá para cá, somente três foram esclarecidos pela polícia. (manchete O Globo)Bancos x imóveis - Desde o início de 2014, as cinco maiores instituições financeiras do país retomaram R$ 11,5 bilhões em imóveis por falta de pagamento. O setor estima que essa cifra corresponde a cerca de 70 mil casas e apartamentos. (manchete O Estado de S. Paulo)Câmbio - A maior desvalorização do real em relação ao dólar e uma variação em ritmo mais aproximado entre custo de produção e preços médios devem contribuir para um ganho de rentabilidade aos exportadores em 2018. (Folha de S.Paulo e Valor Econômico)WalMart - A gestora Advent, que há dois meses comprou 80% do capital do Walmart no Brasil, vai investir R$ 1,9 bilhão na rede varejista para reestruturar e recuperar a operação da rede americana, que fracassou no país. (manchete Valor Econômico)Tiroteio - Um ataque durante um campeonato de videogame em Jacksonville, Flórida (EUA), deixou ao menos dois mortos e 11 feridos ontem. O atirador, que se suicidou, foi identificado como David Katz, morador de Baltimore. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)
sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Cenário - 24.8.18

Daqui a exatamente uma semana - sexta-feira, 31 - o presidente Michel Temer enviará ao Congresso Nacional a Lei Orçamentária de 2019. O pacote está fechado. Prevê apertos, incorpora algum senso de realidade, mas deixa ao alcance das mãos dos políticos a chave para mudar quase tudo. Nesse sentido, a ressaca eleitoral que virá em outubro tem potencial para estragar ainda mais a economia. Lá em dezembro, quando acontece a votação do Orçamento, os partidos costumam ficar bastante sensíveis a pressões. Se o mandato está atrelado ao calendário, isso piora. Independentemente da taxa de renovação da Câmara e do Senado, a peça enviada pelo Executivo será alterada. O Judiciário, por exemplo, já como certo o reajuste de 16%. Outros benefícios estão na fila e miram, além do funcionalismo, setores que dependem do apoio do Estado para produzir ou mesmo existir. Passadas as eleições, Temer acionará o modo transição e entregará ao sucessor um breve inventário. Será uma das transições de governo mais complexas desde a redemocratização. Olhar externo As eleições vistas do alto A presidente do TSE, Rosa Weber, recebe hoje representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) que atuarão como observadores das eleições de 2018. A missão da OEA produzirá um relatório detalhando o funcionamento do processo, com destaque para o método de financiamento de campanha, o fluxo de informações entre as instituições, candidatos e eleitorado e a participação de minorias. As conclusões e recomendações serão submetidas ao Conselho Permanente da OEA. Até agora, os enviados estrangeiros têm evitado politizar a missão, que tem caráter técnico. Sabatina As questões do campo Passar pelo crivo do agronegócio é sonho de consumo de qualquer candidato à Presidência da República. As campanhas desenham roteiros inéditos para o encontro previsto para a próxima quarta-feira, 29, na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). PT Redesenhando o mapa Com o tempo jogando contra e dificuldades internas ainda sem solução, os diretórios regionais do PT adotaram como tática a eficiência. Para ganhar votos, muitos trabalham para fazer mais com menos. Nesta eleição, isso significa escolher os municípios e bairros onde os candidatos do partido farão panfletagem e caminhadas. As áreas referência são o Vale do Jequitinhonha, que abrange Bahia e Minas, e interior do Maranhão e Piauí. Bolsonaro Material de campanha Jair Bolsonaro (PSL) desembarca amanhã na Festa do Peão de Barretos com a certeza de quem vai se sentir em casa. Cantores sertanejos fazem propaganda espontânea para o candidato na internet. 'Os Collor' Atenção para a chamada Além de Fernando Collor, que disputa o governo de Alagoas, a eleição abraçou outras duas personagens que marcaram a política brasileira dos anos 1990. Thereza Collor, cunhada do ex-presidente, disputará uma cadeira da Câmara pelo PSDB. Já a ex-primeira dama Rosane Collor é candidata a deputada estadual pelo PHS. Agenda Debate - Os candidatos ao governo de São Paulo participam hoje de debate promovido pela RedeTV! e IstoÉ. Temer - O presidente Michel Temer participa da Cerimônia do Dia do Soldado. Eleições - O TSE fará demonstração do funcionamento da urna eletrônica. Preços - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Anual de Serviços 2016. Nos jornais Estratégias - A uma semana do início do horário eleitoral gratuito, a preparação dos principais candidatos à Presidência para os programas em rádio e TV revela o quanto o tempo nos programas vai ditar a estratégia para alcançar o eleitor e roubar votos dos concorrentes. (O Globo)Meirelles - O ex-presidente Lula aparece duas vezes no vídeo piloto da campanha de Henrique Meirelles (MDB). (O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)Bolsonaro - Apesar de o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, afirmar que a campanha estava reavaliando a participação de Jair Bolsonaro em debates, ontem, o presidenciável disse que "a princípio" comparecerá. (Folha de S.Paulo e O Globo)Alckmin - Geraldo Alckmin (PSDB) trocou o coordenador de mídias sociais de sua campanha. (manchete de O Estado de S. Paulo)Adicional - A decisão da Primeira Seção do STJ de estender o adicional de 25% do valor do benefício a todos os aposentados que comprovem necessidade de cuidador permanente terá um impacto de R$ 3,5 bilhões ao ano na Previdência Social. (todos os veículos)Roraima - A Venezuela ameaça cortar o fornecimento de energia elétrica para Roraima a partir de setembro. A estatal Corpoelec deu 90 dias para receber uma dívida acumulada em mais de US$ 30 milhões pelo suprimento de energia ao Brasil. (Valor Econômico)Câmbio - O dólar voltou a subir e fechou ontem cotado a R$ 4,12. Analistas especulam que o impacto na inflação forçará o Banco Central a elevar a taxa de juros após as eleições. (manchete da Folha de S.Paulo e de O Globo)Real - A combinação de um cenário externo menos favorável para investimentos em mercados emergentes com a crescente preocupação quanto ao resultado da eleição presidencial provocou desvalorização do real em relação ao dólar de 6,18%. (manchete do Valor Econômico)Previdência - Em entrevista, o professor Marcio Pochmann, um dos coordenadores do programa do PT, defende uma Constituinte para discutir a reforma tributária e diz que, caso o PT volte à Presidência, a Previdência passará por "mudanças pontuais". (O Estado de S. Paulo)
quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Cenário - 23.8.18

Emprestar capital político aos presidenciáveis pode ser um peso extra a ser carregado pelos candidatos a governador que estão bem nas pesquisas.   Esta é mais uma peculiaridade das eleições.   No cruzamento do desempenho regional com os números nacionais, colegas de partido passam por experiências (no mínimo!) peculiares.   Alguns sentem na pele, pela primeira vez, o que é fazer parte do mesmo time e não encantar o eleitor pelo jogo coletivo.   Em Minas Gerais, por exemplo, o tucano Antonio Anastasia lidera, mas Geraldo Alckmin é apenas o quarto na preferência dos mineiros.   Com João Dória, em São Paulo, acontece o mesmo: entre os paulistas, Lula e Bolsonaro estão na frente de Alckmin.   No Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (MDB) saiu na frente dos adversários, mas a chapa puro sangue Meirelles/Germano Rigotto não chega ao patamar de 2% das intenções.   A dinâmica invertida, na qual candidatos a governador correm para 'turbinar' campanhas presidenciais, pode produzir efeitos ainda desconhecidos do público e dos especialistas.   Com eleições tão curtas, muita gente já faz as contas para saber em que momento a melhor estratégia será lutar apenas por si mesmo. Termômetros Próximos capítulos Na próxima segunda-feira, 27, novas rodadas de pesquisas eleitorais começam a ser divulgadas. No mesmo dia, à noite, o Jornal Nacional abrirá a série de entrevistas com os presidenciáveis - Ciro Gomes (PDT) será o primeiro. Na terça-feira, 28, Jair Bolsonaro (PSL) sentará na bancada do JN e, na sequência, Geraldo Alckmin e Marina Silva (Rede). Cada candidato terá 25 minutos para expor suas ideias. Bolsonaro Suspense A indicação de que dará prioridade à agenda de campanha, lança dúvidas sobre se Jair Bolsonaro (PSL) irá ao Jornal Nacional. Millennials Teste geracional A campanha de Henrique Meirelles (MDB) nas redes sociais tem chamado a atenção pela ousadia e pelo uso da linguagem que se adapta aos tempos de hoje. A aposta no formato "auto Meme" quebra o gelo e retém os mais jovens. Os comentários negativos são mantidos e respondidos. Bolsa Família Afeito pós-pesquisas Todos os presidenciáveis têm lançado mão da defesa (quase enfática!) do Bolsa Família. Essa característica tende a se acentuar com o início da temporada de divulgação de pesquisas. Há propostas de aporte de mais recursos, melhoria de acesso e maior fiscalização. Ninguém falou até agora em revisão. Corrupção Agenda da Lava Jato A campanha eleitoral segue e a agenda de trabalhos da Lava Jato na Justiça Federal e no Ministério Público, também. Nos últimos dias, dois nomes do PT - Silvinho e Cândido Vacarezza - ganharam os holofotes. A procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, prorrogou as investigações por mais um ano. Troca-troca Vida de suplente Apesar do fim do prazo de registro de candidatura, é intenso o troca-troca de suplentes nas candidaturas ao Senado. Na Paraíba, um candidato do MDB trocou o primeiro e o segundo. No PT de Minas Gerais e no MDB do Tocantins, a vaga de suplente registrada também é provisória e os partidos ainda reacomodam nomes. Agenda Eleições - A EBC entrevista hoje a candidata da Rede, Marina Silva, com transmissão ao vivo, às 17h30, na Agência Brasil, Rádio Nacional e TV Brasil. Inflação - O IBGE divulga hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, tendo o período de 16/7 a 15/8 como referência. Trabalho - O STF finaliza hoje julgamento sobre a terceirização de atividades fim. TSE - A Corte realiza audiência pública para a elaboração do plano de mídia da eleição presidencial. A ordem de veiculação das propagandas, por partido, será decidida por sorteio. Arrecadação - Os resultados da arrecadação de tributos federais e contribuições previdenciárias relativas ao mês de julho serão anunciados hoje pela Receita Federal. Nos jornais Lava Jato - Levantamento aponta que, de 77 políticos investigados na Lava Jato e que se candidataram nas eleições 2018, 21 registraram redução do valor de seus bens em relação a eleições anteriores. (manchete de O Estado de S. Paulo)Datafolha - O ex-presidente Lula chega a 60% das intenções de voto em Pernambuco. No Distrito Federal, Jair Bolsonaro (PSL) lidera em todos os cenários, inclusive com o petista. (Folha de S.Paulo)Herdeiros - Marina Silva (Rede) é a que mais herda votos dos eleitores de Lula num cenário sem o petista. A ex-senadora é a preferida de 21% dos que dizem que votariam em Lula. O provável sucessor, Haddad fica com 9%. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)Álvaro Dias - Em entrevista, o candidato à presidência Álvaro Dias (Podemos) afirma que seu principal adversário é o desconhecimento entre os eleitores. O senador promete acabar com os privilégios nos três Poderes. (Folha de S.Paulo)Bolsonaro - O presidente do partido de Jair Bolsonaro (PSL), Gustavo Bebianno, revelou que a campanha reavalia a participação do presidenciável nos próximos debates na TV. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)Maluf - A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados cassou, por unanimidade, o mandato do deputado Paulo Maluf (PP-SP), seguindo decisão do ministro do STF Edson Fachin. (todos os veículos)Alerj - Ao derrubar o veto a um reajuste de 5% nos salários de servidores do Judiciário, MP e Defensoria Pública, a Alerj colocou em risco a permanência do Rio no Regime de Recuperação Fiscal. (manchete de O Globo)Intervenção - O apoio dos moradores da cidade do Rio à presença do Exército vem caindo. O índice dos que são a favor da convocação dos militares diminuiu de 76%, em março, para os atuais 66%. Já a desaprovação passou de 20% para 27%. (manchete da Folha de S.Paulo)Emprego - A economia brasileira criou 47.319 postos de trabalho com carteira assinada no mês de julho. O resultado é o melhor para o mês em seis anos, segundo dados do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho. (todos os veículos)Frete - O pagamento do "frete de retorno", quando os caminhões voltam para sua origem vazios, é hoje uma das principais preocupações do setor agrícola. Desde o tabelamento, em maio, o pagamento desse valor é obrigatório. (manchete do Valor Econômico)Trump - Diante das crescentes suspeitas envolvendo assessores diretos, o risco do presidente dos EUA, Donald Trump, sofrer um impeachment no Congresso é hoje maior do que o de uma condenação na Suprema Corte por obstrução da Justiça, conspiração com os russos ou crimes financeiros. (todos os veículos)
quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Cenário - 22.8.18

A corrida ao Planalto vista sob a ótica do eleitor que está em dúvida ou que aguarda o desfecho do caso Lula é o que influencia neste momento a estratégia de curto prazo dos candidatos. As campanhas se apressam para entender o que pode estar acontecendo, mas (na média!) estão meio sem rumo. Olhando apenas para os resultados das pesquisas, percebe-se - entre outras coisas - que as pessoas rejeitam a política de gabinete. É grande também a aversão a dois tipos de discursos: 1) aquele que propõe soluções fáceis demais para problemas complexos e 2) o que se apoia em abstrações filosóficas. Nesta etapa da eleição, Marina Silva (Rede) tem se reinventado. Conseguiu ocupar espaços e, a seu modo, aproveitá-los de modo inteligente. Voltando às pesquisa, é o que está no reflexo. Pauta do dia Emprego, segurança e moradia As primeiras investidas dos presidenciáveis em estados importantes mostram coincidências que tendem a se repetir muitas vezes ao longo da campanha. Ganharam as ruas, ontem, no giro que os candidatos deram pelo país, mensagens com forte inspiração na vida real. Vice do vice Recalibragem Manuela D'ávila (PCdoB) ajustou o tom e a estética de candidata nas redes sociais. As imagens em que aparece sozinha com Fernando Haddad (PT) perderam destaque. Estratégia Carta aos mineiros Lula enviou carta à Rádio Itatiaia afirmando que os mesmos que ajudaram a tirar Dilma Rousseff da Presidência tentam agora inviabilizar o governo de Fernando Pimentel. É a primeira ação direta - entre muitas que virão - do petista em sua jornada pessoal para influenciar a eleição em Minas Gerais. Curiosidade Daciolo no FT Longe de ser destaque nas preferências do eleitorado, Daciolo (Patriota) foi alvo do Financial Times. O jornal analisou aspectos pitorescos das eleições presidenciais brasileiras e concluiu que o "ultraconservador evangélico" contribui para que os eleitores considerem Jair Bolsonaro um moderado (leia aqui). Estados Um magistrado na política O juiz aposentado Odilon de Oliveira, que ficou famoso por combater o tráfico de drogas e acabou jurado de morte, perdeu (a retirada será gradual) o direito a ser escoltado pela PF, benefício que detém há 20 anos. Odilon é candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PDT. Caminhoneiros 1 À mesa de novo Ontem, o ministro do STF Alexandre de Moraes se reuniu com empresários do setor de transportes de cargas para discutir mecanismos que sejam eficientes e evitem novas greves. Caminhoneiros 2 O tabelamento Empresários ligados a oito entidades da indústria e do agronegócio discutem hoje, na CNI, os impactos da política de frete mínimo, adotada para pacificar a categoria dos caminhoneiros, durante a greve de maio, nos custos do setor e na inflação. Agenda Terceirização - O STF julga hoje a constitucionalidade da terceirização das atividades-fim. Eleições - Termina hoje o prazo para contestações de candidaturas junto à Justiça Eleitoral. Câmara - Acontece hoje, na Câmara dos Deputados, o II Congresso Nacional de Direitos Agrários - Agenda para desenvolvimento do país. Nos jornais Datafolha - O ex-presidente Lula (PT) tem 39% das intenções de voto na primeira pesquisa do Datafolha realizada após os registros candidaturas ao Planalto. Sem o petista, Jair Bolsonaro (PSL) surge à frente, com 22%. (manchete da Folha de S.Paulo)Eleitores - Metade do eleitorado menos escolarizado não apoia nenhum dos presidenciáveis nos cenários sem Lula. Os 'sem candidatos' aparecem de forma expressiva entre as mulheres, na faixa mais pobre da população e no Nordeste. (manchete de O Globo)Haddad 1 - Fernando Haddad (PT) virou réu em processo de improbidade administrativa que corre na Justiça paulista. Procuradores afirmam que houve irregularidade na construção de 12,4 km de ciclovia no trecho Ceagesp-Ibirapuera. (Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo)Haddad 2 - Pouco conhecido entre os nordestinos e criticado pela falta de habilidade no contato direto com eleitores, Fernando Haddad participou ontem de uma caminhada em Salvador com missão de divulgar sua imagem. (O Globo, Valor Econômico e Folha de S.Paulo)Boulos - Em entrevista, Guilherme Boulos (PSOL) reitera sua defesa pelo direito de Lula ser candidato, mas coloca em xeque a capacidade de Fernando Haddad de dialogar com o eleitor. (Folha de S.Paulo)Bolsonaro - A Primeira Turma do STF deve julgar no próximo dia 4 se aceita ou não denúncia contra o candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, por racismo. (O Estado de S. Paulo)Minas - O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) anunciou a retirada de sua candidatura ao governo de Minas Gerais. Lacerda vinha travando uma disputa com o comando nacional do PSB desde que a sigla fechou um acordo com o PT. (todos os veículos)Alckmin - Em primeiro ato de campanha para militantes, no Rio, Geraldo Alckmin (PSDB) propôs transição na intervenção Federal e disse que seu governo dará credibilidade para retomada de investimentos. (Valor Econômico)Ciro - O presidenciável Ciro Gomes (PDT) reafirmou ontem que a reforma trabalhista é "selvagem" e que precisa ser substituída. (Valor Econômico)Câmbio - O dólar subiu pelo quinto dia seguido e fechou em R$ 4,04, maior patamar em 30 meses. (manchete de O Estado de S. Paulo)Negócios - Os resultados das companhias abertas no segundo trimestre trouxeram um certo alívio para o mercado. O lucro líquido agregado das empresas cresceu 19% na comparação com o mesmo período do ano passado. (manchete do Valor Econômico)Obituário - Morreu ontem, aos 61 anos, o jornalista e escritor Otavio Frias Filho, diretor de redação da Folha de S.Paulo. (todos os veículos)
terça-feira, 21 de agosto de 2018

Cenário - 21.8.18

Se as pesquisas estiverem certas, a realidade terá aproximadamente um mês e meio para se adequar às teses levantadas por quem diz entender de política. Os resultados de MDA e Ibope - divulgados ontem e repercutidos hoje - desafiam o 'mais do mesmo' analítico. Entre aquilo que não foi previsto, despontam 1) a onipresença de Lula na memória das pessoas, 2) a constância de Jair Bolsonaro (PSL) e 3) o fato de que Geraldo Alckmin (PSDB) - com sua poderosa aliança com o 'centrão' - está longe dos dois dígitos. As projeções estão sendo reformadas com o jogo em andamento (não é a primeira vez nem será a última nessas eleições!). Agora, as apostas são de que, a partir do dia 31, quando começa o horário eleitoral no rádio e na TV, os números vão se ajustar e as intenções de votos sofrerão reviravoltas. Se nada disso acontecer, não tem problema: novas teorias devem surgir. Do ponto de vista dos candidatos, no entanto, as dificuldades vão muito além de meros remendos de discurso. Alckmin dominará 44% total da propaganda graças à aliança partidária que construiu e precisa fazer valer tanta exposição. Bolsonaro sabe que a estratégia de falar apenas o necessário - em algum momento - baterá no teto. Já o PT corre para encaixar no molde de Fernando Haddad a voz, o rosto e os gesto de Lula. TSE 1 Ordem de inscrição O TSE inicia hoje a análise das fichas dos candidatos à presidência. Para evitar ruídos que possam dar margem a questionamentos jurídicos, a pauta do plenário seguirá a regra e analisará os registros de candidatura levando em conta a data de entrada da inscrição. Assim, para o registro de Lula "pular" a ordem será necessária manifestação expressa do relator Luís Roberto Barroso. A previsão é que o TSE analise o registro do petista na primeira semana de setembro. TSE 2 Análise de candidaturas Apenas 0,5% das quase 30 mil candidaturas registradas nos Tribunais Regionais Eleitorais de todo o país foram analisadas até agora. Os TREs abriram prazo para registro no dia 6/8 e terão de verificar todos os documentos para liberar ou barrar os candidatos até 17/9. Agronegócio A pauta da vice Kátia Abreu, vice de Ciro Gomes (PDT), afirma que depois da Política de Preços Mínimos e do seguro contra intempéries, a criação de um seguro para proteger o campo contra as variações de preço teria o poder de triplicar o PIB do agronegócio. Justiça 2.0 Sessão virtual O Superior Tribunal de Justiça testará hoje uma ferramenta que simula a sessão virtual de seu pleno para julgar alguns recursos - como os embargos de declaração, os agravos internos e os agravos regimentais. Com o dispositivo, os ministros não precisam estar reunidos fisicamente para deliberar. A falta de quórum é um problema recorrente no Judiciário. Com a ferramenta, até mesmo o Ministério Público poderá se manifestar à distância. Municípios Mexendo na máquina Prefeitos encaminharam proposta aos candidatos ao Planalto solicitando a possibilidade de reformar o atual sistema de seleção de servidores públicos. A intenção é ampliar a margem de comissionados, aplicando o critério de seleção simplificada. A justificativa é que o concurso público "nem sempre consegue abarcar todas as competências requeridas para o exercício do cargo". RFFSA Caça aos imóveis Na tentativa (urgente!) de fazer caixa, o governo federal constituiu uma comissão para levantar os imóveis da extinta Rede Ferroviária Federal. O grupo de trabalho do Ministério do Planejamento vai ajudar as superintendências regionais da Secretaria de Patrimônio da União a regularizarem os imóveis para que os bens possam ser vendidos. Agenda Aço - O presidente Michel Temer participa do Congresso Aço Brasil 2018, às 11h, e da cerimônia de abertura do 28º Congresso Brasileiro de Rádiodifusão, às 19h30. Sabatina - Presidenciáveis participam de sabatina promovida pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. STF - A 2ª Turma da Corte analisa pedido de reconsideração da PGR que solicita prisão de José Dirceu. Câmara - O deputado Paulo Maluf deve informar hoje à Mesa da Câmara se renuncia ao mandato ou continua respondendo a processo no Conselho de Ética da Casa. Nos jornais Ibope - Sem Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSL) lidera a corrida presidencial com 20% das intenções de voto. Em segundo, está Marina Silva (Rede), com 12%, logo depois Ciro Gomes (PDT), com 9%, e em seguida Geraldo Alckmin (PSDB), com 7%. No cenário que o inclui, Lula tem 37%, e Bolsonaro, 18%. (manchete de O Globo e O Estado de S. Paulo)Congresso - Na disputa deste ano, três em cada quatro deputados e senadores são candidatos à reeleição. (manchete da Folha de S.Paulo)Ciro - Ao comentar que as agências reguladoras se tornaram "antro de ladroeira, de corrupção" e estão "emparelhadas de politiqueiros", Ciro Gomes (PDT) disse que sua "tentação é fechá-las". (Folha de S.Paulo)Conjuntura - Empresários e executivos presentes ao anuário "Valor 1000", avaliam que o próximo presidente deve reorganizar as contas públicas. (manchete do Valor Econômico)Haddad - Os palanques do Nordeste também são motivo de preocupação para o PT. No giro que iniciará hoje pela região, Fernando Haddad evitará os estados onde pode haver saias-justas por causa de alianças. (O Globo e Valor Econômico)Garotinho - A PRE-RJ pediu à Justiça a impugnação do registro de candidatura de Anthony Garotinho (PRP) ao governo do Rio com base na Lei da Ficha Limpa. (todos os veículos)WhasApp - Vinicius Poit, candidato a deputado Federal, e Daniel José, que disputa vaga no Legislativo paulista, ambos do partido Novo, tiveram listas de transmissão do WhatsApp apagadas e seus números banidos do aplicativo por denúncias de spam. (Folha de S.Paulo)Roraima - O governo de Roraima entrou com uma nova ação no STF para pedir a suspensão temporária da imigração de venezuelanos para o Brasil. (todos os veículos)Coca-Cola - A Coca-Cola ameaça interromper sua produção de refrigerante na Zona Franca de Manaus caso o presidente Michel Temer não baixe medida devolvendo ao setor os benefícios de que desfrutavam antes da paralisação dos caminhoneiros. (Folha de S.Paulo)Câmbio - O dólar fechou ontem na maior cotação em mais de dois anos, em meio ao nervosismo de investidores com o cenário eleitoral, cotada a R$ 3,958. (todos os veículos)
segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Cenário - 20.8.18

Os dois debates que colocaram frente a frente os candidatos ao Planalto serviram de bússolas para orientar as próximas estratégias que serão adotadas pelas campanhas no rádio e na TV. Antes do horário eleitoral começar - no dia 31 -, os presidenciáveis passarão por sabatinas em veículos de comunicação importantes. A mais esperada delas é, sem dúvida, a do Jornal Nacional. A tradicional sequência de entrevistas terá início na próxima segunda-feira, 27, e vai reeditar um modelo no qual muitos já sucumbiram. Nesta semana de preparação e ajustes, os candidatos vão testar suas melhores frases e os gestos mais plásticos possíveis. Vão fugir de tudo o que possa (minimamente!) expor ao risco. Para quem está na frente das pesquisas de intenção de voto, o desafio é reduzir os espaços para que as fraquezas reveladas na Band e na RedeTV! não apareçam na Globo - nos mesmos dias do JN, os candidatos participarão do Jornal das Dez, na GloboNews. Quem busca ganhar relevância tende a apostar no óbvio, combinando generalismos com sorrisos - e torcendo, é claro, para não ser constrangido na bancada. No caso do PT, os próximos dias serão dedicados a fazer barulho. O partido quer que Fernando Haddad seja entrevistado e espera contar com o resultado de pesquisas eleitorais, que devem ser divulgadas a partir de hoje, para pressionar. Na madrugada de hoje, Haddad participou de seu primeiro evento como candidato na TV aberta. O petista foi entrevistado no programa Canal Livre, da Band. Reforço 1 Efeito da superexposição Jair Bolsonaro (PSL) não quer nem pensar em dispersão de votos. Sua equipe estuda incrementar as táticas de redação nas redes sociais para reforçar a comunicação via internet. Reforço 2 'Juntos' de novo Ana Cristina Valle, segunda ex-mulher de Bolsonaro, tem acompanhado o presidenciável em agendas específicas e em atos públicos nos quais o candidato do PSL não abre mão de vê-la por perto. Versão 2018 Marina calibra o tom A campanha de Marina Silva (Rede) comemorou o destaque que a candidata obteve no debate da RedeTV!, ao bater-boca com Jair Bolsonaro. O staff verde acredita que Marina deixou aflorar a indignação genuína. Com isso, ainda segundo a percepção dos aliados, conseguiu aquilo que os candidatos estão tentam desesperadamente desde as convenções partidárias: a atenção do eleitorado feminino. Na por coincidência, Marina visitará, hoje, o Instituto Maria da Penha, entidade que acolhe mulheres vítimas de violência. Campanha A Lava Jato e as urnas Não é só Álvaro Dias (Podemos) que tem se apresentado como "candidato da Lava Jato". Pelo Brasil, cresce o número de políticos que se autodefinem assim em busca de votos. Deltan Dallagnol, um dos procuradores da operação, rebate nas redes sociais que a Lava Jato não apoia nenhum político. Mais Médicos Aniversário na Bahia A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara é a organizadora, mas os deputados preferiram levar para a Bahia o seminário que celebrará os cinco anos do programa Mais Médicos. O evento acontecerá amanhã em Salvador. Judicialização Precatórios do Fundeb O Ministério Público Federal iniciará, a partir de amanhã, um mutirão para reunir prefeituras brasileiras que deixaram de receber verbas do Fundeb nos prazos adequados e agora estão torrando parte dos precatórios com honorários para escritórios privados de advocacia. O MPF pretende fazer um pente fino nas decisões dos tribunais de Justiça estaduais que permitiram a vinculação do recebimento das verbas atrasadas do Fundeb ao desconto de honorários que chegam a até 30% do montante que deveria ser aplicado em Educação. Jurisprudência do STF e entendimento do TCU indicam que as ações deveriam ser acompanhadas pela advocacia pública. Agenda Seminário - O STF recebe o seminário "Elas por Elas". O evento promovido pelo CNJ debaterá a presença da mulher no comando de instituições públicas. Patrimônio - Os candidatos registrados devem, a partir de hoje, detalhar o patrimônio declarado à Justiça Eleitoral. Multas - O ministro do STF Alexandre de Moraes recebe hoje representantes de empresas multadas por desobedecer ordem do tribunal para liberar estradas bloqueadas durante a greve dos caminhoneiros. Nos jornais Roraima - Após 700 imigrantes venezuelanos serem atacados no sábado por brasileiros em Pacaraima (RR), o presidente Michel Temer decidiu enviar homens da Força Nacional para conter a situação. (manchete de O Globo)França - O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), mantém estreita relação com a ONG Adesaf. Desde que a organização foi criada, em 2001, França e seu grupo político já lhe destinaram mais de R$ 56 milhões em contratos públicos. (manchete da Folha de S.Paulo)FHC - Em entrevista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que o Brasil se aproxima da eleição mergulhado num clima de ódio e de medo. O tucano se diz assustado com a possibilidade de Jair Bolsonaro (PSL) chegar ao segundo turno. (O Globo)Wagner - O ex-governador da Bahia Jaques Wagner, em entrevista, explica por que não quis ser o vice na chapa presidencial do PT. Para ele, se o partido acusa a "interdição artificial" da candidatura do ex-presidente Lula, indicar um substituto legitimaria a trama. (Valor Econômico)TSE - Ministros do TSE consideram controverso o pedido do MDB que, na prática, tenta reduzir em 35% o tempo de propaganda na TV e no rádio de Geraldo Alckmin (PSDB). A avaliação é de que o registro eleitoral possui os dados necessários para validar a coligação. (Folha de S.Paulo)Desaprovação - Os principais candidatos à Presidência começam oficialmente a campanha eleitoral desaprovados pela maioria absoluta da população, segundo a pesquisa Barômetro Político Estadão-Ipsos. (O Estado de S. Paulo)TSE - Todos os 27.813 candidatos que pretendem disputar as eleições terão que detalhar a partir de hoje a declaração de bens feita ao TSE. (Folha de S.Paulo)Teto - Em 13 estados a despesa com pessoal do Judiciário ou Ministério Público está perto de romper o teto imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. (manchete do Valor Econômico)Inadimplentes - Em julho, o total de brasileiros com dívidas em atraso chegou a 63,4 milhões, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). (manchete de O Estado de S. Paulo)Mansueto - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, alerta para o fato de que não há consenso para reduzir significativamente os atuais gastos tributários. (Valor Econômico)
sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Cenário - 17.8.18

Os debates que reuniram candidatos a governador, ontem, na TV Bandeirantes, não fugiram à regra: acentuaram a atmosfera bélica presente nas campanhas ao Planalto. Quem está no cargo e busca a reeleição, no geral, sofreu bastante. Já aqueles que representam projetos políticos tradicionais também foram alvos. Os ataques giraram em torno do que não foi feito e/ou ficou pela metade. A estratégia de passar a limpo promessas descumpridas, reproduzindo ao eleitor datas e frases marcantes, beirou quase um 'check list'. Os efeitos da crise política, claro, impulsionaram os clichês. O diagnóstico de que o marasmo econômico não pode mais vitimar o cidadão foi outra muleta importante. Lula e Michel Temer figuraram como cabos eleitorais às avessas. A dinâmica dos debates mostrou que ser acusado de aliado ou se apresentar dessa forma será, ao longo da jornada eleitoral, sinônimo ataques abaixo da linha da cintura. Replay Para quem não viu As íntegras dos debates de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte estão no Youtube. PT Mais Moro, menos Haddad Conteúdos do programa do PT na internet, por enquanto, têm mais referências indiretas ao juiz Sérgio Moro do que a Fernando Haddad. O partido associará a ausência de Lula nas eleições ao suposto cerceamento da vontade do eleitor, resumido na frase: "Ninguém vai aprisionar a vontade do povo, se fecha com Lula, digite 13". A intenção é estimular o voto de legenda. MDB PPP da Segurança Para aumentar a sensação de segurança nas áreas urbanas, Henrique Meirelles (MDB) defende em seu programa de governo policiamento ostensivo custeado por Parcerias Público-Privadas (PPP). Colocar a ideia em prática implica em mexer na Constituição, retirando dos governos estaduais parte da autonomia que têm hoje relacionada às PMs. Cota Candidatas mulheres A ONU Mulheres tentará influenciar o debate eleitoral deste ano levantando a bandeira da participação igualitária de mulheres e homens na disputa por cargos públicos. O organismo internacional considera que a cota de 30% dos registros não tem efeito relevante na ocupação das vagas. Estatísticas dos registros de candidatura mostram que os partidos cumprem à risca o mínimo de inscritas - só para não sofrer sanções. Pelas estatísticas oficiais, 30,6% dos que concorrerão nas eleições deste ano são mulheres. Partidos Um 'cantinho' Sinais cada vez mais incomuns têm sido emitidos pelos partidos que, com ou sem voto, buscam ampliar suas presenças junto ao eleitor. Um deles é a reedição (pela esquerda!) de um artifício há décadas abandonado no Brasil: a abertura de espaços para sublegendas. Apesar do imenso espectro partidário, o PSOL decidiu reservar um 'cantinho' do partido para o Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT). A sublegenda terá candidatos a deputado estadual e Federal, mas para votar neles será preciso apertar os números correspondentes ao PSOL na urna. Números Pesquisas eleitorais A formalização do registro de candidatura de Lula à presidência da República deu novo impulso à demanda por pesquisas de intenção de voto. Da tarde do dia 15 até hoje, 14 sondagens foram registradas no TSE. Os interessados em antecipar os resultados da disputa presidencial são empresas de consultoria, institutos de pesquisas e entidades ligadas a estudos estatísticos e políticas econômicas. No celular O app das eleições A ministra Rosa Weber, recém-chegada à presidência do TSE, lançará nos próximos dias uma versão mais afinada do Pardal, aplicativo que permitirá ao eleitor fazer denúncias de irregularidade pelo celular. Com o app, o eleitor poderá "documentar" a irregularidade com fotos tiradas do próprio celular. Agenda Debate - A RedeTV! realiza hoje, às 22h, debate com os candidatos ao Planalto. Entrevistas - A TV Brasil veicula, a partir de hoje, série de entrevistas com os presidenciáveis. O primeiro a participar é João Amoêdo, do Partido Novo. Aumento - A Petrobras reajusta hoje o preço do litro da gasolina nas refinarias. O combustível passará a custar R$ 1,9810 - alta de 0,5%. Nos jornais Desemprego - Dados do IBGE mostram que, no 2º trimestre, faltou trabalho para 27,6 milhões de brasileiros. O número dos que estão há mais de dois anos procurando emprego chegou ao recorde de 3,1 milhões. (manchete da Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo)PGR - A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, decidiu manter o processo de registro de candidatura do ex-presidente Lula sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso. (todos os veículos)Ciro - Em entrevista, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) diz rejeitar o papel de vítima, mas afirma que candidato a presidente não tem de mostrar temperamento de "ameba". (O Globo)Alckmin - Geraldo Alckmin (PSDB) divulgou nas redes sociais vídeo no qual rejeita a possibilidade de aliança com o PT ou com o deputado Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições. (O Estado de S. Paulo)Mulheres - O número de mulheres registradas pelos partidos para as eleições deste ano ficou próximo ao mínimo exigido por lei. Dados do TSE mostram que elas representam 30,7% dos pedidos de registro para a disputa aos cargos de deputado estadual e 31,59% para as vagas de deputado Federal. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Debates - A TV Bandeirantes promoveu, na noite de ontem, debates com os candidatos a governador em oito Estados. (todos os veículos)ANP - Com as novas regras anunciadas pela ANP para aumentar a transparência dos preços dos combustíveis, a Petrobras terá de divulgar, pela primeira vez, a fórmula de precificação. A medida é considerada um marco importante na transição para um mercado mais aberto. (manchete do Valor Econômico)Eletrobras - O órgão especial do TRT-RJ aprovou a manutenção da liminar concedida pela 49ª vara do Trabalho do Rio, que determinou a suspensão do processo de privatização das distribuidoras da Eletrobrás. (todos os veículos)
quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Cenário - 16.8.18

A campanha eleitoral entra hoje em outro estágio. Estão permitidos comícios, carreatas, distribuição de material e outras modalidades - as aparições na TV e no rádio vão começar no dia 31. Clássicos de campanha como os 'santinhos' ainda serão vistos como ferramentas básicas para muitos candidatos espalhados pelo Brasil, mas a novidade nesta temporada será o impulsionamento de conteúdo. Nesta eleição, grande parte dos cabos eleitorais ficará atrás do computador. O escritório da Google para a América Latina montou estrutura para atender a determinação da Justiça Eleitoral. Serão retiradas do ar - o mais rápido possível - postagens de candidatos que não obedecerem à legislação: é permitido pagar para que uma publicação seja popular, mas não a inserção de banners digitais. Os gurus digitais acreditam que o grosso do dinheiro, que antes era compartilhado entre gráficas, rádios e anúncios em jornais, ficará concentrado nas plataformas digitais. Os mesmos experts em marketing digital estimam que cada candidato à presidência desembolsará pelo menos R$ 12 milhões com impulsionamentos. PT Realidade pós-2016 Há dois anos, o PT perdeu metade de suas prefeituras. Este ano, sete dos nove senadores do partido terão de voltar a bater à porta do eleitor para renovar o mandato. Há projeções internas que indicam dificuldades/obstáculos na Câmara para a reeleição de quase metade da bancada. Estratégia Voto de gênero Fernando Haddad será apresentado ao eleitorado como o candidato que "fez mais pelas mulheres". O vice de Lula se aproximou do movimento feminista, quando esteve à frente da prefeitura de São Paulo. O horário eleitoral do PT apresentará políticas de Haddad, como a guarda civil destacada para visitar mulheres que sofreram agressões enquadradas pela Lei Maria da Penha. Lula Guerra de hashtags O registro da candidatura de Lula, ontem, no TSE desencadeou uma disputa entre internautas. Os apoiadores do petista conseguiram emplacar nos assuntos mais comentados do mundo a hashtag "LulaÉcandidato". Já os críticos torpedearam postagens com a hashtag "LulaÉpresidiário". Lista Quem são os candidatos Quase 24 mil políticos apresentaram registros de candidatura. O entusiasmo diminuiu: em 2014, 26,1 mil concorreram. As estatísticas do TSE mostram que a maioria dos inscritos afirmou que é empresário, ao definir a ocupação - provável reflexo de uma eleição que contará com financiamento restrito. Pelo menos 232 candidatos registrados para as eleições gerais têm domínio mínimo sobre as ferramentas de leitura e escrita, mostram as estatísticas do TSE atualizadas até a noite de ontem. Brasil-Paraguai Agenda entre vizinhos A presença de Michel Temer e dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, na posse do novo presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, está longe de ser apenas um gesto de cortesia. O setor produtivo cobra a costura de um acordo para evitar dupla tributação nas negociações de produtos e serviços com o país vizinho, como já acontece com a Argentina, no âmbito do Mercosul. Contas públicas Discurso e austeridade Relatório do Tribunal de Contas da União detalha os efeitos da política de austeridade do governo e dá pistas sobre a decisão de Michel Temer em bancar uma lei orçamentária menos restritiva do que a prevista no início do ano. Segundo o TCU, mesmo com receita menor, o governo Federal conseguiu reduzir o déficit, em comparação com os seis primeiros meses de 2017. A tesoura nos gastos de custeio trouxe economia de R$ 8 bilhões, mas sacrificou áreas sensíveis como a Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia. Ferrovias Queda de braço O Planalto tenta emplacar - no meio das votações aceleradas do esforço concentrado do Congresso - o projeto de lei que permite a prorrogação antecipada dos contratos de concessão do setor ferroviário. Mas a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, vai brigar contra a medida. Dodge afirma que a proposta permite a "dilapidação do patrimônio público" ao doar para as concessionárias a propriedade de bens móveis e imóveis que deveriam, ao rigor da lei, retornar à União em vez de ficar mais 30 anos sob o controle de particulares. Agenda Debates - Candidatos aos governos estaduais participarão de debates na Band. PNAD - IBGE divulga hoje a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Cota - TSE decide se valerá para esta eleição a cota de gênero de 30% do fundo partidário destinada às candidatas. Conjuntura - Relatório Prisma Fiscal, que reúne estimativas do mercado financeiro, será divulgado pelo Ministério da Fazenda. PIS-PASEP - Segundo lote do abono salarial, referente ao ano-base 2017, será pago hoje. Nos jornais Lula - O PT registrou no TSE a candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contestou com o argumento que o petista está inelegível. (manchete da Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Barroso - O ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do TSE, foi sorteado relator do pedido de candidatura de Lula. Barroso sinalizou que pretende dar celeridade à análise do registro. (todos os veículos)Visitas - O Ministério Público Federal levantou junto à Justiça uma série de dúvidas sobre visitas religiosas e de advogados que o ex-presidente Lula vem recebendo na prisão. Para os procuradores, políticos vão à prisão como advogados para que o petista interfira no processo eleitoral. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Temer - Em entrevista, o presidente Michel Temer diz enxergar seu governo na candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB). "Se você dissesse: 'quem o governo apoia?' Parece que é o Alckmin, né"? (Folha de S.Paulo)Serra - Documentos enviados ao Brasil pelo governo da Suíça reforçam suspeitas de caixa dois na campanha do senador José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo, em 2006. A investigação está no STF. (Folha de S.Paulo e O Globo) Guardia - Em entrevista, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, garante que o teto dos gastos "é crível, sustentável e eficiente". Para ele, o foco da discussão fiscal tem que ser a necessidade de reequilibrar as contas públicas. (O Globo) Investigação 1 - Geraldo Alckmin (PSDB) depôs ontem ao MP paulista no inquérito que apura se ele cometeu improbidade administrativa na modalidade enriquecimento ilícito. (todos os veículos)Investigação 2 - A Procuradoria-Geral da República quer que seja enviado para a Justiça Federal do Rio o inquérito que investiga se o candidato do DEM ao governo do Rio, Eduardo Paes, recebeu repasses irregulares da Odebrecht no exterior para a campanha de 2012. (O Globo)União - Em meio à crise econômica, que afeta a arrecadação, estados declaram guerra contra a União na Justiça em uma disputa por dinheiro público. Segundo o Ministério da Fazenda, a União é alvo de pelo menos 55 ações. (Folha de S.Paulo)
quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Cenário - 15.8.18

Da cela, em Curitiba, o ex-presidente Lula conseguiu chegar a esta fase da corrida ao Planalto como o nome mais forte nas pesquisas e uma espécie de ideia fixa que incomoda os adversários.   Tal influência será colocada outra vez à prova hoje, às 16h, quando o TSE receberá a documentação e o pedido de protocolo da candidatura do petista.   Nesta fase da estratégia, fica clara a intenção de aplicar um novo teste de estresse na Justiça eleitoral.   O PT, que fez a opção pela resistência, aumentará o barulho ao longo do dia e até quando puder porque sabe - e é de conhecimento público - que há vácuos legais.   Os teóricos do Direito já anteciparam que o registro será terminantemente negado. A mídia também aposta nisso.   As especulações de bastidores dão conta de que o próprio Lula prepara o próximo estágio da campanha mirando Fernando Haddad.   Um dos problemas - entre tantos outros que se acumulam - é o tempo. Para Haddad, ele voa. Partidos A grama do vizinho De olho no que o PT fará hoje e nos próximos dias, outros partidos que estão na corrida pelo Planalto e se organizando nos Estados também recalibram seus planos. O PSB é talvez o símbolo mais visível: as dificuldades regionais estão à flor da pele. Com o PDT acontece algo semelhante. TSE Os desafios de Rosa Além de conduzir o processo que poderá negar o registro de Lula, Rosa Weber terá de reunir apoios para enfrentar uma limitação da Justiça especializada: a falta de previsão nas leis eleitorais sobre os recursos repetitivos. Os advogados que representarão o ex-presidente e o PT na batalha do TSE reuniram pelo menos dez decisões do pleno nas eleições de 2016 que permitiram a políticos condenados em segunda instância, mas com pendências recursais, o direito de disputar a eleição. Por este motivo, desconsideram a possibilidade de indeferimento da candidatura amparada apenas no peso leve de uma resolução do tribunal. Apoio feminino Fica para a próxima O MDB de Henrique Meirelles tentou, até o limite do possível, atrair o Partido da Mulher Brasileira para a chapa presidencial, mas a união não vingou. Debate O que esperar do tititi O debate da RedeTV!, previsto para depois de amanhã, será marcado por alguns eventos inéditos. O UOL fará, como ocorre nas transmissões de eventos ao vivo no YouTube, uma curadoria de comentários e dedicará uma tela exclusiva às melhores intervenções. Os presidenciáveis mais hábeis poderão utilizar o método para perceber, em tempo real, quando suas falas forem elogiadas ou criticadas pelos internautas e, assim, corrigir rumos orientados pela reação do público. PSDB Voto e fé Além de se esforçar para conquistar parte do eleitorado conservador de Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) não tem escondido que estabeleceu como alvo o voto evangélico. De volta A política e sua amplitude Cassado em 2012, acusado de utilizar o mandato parlamentar para ajudar o empresário Carlinhos Cachoeira, o ex-senador Demóstenes Torres volta à cena política como candidato à Câmara dos Deputados pelo PTB de Goiás. Em campanha acelerada, Demóstenes já gravou 500 vídeos que serão disparados nas redes sociais a partir da próxima semana. Orçamento O perfil das contas em 2019 O presidente Michel Temer surpreendeu com o veto de 17 dispositivos da LDO. Temer decidiu fazer cortes em despesas que os parlamentares da Comissão de Orçamento não imaginavam, como nas autorizações às obras de estradas vicinais, empreendimentos que geralmente rendem muitos votos, e deu sinal verde para outros gastos relacionados a pessoal, investimentos e benefícios fiscais. O próximo presidente, no entanto, deve colocar os dois pés atrás: os relatores setoriais da peça orçamentária ainda podem fazer muitas mudanças que impactam as contas do próximo ano. Na linha de frente estão 1) o desejo do Congresso de alocar as emendas individuais, 2) de mudar a execução obrigatória e 3) de mexer nas de bancada. Agenda Conjuntura - O Banco Central divulga hoje o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de junho de 2018.   Fisco - O terceiro lote de restituição do Imposto de Renda será pago hoje. A Receita Federal também liberará restituições residuais de 2008 a 2017.   Paraguai - Toma posse hoje o presidente eleito do Paraguai Mario Abdo Benítez. Michel Temer e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, acompanham.   Sociedade - O STF retoma julgamento de recurso sobre alteração de nome em registro civil sem mudança de sexo. Nos jornais Eleições 1 - Após tomar posse no TSE, a ministra Rosa Weber afirmou que, se não houver contestação a candidatos inelegíveis, o TSE examinará o caso sem ser provocado. (manchete de O Globo)Eleições 2 - O PT vai protocolar hoje, no TSE, o registro da candidatura de Lula, ao mesmo tempo em que prepara a substituição do ex-presidente, inelegível pela Lei da Ficha Limpa. (manchete de O Estado de S. Paulo)STF - Por três votos a um, os ministros da 2ª Turma do STF, que conduz os processos sobre os desvios da Petrobras, declarou que uma denúncia baseada apenas em delação premiada não pode ser recebida. (O Globo e O Estado de S. Paulo)Moro - A 2ª Turma do STF decidiu retirar do juiz Sérgio Moro citações que os delatores Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, fizeram ao ex-presidente Lula e ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega em depoimentos prestados ao MPF. (O Globo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo)Bolsonaro - Em proposta de governo registrada no TSE, Jair Bolsonaro (PSL) propõe a criação de um superministério para comandar a área econômica, fundindo Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio e Secretaria-Geral. (manchete da Folha de S.Paulo)LDO - A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019, sancionada ontem pelo presidente Michel Temer, não contemplou a autorização de reajustes para o funcionalismo. (todos os veículos)Dados - O presidente Michel Temer sancionou a lei que cria um sistema de proteção de dados pessoais no Brasil. Foi vetado do texto o artigo que criava a ANDP (Autoridade Nacional de Proteção de Dados). Punições a empresas que infringirem a lei também foram suavizadas. (todos os veículos)Internacional - Um trecho de uma ponte desabou ontem durante uma tempestade na cidade de Gênova, no Norte da Itália, quando mais de 30 veículos passavam sobre a construção. Ao menos 26 pessoas morreram. (todos os veículos)
terça-feira, 14 de agosto de 2018

Cenário - 14.8.18

A prática tipicamente brasileira de deixar tudo para a última hora virou, no fim das contas, estratégia mais do que conveniente aos candidatos que disputam o Planalto. No caso das formalidades que antecedem a oficialização junto ao TSE isso ficou muito claro. Os presidenciáveis jogaram com o tempo ao lidar com 1) a redação das propostas de governo, 2) o cálculo do timing para a divulgação de dados pessoais, em especial a declaração de bens e 3) os acertos envolvendo coligações partidárias. A equipe de Jair Bolsonaro (PSL) se superou ao fazer suspense sobre o programa de governo. Registrado ontem à noite, o texto frustrou expectativas: Bolsonaro optou por um 'resumo executivo', blindando-se assim de polêmicas e ataques dos adversários. Segue o mistério. Marina Silva (Rede) adotou lógica semelhante. A candidata deixou para o prazo final o registro e - a julgar pelas expectativas - nem assim se posicionará sobre temas cruciais e/ou espinhosos. Como nem mesmo o tucano Geraldo Alckmin se arriscou a registrar uma plataforma reformista, os demais optaram por textos genéricos. Nas eleições anteriores, o detalhamento de propostas rendeu munição aos adversários e questionamentos sobre a viabilidade financeira e estrutural de muitas ideias consideradas inviáveis. Até a noite de hoje, Henrique Meirelles (PMDB) e Álvaro Dias (Podemos) devem apresentar suas credenciais. O PT de Lula entregará amanhã no último minuto. Posse O TSE sob Rosa A ministra do STF Rosa Weber assumirá hoje a presidência do TSE. Sua posse, os primeiros atos e o perfil que adotará durante as eleições são cercados de especulação. Avessa a entrevistas e a exposições públicas consideradas desnecessárias, a juíza fez do estilo uma marca registrada. Intramuros, o Judiciário espera com certa ansiedade algumas mudanças. Um deles pode ser o novo desenho na articulação das pautas de votação do tribunal: é esperada uma atitude mais linha dura com políticos regionais. Rosa é crítica dos embargos auriculares que costumam levar aos ministros detalhes das casuísticas locais e de superinterpretações das normas. Na presidência do TSE, deverá atuar em prol da consolidação da jurisprudência da Corte, para que uma decisão tomada em um caso possa ser aplicada de modo uniforme, independentemente de peculiaridades locais. Apoio Selo verde Neca Setúbal e Guilherme Leal se distanciaram do projeto de Marina Silva e ajudaram a consolidar no partido Novo boa parte do que sempre esperaram da política. Redes sociais Meirelles, o #xóvem Em tom de ironia, internautas levantaram, ontem, a hipótese de algum adversário ter se infiltrado na campanha de Henrique Meirelles (MDB). Para tentar arejar a imagem do peemedebista, as redes sociais do ex-ministro e ex-presidente do Banco Central têm apelado para o linguajar dos heavy users, aquelas na casa dos 25 anos. No figurino, Meirelles já incorporou o personagem: com alguma frequência, tem trocado o terno por estilosos agasalhos esportivos. IBGE O fim da classe C O PT usará números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, para demonstrar que a queda da renda e o desemprego, registrados a partir de 2017, dizimaram a chamada "classe C". O cenário de desigualdade, sustentam os petistas, fez com que a escala pulasse das classes A e B direto para a classe E. Pesquisas Pulsação A partir de hoje - e até o fim de semana -, o eleitor e a mídia serão bombardeados por pesquisas de intenção de voto para presidente e governador. Educação Temporários na rede O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, em parceria com entidades regionais, começou a mapear a incidência de professores temporários nas escolas estaduais. Para contornar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, governadores têm adotado prática recorrente de contratar professores para exercício em apenas um ano letivo. Agenda Serviços - O IBGE divulga hoje Pesquisa Mensal de Preços com indicadores da conjuntura do setor de serviços em junho. Dívidas - A Comissão Mista do Congresso analisa hoje relatório da Medida Provisória que anula renegociações de dívidas rurais. Pauta - A Câmara dos Deputados inicia segundo esforço concentrado de votações do período eleitoral. PIS/PASEP - Começa o pagamento do fundo aos cotistas de todas as idades que não são correntistas da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Nos jornais Eleições - Na antevéspera do registro da candidatura do ex-presidente Lula (PT) ao Planalto, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, defendeu a Lei da Ficha Limpa. Já o ex-governador da Bahia Jaques Wagner alertou: "Não vamos ter a vida inteira para expor o Haddad". (manchete de O Estado de S. Paulo)Mantega - O juiz Sérgio Moro aceitou denúncia, no âmbito da Lava Jato, contra o ex-ministro Guido Mantega por lavagem de dinheiro e corrupção na edição da "MP da Crise". Ele rejeitou a acusação formal contra o ex-ministro Antonio Palocci. (O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico)Mendes Jr. - Sérgio Moro mandou prender a cúpula da empreiteira Mendes Júnior para cumprir pena em 2ª instância. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Bolsonaro - Jair Bolsonaro (PSL) demitiu a assessora fantasma Walderice Santos da Conceição, flagrada trabalhando em sua loja de açaí na região de Angra dos Reis na hora do expediente da Câmara. (manchete da Folha de S.Paulo)Cabral - Em novo depoimento ao juiz Marcelo Bretas, o ex-governador Sérgio Cabral disse que nunca solicitou propina ao empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como "Rei Arthur". (O Estado de S. Paulo e O Globo)Vice - Em entrevista, Eduardo Jorge, vice na chapa de Marina Silva, avalia que a coligação entre o PV e a Rede mostrou a capacidade da ex-senadora de fazer composição. Ele critica ainda o PT por seguir um oráculo - Lula, preso em Curitiba. (Folha de S.Paulo)Turquia - O aumento da aversão dos investidores a risco provocou ontem forte turbulência em alguns países emergentes, como Turquia, Argentina e África do Sul. No Brasil, o dólar chegou a R$ 3,92 no pior momento, fechando a R$ 3,89, alta de 0,82%. (todos os veículos)Braskem - O comando da Petrobras enfrenta pressões internas contra a possível venda das ações que detém na Braskem para a LyondellBasell. (manchete do Valor Econômico)
segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Cenário - 13.8.18

O número recorde de presidenciáveis vem produzindo efeitos colaterais que nem mesmo os mais experimentados na arte do pluripartidarismo conseguem remediar. Um dos muitos sinais disso é que está tão difícil agora - como estava há um mês - sincronizar as alianças nacionais com as disputas nos Estados. Os seguidos adiamentos para registrar candidaturas e seus programas de governo indicam que muitos partidos aguardam o movimento do adversário para saber o que fazer. Esse é o cenário em grandes colégios eleitorais como São Paulo e Minas Gerais, onde PT, MDB, PSB, PDT e PSDB colecionam problemas, desafetos e frustrações. No cenário nacional, até agora apenas as candidaturas das chapas 'puro sangue' de Guilherme Boulos (PSOL), Ciro Gomes (PDT), Vera Lúcia (PSTU) e da composição de Geraldo Alckmin (PSDB) com o PP de Ana Amélia foram registradas. A previsão é de que hoje Henrique Meirelles (PMDB), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo) encaminhem a papelada e formalizem a chapa que concorrerá nestas eleições. O PT aguardará até o minuto final, na quarta-feira, 15, para apresentar o nome de Lula e Fernando Haddad. TSE Lista de pendências As indefinições obrigaram o TSE a convocar para hoje uma sessão extraordinária que decidirá pendências em Estados como Minas Gerais e Alagoas. Os mineiros aguardam pelo desfecho da disputa interna do PSB de Márcio Lacerda, que insiste em lançar candidatura, apesar da aliança nacional selada com o PT, que trabalhará pela reeleição de Fernando Pimentel. Estúdio + Redes Debate multiplataforma A RedeTV! promete uma revolução no formato dos debates eleitorais na próxima sexta-feira, 17: vai colocar em prática seu modelo multiplataforma baseado em interatividade na internet. O que a emissora não divulgou ainda é se aceitará que Fernando Haddad participe do debate, no lugar do ex-presidente Lula. O PT negocia a participação com os organizadores, argumentando que a presença de Haddad elevará a audiência e apimentará as discussões. Partidos 1 A militância encolhe O MDB perdeu 7 mil filiados após Michel Temer ter assumido a presidência da República, em 2016. O PR, da base aliada do emedebista, também perdeu militância. O PT, mesmo com a campanha de filiação de 2017, quase não alterou os quadros de filiados. Partidos 2 Mais músculos Já o PSOL parece ter sido o destino da esquerda desencantada: ganhou 27 mil novos filiados de 2016 para cá. Os tucanos cresceram: o PSDB ganhou 14 mil novos apoiadores formais. Enquanto o PSL adicionou às fileiras nada menos do que 15 mil novos filiados. Religiosidade Chapa de fé Evangélicos e católicos estão amplamente contemplados na chapa da Rede à presidência, que reúne Marina Silva e Eduardo Jorge. Marina é missionária da Assembleia de Deus há quase 20 anos e Eduardo Jorge é um aficionado fã do Papa Francisco. PT Em busca de reforços Fundado com o apoio da Igreja Católica, o PT vem tentando atrair e organizar seus simpatizantes da base religiosa. O partido busca reforçar as pontes com antigos aliados em prol das mobilizações a favor da candidatura de Lula, mas internamente a igreja está dividida. Apenas algumas alas se mantêm fiéis e atuantes. Ursal Trend topics O candidato do Patriota à presidência, Cabo Daciolo, precisou de alguns dias para aceitar que suas declarações no debate dos presidenciáveis da Band tenham se tornado o meme mais popular da internet. Da chateação inicial, agora Daciolo tenta capitalizar com o seu fenômeno "Ursal". O candidato já tem replicado as discussões sobre a "União das Repúblicas Socialistas da América" em suas redes sociais. Reoneração Fim do regime especial O Congresso inicia hoje a discussão do relatório da Medida Provisória que revogará benefícios fiscais concedidos a empresas da indústria química e o regime especial para importação de produtos destinados a centrais petroquímicas. O governo espera ter um alívio de caixa de R$ 740 milhões com o fim do benefício. Os empresários reclamam, alegando que a indústria química opera com um baixo nível de utilização da capacidade instalada e que a medida enfraquecerá a produção nacional e estimulará a importação. Os parlamentares tentam adiar a votação para evitar mal-estar em ano eleitoral. Um novo relator será escalado às pressas, para evitar que a apreciação do relatório seja postergada novamente. Agronegócio Segurança para produtores O governo fechou acordo bilateral com empresários do agronegócio para criação de uma política de combate e promoção da segurança no campo. Há muito tempo o setor reclama da falta de ações direcionadas aos crimes que ocorrem em áreas rurais. O Planalto indicou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, para assinar um protocolo de intenções. Agenda Agrotóxicos - A Câmara dos Deputados realiza audiência pública para debater projeto de lei que determina a redução do uso de agrotóxicos em alimentos destinados a consumo in natura. Saúde - Começa hoje o 5º Fórum de Líderes do Setor da Saúde. O evento acontecerá no Hospital Israelita Albert Einstein. Internacional - O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, participam hoje, na capital da Coreia do Norte, de seu terceiro encontro. Nos jornais Militares - Os militares ampliaram em 92% a participação na disputa ao Executivo neste ano, em relação às eleições de 2014. Pelo menos 25 candidatos à presidência, aos governos estaduais ou a cargos de vice, que estão na ativa ou na reserva. Em comparação a 2010, a alta é de 257%. (O Estado de S. Paulo)Propostas - Cinco candidatos à presidência já apresentaram ao TSE seus programas de governo: Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriotas) e Vera Lúcia (PSTU). (O Globo)PSTU - Candidata ao Planalto pelo PSTU Vera Lúcia defende, em entrevista, um governo estatizante e a expropriação do sistema bancário e das 100 maiores empresas do país. (O Globo)Bolsonaro - Jair Bolsonaro (PSL) ampliou os esforços para conquistar apoio do empresariado com um encontro na sexta-feira passada em São Paulo. O evento reuniu cerca de 60 representantes do setor produtivo. (O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)PDT x MDB - O discurso de Ciro Gomes (PDT) de que o MDB "é uma quadrilha" e que "precisa ser destruído" não tem se reproduzido nos Estados. A sigla está em sete Estados na mesma coligação da legenda do presidente Michel Temer. (Folha de S.Paulo)Fragmentação - Quem se dispuser a ver a propaganda eleitoral neste ano vai se deparar, novamente, com um cenário partidário complexo. Entre velhos conhecidos, siglas que viraram slogans e debutantes, serão 35 partidos políticos. (Folha de S.Paulo)Orçamento - O vencedor das eleições presidenciais terá um início de mandato com o orçamento mais apertado desde 2003. Em 2019, o espaço para investir deve ser de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo projeção baseada em apresentação do Ministério do Planejamento sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). (O Globo)Previdência - O crescimento acelerado do rombo da Previdência dos Estados é um dos maiores desafios para os governadores que serão eleitos em outubro. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul têm a pior situação. Para especialistas, é preciso reformar o sistema de aposentadorias. (manchete O Globo)Lobby - Articulações suprapartidárias que conduzem a votações por maioria absoluta de votos no Congresso são uma amostra da força dos lobbies cruzados em atividade. Em abril, o Legislativo aprovou uma conta que pode passar de R$ 15 bilhões, ao derrubar um pacote de vetos do Refis do Funrural e do projeto que favorecia agentes de saúde. (O Estado de S. Paulo)Marun - Em artigo, o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, sustenta que "tentam omitir realizações de um governo que, em apenas dois anos e dois meses, obteve importantes conquistas nos planos interno e externo, tornando-se o mais eficiente governo da história da República". (Folha de S.Paulo)Nova lei - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) atua, em nome construtoras, para evitar que o Congresso Nacional transforme, na nova Lei de Licitações, superfaturamento e sobrepreço como agravantes de um novo tipo penal que será crido, o crime de fraude em licitações ou contratos. (Valor Econômico)Embraer + Boeing - Em entrevista, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende que o acordo de joint venture entre a Embraer e a Boeing, firmado no mês passado, passe pelo Congresso. (Valor Econômico)Energia - A tarifa de energia elétrica já aumentou 13,79% em 2018, índice quatro vezes maior do que o IPCA de janeiro a julho, que foi de 2,94%. A disparada é resultado de uma série de fatores, como a falta de chuvas, a alta do dólar e tributos. (manchete O Estado de S. Paulo)Sociedade - Embora tenham encolhido em 2017, as classes A e B receberam 464 mil pessoas que se declaram pretas e pardas. O movimento vai na direção oposta do que ocorreu no Brasil no ano passado, quando 800 mil pessoas deixaram as classes mais altas. A classe E, ganhou 1,5 milhão de pessoas - alta de quase 9%. (manchete Folha de S.Paulo)Itaú + XP - Após 15 meses, Itaú recebe aval do Banco Central para comprar 49,9% da corretora XP. Mesmo com planos represados, a plataforma continuou crescendo. Saiu de R$ 100 bilhões de ativos sob custódia e 500 mil clientes, em junho de 2017, para R$ 170 bilhões de ativos e 700 mil clientes agora. (manchete Valor Econômico)Segurança - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que é preciso "monitorar" aliados do crime organizado que queiram disputar a próxima eleição e, caso sejam eleitos, cassá-los. (O Globo)
sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Cenário - 10.8.18

O fim de semana e os dias que fazem limite com quarta-feira, 15, - prazo final para registro das chapas na Justiça Eleitoral - serão cruciais para a estratégia do PT de seguir alimentando a ideia de que o ex-presidente Lula é candidato. A retórica de palanque, as mobilizações de rua estimuladas pelo partido e, principalmente, a sequência de artifícios jurídicos que ainda estão na gaveta vão inflamar esta fase da corrida ao Planalto. Alongar a discussão é o objetivo central do PT neste momento. Espécie de prévia para as próximas etapas. O plano de resistência mira, na verdade, 17 de setembro. Nesta data, o TSE julgará os pedidos de registro de candidatura. O PT sonha com quatro coisas: 1) a possibilidade de, mesmo preso em Curitiba, o ex-presidente poder ser usado como ativo de campanha, 2) Lula continuar no imaginário do eleitor, 3) as pesquisas não esquecerem de citá-lo como alternativa e 4) Lula estampar peças de propaganda. Protocolar a papelada no TSE na semana que vem é ato simbólico e visa, entre outros, a não dispersão de votos canalizados atualmente em Lula. Atos pró-Lula Nas ruas Os apoiadores da campanha de Lula têm chamado os atos previstos para ocorrer no dia 15 de "cerco popular". O MST ainda faz as contas, mas já disse que levará pelo menos cinco mil pessoas a Brasília. Outros movimentos sociais e o próprio PT também estão mobilizando suas bases para encher as ruas próximas à sede do TSE. Reajuste Próximos capítulos O Executivo não está disposto a comprar briga com o Judiciário e deve enviar a LOA de 2019 ao Congresso sem alterar a proposta de reajuste feita pelo STF. A Comissão Mista de Orçamento, no entanto, já reuniu argumentos técnicos para demonstrar que o pleito é incompatível com o que determina a Emenda Constitucional 95, que estabelece tetos de despesas para os Três Poderes. Assim, o Legislativo poderá recalcular um possível reajuste com índice diferente do proposto pelo STF, sem contrariar a autonomia dos Poderes, apenas calcado em critérios de alcance constitucional. Hora da apuração Votos do Norte O TSE e a Justiça Eleitoral nos estados da região Norte estão organizando uma força-tarefa para evitar que se repita este ano o que ocorreu em 2014, quando o país parou para aguardar a apuração dos votos do Acre e só então ouvir a divulgação do resultado da eleição presidencial. Além do adiamento do início do horário de verão para depois do segundo turno, os TREs contarão com um plano estratégico para a transmissão de dados nas áreas de difícil acesso. 'Prioridades' Os nomes das rodovias Nem só de pautas-bomba, crise financeira e instabilidade política vive o Congresso. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou, ontem, projetos que mudam nomes de rodovias de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul para homenagear a memória de políticos e empresários. Agenda Comércio - Índices do comportamento do comércio varejista serão divulgados hoje pelo IBGE. A pesquisa mensal tem como base o mês de junho. Protestos - A CUT promove hoje o "Dia do Basta", manifestação que convoca trabalhadores a atrasar turnos e a realizar atos nos locais de trabalho contra políticas trabalhistas e sociais do governo Federal. Nos jornais Reajuste 1 - O reajuste do Judiciário, definido pelo STF, é mais um elemento explosivo para as contas públicas. Somando o aumento dos juízes, os de outras categorias de servidores e o efeito da inflação sobre o salário mínimo, o novo governo receberá em 2019 uma conta extra de R$ 42,1 bilhões. (manchete da Folha de S.Paulo)Reajuste 2 - A repercussão da decisão dos ministros do STF de aprovar um aumento de 16,38% nos próprios salários fez com que integrantes da Corte entrassem em contato com a cúpula do Congresso sugerindo alternativas como, no limite, chancelarem um reajuste menor do que o sugerido. (todos os veículos)Debate - No primeiro debate presidencial, promovido pela Band, os candidatos evitaram, na maior parte do tempo, o confronto direto. A expectativa de Jair Bolsonaro fosse o principal alvo de questionamentos dos adversários não se confirmou. Já Geraldo Alckmin enfrentou provocações dos rivais. (manchete de O Estado de S. Paulo e O Globo)TSE - O Tribunal Superior Eleitoral vai mudar o sistema de registro de candidaturas para estas eleições para que os candidatos sejam novamente obrigados a detalhar os bens que possuem. (Folha de S.Paulo e O Globo)Mourão 1 - Em entrevista, o vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), diz que agregará discrição e estabilidade para a campanha. Sobre relação com o Congresso, Mourão reconhece que será difícil, caso ele e Bolsonaro sejam eleitos. (Folha de S.Paulo)Mourão 2 - Mourão, em entrevista, afirma, que os militares devem participar mais da vida política. "Nós não podemos ficar escondidos na nossa redoma. Temos também que nos apresentar". (Valor Econômico)Eymael - Candidato ao Planalto pelo PSDC, José Maria Eymael aponta, em entrevista, propostas como a redução do número de ministérios e a criação de uma pasta voltada à família. Fora dos debates e com pouco tempo de propaganda na TV, Eymael quer explorar as redes sociais. (O Globo)Bolsonaro - O PDT firmou aliança e abriu o palanque para os apoiadores do candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro, no maior Estado em que governa: o Amazonas. Ele também deve recorrer a palanques de aliados de Marina Silva e Geraldo Alckmin. (Folha de S.Paulo)CVM - A Comissão de Valores Mobiliários instaurou novo processo sancionador contra os irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo da JBS. (todos os veículos)Frete - O presidente Michel Temer sancionou a lei que institui valores mínimos de fretes rodoviários praticados no Brasil. Temer vetou anistia de multas de trânsito e sanções judiciais aplicadas aos caminhoneiros durante a paralisação. (todos os veículos)Ruralistas - Enquanto as atenções estavam voltadas para o STF, a bancada ruralista se articulou para desfigurar uma MP do governo e restabelecer renegociações de dívidas do setor que podem desfalcar os cofres públicos em R$ 17,1 bilhões. A área econômica já havia alertado que não há espaço fiscal para um programa como esse. (O Estado de S. Paulo)Heineken - Quando comprou a Brasil Kirin, no ano passado, a Heineken dobrou de tamanho. Mas, junto com as 12 fábricas, os holandeses herdaram processos judiciais complexos, que levam agora o comando da Heineken a avaliar a possibilidade de fechar fábricas no Nordeste. (manchete do Valor Econômico)Violência urbana - A expansão da guerra entre facções criminosas do Rio e São Paulo para as regiões Norte e Nordeste é a principal causa do aumento do número de homicídios no país, pelo segundo ano seguido. O 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que foram 63.880 mortes violentas em 2017, mais de 30 por 100 mil habitantes. (O Globo)
quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Cenário - 9.8.18

No quesito agitação, os melhores momentos do debate de hoje entre os presidenciáveis, na Band, devem vir da ala militar. Jair Bolsonaro (PSL) e Cabo Daciolo (Patriota) ocupam posições extremas nas pesquisas, mas costumam formar dobradinhas polêmicas quando e como querem. Ciro Gomes (PDT) também não deixará por menos. Depois do revés de alianças que acabaram não se confirmando, o repertório de ataques contra tudo e contra todos foi renovado e está pronto para uso. Por tradição, debates na TV são um prato cheio aos franco-atiradores. No caso de uma eleição tão conectada como esta, é sabido que os embates viralizam rápido e que as frases de efeito e as ironias podem se transformar em rica matéria-prima para propaganda e autopromoção. PSDB Sentindo o clima Estratégias rascunhadas na véspera quase nunca funcionam em debates. A dinâmica e o nervosismo que marcam esses encontros tiram todo mundo da zona de conforto: é raro alguém chegar ao fim sem se alterar. Geraldo Alckmin (PSDB) passou a semana sendo instruído a não cair em provocações. PT Situação de momento Lula foi barrado e não vai poder participar do debate na Band. Pelas regras, Fernando Haddad também não. O PT espera que o partido esteja representado na voz e nos gestos de Guilherme Boulos (PSOL). Os demais candidatos tendem a formar um pacto de silêncio sobre o imbróglio da candidatura do ex-presidente. No palco A posição de cada um Marina Silva (Rede) terá como vizinhos Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL). Guilherme Boulos (PSOL) será ladeado por Bolsonaro e Henrique Meirelles (MDB). Perfil do voto Preferências Sondagens eleitorais apontam empate técnico entre Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede) e confirmam um movimento que os correligionários dos dois temiam: ambos agradam a um nicho eleitoral bastante parecido. Dia D Esquema de segurança Além dos preparativos de praxe para a posse da ministra Rosa Weber como presidente do TSE, no dia 14, a organização articula com o Governo de Brasília apoio para a operação de segurança que pretende evitar transtornos no dia 15, último prazo para registro de candidaturas. Um grande ato pró-Lula promete reunir 30 mil pessoas. Câmara A situação no conselho de ética Os deputados Nelson Meurer (PP-PR) e Laerte Bessa (PR-DF) foram salvos pela falta de quórum. O Conselho de Ética da Câmara adiou a apreciação dos processos disciplinares que apuram a conduta dos deputados. A discussão sobre a cassação de Paulo Maluf (PP) também foi adiada pela Mesa Diretora, pela terceira vez. O cronograma estabelecido para este período eleitoral não deixa muitos espaços para novas mudanças de datas. Impeachment Dilma e a visão monocular Membros do Ministério Público Federal se organizam para tentar ressuscitar a ação civil pública contra cursos de extensão que tratam do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em universidades federais. A participação da petista na aula inaugural da Universidade Federal de Minas Gerais, esta semana, segundo os procuradores, reforça a tese de que o curso tem "visão monocular" e caráter de "propaganda político-partidária". Agenda Campo e indústria - O IBGE divulga hoje dados da Pesquisa Industrial Mensal e Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Segurança - Serão conhecidos hoje detalhes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Raízes - O TSE abre a exposição sobre a história das eleições no Brasil. Nos jornais STF 1 - Por 7 votos a 4, os ministros do STF aprovaram a inclusão, na proposta orçamentária de 2019, de reajuste de 16,38% no próprio salário. A remuneração passaria dos atuais R$ 33.763,00 para R$ 39.293,32. O impacto estimado é de R$ 2,77 milhões para o STF e um efeito cascata de R$ 717,1 milhões para o Judiciário. (manchete em O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo) STF 2 - Os ministros do STF decidiram ontem, por 6 votos a 5, que ações de ressarcimento ao erário não prescrevem quando o ato de improbidade administrativa que causou o prejuízo tiver sido praticado com intenção por agentes públicos ou terceiros. (todos os veículos) Toffoli - O ministro Dias Toffoli, do STF, foi eleito ontem presidente da Corte pelos próximos dois anos. O ministro Luiz Fux será o vice-presidente. A cerimônia de posse está marcada para 13 de setembro. (todos os veículos) Lava Jato - O ministro Gilmar Mendes, do STF, mandou soltar três pessoas presas em um desdobramento da Lava Jato do Rio, a Operação Ressonância. Receberam habeas corpus Daurio Speranzini Junior, principal executivo da GE na América Latina, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. (Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo) Debate - Candidatos à presidência participarão hoje, às 22h, do primeiro debate televisivo das eleições de 2018, na TV Bandeirantes. Estarão presentes Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede). (Folha de S.Paulo e O Globo) Meirelles - Em entrevista, o presidenciável pelo MDB, Henrique Meirelles, afirma que seu maior desafio para crescer é se tornar conhecido. Diz que a "a imagem de banqueiro" é uma coisa forçada por alguns da oposição e que não existe. (Folha de S.Paulo) Goulart Filho - Um dos fundadores do PDT e candidato pelo nanico PPL ao Planalto, João Goulart Filho, em entrevista, diz defender o nacional-desenvolvimentismo e promete reestatizar a Vale e outras empresas. (O Globo) Bolsonaro - O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) vai apresentar a primeira versão de seu plano de governo no formato de uma carta de princípios, que terá segurança pública como um dos principais pontos. (Folha de S.Paulo) Energia - A privatização das distribuidoras da Eletrobras ainda neste ano não é mais vista como provável. Sem a venda, os encargos cobrados na tarifa de todos os consumidores devem ter novos aumentos. (manchete do Valor Econômico) IPCA - Passado o choque causado pela greve dos caminhoneiros, a inflação desacelerou de 1,26% em junho para 0,33% em julho. Apesar da perda de ímpeto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo veio acima do 0,27% esperado pelo mercado. (todos os veículos) Aborto na Argentina - O Senado argentino rechaçou, após mais de 15 horas de debate, o projeto de legalização do aborto, por 38 votos contra, 31 a favor e duas abstenções. Os últimos discursos, nesta madrugada, foram a favor do projeto. (todos os veículos)
quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Cenário - 8.8.18

A sessão administrativa convocada hoje pelo STF para decidir sobre o reajuste do Judiciário não é o evento principal, mas apenas pano de fundo de um duro embate que há tempos testa a resistência dos muros dos tribunais. Mais do que a questão financeira - que com ou sem crise já é polêmica -, discutir a remuneração de magistrados e servidores em praça pública expõe a queda de braços e de egos entre os Poderes. Avessa ao ti-ti-ti que esta época do ano provoca em Brasília, a presidente do STF Cármen Lúcia firmou posição e deixou claro que não patrocinaria discussão alguma sobre reajuste. As pressões aumentaram até mesmo durante o recesso de julho. Entidades de classe e ministros do STF se manifestaram a favor da mudança no contracheque, abandonando a estratégia de articular internamente. Não fossem os ânimos à flor da pele, as coisas poderiam ser mais simples. Como outros tempos, a presidência do STF poderia, simplesmente, inserir na proposta orçamentária o pleito dos juízes e das demais categorias e transferir a tensão para a fase de discussões da LOA no Congresso. A ação, no entanto, está nas mãos dos ministros do STF, que decidirão ou não por inserir o reajuste no texto - em paralelo podem se manifestar ainda sobre pela manutenção do auxílio-moradia. Funcionalismo Gincana na Esplanada As carreiras mais prestigiadas - que são também as mais bem pagas da União - observam com atenção o movimento do Judiciário. A falta de um plano estruturado na área de recursos humanos da administração pública faz com que bolsões de insatisfação se formem toda vez que uma carreira dá um salto remuneratório. Neste momento, os magistrados se sentem perto demais do que recebem auditores fiscais da Receita Federal e delegados da Polícia Federal. Impacto Fazendo as contas O reajuste na Justiça se ocorrer terá reflexos em todos os níveis de governo. O custo do reajuste para a União ainda não está calculado com exatidão. Em nível estadual, muito menos. Eleições 1 Promessa de campanha Álvaro Dias (Podemos) ressuscitou uma pauta que valeu à ex-presidente Dilma Rousseff um quinhão importante de votos na eleição de 2014: a construção de creches. O candidato ao Planalto acena com parcerias envolvendo a indústria da construção civil para aliar o programa Minha Casa, Minha Vida a cuidados na primeira infância. Dilma deixou o governo, no entanto, sem entregar nem 10% das 6 mil unidades prometidas. Eleições 2 Em família No Amapá, João Capiberibe concorrerá ao governo, Janete Capiberibe, ao Senado e Camilo Capiberibe a uma vaga na Câmara dos Deputados. Todos pelo PSB. Venezuela O drama na fronteira O desespero dos cidadãos e da classe política de Roraima com a entrada desordenada de venezuelanos é tamanho que inimigos históricos do senador Romero Jucá (MDB) têm feito apelos inusitados. Os adversários locais pedem a Jucá para que use sua influência junto ao governo Federal para tentar contornar o caos social, econômico e, agora, judicial instalado em Roraima. Tributos Lupa e dedos cruzados Prefeituras correm para melhorar e dar mais transparência aos dados de arrecadação. Por causa da crise, muitas querem entender qual o fluxo e o que podem fazer para cobrar e/ou computar nos balanços aquilo que, eventualmente, esteja sendo deixado de lado. Para isso, contarão com o IBGE, que vai criar um banco de dados comum entre as ferramentas do censo e a base de lançamento de tributos municipais. A expectativa é aumentar a margem de notificações positivas para pagamento de impostos municipais, como o IPTU. Agenda IPCA - O IBGE divulga hoje o IPCA de julho. Fluxo - O Banco Central detalha hoje o fluxo cambial referente a julho e o consolidado do primeiro semestre. Improbidade - O STF analisa hoje matéria de repercussão geral que poderá restringir tempo de prescrição das ações de ressarcimento ao erário nos ilícitos de improbidade administrativa. PIS-PASEP - Começa hoje o pagamento do Fundo PIS-Pasep aos cotistas de todas as idades que são correntistas da Caixa e do Banco do Brasil. Restituição - A Receita abre hoje a consulta ao 3º lote do Imposto de Renda. Inquérito - A Polícia Federal apresenta o relatório do inquérito que investigou as causas do acidente aéreo que vitimou sete pessoas, em agosto de 2014, entre elas o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Nos jornais Vices - Na primeira eleição em que candidaturas femininas terão uma cota de recursos para campanha do fundo eleitoral, o número de mulheres candidatas a vice cresceu. Ao todo, 67 mulheres serão candidatas a vice-governadora nas eleições deste ano. No caso de candidatas a vice-presidente, agora são 4 em 13. (manchete da Folha de S.Paulo)'Tríplex' - Embora rejeite a existência de um plano B para a disputa presidencial, o próprio PT já executa o que os próprios dirigentes chamam, ironicamente, de estratégia tríplex, que envolve Fernando Haddad (PT), Manuela D'Ávila (PCdoB) e o ex-presidente Lula, preso e com requisitos para ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. (O Globo e Valor Econômico)PT - Apesar do discurso de que Dilma Rousseff foi vítima de um golpe, o PT se aliou em 15 Estados a partidos que apoiaram o impeachment e integraram o governo Temer. Levantamento mostra que o PT será cabeça de chapa ao governo em seis Estados em coligações com partidos que foram favoráveis ao impedimento. (manchete de O Estado de S. Paulo)Kátia Abreu - Em entrevista, a candidata a vice-presidente de Ciro Gomes (PDT), senadora Kátia Abreu (PDT-TO), afirmou defender a facilitação do porte de armas diante do atual cenário de violência, sobretudo no campo. (Folha de S.Paulo)Bolsonaro - As propostas do candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro, para a educação sugerem a implementação do ensino a distância como solução para acabar com o marxismo. (Folha de S.Paulo)João Amoêdo - Em entrevista, o candidato do partido Novo à presidência, João Amoêdo, coloca-se como um "outsider" que quer mudar o sistema político e defende uma agenda liberal na economia. (O Globo)PSDB - A bancada do PSDB vai propor a primeira CPI envolvendo a gestão do atual governador Márcio França (PSB). O pedido é relacionado à suspeita de fraude numa licitação da área da educação e pode desgastar o socialista em meio à sua campanha para reeleição. (Folha de S.Paulo)Fora da pauta - O Senado deve engavetar, ao menos até as eleições, projetos prioritários do governo Temer, como o que viabiliza a venda de distribuidoras da Eletrobras e o que autoriza a Petrobras a negociar áreas do pré-sal. (Folha de S.Paulo e Valor Econômico)Integração - Ex-secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, o economista Mário Ramos Ribeiro resolveu deixar a pasta para denunciar o ministro Antônio de Pádua, por supostamente acobertar um esquema milionário de fraudes em contratos de Tecnologia da Informação no ministério. (Folha de S.Paulo e O Globo)Fachada - Após varredura no sistema de compras do governo, a máquina Federal desembolsou, em2017, R$ 4,8 bilhões em contratos com empresas de informática para criar ou fornecer softwares e serviços de tecnologia a órgãos federais. (manchete de O Globo)Pena - O Senado aprovou o projeto que aumenta a pena para o estupro coletivo e torna crime a importunação sexual, a chamada vingança pornográfica e a divulgação de cenas de estupro. Como já passou pela Câmara dos Deputados, a proposta segue para a sanção presidencial. (O Globo, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Cade - O Cade recebeu uma petição conjunta de três associações do setor portuário (ABTP, ATP e Abratec) com posicionamento favorável à Rodrimar no processo que discute a cobrança de uma tarifa de separação e entrega de contêineres em Santos. (todos os veículos)Mercado - O mercado viveu ontem dia de nervosismo, com queda da bolsa, alta dos juros e desvalorização do real frente ao dólar, típico de períodos eleitorais com elevado grau de incerteza. Uma onda de compra de dólares foi deflagrada mediante a expectativa de que a situação do país vai piorar nos próximos meses. (manchete do Valor Econômico)
terça-feira, 7 de agosto de 2018

Cenário - 7.8.18

Na eleição mais curta da história, o brasileiro terá menos de dois meses para entender o que querem e o que prometem os candidatos ao Planalto. Apesar de a internet ter queimado a largada - antecipando polêmicas e ideias de quem ainda nem estava oficialmente na disputa -, são os debates na televisão que agitam as campanhas neste momento. Para quem gosta do olho no olho, o formato é ideal. As clássicas arenas disfarçadas de estúdios soam nos dias de hoje vintage, mas preservam o charme de sempre porque desembalam as pessoas e tiram o plástico que recobre os discursos. Há quem diga até que essas rodas mediadas têm méritos de comunicação insuperáveis por repercutir e ficar na memória das pessoas - teoria que é compartilhada por quase todos os gurus envolvidos. O primeiro teste de campo será na próxima quinta-feira, às 22h, na Band. São esperadas as presenças de Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Álvaro Dias (Podemos), Jair Bolsonaro (PSL) e Cabo Dacciolo (Patriota). Esses candidatos cumprem a exigência de representação mínima no Congresso Nacional. Marina Silva (Rede) conta neste - e terá de contar nos próximos eventos - com a aceitação dos veículos para somar os eleitos do PV em sua contagem. A Justiça barrou o ex-presidente Lula de participar de debates e de dar entrevistas. Até agota, não está claro se Fernando Haddad será aceito como representante ou o lugar do PT no palco ficará vago. Hora do show O que esperar dos debates No primeiro dos 12 debates marcados, as expectativas estão superconcentradas em Bolsonaro, Ciro e Boulos, principalmente no primeiro e último blocos - quando (pelas regras!) todos os participantes terão mais liberdade para provocar os adversários. O tradicional formato terá poucas alterações. Cronograma Os próximos rounds Até o fim do mês, a previsão é que tenham início as séries de entrevistas, ao vivo, no Jornal Nacional. Debates organizados por Folha de S.Paulo, UOL, SBT, Record e Globo devem ocorrer a partir do dia 20/9. A CNBB também promoverá ao menos um encontro entre os candidatos ao Planalto. Bahia Alvo estratégico Para evitar que a reeleição de Rui Costa (PT) ao governo da Bahia fosse um passeio, o DEM e o PSDB do Estado tiveram que suspender as rivalidades e fechar um acordo. A aliança só foi possível porque o presidenciável Geraldo Alckmin fez intervenção direta e colocou fim à briga que ameaçava a candidatura de José Ronaldo (DEM) ao governo. O PT tem metade dos votos do Nordeste, o que corresponde a 13% do total em disputa no país nas eleições e a Bahia é o quarto maior colégio do Brasil em número de eleitores. Imagem Social Democrata Os marqueteiros de Geraldo Alckmin seguirão à risca as orientações de cunho sociológico de Fernando Henrique Cardoso. Eles destacarão em letras garrafais, nos reclames que irão ao ar no horário eleitoral gratuito, os dizeres "Social Democracia" do nome do partido. Lava Jato MP nas eleições Apesar de não disputar votos, o procurador que coordena a Lava Jato, Deltan Dallagnol, vai percorrer o país durante a corrida eleitoral com a palestra "Lava Jato e eleições 2018". Correios Greve geral Se a administração dos Correios não acenar com uma contraproposta de reajuste salarial e benefícios hoje, até as 22h, funcionários da estatal ameaçam paralisar completamente os serviços por tempo indeterminado. Os sindicatos afirmam que esta será a maior greve dos Correios da história. Agenda FENABRAVE - O presidente Michel Temer participa da abertura do congresso de empresas de distribuição de veículos automotores hoje, às 10h, em São Paulo. Diesel - O Senado promove audiência pública para debater medida provisória que reduziu o preço do óleo diesel até o fim de 2018, às 14h. Copom - O Comitê de Política Monetária do Banco Central divulga hoje a ata da última reunião que decidiu manter a Selic em 6,5% ao ano. Nos jornais Lula - O ex-presidente Lula decidiu retirar do STF seu pedido de soltura por entender que seria embutida, a contragosto da defesa, uma discussão sobre sua elegibilidade. (manchete da Folha de S.Paulo e de O Globo)Manuela - O PC do B tirou do ar a campanha de financiamento on-line para a pré-campanha de Manuela D'Ávila. A assessoria de Manuela disse que os R$ 45 mil arrecadados serão usados para despesas da deputada em sua campanha como vice. (Folha de S.Paulo)Mourão - Vice de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Antonio Hamilton Mourão (PRTB) afirmou ontem que o Brasil herdou a "indolência" dos indígenas e a "malandragem" dos africanos, durante um evento em Caxias do Sul. (todos os veículos)Ana Amélia - Em entrevista, Ana Amélia Lemos (PP), vice de Geraldo Alckmin (PSDB), afirma que seu partido e o 'centrão' devem entender o "desgaste que a classe política sofre" ao montar um eventual governo, e pondera que o tucano deve ter liberdade para escolher seus ministros se for eleito. (Folha de S.Paulo)Collor - Geraldo Alckmin terá o senador Fernando Collor (PTC) no comando de seu palanque em Alagoas. Alvo de um impeachment em 1992 quando presidente, Collor é um dos réus na Lava Jato. A aliança entre tucanos e Collor foi uma imposição do PP. (O Globo)Álvaro Dias - Em entrevista, o presidenciável Álvaro Dias (Podemos) afirma que Geraldo Alckmin "vendeu a alma da nação" ao lotear o futuro governo com o Centrão. Sobre a viabilidade eleitoral de Lula, Dias é direto: "O presidiário está inelegível". (O Globo)PIS/Cofins- Grandes empresas começam a registrar ganhos com a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, decidida pelo STF em 2017. Pão de Açúcar, Telefônica Brasil, Via Varejo e Hering têm, juntas, R$ 2,8 bilhões em créditos, de acordo com os balanços do segundo trimestre. (manchete do Valor Econômico)Recessão - A recessão custou R$ 278 bilhões para os Estados entre 2015 e 2017, segundo cálculos do economista Raul Velloso. O montante equivale à quantia extra que os Estados teriam tido de receita tributária se tivessem mantido, durante o período, a média de crescimento registrada na arrecadação entre 2002 e 2014. (manchete de O Estado de S. Paulo)Venezuela - A ministra Rosa Weber, do STF, negou um pedido formulado pelo governo de Roraima para fechar temporariamente a fronteira com a Venezuela e para limitar o ingresso de refugiados venezuelanos no Brasil. A decisão ocorre após o juiz Helder Girão, da 1ª vara Federal de Roraima, suspender a entrada dos imigrantes. (todos os veículos)EUA - Após sair do acordo nuclear do Irã, em maio, o governo de Donald Trump detalhou ontem as sanções que serão reimpostas a Teerã, a partir de hoje, depois de terem sido suspensas em 2015, quando o documento foi assinado. (todos os veículos)
segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Cenário - 6.8.18

As convenções partidárias chegaram ao fim e a disputa ao Planalto inaugura a partir de hoje uma nova fase. Com a definição dos vices, as campanhas vão trabalhar na busca por consolidação, o que significa dizer (em bom português!) que está aberta a temporada de brigas, ataques e baixarias. O voto anti-PT e a 'caça' a Jair Bolsonaro já estão aí. E agosto tem tudo para se confirmar como o mês mais difícil para ambos. É que os que estão atrás nas pesquisas identificaram antes e agora miram as fragilidades dos dois polos que lideram as intenções de voto. Geraldo Alckmin (PSDB) descarregou parte da artilharia no fim de semana. Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) fizeram o mesmo. Lugar cativo Lava Jato na ponta da língua A despeito da timidez de uns e da retórica inflamada de outros, a Lava Jato permeou com mais força os últimos discursos e entrevistas dos candidatos à presidência. Programas x debates O que dirão os candidatos Embora quase todas as chapas tenham concluído seus programas de governo, as versões executivas para apresentação em público ainda carecem de ajustes. Os formatos que serão levados a debates e entrevistas vão priorizar os pontos de maior apelo e, claro, levar em consideração o perfil da audiência. Minas O 'não' de Dilma O PT de Minas Gerais fez o possível. A direção nacional, também. Mas a ex-presidente Dilma Rousseff não cedeu aos pedidos de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Concorrerá ao Senado. Com isso, o PT precisa ajustar-se à realidade local para compor aliança e puxar votos. A conjuntura mineira, quase sempre imprevisível, está mais sensível do que nunca depois que Márcio Lacerda se rebelou contra a cúpula do PSB. O projeto de reeleição de Fernando Pimentel terá uma semana tensa. MST Ocupa Brasília Militantes do MST prometem realizar uma grande marcha na Praça dos Três Poderes, no dia 15. A data coincide com o final para registros de candidatura às eleições de 2018. Ressarcimento Aviso aos partidos As siglas que abusaram da tática de lançar candidatos dependurados na Justiça, camuflando ações de substituição às vésperas da eleição, pagarão um alto preço. Procuradores regionais eleitorais foram orientados pelo Ministério Público Federal a enviar informações formais aos presidentes dos partidos. O recado é um só: serão chamados a ressarcir recursos do Fundo Partidário e do horário eleitoral gratuito desperdiçados com candidatos 'ficha suja'. Educação A voz das redes A polêmica do possível corte nas bolsas da Capes respingou na candidatura de Henrique Meirelles (MDB). Nas redes sociais, os acadêmicos associam as dificuldades orçamentárias na educação à forte atuação de Meirelles na aprovação da Emenda Constitucional 95, que fixou teto de gastos. Greve Ainda sobre o 'paradão' É grande a possibilidade de o governo não conseguir cumprir um dos acordos feitos na negociação com os caminhoneiros. A reserva de 30% nas contratações de transporte de grãos pela Conab, em benefício do sindicato de transportadores autônomos, foi considerada inconstitucional. A Medida Provisória que trata do tema será debatida na sessão de amanhã da Câmara dos Deputados. Agenda Poupança - O Banco Central divulga hoje a primeira parcial de 2018 da caderneta de poupança e o resultado referente a julho. Balança - O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços apresenta hoje os resultados da balança comercial. Audiência - O STF realiza hoje a segunda audiência para debater descriminalização do aborto. Representantes da CNBB e a advogada Janaína Paschoal participarão. Comunicação - O Conselho de Comunicação se reúne, às 10h, na Câmara, para votar relatório sobre a reestruturação de seu regimento interno. Nos jornais Haddad 1 - O PT oficializou ontem o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como vice na chapa do partido ao Planalto. Com a decisão, o PT deflagrou o chamado "plano B", admitindo que Lula deve ser impugnado antes do primeiro turno. (manchete em Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Haddad 2 - Os petistas firmaram aliança com o PCdoB. Com isso, o partido desistiu de lançar Manuela D'Ávila e ficará de "reserva". (manchete em Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Mourão - O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB) foi anunciado ontem como vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL). (todos os veículos)Kátia - Ciro Gomes escolheu a senadora Kátia Abreu (TO) como candidata a vice-presidente. O anúncio oficial será feito hoje. (todos os veículos)Voto - A novidade das eleições deste ano é que as mulheres ganharam destaque assim como os que têm bom trânsito no agronegócio. No país, o eleitorado feminino é amplamente majoritário, representa 53% do total. Outro ponto é que as mulheres também devem ficar com 30% dos recursos do fundo eleitoral para a campanha. (manchete do Valor Econômico)PSB - Rachado entre o apoio ao PDT, PT e PSDB, o PSB anunciou ontem na convenção nacional que adotará a posição de neutralidade na campanha presidencial. A decisão sela o acordo da cúpula com a direção do PT. (O Estado de S. Paulo e Valor Econômico)Meirelles - Em entrevista, o presidenciável pelo MDB Henrique Meirelles afirma: "Eu retirei o Brasil da maior recessão da História". (O Globo)Alckmin - Com o prazo para as coligações apresentarem candidatos à presidência e vice encerrado, já é possível desenhar qual deve ser o tempo total de propaganda na televisão, no horário eleitoral gratuito. O maior tempo é de Geraldo Alckmin (PSDB), com 5 minutos e 32 segundos. (O Globo e Valor Econômico)Comércio exterior - Levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria identificou que estão em vigor ao menos 20 barreiras comerciais contra produtos brasileiros no exterior. Dessas, 17 dificultam a entrada ou fecham as portas para as exportações a países do G-20. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico)Maduro - O governo da Venezuela iniciou ontem, com a prisão de seis pessoas, a reação ao que considerou um atentado contra um comício do presidente Nicolás Maduro na tarde do último sábado. (todos os veículos)Terremoto - Ao menos 91 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas ontem, quando a ilha de Lombok, na Indonésia, foi atingida por um terremoto de magnitude 7, afirmou o porta-voz da agência nacional de gestão de desastres, Sutopo Nugroho. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)
sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Cenário - 3.8.18

Fernando Haddad não mente ao rejeitar o rótulo de "plano B" do PT na corrida presidencial. Na realidade, seu nome é hoje a primeira e única opção do partido. Com Jaques Wagner mirando o Senado e a guerra jurídica por Lula cada vez mais desfavorável, o ex-prefeito de São Paulo vem sendo (e será cada vez mais!) testado fora de ambientes controlados. Na convenção de amanhã, o PT lançará o ex-presidente. O ato simbólico (um entre tantos outros!) foi pensando para combinar marketing e ação política de curto prazo. As atenções, porém, estarão voltadas ao discurso e aos gestos de Haddad. Acostumado a viver sob o olhar implacável da militância e o julgamento da cúpula petista, o ex-prefeito sabe que precisará deixar no palco muito mais do que simplesmente boas impressões. Não por acaso, antecipou ideias e medidas alternativas à reforma da Previdência e lançou balões de ensaio sobre ajustes no imposto de renda. PT O perfil da chapa Alas do PT que não querem Fernando Haddad e insistem em Lula vão impulsionar a opção de colocar na vitrine dos vices o ex-chanceler Celso Amorim. PSDB A decisão tucana O PSDB também fará sua convenção nacional amanhã. O ex-governador Geraldo Alckmin será oficializado como candidato ao Planalto. Ao apresentar a chapa completa, com a senadora Ana Amélia (PP-RS) como vice, os tucanos vão reforçar a mensagem de que estão seguros e decididos. MDB À procura O candidato do MDB Henrique Meirelles tem sido aconselhado a escolher como vice alguém 'leve' e 'carismático'. Prioridades A pauta do campo Nenhum candidato à presidência da República participa da corrida sem sentar à mesa com o agronegócio. Nas próximas semanas, entidades que integram o Conselho do Agro vão entregar aos candidatos um documento com as propostas de longo prazo do setor. O texto traz projeções e cenários previstos até 2030. Entre as propostas está a que determina o "pagamento por serviços ambientais": os produtores rurais querem ser remunerados pelas áreas que preservam. Educação Malabarismo orçamentário Deputados de diversos partidos se mobilizam para levar ao plenário da Câmara proposta que inclui os gastos com a merenda escolar na rubrica de manutenção e desenvolvimento do ensino. Com isso, a despesa passa a integrar a conta do limite constitucional mínimo de aplicação de verbas na Educação. A medida, se aprovada, seria um alívio e tanto aos cofres municipais. Arrecadação Precificando o mapa O governo investirá na demarcação de áreas da União como alternativa para arrecadar um pouco mais em taxas e, com isso, reforçar o fundo dos municípios sem ter que mexer no próprio orçamento. A ofensiva começará pelo litoral da Bahia, onde as áreas serão mapeadas por aerofotografia para identificar os terrenos de Marinha. Os municípios recebem 20% das taxas de ocupação arrecadadas pela União. Empresas O balanço da Petrobras Serão detalhados agora pela manhã os resultados operacionais e financeiros da Petrobras no segundo trimestre de 2018. Ontem, o mercado fazia contas para tentar antecipar quais foram os impactos da greve dos caminhoneiros e da saída de Pedro Parente do comando da estatal. Agenda Aborto - O STF realiza hoje a primeira das duas audiências públicas que discutirão a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.   Transposição - O presidente Michel Temer participa de cerimônia de acionamento da estação de bombeamento da etapa Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Salgueiro/PE, às 11h.   Bolsonaro - A GloboNews entrevista hoje o pré-candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, às 22h30.   Produção - O IBGE detalha hoje a Matriz de Insumo-Produto: Brasil (2015), pesquisa que mostra a estrutura produtiva brasileira e permite avaliar o grau de interligação setorial da economia. Nos jornais Alckmin - Uma semana após ter sido rejeitado pelo empresário Josué Alencar (PR), Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou ontem a senadora Ana Amélia (PP-RS) como sua candidata a vice-presidente. (todos os veículos)Marina 1 - O ex-deputado Eduardo Jorge (PV) será vice de Marina Silva (Rede) na disputa pela presidência. (todos os veículos)Marina 2 - Em entrevista exclusiva, Marina Silva fala sobre as alianças políticas e afirma que foram esses acordos, sem um olhar "programático", que levaram o país ao "fundo do poço". (O Estado de S. Paulo)Meirelles - Confirmado candidato, Henrique Meirelles (MDB) fez ontem um discurso em que se colocou como o único nome capaz de resolver os problemas do país. Seu desafio é romper o isolamento político. (todos os veículos)Aécio - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) anunciou ontem que vai disputar a eleição para deputado Federal por Minas Gerais. Com a decisão de sair candidato à Câmara, o tucano opta por uma jogada mais segura do que a disputa para o Senado. (todos os veículos)Arraes - O diretório estadual do PT contrariou a Executiva Nacional e aprovou, ontem, a opção pela candidatura própria ao governo de Pernambuco nas eleições 2018. Dos 251 delegados presentes no encontro, 230 indicaram a vereadora Marília Arraes para concorrer ao palácio Campo das Princesas pela sigla. (Valor Econômico e O Estado de S. Paulo)Rio - Com investimentos caindo desde 2014, e chegando a menos da metade previsto por lei (5,1% de 12%), o governo do Estado do Rio acumula dívida de R$ 6,2 bilhões com fornecedores e prestadores de serviço da área. É o maior déficit entre todos os setores, superando os débitos com a Previdência Social e a segurança pública. (manchete de O Globo)BNDES - O BNDES vai desembolsar em 2018 metade do que costumava emprestar por ano nas últimas duas décadas. A diretoria do banco sinalizou que a capacidade de desembolsos ficará em 1,2% do PIB, cerca de R$ 83 bilhões. (manchete de O Estado de S. Paulo)Pesquisa - A Capes, uma das mais importantes agências de fomento à pesquisa e à formação de docentes do país, enviou ao ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, nota dizendo que o teto de gastos que deve ser imposto à entidade em 2019 pode inviabilizar o pagamento de quase 200 mil bolsas de estudo. (todos os veículos)Frete - As tradings que atuam no mercado brasileiro de soja podem estar acumulando "passivo" bilionário enquanto perdura o embate jurídico em torno da nova tabela de preços mínimos de fretes para o transporte rodoviário de cargas no país. (manchete do Valor Econômico)
quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Cenário - 2.8.18

O MDB se reúne hoje para oficializar o nome de Henrique Meirelles como candidato à presidência da República. Depois de 24 anos sem encabeçar uma chapa, o partido entra na disputa rachado e cheio de dúvidas. A convenção nacional pretende amenizar pelo menos parte do clima de desconfiança e Meirelles sabe que é peça importante no processo. Entre as ambições do ex-ministro não está a unanimidade, mas o discurso de união está cada vez mais presente em sua fala. Meirelles investe dinheiro do próprio bolso para se viabilizar, não se fechou às críticas e tem lidado com o fogo amigo lançando mão da experiência acumulada nos tempos de banqueiro. O presidente Michel Temer e o senador Romero Jucá (RR) bancam a escolha, porque calculam ser esse o caminho mais seguro para inserir o partido no segundo turno. MDB Focos de resistência O senador Renan Calheiros (AL) é um dos adversários mais duros à candidatura de Meirelles. Publica um artigo hoje na Folha de S.Paulo (leia). O senador Roberto Requião (PR) também deixa claro que o partido não está olhando para o mesmo horizonte. As cédulas de votação que os 629 delegados do MDB vão receber foram formatadas com apenas duas opções: o nome do ex-ministro da Fazenda e a expressão "sem candidato". PT 1 O futuro de Lula O ministro do STF Edson Fachin conseguiu pacificar a tese de que a ação sobre a liberdade do ex-presidente Lula precisa ser decidida antes do prazo final de registro de candidaturas. Esse movimento tornado público ontem foi lapidado durante o recesso do Judiciário. A reação veio dentro do esperado e o clima permite até que a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, inclua a análise na pauta da próxima quinta-feira, 9/8. PT 2 Mantendo o cronograma A sequência de atos públicos em favor de Lula terá amanhã à tarde mais uma etapa. O PT de São Paulo prepara um encontro entre militantes e simpatizantes na Praça da Sé. Quem vota A perspectiva de cada um A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga hoje um estudo bem amplo que mostra quem são os eleitores que irão às urnas este ano. A pesquisa indica ainda o perfil social, cultural e econômico dos cidadãos, associado à escolha dos principais candidatos à presidência da República, e quais os meios de comunicação que eles têm usado para se informar. Mais de duas mil pessoas foram entrevistadas. Estatuto Família x famílias O Senado prepara uma audiência pública que debaterá o Estatuto das Famílias - assim mesmo, no plural -, proposta da senadora Lídice da Mata (PSB-BA). O texto altera leis do Código Civil que limitam, por exemplo, direitos relacionados à união homoafetiva. BNDES Mais transparência O modelo que orienta a divulgação e a oferta de informações sobre empréstimos e financiamentos do BNDES será incrementado. O banco de fomento promete lançar, no dia 21, uma ferramenta para ajudar qualquer pessoa a pesquisar isso e muito mais navegando por banco de dados públicos. Agenda Alckmin - O pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, participa hoje da série de entrevistas da GloboNews com presidenciáveis, às 22h30. Indústria - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física - Brasil referente a junho. Nos jornais Lula - O STF deve julgar o pedido de liberdade do ex-presidente Lula na próxima semana. O ministro Edson Fachin, relator do processo, defendeu celeridade, uma vez que o caso influencia as eleições. (todos os jornais)Ciro 1 - O PT e o PSB decidiram sacrificar candidaturas estaduais em nome de um pacto nacional que isolará Ciro Gomes. Os socialistas devem anunciar neutralidade na corrida ao Planalto e o PT desistirá da candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco. (manchete Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Ciro 2 - Ciro Gomes afirmou que não desistiu de receber o apoio do PSB: "Quando entrei nessa luta, sabia que eu era o cabra marcado para morrer". (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)MDB - Em artigo, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) critica a candidatura de Henrique Meirelles e afirma que o partido "tem a oportunidade de escolher seguir grande e plural, em vez de abraçar uma candidatura inviável". (Folha de S.Paulo)Alckmin - Pré-candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin afirmou que há "sete nomes" possíveis para compor sua chapa como vice. O tucano deu a declaração ontem, ao sair da convenção nacional do PRB. (Valor Econômico)PCdoB - Manuela D'Avila foi oficializada ontem candidata do PCdoB à presidência da República, mas deixou claro que vai tentar, até onde for possível, uma unidade das forças de esquerda. (todos os jornais)Boulos - Em entrevista, o candidato do PSOL à presidência da República, Guilherme Boulos, disse que a esquerda precisa reconhecer erros e prometeu enfrentar a "República dos bancos". (O Globo)Vice - O PSC fechou ontem apoio ao pré-candidato do Podemos ao Palácio do Planalto, o senador Álvaro Dias, e anunciou o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro para a vaga de vice. (todos os jornais)Paes - O pré-candidato do DEM ao governo do Rio, Eduardo Paes, afirmou ontem que não vai fazer campanha exclusivamente para o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, apoiado por seu partido no plano nacional. O ex-prefeito terá o apoio do MDB e ainda espera atrair o PDT. (O Globo e Valor Econômico)Eleitorado - O Brasil atingiu neste ano 147,3 milhões de eleitores aptos a votar. O número foi divulgado pelo TSE e representa um crescimento de 3% do eleitorado em relação ao pleito de 2014. O número de jovens de 16 e 17 anos aptos a votar caiu 14% no período. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Selic - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros inalterada em 6,5% ao ano e, em seu comunicado, não deu indicações mais claras sobre seus próximos passos. A decisão foi unânime. (todos os jornais)Empresas - Pela primeira vez desde 2011, as empresas brasileiras de capital aberto tiveram, na média, retorno sobre o patrimônio superior à taxa básica de juros (Selic) no primeiro trimestre. (Valor Econômico)FGTS - O mercado imobiliário do Rio deve ganhar impulso com o pacote de medidas anunciado pelo governo e que passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2019. O aumento do limite de financiamento com recursos do FGTS de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão é apontado como um dos principais fatores para a expectativa positiva. (manchete O Globo)Venezuela - Com a instabilidade do dólar, a área econômica do governo brasileiro identificou a necessidade de aumentar a previsão de despesas orçamentárias neste ano para arcar com o calote da Venezuela. (Folha de S.Paulo)EUA x China - O presidente americano, Donald Trump, quer aumentar de 10% para 25% a tarifa de importação sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, em mais um capítulo da guerra comercial entre os dois países. (todos os jornais)
quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Cenário - 1.8.18

Ignorar os rumos da política monetária não é comum em tempos de eleições. A tradição recente prova que os candidatos ao Planalto costumam tomar emprestados erros e acertos do Banco Central para reforçar a retórica de caça ao voto. O problema é que os ventos mudaram e o eleitor tem demandado mais pragmatismo. A agenda microeconômica está superexposta: 1) o mercado de trabalho tem dificuldades, 2) a renda segue deprimida, 3) o endividamento estocado é grande e 4) as taxas de confiança no consumo e na produção não reagem. É isso o que, neste momento, chama a atenção de quem já se decidiu ou ainda busca confiar em alguém até outubro. Em outras épocas, o debate sobre os juros empolgava. Hoje, não é mais assunto de mesa de bar. Logo mais no fim do dia, o Copom anunciará a Selic e pouca gente - até mesmo no mercado - está mobilizada. MDB Aprendendo outra língua Sai o tecnicismo e entra o Estado-providência. Essa é a guinada com viés social que o MDB espera imprimir à estratégia pensada para a candidatura de Henrique Meirelles. O ataque ao chamado "espólio de Lula" passa pela "refundação" do Bolsa Família e das políticas habitacionais. PT Mulheres na planilha O público feminino é - há bastante tempo - uma das prioridades da plataforma do PT na construção do programa ao Planalto. O ato que marcará o registro da candidatura do ex-presidente Lula, previsto para o dia 15, terá como mote as políticas de gênero criadas nos governos petistas. Congresso 1 Hora da polêmica Sempre que o Tribunal de Contas da União (TCU) faz movimentos questionando o papel de políticos inelegíveis, enquadrados pela Lei do Ficha Limpa graças à reprovação das contas de gestão, o Congresso reage. É o que está prestes a acontecer de novo. O Senado volta hoje do recesso e há parlamentares dispostos a reabrir a discussão em torno do critério de composição das Cortes de fiscalização e controle. Congresso 2 A pauta durante as eleições Câmara e Senado prometem realizar três esforços concentrados no período da campanha eleitoral. O acordo fechado entre as lideranças partidárias prevê votações em duas semanas em agosto e uma em setembro. Congresso 3 Tribuna para os combustíveis A greve dos caminhoneiros ainda repercute e a oportunidade política de realçar seus efeitos pode colocar de pé uma CPI no Senado. Agenda Ciro - A GloboNews entrevista hoje o candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, a partir das 22h30. Manuela - O PC do B realiza hoje sua convenção nacional para confirmar a candidatura de Manuela D'Ávila ao Planalto. Temer - O presidente Michel Temer participa, na manhã de hoje, do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. É a terceira reunião do colegiado, após sua reativação. CLT - Estão na pauta da sessão de hoje do STF três ações que questionam a legalidade da Comissão de Conciliação Prévia, prevista na CLT. Nos jornais Fux - Mesmo sem citar o ex-presidente Lula, o presidente do TSE, Luiz Fux, deixou claro ontem que condenados em segunda instância são inelegíveis. (manchete de O Estado de S. Paulo)Dirceu - A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu ontem contra decisão da Segunda Turma do STF que concedeu liberdade provisória ao ex-ministro José Dirceu. (O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico)Meirelles 1 - O pré-candidato do MDB ao Planalto, Henrique Meirelles, vai aproveitar a convenção do partido, amanhã, para lançar dois programas sociais que serão o norte de sua campanha: o cartão da família e o Pró-Criança. (O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)Meirelles 2 - Em artigo, Henrique Meirelles afirma querer ser "candidato à presidência da República para que os brasileiros voltem a acreditar na sua capacidade de crescer e de construir um país melhor". (Folha de S.Paulo)Boulos - O candidato do PSOL à presidência, Guilherme Boulos, defende uma revisão na lei 8.666, que regulamenta as licitações no país. (Folha de S.Paulo)PT - A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse que o partido deve rever decisão no Ceará que abriu espaço para aliança petista com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB). (Valor Econômico e O Globo)Distribuidoras - A operação Margem Controlada prendeu oito executivos das três maiores distribuidoras de combustível do país, suspeitos de controlar ilegalmente o preço final do litro nos postos da capital paranaense. (O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)Diesel - O governo editou na noite de ontem a medida provisória que mantém o subsídio para o preço do diesel. O desconto no valor do produto vale até 31 de dezembro. O custo para manter o preço é estimado em R$ 13,5 bilhões. (manchete de O Globo)Trabalho 1 - O número de pessoas que não trabalham e estão desalentadas bateu recorde no país. Apesar da taxa de desemprego ter desacelerado no segundo trimestre do ano, o contingente fora da força de trabalho é de 65,6 milhões. (manchete da Folha de S.Paulo)Trabalho 2 - Trabalhadores informais continuam a ganhar participação no mercado e já representam 40,6% do total da população ocupada no país, segundo a Pnad Contínua, do IBGE. (todos os jornais)Crédito 1 - O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a maior reforma nas regras do financiamento imobiliário desde a criação da alienação fiduciária. Concedeu aos bancos mais liberdade para indexação dos contratos e acabou com a destinação dos recursos da poupança para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). (manchete do Valor Econômico)Crédito 2 - O governo voltou a permitir a utilização dos recursos do FGTS para a compra de imóveis até R$ 1,5 milhão. (todos os veículos)Bicudo - Morreu ontem em São Paulo, aos 96 anos, o jurista e político Hélio Bicudo. Figura histórica do PT, ele se distanciou do partido após o mensalão e foi autor do pedido de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. (todos os veículos)
terça-feira, 31 de julho de 2018

Cenário - 31.7.18

Ativistas ligados a movimentos sociais que pressionam pela liberdade do ex-presidente Lula dão início hoje a uma greve de fome por tempo indeterminado. O ato extremo ocorrerá em frente ao STF e é mais um entre tantos protestos idealizados para manter viva a ideia de candidatura do petista. Dar visibilidade à iniciativa, no entanto, desafia a estratégia de comunicação elaborada pelo PT. Alguns canais importantes que poderiam ser usados para sensibilizar o eleitor estão obstruídos ou, simplesmente, indisponíveis.Ao longo de julho, mensagens e eventos pró-Lula enfrentaram dificuldades para alcançar públicos de interesse - vide o caso do Festival Lula Live, realizado sábado, nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro. Já entre os apoiadores, não há problemas. Notícias, vídeos e cartazes para impressão circulam nas redes sociais do PT, entre seus aliados e nos bolsões onde a militância é forte. Nesta semana, a pressão será reforçada em todas as frentes - sobretudo onde há resistência. O plano é produzir e/ou amplificar estímulos até o dia 4/8, quando acontecerá o Encontro Nacional do PT que deverá confirmar a candidatura de Lula ao Planalto. Xadrez Choque de realidade As negociações do PT para garantir apoios ao ex-presidente Lula passam por uma verdadeira reengenharia nos Estados. O papel do partido está sendo revisto na composição das chapas com os aliados. Os ajustes têm causado desconforto, em especial no Nordeste. 'Centrão' Corrida ao vice Os partidos do chamado 'centrão' terão amanhã mais um dia de reuniões. O encontro não tem a pretensão de ser conclusivo. Mas cumpre uma etapa relevante das discussões que buscam fechar ao menos o perfil do vice ideal a ser indicado para a chapa de Geraldo Alckmin (PSDB). Fim do recesso Começar de novo O Congresso e o Judiciário voltam ao trabalho, oficialmente, amanhã. A retomada na Câmara e no Senado, porém, será mais lenta. Como nem todas as siglas realizaram convenções, as lideranças não mobilizaram as bancadas para voltar a Brasília. A prioridade é concluir a agenda partidária. No caso da Justiça, a situação é outra. Já nesta semana, o STF realizará sessão plenária para votar temas sensíveis e ao menos uma audiência pública está marcada. Preço do diesel Rescaldo da greve nas estradas É aguardada para hoje ou, no máximo, para amanhã a publicação do decreto que estabelece o novo preço do diesel. Com isso, será regulamentada a subvenção ao óleo diesel a partir de agosto. Agenda Desemprego - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal, com destaque para o indicador do desemprego. Marina - Às 22h30, Marina Silva (Rede) será entrevistada na Globonews. Selic - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia hoje o primeiro dia de reunião para decidir como ficará a taxa básica de juros. Nos jornais Lei eleitoral - A interpretação da lei eleitoral tem fechado canais de comunicação à população que carregam serviços de utilidade pública e outros serviços de informação. A legislação, de 1997, proíbe nos três meses que antecedem a eleição a "publicidade institucional dos programas, atos e campanhas dos órgãos na esfera municipal e estadual". (manchete da Folha de S.Paulo)STF - Mudanças na forma de indicação, nas atribuições, na duração do mandato e no número de ministros do STF se tornaram tema do debate nas eleições 2018 e fazem parte das propostas de pelo menos metade dos principais presidenciáveis. (O Estado de S. Paulo)Marina - Acostumada a criticar adversários por alianças pragmáticas, Marina Silva não tem encontrado eco em seu próprio partido, a Rede. "O PT, o PMDB, o PSDB, o DEM e seus satélites que levaram o Brasil para o fundo do poço. Eles não são a solução", disse a pré-candidata. Entretanto, seu partido está junto a siglas como DEM e PSC. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Alckmin - Após conseguir o apoio dos partidos do Centrão, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que as críticas a sua aliança vêm daqueles que tentaram a coligação, mas não conseguiram. (Folha de S.Paulo)Temer - Para uma plateia de empresários, presidente Michel Temer rebateu ontem as críticas dos presidenciáveis contra medidas aprovadas em seu governo. Segundo o presidente, os candidatos têm dito "barbaridades" quando propõem a revogação de bandeiras de sua gestão, como o teto de gastos e a reforma trabalhista. (Valor Econômico e Folha de S.Paulo)Bolsonaro - O presidenciável pelo PSL, Jair Bolsonaro, participou ontem do programa Roda Viva, da TV Cultura, e afirmou que não tem um "plano B" ao economista Paulo Guedes para a área econômica, caso seja eleito. Bolsonaro questionou também a lisura do processo eleitoral de outubro. (todos os veículos)Odebrecht - Uma planilha entregue por delatores da Odebrecht com nomes e números de "valores de passe" relacionados a 22 políticos e autoridades, incluindo dois ministros de Cortes Superiores, não foi investigada pela PGR. Acabou arquivada pelo STF no inquérito que apurou supostos pagamentos ao deputado Federal Bruno Araújo (PSDB-PE). (Folha de S.Paulo)Herzog - O Ministério Público reabriu as investigações sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog. O caso foi retomado após a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenar o Brasil, no começo do mês, por não investigar e punir o crime ocorrido em 1975. (Folha de S.Paulo e O Globo)ANS - A Agência Nacional de Saúde Suplementar decidiu revogar a norma que previa coparticipação de até 40% dos clientes de planos de saúde e definia regras para a aplicação de franquia em convênios médicos. (manchete de O Estado de S. Paulo e O Globo)PIB - Mesmo com o pagamento de R$ 30 bilhões do BNDES ao Tesouro Nacional em junho, a dívida bruta voltou a subir no Brasil. Conforme dados do Banco Central, a dívida passou de 77,1% para 77,2% do PIB de maio para junho, atingindo R$ 5,2 trilhões - maior porcentual da série histórica, iniciada em dezembro de 2006. (O Estado de S. Paulo e O Globo)Diesel - O decreto que será editado pelo governo para regulamentar a subvenção ao preço do diesel a partir de agosto deve manter o subsídio de R$ 0,30 por litro. O valor é o mesmo da medida de junho e que vigora até hoje. (Valor Econômico, O Estado de S. Paulo e O Globo)Infraestrutura - O FI-FGTS volta a investir em infraestrutura, após uma interrupção de dois anos na assinatura de novos contratos. O retorno às aplicações ocorre depois de um período de mudanças provocado pela operação Lava Jato e também de baixo interesse de empresas em investir em meio à recessão. (manchete do Valor Econômico)
segunda-feira, 30 de julho de 2018

Cenário - 30.7.18

Esta é a última semana para os partidos indicarem, oficialmente, seus candidatos.   As chapas ao Planalto que saíram na frente, e oficializaram os cabeças, seguem incompletas - sem vices.   No sábado e no domingo, os encontros regionais movimentaram os Estados, mas também refletiram parte das muitas dificuldades políticas do momento.   Candidatos ao governo subiram ao palanque com aliados de última hora e slogans sendo criados ali, em plena convenção. Outros nem anunciaram nomes ao Senado.   Há ainda muita correria em torno do fechamento dos times que vão concorrer a uma vaga na Câmara e nas Assembleias estaduais.   São casos extremos, mas igualmente problemáticos porque impulsionam guerras internas e bastante 'fogo amigo'.   Olho no olho Hora dos debates A Band vai inaugurar a sequência de debates na TV aberta. A emissora confirmou a realização do primeiro encontro entre candidatos ao Planalto para o dia 9/8.   No dia 17, será a vez da RedeTV!. Tom da campanha Na rua, no 'zap', na web, na TV... As candidaturas e seus representantes - oficiais ou não - já estão superexpostos há pelo menos dois meses.   No caso da corrida à presidência da República, os principais nomes caminham para a quarta onda de reforço de imagem.   Praticamente todos passaram por sabatinas promovidas por entidades de classe ou veículos de comunicação, abriram sites, criaram páginas pessoais e grupos de discussão e agora se submetem a novas entrevistas exclusivas em canais de televisão. Copom Juros e eleições O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne-se amanhã e depois para mais uma reunião que decidirá a taxa básica de juros.   Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano. Do lado do mercado, quase ninguém aposta em mudanças.   Como no encontro anterior, as atenções estão concentradas nas explicações que serão dadas depois do anúncio.   Questões micro relacionadas ao comportamento do emprego e aos rumos do consumo neste segundo semestre preocupam o BC.   Agenda Bolsonaro - O programa Roda Viva, da TV Cultura, entrevista hoje às 22h15 o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).   Álvaro Dias - Às 22h30, Álvaro Dias (Podemos) estará na Globonews. O canal abre hoje a série de entrevistas com presidenciáveis.   Conjuntura - O Banco Central divulga hoje o resultado das contas do setor público consolidado. Nos jornais   Lava Jato 1 - A Lava Jato recuperou R$ 13,4 bilhões entre a primeira delação premiada, em agosto de 2014, e agora. Os valores se referem a devoluções e acordos de leniência. A PF estima que o rombo na Petrobras chegue a R$ 42,8 bilhões. (Folha de S.Paulo)Lava Jato 2 - Mais de três anos desde a abertura dos 22 primeiros inquéritos para investigar autoridades com foro privilegiado no STF, metade dessas investigações já chegou ao final e apenas uma destas levou à condenação, a do deputado Nelson Meurer (PP-PR). (O Globo)Lava Jato 3 - Em entrevista, Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, defende delações, mas diz que há acordos que são mais benéficos aos réus. E afirma que a PF fez acordo com ex-ministro Antonio Palocci "para provar que tinha o poder de fazer". (Folha de S.Paulo)Paes - O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM) oficializou ontem sua candidatura ao governo do Estado. (todos os veículos)Haddad - O coordenador do programa de governo da candidatura presidencial do PT, Fernando Haddad, disse que será difícil fechar uma aliança com o presidenciável Ciro Gomes (PDT), ao menos no primeiro turno. (Folha de S.Paulo e Valor Econômico)Outdoors - Um conflito de decisões da Justiça Eleitoral e uma interpretação sobre liminar concedida em janeiro pelo ministro do TSE Luiz Fux abriu brecha legal para que pelo menos 200 outdoors fossem inaugurados em todos os 27 Estados pró-Jair Bolsonaro (PSL). (Folha de S.Paulo)STF - Setenta e cinco de cem liminares concedidas por ministros do STF em ações que suspenderam parcial ou totalmente leis, decretos, resoluções e medidas provisórias aguardam julgamento no plenário da Corte. (manchete de O Estado de S. Paulo)União - O governo Federal gasta mais de R$ 700 milhões ao ano para reembolsar empresas estatais que cederam funcionários ao Executivo. Há quase 6.000 empregados das estatais não dependentes que atuam em Ministérios, Planalto e outros órgãos Federais. (Folha de S.Paulo)Fraude - A indenização de até R$ 12 bilhões que será distribuída a mais de 2 milhões de poupadores prejudicados pelos planos econômicos dos anos 1980 e 1990 tem incentivado a ação de golpistas, segundo a Frente Brasileira dos Poupadores. (manchete da Folha de S. Paulo)Dívidas - O crédito para as pessoas físicas voltou a crescer, mas de uma maneira negativa. Fazer dívida para pagar dívida ou parcelar os gastos do dia a dia tem sido um comportamento que se consolida entre pessoas físicas. (manchete do Valor Econômico)Internet - Uma parte do Brasil desprezada pelas gigantes de telecomunicações se tornou oportunidade de negócio para centenas de pequenas empresas que levam internet para o interior do país. Segundo a Anatel, as companhias regionais cresceram 66% nos últimos três anos e atendem mais de 6,6 milhões de clientes. (manchete de O Globo)Trump - O presidente americano, Donald Trump, ameaçou barrar a aprovação do orçamento e congelar as atividades do governo Federal no próximo semestre se o Congresso não aprovar mudanças radicais nas leis de imigração. (O Globo e O Estado de S. Paulo)
sexta-feira, 27 de julho de 2018

Cenário - 27.7.18

Convenções partidárias estaduais começam a definir roteiros e atores para as eleições deste ano. Assim como na corrida ao Planalto, há muita coisa em aberto. Alianças estão por ser feitas, apoios prometidos não vieram ou carecem de reforço. Há situações onde chapas incompletas serão lançadas e outras que, simplesmente, estão sub judice. Nesta semana, alguns deram a largada, mas os encontros mais relevantes vão acontecer mesmo a partir de amanhã. O PSDB, por exemplo, reunirá sua militância em Minas Gerais. E as expectativas/especulações estão quase concentradas no futuro de Aécio Neves! No Ceará, Psol e PCB vão oficializar a parceria ao governo do Estado, realçando movimentos que também ocorrem em outras partes do país nos chamados partidos de esquerda. A grande questão local, no entanto, gira em torno dos passos que serão dados pelo MDB. Em Pernambuco, o MDB também mobiliza atenções, em especial porque não se sabe qual será o destino de Jarbas Vasconcelos, que reivindica disputar o Senado. A data limite imposta pela Justiça Eleitoral para que os partidos se decidam é 5 de agosto. Não é possível afirmar, no entanto, que até lá tudo estará resolvido. No papel O programa do PT O coordenador do programa de governo do PT, Fernando Haddad, esteve mais de uma vez com o ex-presidente Lula esta semana. Pontos específicos da plataforma foram discutidos. A visão geral está concluída. É justamente esse segundo bloco de ideias que começa, oportunamente, a vazar e a manter em foco a agenda de comunicação do partido. Diálogos As conversas continuam Os assessores econômicos das campanhas para presidente seguem com interlocução aberta no Ministério da Fazenda. Quando não são atendidos diretamente pelo ministro Eduardo Guardia, falam com pessoas da confiança dele. Entre os assuntos do momento estão a volta dos trabalhos no Congresso (e o efeito prático da chamada 'pauta-bomba') e o Orçamento de 2019. São Francisco Janela de oportunidade As obras do Túnel Milagres, etapa do Eixo Norte do projeto de transposição do Rio São Francisco, localizado entre as cidades de Verdejante/PE e Penaforte/CE, estão quase prontas. Sob a perspectiva política, o momento não poderia ser melhor para reivindicar a paternidade do empreendimento. Que o digam os gurus de campanha que atuam de olho no eleitor do Nordeste. Sociedade Sim, não, talvez, quem sabe... Representantes do movimento negro cobram dos candidatos à presidência da República posicionamento claro sobre as cotas raciais nos concursos públicos. Apesar de o STF ter considerado a medida constitucional, entidades que atuam em defesa da causa reclamam da falta de respaldo político. Vale lembrar que a adesão é discricionária e alguns Estados não utilizam. Agenda Saúde - O Ministério da Saúde lança hoje a nova Campanha de Aleitamento Materno. Conjuntura - O Banco Central divulga hoje dados de junho referentes a juros, crédito e inadimplência. Nos jornais Centrão 1 - Os partidos que compõem o chamado 'centrão' formalizaram ontem apoio à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pela presidência. Em carta lida no evento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou que será candidato a deputado Federal pelo Rio de Janeiro. (todos os veículos)Centrão 2 - A decisão do bloco de apoiar Alckmin é atribuída principalmente à posição de Valdemar Costa Neto, do PR, que já foi preso no processo do mensalão. Valdemar não compareceu ao evento, mas outros investigados marcaram presença. (O Globo)PT - O programa de governo da candidatura do PT ao Planalto vai propor limitar a atuação do STF e a revisão de leis de combate à corrupção e ao crime organizado, com críticas às delações premiadas. Na visão do partido, a prática não pode "se prestar a proteger bandidos confessos e a condenar inocentes". (Folha de S.Paulo)Marina - O presidente nacional do PV, José Luiz Penna, se reuniu ontem com a pré-candidata do Rede Sustentabilidade, Marina Silva, para discutir uma possível aliança. A tendência, contudo, é de que o partido não apoie ninguém formalmente. (Valor Econômico e O Estado de S. Paulo)Paes - O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM) oficializou a pré-candidatura ao governo estadual fazendo uma crítica indireta ao ex-aliado governador Luiz Fernando Pezão (MDB). (todos os jornais)Zelotes - A Polícia Federal deflagrou, ontem, a 10ª etapa da operação Zelotes para investigar suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo conselheiros e ex-conselheiros do Carf, o ex-secretário de Comércio Exterior no governo Dilma, Daniel Godinho e o empresário e o economista Roberto Giannetti, ligado ao PSDB. (todos os jornais)BNDES - Os desembolsos do BNDES para a indústria atingiram o menor nível da série histórica no primeiro semestre deste ano. Nos 12 meses encerrados em junho, os empréstimos para o setor ficaram em R$ 13,49 bilhões. (manchete do Valor Econômico)Energia - Referência no setor elétrico pela recuperação de distribuidoras deficitárias, a Equatorial Energia arrematou ontem a concessão da Cepisa, distribuidora do Piauí, no leilão de privatização realizado pelo BNDES e pela Eletrobrás. (todos os jornais)Brics - O presidente Michel Temer disse que o presidente chinês, Xi Jinping, se comprometeu a analisar as demandas apresentadas pelo Brasil em reunião bilateral ocorrida em Joanesburgo, na África do Sul. O Brasil solicitou a retirada de barreiras às importações de produtos agropecuários. (Folha de S.Paulo)Facebook - A empresa perdeu US$ 120 bilhões (R$ 446,8 bilhões) em um único dia na Bolsa de NY, a maior destruição de valor diária de uma companhia na história de Wall Street. As ações da companhia recuaram 19% ontem, para US$ 176,26. (manchete da Folha de S.Paulo, de O Estado de S. Paulo e O Globo)