Desde julho, quando tiveram início as convenções partidárias, a pauta do Congresso foi, aos poucos, se acomodando. Hoje, está completamente parada e refém das eleições.
As votações ficaram restritas aos temas consensuais, as comissões temáticas desaceleraram e o chamado 'esforço concentrado' não produziu resultados efetivos nem na Câmara nem no Senado.
Entraram em 'modo avião', por exemplo, a Política Nacional para Doenças Raras no SUS, a revisão no marco legal da lei de telecomunicações e a criação de um fundo para a segurança pública.
Temas que expressam mais o ponto de vista e a urgência do governo também acabaram prejudicados.
Olhando para o calendário e analisando a conjuntura política, ninguém arrisca palpitar sobre prazos ou prioridades.
No caso da 'arrumação' da reforma trabalhista o marasmo é um problema. O tempo reforça incertezas, confusões e zonas cinzentas que causam insegurança jurídica.
As mudanças aprovadas em 2017, os impactos das regras novas, a vigência das antigas e as súmulas do TST seguem à espera de um refinamento que, necessariamente, precisa ser liderado pelo Legislativo.
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Trabalho
Contagem regressiva
Em 120 dias, começa a valer o decreto que estende também à administração pública as regras de contratação de terceirizados já aplicadas à iniciativa privada.
De acordo como o decreto 9.507/18, apenas as atividades que envolvam decisões estratégicas, regulação de serviços ou aplicação do poder de polícia serão preservadas da terceirização.
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Olho no olho
Maratona
Hoje, os presidenciáveis participarão do debate realizado por Folha, UOL e SBT.
No domingo (30), o encontro será na RecordTV.
Na TV Globo, o debate entre os candidatos vai acontecer na quinta-feira (4).
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Estratégias
Clima de vale-tudo
As propagandas na TV e no rádio ficaram mais agressivas nos últimos dias. Nas entrevistas, os presidenciáveis também subiram o tom.
Os debates a partir de agora vão testar mais claramente os ânimos de cada presidenciável, o autocontrole e a capacidade de resposta.
Todos os concorrentes ao Planalto estão sendo submetidos a treinamentos especiais para esta reta final antes do primeiro turno.
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Aviso
Título de eleitor
Quem quiser solicitar a segunda via do título de eleitor tem até amanhã (27) para ir até o cartório eleitoral da zona onde está cadastrado.
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Natal
Refazendo as projeções
A data mais importante para o varejo não está tão longe assim. Nas planilhas de fornecedores e da indústria, o Natal já é uma realidade.
A temporada de encomendas, no entanto, segue um ritmo diferente daquele previsto logo na abertura do segundo semestre: quase tudo está mais lento.
Uma das razões é o ajuste dos estoques, uma operação complexa tanto no comércio físico como nas redes que vendem on-line.
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Consumidor
Novos tempos
O Ministério Público solicitou informações à Agência Nacional de Aviação Civil sobre o chamado "assento conforto".
A cobrança diferenciada pelos lugares terá de seguir regras específicas. Caberá à agência regulamentar o assento como um serviço, se comprovar que há, de fato, acréscimo de vantagem ao passageiro.
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Agenda
Recurso - O STF deve marcar hoje a data do julgamento do recurso contra a condenação do ex-presidente Lula
Debate - Às 17h45, Folha, UOL e SBT realizam debate com os presidenciáveis
Pesquisa - A CNI divulga hoje pesquisa Ibope sobre a intenção de voto para primeiro e segundo turnos e avaliação do governo Temer
TSE - Representações de candidatos à presidência da República contra adversários serão julgadas pela Justiça Eleitoral hoje e amanhã. O Tribunal Superior Eleitoral marcou sessões extras
nos jornais
Bolsonaro - Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou ao Itamaraty, em 2011, que foi ameaçada de morte por ele, o que a levou a deixar o Brasil. O relato consta de um telegrama arquivado pela diplomacia brasileira (manchete da Folha de S.Paulo)
Protesto - Com Jair Bolsonaro consolidado nas pesquisas, seus principais adversários enxergam no ato apartidário de mulheres contra Bolsonaro uma última oportunidade de desgastar a candidatura do ex-capitão antes do primeiro turno (manchete de O Estado de S. Paulo)
Centro - Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB) desistiram de participar de uma reunião, ontem, em São Paulo, com Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos) para tratar da possibilidade de se unirem em torno de um único nome do centro (Valor Econômico, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)
Ciro - Com dores abdominais, Ciro Gomes (PDT) deu entrada ontem na emergência do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O presidenciável passou por um procedimento na bexiga e a previsão de alta é hoje (todos os veículos)
Barroso - Em entrevista, o ministro do STF Luís Roberto Barroso analisa a conjuntura atual. Sobre as eleições, diz que são "duas regras: quem ganha [as eleições] leva. Quem leva, respeita as regras do jogo e os direitos dos outros" (Folha de S.Paulo)
PGR - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ontem que o inquérito que investiga se o presidente Michel Temer recebeu propina da Odebrecht seja suspenso até o final do mandato dele (O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)
Temer - O presidente Michel Temer discursou ontem na abertura da Assembleia-Geral da ONU e criticou "recaídas unilaterais" e a intolerância. Reforçou ainda que o Brasil é uma "democracia vibrante, lastreada em instituições sólidas" (todos os veículos)
Intervenção - Em entrevista exclusiva à EBC, o presidente Michel Temer admitiu suspender, provisoriamente ou definitivamente, a intervenção federal na segurança pública do Rio para votar a reforma da Previdência neste ano (O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)
Funcionalismo - O Ministério do Planejamento, em plano a ser apresentado ao próximo presidente, propõe reduzir o número de carreiras do Executivo, aumentar o tempo de progressão ao teto salarial e reduzir a remuneração salarial (manchete de O Globo)
Câmbio - O dólar fechou ontem em leve queda após uma sessão turbulenta que refletiu a reação do mercado aos números da pesquisa Ibope divulgada na véspera. A moeda americana terminou o dia em baixa de 0,12%, a R$ 4,0830 (todos os veículos)
Comércio exterior - Uma decisão do governo americano beneficia a indústria brasileira de calçados. Publicada em 13 de setembro, a lei "Miscellaneous Tariff Bill Act of 2018" prevê a redução de tarifas de mais de 1,6 mil produtos importados, incluindo calçados (manchete do Valor Econômico)
Argentina - Em meio a uma greve geral, e enquanto a cúpula do governo de Mauricio Macri tenta renegociar a dívida com o FMI, o presidente do Banco Central da Argentina, Luis Caputo, renunciou (todos os veículos)