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Cenário

Um radar dos principais assuntos que estão na mídia.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Cenário - 17.10.18

Forças de segurança estaduais e os TREs estruturam, em conjunto, ações que garantam tranquilidade antes, durante e, principalmente, depois de encerrada a votação do dia 28. Representantes das candidaturas que disputam o segundo turno têm participado de reuniões de trabalho e/ou sido informados desde a semana passada. O alerta aos partidos é para que comuniquem com antecedência a realização de eventos públicos e privados que possam reunir um grande número de militantes. Em Estados como Paraíba, Ceará, Sergipe e Rio Grande do Norte, o planejamento começou a ser traçado logo após o primeiro turno. Quase tudo está pronto. Nas capitais onde o resultado das urnas costuma mobilizar multidões - e onde a polarização oferece riscos de confronto -, a estratégia de prevenção é ocupar os espaços antes que eles ganhem densidade. Clima Em ebulição A retórica um pouco mais agressiva adotada nas propagandas e nas falas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) coincide com o exato período no qual outras eleições ao Planalto também ficaram quentes: a penúltima semana antes da votação. Congresso 1 Novatos e veteranos Decisões importantes que envolvem desde a formação de bancadas temáticas até que nomes apoiar para as presidências da Câmara e do Senado já estão bem adiantadas. Tanto quem chegou agora como quem conseguiu renovar o mandato adota como referência para se decidir a eleição ao Planalto. Congresso 2 Os números Apenas para lembrar. Na Câmara, 243 deputados novos assumem em 2019. Foram reeleitos 251 deputados, de um total de 444 candidatos à reeleição. No Senado, das 54 vagas neste ano, 46 serão ocupadas por novos titulares. Congresso 3 Passivo eleitoral O recesso branco imposto pelas eleições represou um conjunto de 13 medidas provisórias que precisam ser analisadas e votadas. Parte do trabalho começou a ser colocada em dia ontem, mas o ritmo na Câmara e no Senado ainda está longe do ideal. Municípios Pedido de prefeito O presidente que for eleito vai assumir no próximo ano pressionado por uma fila de prefeitos que ainda brigam para salvar recursos orçamentários de restos a pagar de 2016. Com o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e os desdobramentos políticos, econômicos e burocráticos causados pelas chamadas pedaladas fiscais, verbas federais foram empenhadas, mas não chegaram aos cofres de quem administra as cidades. AGENDA Conjuntura - O Banco Central divulga hoje o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de agosto. Mérito - O presidente Michel Temer participa hoje da entrega da Ordem Nacional do Mérito Científico. SABER 30 anos - Estão disponíveis para consulta nos sites da Câmara e do Senado textos, imagens e sons que ajudam a contar um pouco da história da Constituição de 1988. TECH Evento - A Futurecom, maior encontro de debates e negócios do setor de Telecomunicações, TI e Internet da América Latina, segue até amanhã em São Paulo. Este ano, a feira comemora 20 anos. São esperadas cerca de 15 mil pessoas de 40 países. JORNAIS PT - A campanha do PT ao Planalto admite ajustes no segundo turno e ainda tenta ampliar as alianças com outros setores da sociedade. (manchete da Folha de S.Paulo) Evangélicos - Fernando Haddad (PT) vai apresentar hoje uma carta para eleitores evangélicos. No documento, o petista assumirá o compromisso de não enviar ao Congresso nenhum projeto para legalização do aborto. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo) PGR - A proposta de Jair Bolsonaro (PSL) de dar imunidade a policiais militares que matarem em serviço deve provocar o primeiro embate entre o ex-capitão e a Procuradoria-Geral da República. A PGR declarou que vai se opor ao projeto. (manchete de O Globo) PSL - Acreditando na vitória de Jair Bolsonaro, o PSL trabalha para tentar virar a maior bancada da Câmara antes mesmo da posse dos novos congressistas. A estratégia é atrair parlamentares eleitos por partidos que não alcançaram a cláusula de barreira. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo) Investigação  - O TSE pediu que a Polícia Federal investigue uma mensagem recebida de um internauta questionando a lisura do processo eleitoral. O autor direcionando-se à presidente, ministra Rosa Weber. (todos os veículos) Temer - A Polícia Federal indiciou o presidente Michel Temer e outras dez pessoas no inquérito que apura o suposto favorecimento a empresas do setor portuário na edição de um decreto de 2017. (todos os veículos) Infraestrutura - O pacote de concessões planejado por auxiliares de Jair Bolsonaro (PSL) para infraestrutura deve incluir a possibilidade de destravar projetos com dinheiro privado. (manchete de O Estado de S. Paulo) Eletrobrás - O Senado rejeitou ontem, por 34 votos a 18, o projeto de lei que liberava a venda de distribuidoras da Eletrobrás. A rejeição do projeto não anula a venda das outras distribuidoras. (todos os veículos) Negócios 1 - O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, defendeu a importância da relação bilateral do Brasil com a China e destacou que disputas comerciais não trazem benefício "para ninguém". (todos os veículos) Negócios 2 - A empresa de meios de pagamento Stone ignorou alertas sobre o risco de fazer uma oferta inicial de ações (IPO) em plena turbulência eleitoral e pode ser bem-sucedida. Um grupo de nomes de peso estará na operação. (manchete do Valor Econômico)
terça-feira, 16 de outubro de 2018

Cenário - 16.10.18

Participar ou não de debates se transformou em uma das polêmicas mais recorrentes destas eleições. O tema ganhou projeção especial por causa de Jair Bolsonaro (PSL), mas não se restringe apenas a ele. Nos Estados, antes e durante o primeiro turno, campanhas ficaram marcadas por ausências em Alagoas, Ceará, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Tocantins. Faltas foram registradas entre candidatos a governos e a cargos no Legislativo, dando razão a teorias que relativizam a importância do cara a cara. Por opção, necessidade ou estratégia, quem deixou de ir para o confronto direto com os adversários assumiu o risco de desgaste na mídia e junto à opinião pública. Como antídoto, os faltosos intensificaram suas presenças nas redes sociais e passaram a controlar melhor o conteúdo e o timing de exposição. Ao que parece, esse novo padrão veio para ficar. E tem a ver com o fim do reinando dos supermarqueteiros que, por conveniências ou crenças pessoais, estimularam apostas que se mostraram frágeis. Cronograma O que está previsto Já caíram os debates na Band, TV Gazeta, RedeTV! e SBT. Bolsonaro ainda avalia se vai à RecordTV, dia 21, e à Globo, no dia 26. Hoje, às 19h10, o candidato do PSL será entrevistado no SBT. Fernando Haddad (PT) estará no programa Pânico, da rádio Jovem Pan, às 12h30. Apoio Apelo a Ciro O senador eleito pela Bahia e um dos coordenadores da campanha de Haddad (PT), Jaques Wagner, ainda não desistiu de Ciro Gomes (PDT). O esforço de momento é para que Ciro participe de uma live - transmissão ao vivo - no Facebook declarando apoio ao petista. Nomes Escalando... Líderes religiosos que apoiam Jair Bolsonaro (PSL) têm utilizado grupos de WhatsApp e redes sociais para lançar nomes que, supostamente, integrariam o futuro governo. Nova era Impacto no emprego Uma audiência na Câmara dos Deputados debate hoje o efeito da inteligência artificial no mundo do trabalho. A discussão também abrange leis e normas necessárias para que o avanço da tecnologia não mate o emprego. Sociedade Justo, rápido e atuante O Tribunal de Justiça da Bahia inaugurou um centro de conciliação dedicado ao reconhecimento de paternidade, chamado 'Pai presente'. Com a iniciativa, os processos serão imediatamente homologados após resultados de exame de DNA ou aceitação do pai em registrar a crianças. Os juízes despacharão remotamente os processos de reconhecimento de paternidade. AGENDA Conjuntura - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Mensal de Serviços de agosto. Santas Casas - Está na pauta da Câmara a MP 848, que cria linha de crédito com recursos do FGTS para socorrer hospitais filantrópicos. Fake News - A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, tem audiência hoje com representantes das campanhas de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Energia - O Senado pode discutir hoje o projeto de lei da Câmara 77/2018, que possibilita a privatização de seis distribuidoras de energia controladas pela Eletrobras na região Norte. SABER Livros - Está em análise pela Casa Civil a proposta de criação de uma Política Nacional de Regulação do Comércio de Livros. Enviado pelo Ministério da Cultura, o texto tenta equilibrar o varejo literário no Brasil. Uma das sugestões é que, durante um período a ser definido - depois de lançado o título -, as livrarias podem dar descontos de no máximo 10% em cada obra. SUSTENTÁVEL Pesquisa - A ONU quer saber dos brasileiros se o país está no caminho certo para atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável. Até 24 de dezembro, quem quiser, poderá responder à pesquisa on-line 'Cidades Sustentáveis'. São 29 perguntas de múltipla escolha sobre transporte, inclusão, serviços básicos e transparência. TECH Obituário - Paul Allen, cofundador da Microsoft, morreu ontem, aos 65 anos, depois de tempos lutando contra um linfoma não-Hodgkin. O The Guardian publica em seu site uma videobiografia interessante (em inglês). BEM-ESTAR Data - Hoje é o Dia Mundial da Alimentação. Eventos organizados em cerca de 150 países promovem a conscientização e a ação global contra a fome, além de criticar o desperdício e de promover o debate sobre segurança alimentar. A data celebra a fundação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 1945. JORNAIS Ibope - Jair Bolsonaro (PSL) tem 59% dos votos válidos, e Fernando Haddad (PT), 41%. O petista tem rejeição de 47%, contra 35% de Bolsonaro. (manchete de O Estado de S. Paulo e O Globo) Haddad - Fernando Haddad (PT) sugeriu Mario Sergio Cortella como ministro da Educação. O petista também confirmou encontro com o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico) Bolsonaro - O candidato do PSL avança na formação de sua equipe de governo. E já confirmou três nomes: Paulo Guedes, general Augusto Heleno e Onyx Lorenzoni. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico) Guedes - Apontado como possível ministro da Fazenda no governo Bolsonaro, o economista Paulo Guedes trabalha na criação de uma reforma fiscal abrangente. O pacote inclui imposto único Federal, venda de estatais e desvinculação do Orçamento. (manchete da Folha de S.Paulo) Cid - O senador eleito Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes (PDT), fez ontem duras críticas ao PT e cobrou do partido um pedido de desculpas pelas "besteiras que fizeram". (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo) Câmara - Aumenta o risco sobre a reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Legendas aliadas avaliam apresentar candidaturas próprias em fevereiro de 2019. (O Globo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico) Investigação - O empresário Abilio Diniz e o ex-diretor-presidente da BRF Pedro de Andrade Faria foram indiciados pela Polícia Federal suspeitos de terem cometido crimes contra a saúde pública, estelionato, falsidade ideológica e organização criminosa. (todos os veículos) Negócios - A Smiles, empresa que administra o programa de fidelidade da Gol, perdeu, em apenas um dia, R$ 2,5 bilhões de seu valor de mercado. A queda resultou da decisão da companhia de anunciar ao mercado o interesse em fechar o capital da subsidiária. (manchete do Valor Econômico)
segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Cenário 15.10.18

Uma nova onda de pesquisas de intenção de voto movimenta a disputa ao Planalto a partir de hoje. Ao contrário de outros momentos - independentemente dos números -, as campanhas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) vão seguir nos trilhos em que estão. A liderança folgada do capitão da reserva consolidou-se. E isso tem lhe permitido ser seletivo. Cada vez mais atuante nas redes sociais, o presidenciável do PSL retroalimenta sua visibilidade orgânica: vídeos e publicações exclusivos são mais do que suficientes para preservar a vantagem. A estratégia continua sendo ocupar os espaços que importam. Tanto que a ida a debates deixou de ser dúvida e assumiu o status secundário que sempre teve. No caso de Haddad, os planos para os próximos dias reafirmam a disposição para o ataque e para viagens pelo país. O petista ainda precisa ganhar muito terreno se quiser tirar a diferença do adversário. Além disso, sabe que é fundamental marcar posição pública naquilo que, para o eleitor e para os possíveis aliados, ainda desperta dúvidas e/ou repulsa. Exposição Time Bolsonaro Enquanto Haddad articula em busca de apoios, Bolsonaro libera os conselheiros mais próximos para expor (em forma de pílulas!) o que será feito em um eventual governo. Mais gente, além de Paulo Guedes, tem dito a que veio. Tema do dia Intolerância O staff petista está monitorando e documentando os casos de violências atribuídos a simpatizantes pró-Bolsonaro. O objetivo é reforçar o conceito de que o quadro atual pode, no futuro, se transformar em um problema de segurança pública. Congresso Reposicionando... Assim como outras bancadas temáticas, aquela identificada com o movimento sindical sentiu o efeito das urnas. Resultado: as centrais adotam (neste momento da campanha!) comportamento relativamente discreto. 2º turno Realidade local PP, MDB e DEM anunciam neutralidade, mas seus diretórios estaduais em Goiás, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina não disfarçam as preferências por Bolsonaro. Saúde Questão de prioridade A Confederação Nacional dos municípios promove, na próxima quinta-feira, 18, debate sobre o impacto da municipalização na estratégia do Sistema Único de Saúde. O evento faz parte da série de reflexões sobre os 30 anos do SUS e deve jogar luz sobre um tema que, até agora, tem norteado pouco a disputa ao Planalto. Agenda Tecnologias - A Câmara dos Deputados promove simpósio sobre as novas técnicas de arquivos na era dos documentos digitais. Restituição - A Receita Federal pagará hoje o quinto lote da restituição do Imposto de Renda. Jornais Constituição - Algumas das principais propostas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) demandariam mudanças na Constituição para serem encaminhadas. (manchete da Folha de S. Paulo) Haddad - Cobrado pelas consequências da falta de autocrítica do PT ao longo dos últimos anos, Fernando Haddad admitiu a existência de corrupção nas estatais e defendeu mais rigor dos órgãos de controle. (Folha de S.Paulo, O Globo e Valor Econômico) Câmara - O primeiro turno da eleição impôs uma renovação de 47,3% na Câmara dos Deputados. Mesmo com bancadas menores, partidos tradicionais continuarão sendo fundamentais para a formação da base do novo presidente. (manchete de O Globo) Centro - O encolhimento do 'centrão', que perdeu 22 deputados, tem forçado caciques do grupo a repensarem o bloco. O secretário-geral do PSDB, Marcus Pestana, propôs criar nova aliança incluindo o MDB, o PSDB e o PSD, chamado de "responsabilidade e sensatez". (O Estado de S. Paulo) Bolsa família - O PT manteve vantagem no primeiro turno nas áreas mais atendidas pelo Bolsa Família. A constatação decorre da análise dos resultados das votações por município. (manchete do Valor Econômico) Educação - Em entrevista, o general Aléssio Ribeiro Souto, coordenador das propostas do Ministério de Educação de Jair Bolsonaro (PSL), afirma que "é forte a ideia" de revisão de currículos e de bibliografias usadas nas escolas. Ordem é evitar a exposição de crianças a "ideologias". (O Estado de S. Paulo) Vandalismo - Uma capela em Lumiar, distrito de Nova Friburgo (RJ), foi pichada com quatro suásticas nazistas. A Polícia Civil conduz as investigações. (O Globo e Folha de S.Paulo) WhatsApp - Integrantes do Conselho Consultivo sobre Internet do Tribunal Superior Eleitoral sugeriram medidas de caráter disciplinar contra o WhatsApp. (O Globo e Valor Econômico) PAC - Segundo o Ministério do Planejamento, há R$ 132 bilhões em investimentos parados só na carteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao todo, são 2.914 empreendimentos no país com problema. (manchete de O Estado de S. Paulo)
quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Cenário - 11.10.18

Em clima de ressaca e com os dois pés em 2019, a pauta do Congresso não vai dar grandes passos antes da decisão do segundo turno no dia 28. Na volta ao trabalho esta semana, as cúpulas da Câmara e do Senado deram muito pouco impulso ao que estava pendente de decisão/votação. Nada de importante será discutido nas próximas semanas, o que significa: 1) fim dos blefes sobre reformas e 2) sem mobilizações em torno de projetos que tenham impacto agora ou no próximo governo. O modo avião acionado durante a campanha - o mesmo que anulou os efeitos do chamado 'esforço concentrado' dos partidos - está de volta. Com mandatos renovados ou não pelas urnas no domingo passado, os parlamentares apenas emergiram nesses dias para tomar fôlego. Vão voltar a mergulhar - de corpo e alma - na conjuntura eleitoral. Congresso A corrida pela sucessão Novos presidentes e a composição das Mesas Diretoras na Câmara e no Sendo serão definidos em fevereiro do ano que vem. As cadeiras mais importantes do Legislativo, no entanto, já estão sendo disputadas. Planalto ...Outra gincana As notícias sobre possíveis equipes de governo que estariam sendo montadas por Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) empolgam, mas até o momento dizem muito pouco sobre o que cada um fará. Propaganda A melhor embalagem Bolsonaro e Haddad trocaram parte do figurino especialmente para este segundo turno. Ajustaram tom de voz, editaram mensagens-chave e adequaram a estética original a algo mais identificado com o momento. Os materiais de campanha que começaram a circular recentemente deram boas pistas do que a propaganda no rádio e na TV, a partir de amanhã, vai tentar reforçar. Economia Pesando no bolso Setembro foi um mês apertado e de custos em alta para todos as pessoas, independentemente da faixa de renda. De acordo com o Grupo de Conjuntura do IPEA, o indicador desenvolvido pelo instituto para medir o peso da inflação demonstrou que setembro superou agosto. Os mais pobres desembolsaram mais para comprar alimentos e bebidas e pagar habitação. Já os mais ricos sentiram o reflexo da inflação nos gastos com combustível e passagens aéreas. Para quem não se lembra, o IBGE divulgou o IPCA - inflação oficial - do mês passado: a taxa foi 0,48% - maior para um mês de setembro desde 2015. Em agosto, o IPCA havia ficado negativo em 0,09%. Braile Mais obras disponíveis Com a promulgação do Tratado de Marraqueche, brasileiros terão mais facilidade para adquirir obras literárias que trazem o conteúdo em método braile. O tratado exime reprodutores das obras do pagamento de direitos autorais, barateando assim o valor final do produto. Agenda Comécio - O IBGE divulga hoje a pesquisa mensal de comércio de agosto. Agricultura - A produção agrícola de setembro também será apresentada pelo IBGE hoje. Bolsonaro - O candidato se reunirá, no Rio, com eleitos pelo PSL e partidos coligados. Haddad - O candidato cumpre agenda em Brasília, com reuniões na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nos jornais Datafolha - Na primeira pesquisa pós-primeiro turno, Jair Bolsonaro (PSL) tem ampla vantagem sobre Fernando Haddad (PT). O deputado aparece com 58% dos votos válidos, enquanto o ex-prefeito paulistano tem 42%. (manchete da Folha de S.Paulo e O Globo)Haddad - Em nova estratégia, o comitê de Fernando Haddad reduziu a imagem do ex-presidente Lula e o uso do vermelho, marca do petista, no material de propaganda. Nas novas peças as cores da bandeira do Brasil predominam. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Ciro - Contra o que chamou de "fascismo", Ciro Gomes (PDT) anunciou apoio crítico a Fernando Haddad: "Abaixo a ditadura e viva a democracia", afirmou Ciro, sem citar o nome do petista. (todos os veículos)Bolsonaro - Pela primeira vez, Jair Bolsonaro se posicionou contra atos de violência pelo país cometidos por seus apoiadores. E divulgou mensagem em rede social afirmando que "dispensa voto de quem pratica violência". (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Goiás - A Polícia Federal prendeu ontem o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) enquanto prestava depoimento sobre a operação Cash Delivery. A investigação trata do pagamento de propinas em campanhas eleitorais. (todos os veículos)MPF - Anunciado como ministro da Fazenda em um governo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes é investigado pelo Ministério Público Federal em Brasília por suspeita de envolvimento em fraudes em fundos de pensão com dirigentes das entidades ligados ao PT e ao MDB. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)Previdência - Se as propostas de Bolsonaro e Haddad de adotar um regime de capitalização para a Previdência forem aprovadas, o custo anual para os cofres do INSS seria crescente ao longo dos anos e chegaria a R$ 310 bilhões em 2040. (manchete de O Estado de S. Paulo)Bolsa Família - Em aceno ao Nordeste e ao eleitorado petista, o presidenciável Jair Bolsonaro prometeu dar o 13º salário aos beneficiários do Bolsa Família. Segundo o candidato, a nova despesa será paga com a receita do "combate à fraude" no programa. (todos os veículos)Mercado - O Ibovespa teve forte queda ontem por causa do discurso antiprivatização feito por Jair Bolsonaro na noite de terça. Investidores ficaram frustrados com declaração do candidato, segundo a qual, se eleito, não venderá o "miolo" da Eletrobras nem da Petrobras. (manchete do Valor Econômico)
quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Cenário - 10.10.18

A temporada de pesquisas pós-primeiro turno será aberta hoje, às 19h, pelo Datafolha. Os números que serão divulgados vão atualizar a conjuntura revelada no domingo, mas também abrirão novas frentes de análise. Os profissionais e os amadores da política estão ansiosos. E parte desse clima de expectativa contagia/tumultua a opinião pública. Como sempre acontece em eleições, atacar quem projeta cenários é quase um esporte nacional. Os observadores mais afoitos tomam o retrovisor como referência e são implacáveis na arte de inflamar as correntes. Neste momento, a tese da volatilidade do voto é um dos alvos principais. A fidelidade do eleitor em 2018 é outra. A onda bolsonarista, o efeito Lula-Haddad, a desidratação de Marina, o fator Ciro, as chegadas de Daciolo e Amoêdo e o desempenho dos tucanos sempre estiveram em perspectiva. As traduções desses movimentos feitas pelos grupos de interesse ao longo da campanha é que se distanciaram da realidade. Daí a surpresa daqueles que agora revelam frustrações pelo o que não viram. 2º turno Propaganda Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT) e 28 candidatos a governador em 13 Estados e no Distrito Federal voltarão a pedir voto no rádio e na televisão na sexta-feira, 12. O horário eleitoral gratuito vai de segunda-feira a sábado e terminará em 26 de outubro. Os candidatos terão 10 minutos de propaganda. Apoios Corre-corre As primeiras definições (ou não!) sobre quem apoiar em segundo turno para presidente e governador engessaram parte dos eleitos. Muita gente pretendia já nesta semana anunciar equipes e rascunhar planos de ação para janeiro. Esse desejo acabou prejudicado, em grande medida, pela atuação dos próprios partidos. Ajustes Imagem e discurso Quase todos os candidatos que passaram ao segundo turno e devem participar de debates na TV, no rádio e em entidades setoriais encomendaram revisões nos planos de exposição. Em razão do que as urnas revelaram no domingo, alguns assuntos vão sumir da agenda. Tecnologia Super banco de dados Um convênio assinado pelo TSE e órgãos de investigação e execução criminal permitirá que o banco de dados biométrico da Justiça Eleitoral seja utilizado na identificação de criminosos. A integração dos dados custará R$ 90 milhões e só será plenamente viável em três anos. Educação Questão de perfil Resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes indicam que os alunos que cursam aulas presenciais agregam vantagens socioeconômicas e também de aproveitamento intelectual. Segundo os dados do Enade, os alunos que recorrem a aulas à distância trabalham 40 horas por semana, contribuem para o sustento da família e tiram notas menores, comparadas com o desempenho dos estudantes dos cursos presenciais. Agenda Direitos trabalhistas - Está na pauta de hoje do STF matéria de repercussão geral sobre rompimento do vínculo trabalhista durante a gravidez ainda não declarada e início da estabilidade Embrapa - Sebastião Barbosa toma posse como presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Câmara - Votações pendentes e acordadas antes das eleições seguem para o plenário ainda pela manhã. Há projetos de lei e medidas provisórias na pauta. Senado - Plenário volta a se reunir hoje para votações, mas medida provisória 842/2018 tranca a pauta. Bolsonaro - O candidato do PSL será submetido hoje a uma avaliação da junta médica que cuidou dele no Hospital Albert Einstein. Haddad - O petista passa o dia em São Paulo e concede entrevistas a rádios e a jornalistas estrangeiros. Nos jornais Votação - O cruzamento dos resultados da eleição com os dados do Mapa da Violência mostra números que contrariam o senso comum de que Jair Bolsonaro (PSL) foi beneficiado pelo voto contra a criminalidade nos municípios mais violentos. (manchete do Valor Econômico)Apoio - Alguns partidos já definiram quem vão apoiar no segundo turno da corrida presidencial. Entretanto, a maioria liberou filiados para decidir apoio entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. PSDB, PP, PR, Novo e o DEM ficam neutros. (todos os veículos)Frente - O ex-ministro e senador eleito pelo PT da Bahia, Jaques Wagner, desembarcou em São Paulo para ajudar a campanha de Fernando Haddad (PT) a costurar uma "frente democrática" contra Bolsonaro. Ele tentará unir Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB). (manchete de O Globo)PSDB - A fragmentação do PSDB ficou ainda mais evidente na reunião da direção nacional da sigla, ontem, em Brasília, depois do presidente do partido, Geraldo Alckmin, insinuar que João Doria é traidor. (manchete da Folha de S.Paulo)Generais - Um grupo de fiéis aliados egressos das Forças Armadas, liderados por três generais do Exército, vem ampliando espaço de influência na campanha de Jair Bolsonaro (PSL). Generais atuam com quase 30 equipes temáticas que trabalham, em Brasília, na formulação do plano de governo. (manchete de O Estado de S. Paulo)Ministérios - Jair Bolsonaro já tem um esboço de pelo menos 9 dos 15 nomes para ocupar a Esplanada dos Ministérios. Além do economista Paulo Guedes, o desenho inclui dois generais da reserva do Exército e um astronauta. (todos os veículos)Guedes - O MPF em Brasília investiga o economista Paulo Guedes sob suspeita de se associar a executivos ligados ao PT e ao MDB para praticar fraudes em negócios com fundos de pensão de estatais. (Folha de S.Paulo)Rio - O ex-juiz Wilson Witzel (PSC), candidato ao governo do Rio de Janeiro, ameaçou ontem prender em flagrante o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), seu principal rival na disputa, caso seja alvo do que chama de 'injúria' durante algum debate. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Reforma - Bolsonaro disse ontem que pretende fazer a própria reforma da Previdência e que não usará a proposta apresentada pela gestão de Michel Temer, já em tramitação na Câmara. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Mercado - A confirmação da liderança de Jair Bolsonaro na preferência dos eleitores fez a Bolsa operar em forte alta ontem, acima dos 85 mil pontos, e mostrou euforia do mercado. O dólar caiu e fechou em R$ 3,75. (todos os veículos)FMI - O Fundo Monetário Internacional piorou as previsões para as contas públicas brasileiras nos próximos cinco anos, passando a estimar que a dívida bruta encostará em 100% do PIB no fim desse período. Para 2023, o FMI prevê que o endividamento bruto ficará em 98,3% do PIB. (todos os veículos)
terça-feira, 9 de outubro de 2018

Cenário - 9.10.18

Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) não precisam rodar muito o país para encontrar potenciais eleitores. Quatro Estados concentraram - conforme balanço de primeiro turno - mais de 17 milhões dos votos nulos, brancos e das abstenções registrados no domingo passado. São Paulo é símbolo do 'não-voto'. Oportunidade de os presidenciáveis engajarem cerca de 9,6 milhões de pessoas. No Pará, 1,2 milhão de votos foram desperdiçados e também estão, teoricamente, à mão do petista e do candidato do PSL. Em Minas Gerais, onde tradições foram quebradas e novas estratégias estão em curso, cerca de 4,7 milhões de abstenções, votos nulos e brancos foram registrados. O Rio Grande do Sul fecha a lista, com 1,9 milhão de eleitores à espera de convencimento. A abstenção nacional alcançou 29,9 milhões do eleitorado. O total de votos nulos chegou a 7,2 milhões, e os votos brancos bateram os 3,1 milhões. Pós-eleições PSDB se reúne A Executiva Nacional do PSDB marcou para hoje, em Brasília, uma reunião de ajustes e definições. Vão entrar em pauta os rumos do partido neste segundo turno, a atuação nos Estados onde haverá participação tucana e a posição a ser assumida no caso da disputa ao Planalto. 2º turno Bolsonaro e Haddad no JN Os presidenciáveis estiveram ontem no Jornal Nacional, da TV Globo. Pontuaram questões sensíveis instaladas na opinião pública, em especial, depois da totalização dos votos no domingo à noite. O assunto principal foi democracia (veja ou reveja). Municipalismo Elos com o interior Os prefeitos tiveram papel importante na composição de votos de Bolsonaro (PLS). Acordos e promessas firmados desde 2016 - em diversos cantos do país - resultaram em alianças suprapartidárias. Oficiais ou não. Bloco O novo 'centrão' Com a reconfiguração política do Congresso, os partidos que atuaram nessas eleições pensando, prioritariamente, no resultado largaram na frente: já discutem o que fazer para influenciar o futuro governo e a agenda de votações em 2019. Câmara Efeitos da onda Deputados da Comissão de Segurança Pública e Defesa da Câmara voltam ao trabalho a partir de hoje. Propostas polêmicas que adormeciam nas gavetas vão emergir. Entre os top 10 estão 1) a adoção de medidas repressivas contra usuários de drogas, 2) reclamação contra prisão de caçadores e atiradores e 3) alteração legislativa que promove responsabilidade dos estabelecimentos em relação à vigilância de veículos, para evitar atuação de flanelinhas. Emendas O relatório da LOA Parte do Congresso tem pressa para elaborar a primeira versão do relatório da Lei Orçamentária de 2019. A ressaca eleitoral ainda está muito presente nos partidos e isso deverá contaminar o dia a dia no plenário e nas comissões temáticas. Hoje, no entanto, estão marcadas as votações das emendas à LOA. O plano original prevê o fechamento do calendário de emendas até o dia 20. A lei restringe a atuação do Executivo na alteração da proposta orçamentária até a aprovação na Comissão Mista. Infraestrutura A ferrovia Inaugurada por Dilma Rousseff em 2014, a ferrovia Norte-Sul (e seus contratos!) volta à tona. O TCU chegou à conclusão de que a obra causou prejuízo de R$ 30 milhões aos cofres públicos. Agenda Indústria - O IBGE divulga hoje números da produção industrial de agosto. Acolhimento - O presidente Michel Temer anuncia hoje a criação de vagas de acolhimento de dependentes químicos em comunidades terapêuticas. Direitos Humanos - O CNJ formaliza hoje acordos sobre o sistema carcerário e direitos humanos. Nos jornais Reprovação - Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) ainda ficarão dependentes dos partidos do 'centrão' para governar. O PT segue com a maior bancada, 56 deputados. O PSL chega a 52 parlamentares. (manchete do Valor Econômico)Constituição - Jair Bolsonaro e Fernando Haddad se comprometeram, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, a respeitar a Constituição de 1988 caso sejam eleitos. O programa de governo do PT prevê a convocação de uma Assembleia Constituinte, enquanto o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, criticou o texto da atual Constituição. (manchete de O Globo)Haddad - Disposto a montar uma frente de "forças democráticas" no segundo turno, Fernando Haddad (PT) tenta demonstrar autonomia em relação ao ex-presidente Lula e afirmou que tem "total tranquilidade para ajustar parâmetros" do programa de governo. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico)Bolsonaro - A equipe de Jair Bolsonaro (PSL) está reunindo apoio do setor privado para levar executivos ao governo, caso o capitão reformado vença o segundo turno. (manchete da Folha de S.Paulo)Ciro - Ciro Gomes (PDT) deve anunciar "apoio crítico" amanhã ao PT. O partido não ocupará cargos, não participará da coordenação da campanha e fará oposição independentemente de quem seja eleito. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Palanques - Jair Bolsonaro (PSL) deve ter o apoio da maioria dos candidatos a governador que disputam o segundo turno. Dos 28 que concorrem em 14 Estados, 12 já anunciaram que irão apoiar Bolsonaro na disputa contra Fernando Haddad. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)Governabilidade - Jair Bolsonaro (PSL) decidiu que, durante o horário eleitoral do segundo turno e nas conversas com os setores político e econômico, irá mostrar que reúne melhores condições de governabilidade. (todos os veículos)Barreira - Das 30 legendas que elegeram representante para o Congresso, 14 não atingiram o índice mínimo de votos válidos, tampouco fizeram deputados Federais em número suficiente para vencer a cláusula de barreira. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)Câmara - A renovação da Câmara dos Deputados chegou a 52%, taxa que não ocorria há mais de 20 anos, e o número de mulheres aumentou 50% - serão 77 deputadas. (todos os veículos)PSDB - Comandado por um aliado de João Doria, o PSDB paulistano expulsou o ex-governador paulista Alberto Goldman, o secretário estadual de Governo Saulo de Castro e mais 15 filiados da legenda por infidelidade partidária. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)FMI - A previsão de crescimento da economia brasileira para este ano foi reduzida pelo Fundo Monetário Internacional para 1,4%. Ela estava prevista em 1,8%, em julho passado. Também houve diminuição na perspectiva de crescimento para 2019 - de 2,5%, em julho, para 2,4%. (todos os veículos)Mercado - Após o resultado do primeiro turno, investidores levaram a Bolsa aos 86 mil pontos ontem com alta de 4,5%. O dólar fechou em R$ 3,76, a cotação mais baixa em dois meses. (manchete de O Estado de S. Paulo)
segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Cenário - 8.10.18

Jair Bolsonaro (PSL) deu o tom da corrida ao Planalto. Em um fenômeno não percebido pela maioria, influenciou também o padrão de representatividade nos estados e no Congresso. O rearranjo de forças nacionais e locais - provocado pela chamada 'onda conservadora' - desafia os prognósticos desenhados para essa eleição. Quase todos foram colocados em perspectiva na madrugada de hoje. E o status quo está abalado. Mas embora essa seja uma das muitas verdades reveladas pelas urnas não significa dizer que o jeito de fazer política em tempos agudos (como agora!) mudará. Os próximos 20 dias de campanha para presidente da República dificilmente serão lembrados pela capacidade de inovação. Há pressões instaladas em parte da opinião pública para que tanto Bolsonaro como Fernando Haddad (PT) explorem mais suas propostas de governo, sinalizem ao centro em busca de apoios e digam exatamente o que farão se forem eleitos. Tais demandas fazem sentido, mas não estão, necessariamente, relacionadas a movimentos voluntários porque, entre outras peculiaridades, a diferença de votos entre os dois é enorme. Projeções Próximas pesquisas A partir de amanhã, a semana já começa a ganhar impulso com novas pesquisas de intenção de voto. TV Calendário de debates Na quinta-feira, 11, a Band abrirá a sequência de debates a presidente - não está confirmado se Jair Bolsonaro (PSL) vai comparecer. A TV Gazeta fará em seguida, dia 14. Dia 15, será a vez da RedeTV! O SBT reunirá os candidatos no dia 17, já a RecordTV, no dia 21, e a Globo marcou o seu para o dia 26. Congresso 'Climão' e euforia A Câmara e o Senado retomam os trabalhos esta semana. Os grupos que foram deslocados pelo voto e não estarão no Legislativo em 2019 planejavam tirar da gaveta uma espécie de agenda positiva. Como ficaram as bancadas, a preocupação passa a ser o Orçamento. Dia seguinte Impacto imediato Atônitos com o resultado das eleições, ontem, comitês de campanha em diversos estados cancelaram reuniões e pronunciamentos oficiais previstos para hoje. ________________________________________ Voto judiciário Carona na Lava Jato Novatos e desconhecidos, representantes do Direito estrelaram as eleições deste ano e até surpreenderam após a contagem dos votos. Adicionar a palavra "juiz" ao nome eleitoral deu sorte e produziu resultados em vários lugares do país. Agenda Balanços - Os partidos que terão candidatos no segundo turno iniciam hoje as rodadas de reunião para definir estratégias e busca por apoios. Nos jornais 2º turno - Jair Bolsonaro (PSL) obteve 46,46% dos votos e Fernando Haddad (PT) ficou com 28,69% e farão o segundo turno ao Planalto. (manchete da Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)PSL - A 'onda conservadora' que impulsionou Bolsonaro manifestou-se no desempenho dos candidatos do PSL, seu partido, e daqueles que o apoiaram nas disputas estaduais e para o Congresso. Na Câmara, a sigla deve ter a segunda maior bancada. (manchete do Valor Econômico)Bolsonaro - No pronunciamento após a definição do segundo turno, Jair Bolsonaro disse suspeitar que só não foi eleito ontem devido a problemas nas urnas eletrônicas. (todos os veículos)Haddad - Fernando Haddad (PT) discursou ontem para militantes, fez sinais ao centro e ainda agradeceu ao ex-presidente Lula. (todos os veículos)Ciro - Terceiro colocado na disputa (12,25% dos votos), Ciro Gomes (PDT) deixou claro que não irá apoiar Bolsonaro, mas evitou declarar apoio a Haddad. Ele disse que precisará debater a posição com seus aliados. "Ele não, sem dúvida", afirmou. (todos os veículos)Alckmin - Com o pior desempenho do PSDB em eleições presidenciais de sua história, Geraldo Alckmin (PSDB) reconheceu a derrota. Ele ficou em quarto lugar, com cerca de 5%. (todos os veículos)Marina - Em sua terceira eleição para a presidência da República, a candidata do Rede, Marina Silva, perdeu drasticamente seu cacife político e terminou a disputa em oitavo lugar. (todos os veículos)TSE - A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, disse ontem sentir preocupação com a manifestação do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que colocou em dúvida a urna eletrônica. (todos os veículos)Estados - Bolsonaro passou perto de vencer as eleições presidenciais no primeiro turno graças a um apoio maciço em quase todo o país. Ficou em primeiro em 4 das 5 regiões do Brasil. O Nordeste foi a única exceção. (todos os veículos)SP - O segundo turno da eleição para o governo de São Paulo será disputado entre João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB). Com 98,28% das urnas apuradas, Doria liderava com 31,8%, seguido de França, com 21,5%. Paulo Skaf estava com 21,1%. (todos os veículos)RJ - Os resultados do primeiro turno das eleições surpreenderam no Estado do Rio. Com 97,23% das urnas apuradas, Wilson Witzel (PSC) tinha 41,29% dos votos e Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito da capital, tinha 19,52%. (todos os veículos)Senado - A eleição de 2018 produziu a maior fragmentação partidária da história do Senado, que abrigará 21 legendas a partir em 2019. Ficaram de fora velhos conhecidos da política brasileira como o atual presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB). (todos os veículos)Dilma - A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não conseguiu se eleger senadora de Minas Gerais, contrariando as pesquisas eleitorais, que a indicavam como líder desde o início da campanha. A petista obteve 15,21% dos votos e ficou em quarto lugar. (todos os veículos)Mercado - A surpreendente vantagem de Jair Bolsonaro no primeiro turno da eleição vai provocar um clima de euforia no mercado financeiro. O volume de votos do PSL pode levar o Ibovespa a buscar os 90 mil pontos e o dólar cair para perto de R$ 3,70. (Valor Econômico)
sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Cenário - 5.10.18

Novas pesquisas de intenção de voto previstas para hoje vão acentuar o clima de 'todos contra um'. Presidenciáveis que sonham com o segundo turno reservaram o dia para atacar Jair Bolsonaro (PSL). A tática de minar o líder é velha conhecida às vésperas da eleição. Na era dos supermarqueteiros, essa etapa era quase obrigatória. Apesar de acumular taxas de sucesso não desprezíveis no passado, desta vez, a pancadaria de última hora tende a ser inócua. A despeito das polêmicas em que seus auxiliares se envolveram, da ausência nos debates e da mobilidade prejudicada devido ao atentado, Bolsonaro não só consolidou o eleitorado como, numericamente, ampliou sua vantagem sobre os adversários. Ontem e anteontem as campanhas de Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) introduziram o 'medo' em suas estratégias com mais ênfase - como que preparando os pacotes de ataques que estão por vir. ________________________________________ Reta final Ressaca pós-debate As campanhas que se dispuseram a fazer balanços, ontem, logo após o fim do debate na TV Globo, avaliaram que o encontro não atingiu seus objetivos nem para encantar o eleitor nem para desqualificar Bolsonaro. ________________________________________ Estados Domingo de decisão A disputa para o governo estadual vai acabar em alguns lugares do país já no próximo domingo (7). Não por acaso, esses estados estão mapeados e devem os primeiros a receber as comitivas dos presidenciáveis que vão disputar um eventual segundo turno. ________________________________________ Preparativos Onde votar O prazo para que a Justiça Eleitoral reorganizasse as seções terminou esta semana, por isso, os cartórios correm para avisar aos eleitores que é importante conferir o novo endereço do local de votação nos sites ou nas centrais de atendimento dos TREs antes de sair de casa. ________________________________________ Cobertura Plantão especial O Cenário vai circular normalmente amanhã e depois. ________________________________________ Constituição 30 anos Ulysses Guimarães discursou há três décadas resumindo o espírito da Constituição: "Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania onde quer que ela desgrace homens e nações, principalmente na América Latina". "(...) A coragem é a matéria-prima da civilização. Sem ela, o dever e as instituições perecem. Sem a coragem, as demais virtudes sucumbem na hora do perigo. Sem ela, não haveria a cruz, nem os evangelhos", disse. ________________________________________ Corrupção Lei mais dura Entendimento do STJ ampliou o escopo da aplicação de penas em crimes de corrupção passiva. O Tribunal passou a considerar que, independentemente, de o servidor público estar atuando em sua área, se houver recebimento de propina é corrupção. Antes, o enquadramento exigia que o acusador comprovasse que o agente público emitiu algum documento em troca de vantagem. ________________________________________ CNJ O que está na pauta Na próxima terça-feira, o Conselho Nacional de Justiça julgará processos disciplinares contra o juiz que planejou recolher as urnas eletrônicas na véspera da eleição e contra a juíza que usou aparato do tribunal para proteger seu filho, preso por envolvimento com tráfico de entorpecentes. ________________________________________ Administração Efeito colateral O governo instituiu regras para barrar fraudes nos benefícios previdenciários, mas o pente fino gerou outro problema: uma fila de reclamantes na Justiça. Com o aumento de demanda, a Justiça Federal consumiu todo o orçamento do ano destinado ao pagamento de peritos ainda na metade do ano. Para socorrer o Judiciário, o governo precisou liberar recursos extras em caráter emergencial. ________________________________________ Agenda Inflação - O IBGE divulga hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Construção civil - Os custos e índices da Construção Civil, relativos ao setor habitacional, no período de agosto, também serão apresentados pelo IBGE hoje Eleição - Hoje é o último dia para a distribuição de propaganda eleitoral impressa Nos jornais Datafolha - Na penúltima pesquisa Datafolha antes do primeiro turno, Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 39% dos votos válidos. Fernando Haddad (PT) manteve-se estável, com 25%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 13% e Geraldo Alckmin (PSDB) registrou 9% (manchetes da Folha de S.Paulo e O Globo) Debate - Na TV Globo, a ausência de Jair Bolsonaro (PSL) foi alvo de críticas e ataques. Fernando Haddad (PT) foi confrontado pelas denúncias de corrupção da era petista (manchete de O Estado de S.Paulo) Bolsonaro - Em entrevista à TV Record, exibida simultaneamente ao debate, Bolsonaro atacou o PT e parabenizou o ex-ministro Antonio Palocci por ter delatado esquema de corrupção à Polícia Federal (O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e Valor Econômico) PT - Após avaliar como falha a estratégia política de poupar Jair Bolsonaro no primeiro turno, o comando da campanha do PT vai tentar desconstruir o capitão reformado e recuperar os votos, principalmente na região Sudeste (Folha de S.Paulo) 2º turno - Cerca de 147 milhões de brasileiros estão habilitados a votar no domingo. Será a eleição dos extremos. Dividida em dois polos, a campanha do provável segundo turno tem tudo para se transformar numa guerra de rejeições (manchete do Valor Econômico) Delfim - Em entrevista, Antonio Delfim Netto considera "inconsistentes" os programas de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. O economista afirma que os dois "se equivalem" pela falta de um projeto que eleve a produtividade e o crescimento (Folha de S.Paulo) Lula - A força-tarefa da Lava Jato pediu ontem a condenação do ex-presidente Lula no processo por suposto recebimento de vantagens indevidas da Odebrecht. A ação envolve a aquisição de um terreno para o Instituto Lula (O Globo) Toffoli - Em artigo, o presidente do STF, Dias Toffoli, defende a Constituição de 1988: "Ressoam nela as vozes da Nação, dando corpo a um grande pacto social, político e econômico" (O Estado de S. Paulo) Empresas - Levantamento do Ministério Público do Trabalho mostra que, nos últimos quatro dias, foram registradas 121 queixas contra pelo menos 23 empresas por trabalhadores que sofrem pressão para direcionamento do voto (O Globo) Mercado - Após dois dias de euforia, o dólar voltou a subir e a Bolsa fechou em queda. A moeda americana encerrou a R$ 3,8970. O Ibovespa recuou 0,38%, a 82.952 pontos (todos os veículos) Infraestrutura - É remota a possibilidade de o governo conseguir realizar os leilões da ferrovia Norte-Sul e de 12 aeroportos neste ano (Valor Econômico)
sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Cenário - Especial debate

O debate encerrado na TV Globo foi marcado por ataques a alvos óbvios, críticas ao passado e ao presente, dobradinhas de conveniência, muitas farpas e, claro, momentos de descontração. Apesar de ausente, Jair Bolsonaro (PSL) foi um dos personagens centrais (como era esperado!) no discurso de todos. Os presidenciáveis não pouparam o líder nas pesquisas. Fernando Haddad (PT) reafirmou mensagens pró-democracia e foi apoiado por Marina Silva (Rede), que disse que o capitão da reserva, simplesmente, "amarelou". Guilherme Boulos (PSol), Álvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) ocuparam parte de seus tempos para fazer coro. Ciro Gomes (PDT) foi quem mais se posicionou contra Bolsonaro - de forma isolada ou em dupla com os concorrentes. Fez referências a polêmicas recentes, repetiu acusações, colocou em dúvida a recomendação médica que manteve Bolsonaro em casa e disparou contra propostas assumidas pelo adversário. O debate oscilou, mas muito pouco. No geral, os quatro blocos mantiveram a mesma temperatura. Pelas regras, os grandes temas nacionais foram abordados: segurança, saúde, educação, crescimento econômico, corrupção, transporte, meio ambiente e a paz social converteram-se em perguntas e respostas que miraram (de novo!) 1) Bolsonaro, 2) o voto útil e 3) o antipetismo. Os apelos contra a polarização no domingo também foram unânimes. Mas não avançaram para além das frases de efeito. Ao final, as previsões se confirmaram: no debate mais esperado desta eleição não houve vencedor. ________________________________________ Live Bolsonaro nas redes... Por volta das 20h30 de quinta-feira (4), acompanhado de lideranças evangélicas e do filho Flávio, Bolsonaro iniciou uma transmissão ao vivo pelo Facebook. À audiência, o candidato do PSL destacou que está ao lado de todos os brasileiros neste momento e reforçou: "Até mesmo dos petistas, pois uma decisão errada a essa altura custará caro para todos". Bolsonaro mediou a conversa alternando com os demais a análise de assuntos sensíveis que marcam a campanha ao Planalto. O candidato reafirmou que acredita em uma vitória no primeiro turno e condenou a "desunião do povo brasileiro", atacando o PT e seus adversários (veja ou reveja). ________________________________________ Entrevista ...E na RecordTV Na mesma hora em que teve início o debate na Globo, foi ao ar na RecordTV uma entrevista exclusiva gravada com Jair Bolsonaro (PSL). Com direito a pausas para descanso e atendimento médico, o presidenciável respondeu a perguntas sobre sua saúde, o atentado que sofreu, suas propostas de governo e a crise brasileira (veja ou reveja - a partir do minuto 20). ________________________________________ Datafolha 1 Breve síntese O novo Datafolha divulgado no início da noite de quinta-feira (4) mostra que Bolsonaro saltou de 32% para 35% das intenções de voto, ampliando a distância dos demais presidenciáveis. Haddad manteve a segunda posição, variando de 21% para 22%, enquanto Ciro Gomes tem 11%, Geraldo Alckmin, 8% e Marina Silva, 4%. Nos votos válidos - descartados brancos e nulos -, Bolsonaro aparece com 39% e Haddad, com 25%. Um provável segundo turno entre Bolsonaro e Haddad mostra empate técnico: o candidato do PSL tem 44% e o petista, 43%. Se a disputa for entre Bolsonaro e Alckmin, a pesquisa indica outro empate, com vantagem numérica para o tucano: 43% a 42%. Ciro Gomes aparece no Datafolha com 48%, contra 42% de Bolsonaro em um eventual segundo turno. No recorte por rejeição, Bolsonaro e Haddad têm taxas semelhantes: 45% dos eleitores não votariam de jeito nenhum no candidato do PSL e 40% rechaçam Fernando Haddad. O Datafolha ouviu 10.178 eleitores em 389 cidades. ________________________________________ Datafolha 2 Efeito imediato Os números da pesquisa cristalizaram no noticiário político a ideia de que a massa de votos carreada para Jair Bolsonaro (PSL) é mais do que sólida. ________________________________________ Fluxos Correntes de apoio Dando continuidade a um movimento que começou relativamente discreto no início da semana, forças políticas e empresariais seguem migrando e/ou reafirmando apoio a Jair Bolsonaro (PSL). A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) divulgou manifesto de adesão e o candidato do MDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, disse que votará em Bolsonaro em um eventual segundo turno. ________________________________________ Previsão O que esperar da sexta-feira As primeiras repercussões do Datafolha, somadas ao resultado final do debate na Globo e às aparições na RecordTV e nas redes sociais, podem render a Jair Bolsonaro vantagem competitiva ainda maior às vésperas da eleição de domingo. Na internet, os que acreditam em um desfecho já no primeiro turno projetam (sem rodeios!) a formação de uma onda bolsonarista no fim de semana. ________________________________________
quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Cenário - 4.10.18

Tradicionalmente, o debate na TV Globo encerra uma etapa importante das eleições ao Planalto. Hoje à noite, porém, quem vai escrever a última página do roteiro e indicar o desfecho será Jair Bolsonaro (PSL). Ausente por recomendação médica, o presidenciável fará uma live - transmissão ao vivo - em suas redes sociais no mesmo horário (22h) em que os adversários estarão no estúdio. Materializa-se assim um imprevisto com o qual quase ninguém contava a esta altura da disputa. Boa parte da expectativa criada em torno do debate na televisão fica esvaziada e migra de forma instantânea para os canais próprios bolsonaristas. Não há pistas do que pode ser dito, mas é certo que o tempo será aproveitado no limite do que a estratégia de campanha definiu desde a saída do hospital. Sem o confronto direto com o líder nas pesquisas, os demais tendem a vagar em círculos. E, como em outros momentos, Fernando Haddad (PT) deverá ser (de novo!) o alvo da vez. O clima de vale-tudo antipetista instalado nas campanhas e nas ruas tem tudo para ser incorporado por Ciro Gomes (PDT). Há dias ele vem ensaiando se apropriar de uma fração desse fenômeno. O aceno para capturar os votos de Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB), oferecendo-se como candidatura da conciliação, foi o primeiro passo. Os outros serão dados logo mais. ________________________________________ Nas redes TV Bolsonaro Os vídeos caseiros, sem aporte de microfones e com cenários improvisados (como a já famosa mesa forrada com toalha de estampa de pimentas) fazem sucesso nas transmissões de Jair Bolsonaro (PSL). Durante a semana, 500 mil pessoas interagem com seus vídeos. O alcance das publicações chega à casa de dezenas de milhões. ________________________________________ Apoio Ode à lealdade ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador, estará com Geraldo Alckmin (PSDB) acompanhando de perto o debate de hoje na Globo. ________________________________________ Voto Ida às urnas Analistas políticos projetam que esta eleição interromperá a curva ascendente de abstenção. As apostas da semana são de que a polarização deverá levar mais gente às urnas. Desde 2006, a ausência dos eleitores só cresce. Passou de 16,75% para 18,12% em 2010 e em 2014 chegou a 19,39%. ________________________________________ PT O poder das palavras Jaques Wagner (PT) encabeça as pesquisas para o Senado na Bahia, mas entre um compromisso e outro esta semana encontrou tempo para palpitar sobre a corrida presidencial. Os elogios a Ciro Gomes (PDT) fluíram sem constrangimento e/ou ressalvas. ________________________________________ Economia 1 Velhas barreiras Falas recentes do presidente americano Donald Trump recolocaram na agenda dos presidenciáveis que concorrem ao Planalto o tema comércio exterior. As relações de troca entre Brasil e Estados Unidos sempre foram marcadas por pedidos frequentes de mais abertura e facilidades por ambos os lados. ________________________________________ Economia 2 O PIB da transição O staff mobilizado pelo governo que ficará responsável pela troca de informações assim que o presidente eleito for confirmado está atuando em diversas frentes. O grupo destacado para reunir o dados macroeconômicos mais relevantes dedicou esta semana especial atenção ao PIB. Com as recentes revisões (para baixo!) anunciadas por Banco Central e Ipea, crescer menos de 1% em 2018 passou a ser considerado algo realístico. ________________________________________ Agenda Homenagem - O STF realiza sessão solene para celebrar os 30 da Constituição Federal Educação - O presidente Michel Temer apresenta hoje a avaliação de Impacto do Programa de Ensino Médio em Tempo Integral Propaganda - Termina hoje a transmissão do horário eleitoral no rádio e na TV Nos jornais Ibope 1 - Pesquisa divulgada ontem mostra Jair Bolsonaro com 32%, Fernando Haddad (PT), com 23%, Ciro Gomes (PDT) com 10%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 7% e Marina Silva (Rede) com 4% (todos os veículos) Ibope 2 - A tendência é de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad (PT). Se fosse hoje, haveria empate técnico (todos os veículos) Fake news 1 - Na reta final da eleição, os conteúdos falsos se multiplicaram nas redes e no WhatsApp. Desde o fim de semana, 11 publicações falsas de grande repercussão - textos, fotos e vídeos - foram desmentidas pelo Fato ou Fake, o serviço de checagem do Grupo Globo (manchete de O Globo) Fake news 2 - Os eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) são os que mais se informam pelas redes sociais. O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, acredita que a disseminação de boatos tem ajudado a turbinar a subida do pesselista nas pesquisas (O Globo) Debate - Jair Bolsonaro (PSL) descartou participar hoje do debate da TV Globo, o último antes do primeiro turno (todos os veículos) Constituinte - O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, criticou as propostas dos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) de fazer uma nova Constituição (Folha de S.Paulo e O Globo) IR - Os quatro candidatos à Presidência mais bem colocados nas pesquisas prometem rever a cobrança do Imposto de Renda. Dizem que os lucros e dividendos pagos a empresários e acionistas deverão voltar a pagar IR (manchete da Folha de S.Paulo) Câmbio - O segundo dia de euforia levou o dólar a fechar abaixo dos R$ 3,90 pela primeira vez desde 14 de agosto. A moeda americana caiu 1,16%, a R$ 3,8890 (todos os veículos) Horário de verão - A pedido do MEC, e por causa da realização do Enem, o horário de verão começará em 18 de novembro. A data de início estava prevista para 4 de novembro (todos os veículos) Energia - A crise hídrica enfrentada pelo país deve levar ao acionamento de mais usinas termelétricas em janeiro, reservando ao próximo presidente um início de mandato em meio a aumentos significativos das tarifas de energia (manchete do Valor Econômico)
quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Cenário - 3.10.18

Os temas mais áridos da campanha ao Planalto ficaram para trás. As pesquisas e a proximidade da votação de domingo forçaram mudanças importantes na propaganda, na autopromoção e no discurso dos candidatos. Quem logo no início atacou ou defendeu a reforma da Previdência decidiu guardar as armas. O mesmo aconteceu com o debate em torno da questão fiscal e da reforma política. Vítimas do casuísmo eleitoral, não resistiram e pereceram. E o que dizer dos arroubos de preocupação com os refugiados venezuelanos e o futuro dos museus... A agenda de momento é a da sobrevivência. E os presidenciáveis que sonham com o segundo turno resolveram abraçá-la. Toda a luz possível está concentrada em itens que comunicam direta e instantaneamente com o eleitor - leia-se corrupção e segurança pública. Curiosamente, o Bolsa Família está fora do top 10. ________________________________________ Alianças Quem vai com quem A hipótese de Jair Bolsonaro (PSL) ser eleito em primeiro turno não está completamente descartada. As forças políticas que sempre estiveram ou que agora se aproximam do candidato, no entanto, fazem cálculos sem pensar muito nisso. Nos estados, a prioridade dos bolsonaristas (os novatos e os veteranos!) é se reposicionar. Para quem chegou agora ao palanque, a estratégia de momento é ver e ser visto. E, com sorte, ser lembrado a partir de segunda-feira (8). ________________________________________ Apoio Voto e fé Na reta final, Bolsonaro coleciona declarações de apoio de alguns dos principais líderes religiosos. ________________________________________ Economia O dinheiro grita Guardadas as proporções, o fluxo observado no mundo político e em setores da sociedade tem - em sua origem - as mesmas motivações que aquelas refletidas pelo mercado neste momento. ________________________________________ Fiscalização Cruzamento de dados A aplicação das regras de financiamento de campanha dará muito trabalho aos técnicos envolvidos com as prestações de contas. Levantamento prévio do TSE, com o cruzamento entre os bancos de dados dos doadores pessoa física e o cadastro de auxílios sociais, encontrou dezenas de CPFs de pessoas falecidas, beneficiárias do seguro-desemprego e Bolsa Família. ________________________________________ Proteção Pelo bem de todos O Ministério Público do Trabalho estruturou um canal em seu site - e se justificou em nota oficial - dedicado a receber denúncias anônimas de trabalhadores que se sentirem constrangidos a votar nos candidatos apoiados por seus patrões. O controle prévio é novidade nesta eleição. ________________________________________ Pós-eleições O futuro da Rede O encolhimento de Marina Silva na corrida ao Planalto pode afetar também o desempenho de seu partido, a Rede, na disputa proporcional. A Rede fez planos de alcançar mais cadeiras no Congresso em 2019. ________________________________________ Renúncias O peso dos benefícios Painel inaugurado pelo TCU mapeia o impacto das renúncias fiscais na economia. O governo deixa de arrecadar R$ 275 bilhões em tributos. ________________________________________ Agenda Conjuntura - O ministro da Fazenda Eduardo Guardia almoça hoje no STF e apresenta aos ministros dados macroeconômicos e projeções Empreendedorismo - O IBGE divulga hoje informações sobre o padrão demográfico das empresas formais com foco em inovação como forma de sobrevivência no mercado Nos jornais Datafolha - Jair Bolsonaro (PSL) avançou quatro pontos e alcançou 32% das intenções de voto na mais recente pesquisa Datafolha. Fernando Haddad (PT) está com 21% e sua rejeição cresce de 32% para 41% (todos os veículos) Haddad - Fernando Haddad (PT) elevou o tom das críticas contra Jair Bolsonaro (PSL), sinalizando que os ataques vão aumentar até domingo (O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo) Bolsonaro - O Ibope afirma que o crescimento de Jair Bolsonaro foi amparado pelo avanço em segmentos do eleitorado tradicionalmente fiéis a Lula. No Nordeste, por exemplo, o candidato do PSL teve crescimento expressivo (manchete de O Globo) Análise - Em entrevista, a diretora executiva do Ibope, Marcia Cavallari, diz que a possibilidade de vitória de Bolsonaro no primeiro turno é muito pequena, apesar do crescimento registrado pelo candidato (O Estado de S. Paulo) Alckmin - Aliados de Geraldo Alckmin (PSDB) passaram a manifestar apoio - velado ou explícito - à candidatura de Bolsonaro. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) declarou ontem, oficialmente, apoio ao deputado (manchete de O Estado de S. Paulo) Lula - A tendência no STF é que o plenário só delibere depois do segundo turno das eleições sobre a guerra de decisões registrada nos últimos dias em torno da possibilidade de o ex-presidente Lula dar entrevistas na prisão (Folha de S.Paulo) Facada - Adelio Bispo, autor da facada contra Jair Bolsonaro, foi denunciado ontem pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais, por crime contra a segurança nacional (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo) Mourão - O general Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), voltou a criticar o 13º salário. Ontem, falou sobre a necessidade de "planejamento" e "entendimento" a respeito do pagamento (todos os veículos) Mercados - O dólar encerrou o dia ontem em queda, a R$ 3,93. Já o Ibovespa subiu 3,91%. O movimento é atribuído à ampliação da vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT) nas pesquisas de intenção de voto (manchete do Valor Econômico)
terça-feira, 2 de outubro de 2018

Cenário - 2.10.18

Mais expostos do que em qualquer outro momento da campanha, os presidenciáveis com chances de passar ao segundo turno recalibram discursos e gestos. Esta é uma semana especial. A divulgação de novas pesquisas tem sido quase instantânea e os ataques partem de todos os lados. Há ainda denúncias pairando no ar, o que tem comprometido parte da energia vital de quem está no topo da pirâmide. Uma variável, porém, tende a ganhar fôlego de hoje para amanhã. É que (precocemente!) foi criada uma superexpectativa em torno do debate da TV Globo, marcado para a próxima quinta-feira (04). A atmosfera geral acabou sobrecarregada de tensão antes da hora. ________________________________________ Roteiros Destino certo As viagens de quem está em campanha privilegiam neste momento redutos que possam render boas fotos e evitar desgastes. A opção por visitar ambientes controlados é uma das regras mais clássicas de uma eleição às vésperas do primeiro turno. ________________________________________ Eleições para governador Os debates nos estados Candidatos aos governos estaduais vão se encontrar hoje à noite nos debates promovidos pela TV Globo e suas afiliadas. ________________________________________ STF Clima e perspectivas Nem bem assumiu e o novo presidente do STF Dias Toffoli está diante de um dos episódios mais sensíveis que podem marcar sua gestão. O imbróglio criado a partir do pedido de entrevista feito pela Folha de S.Paulo ao ex-presidente Lula tem potencial para não se esgotar em 2018. ________________________________________ Argentina Lá e cá Cientistas argentinos se uniram aos brasileiros para denunciar à comunidade científica internacional a política de corte de verbas que compromete pesquisas e carreiras. Assim como ocorre no Brasil, a crise política e a falta de recursos na Argentina reduziram o volume de verbas de custeio. ________________________________________ Estatuto do idoso Renovação O crescente ritmo de envelhecimento da população fez com que o Estatuto do Idoso chegasse aos 15 anos de vigência carente de mudanças. Até novembro, o Congresso terá concluído um estudo de atualização da lei que rege as políticas públicas para a terceira idade ________________________________________ Agenda Indústria - O IBGE divulga hoje Pesquisa Industrial Mensal, Produção Física de agosto Debate - SBT, Folha e UOL promovem debate com os candidatos e candidatas a vice-presidente TSE - O Tribunal Superior Eleitoral realiza a partir de hoje, e até sexta-feira, sessões plenárias de julgamento ordinárias e extraordinárias para 'limpar' a pauta Nos jornais Ibope 1 - Pesquisa Ibope divulgada ontem aponta que Jair Bolsonaro (PSL) subiu 4 pontos em relação ao levantamento anterior e agora tem 31% das intenções de voto. Fernando Haddad (PT) segue em segundo lugar com 21% (manchete de O Globo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico) Ibope 2 - Em terceiro aparece Ciro Gomes (PDT), também estacionado em 11%, seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%, e Marina Silva (Rede), com 4%. Brancos e nulos somaram 12%, enquanto 5% não responderam ou preferiram não opinar (todos os veículos) Rejeição - Bolsonaro e Haddad continuam com a maior rejeição. Enquanto o capitão reformado manteve 44%, o petista avançou 11 pontos e chegou a 38%. A lista segue com Marina (25%), Alckmin (19%) e Ciro (18%) (todos os veículos) 2º turno - Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro perde para Ciro (45% a 39%), Alckmin (42% a 39%), supera Marina (43% a 38%) e empata com Haddad (42% a 42%) (todos os veículos) Reforma - Quatro dos cinco candidatos com melhor desempenho nas últimas pesquisas de intenção de voto falam em mudar ou ajustar pontos da Lei Trabalhista aprovada no ano passado (Folha de S.Paulo e O Globo) Palocci - O juiz Sérgio Moro retirou o sigilo de parte da delação de Antonio Palocci, que faz acusações graves a ex-aliados. O ex-ministro revelou que as campanhas presidenciais do PT em 2010 e 2014 custaram até quatro vezes o valor declarado à Justiça Eleitoral. O PT nega e diz que o ex-ministro mente em troca de benefícios (todos os veículos) Polêmica 1 - O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, proibiu a entrevista do ex-presidente Lula a jornalistas até que a controvérsia sobre liberdade de imprensa seja analisada pelo plenário da Corte (todos os veículos) Polêmica 2 - Dias Toffoli afirmou ontem que prefere definir a tomada de poder pelos militares em 1964 como um "movimento": "Não foi um golpe nem uma revolução. Me refiro a movimento de 1964" (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo) Trump - O presidente dos EUA, Donald Trump, acusou o Brasil de ser um dos países mais difíceis para ter relações comerciais e disse que a forma como as empresas americanas são tratadas aqui é injusta (todos os veículos) Câmbio - A sinalização de que o acordo sobre o Nafta (Estados Unidos, Canadá e México) será renovado contribuiu para a queda do dólar ante o real ontem (terminou o dia cotada a R$ 4,019), mas não foi suficiente para impulsionar a Bolsa brasileira (todos os veículos)
segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Cenário - 1º.10.18

As manifestações ocorridas no fim de semana anteciparam o clima que deverá marcar o segundo turno da corrida ao Planalto. A disputa por espaços, antes restrita à internet, foi parar nas ruas. E isso não se deu por acaso. Além do impulsionamento orgânico, as correntes que se mobilizaram em diversas cidades do país absorveram das campanhas parte da energia produzida por elas neste momento. O clássico 'bateu, levou' está em ação. Candidatos que lideram as pesquisas e aqueles que tentam subir nas preferências jogaram pesado na semana passada. Foram ataques, insinuações e frases de efeito. Tudo isso ajudou a inflamar as multidões. E, com certeza, vai pavimentar a organização de outros atos do tipo. ________________________________________ Retórica Lista de desejos Turbinados pelas últimas pesquisas, os discursos dos candidatos ao Planalto passaram a incorporar temas que não estão (ou não foram tão bem explicados!) nos programas de governo. Por isso, seguirão em alta esta semana: 1) a tese de uma nova Constituinte, 2) a discussão sobre o papel e os poderes Ministério Público e 3) os embates em torno da proposta de estabelecer mandato para ministros do STF. ________________________________________ Debate 1 Encontro de ontem Os presidenciáveis - menos Jair Bolsonaro - estiveram ontem à noite na RecordTV (veja ou reveja). ________________________________________ Debate 2 O próximo Na quinta-feira (4), os candidatos ao Planalto estarão na TV Globo. Bolsonaro já disse que pretende ir. ________________________________________ Timing eleitoral Poder das emendas A partir de hoje, os parlamentares podem encaminhar emendas à Lei de Orçamento de 2019. A indicação de recursos é uma poderosa ferramenta para sensibilizar prefeitos, governadores e, claro, eleitores. ________________________________________ Almoxarifado virtual Desburocratização Dez ministérios começam a testar a partir de hoje um novo método de aquisição de material de consumo - menos burocrático do que os métodos clássicos de contratação da administração. Batizado de almoxarifado virtual, as compras e controles de estoque serão compartilhados pelos órgãos, com o objetivo de dar agilidade e evitar casos em que sobra material em uma pasta. A compra em maior quantidade reduzirá custos. ________________________________________ Direitos da criança Retrato municipal Uma em cada quatro cidades brasileiras ainda não tem Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente adequadamente constituído. Além de não implementarem políticas direcionadas para as ações sociais, as cidades deixam de receber recursos de até 3% de dedução dos recolhimentos relativos ao Imposto de Renda. ________________________________________ Agenda Conselho de comunicação - Colegiado se reúne na Câmara dos Deputados para analisar projetos de lei em tramitação Nos jornais Fundão - Réus em ações penais no STF, 19 políticos já receberam repasses dos fundos eleitoral e partidário que somam R$ 23,5 milhões (manchete da Folha de S.Paulo) Debate - Candidatos do centro se uniram ontem, durante o debate da TV Record, para atacar o líder das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), que recebeu alta do hospital, mas não compareceu ao evento por indicação médica, e Fernando Haddad (PT) (manchete de O Estado de S. Paulo) Bolsonaro 1 - Um dia após protestos de rua organizados por mulheres reunirem milhares contra sua candidatura, Bolsonaro afirmou que "não teria nada a fazer em caso de derrota" (Folha de S.Paulo e O Globo) Bolsonaro 2 - Ontem, nove capitais e 16 cidades registram atos pró-Bolsonaro (todos os veículos) Urna - Durante 22 anos de utilização das urnas eletrônicas no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral não identificou nenhuma invasão de hackers ou qualquer tipo de fraude nos mais de 461 mil pontos de votação espalhados pelo país (Folha de S.Paulo e O Globo) Polêmica - A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo afirmou que a proibição pelo ministro Luiz Fux, do STF, de publicação de declarações do ex-presidente Lula a jornalistas é censura e que é "alarmante" que o tribunal equipare entrevistas com campanhas políticas (Folha de S.Paulo) Sociedade - O candidato que vencer a eleição presidencial vai administrar o país após o pior ciclo de aumento da desigualdade social desde a redemocratização, segundo dados da FGV Social. Foram 11 trimestres consecutivos de piora (Valor Econômico e O Globo) Funcionalismo - O governo adotou uma série de medidas para dificultar o preenchimento de cargos de confiança no serviço público apenas por meio de indicações políticas ou entre os próprios servidores, como um projeto de 'banco de talentos' (O Estado de S. Paulo e Valor Econômico) Negócios - A Boeing e a Embraer negociam a instalação de uma linha de montagem do novo cargueiro militar KC-390 nos Estados Unidos. Seria uma segunda linha, adicional à já existente em Gavião Peixoto, no interior paulista (manchete do Valor Econômico) SUS - Considerado um dos maiores legados da Constituição, que assegurou o direito à saúde gratuito e universal aos brasileiros, o Sistema Único de Saúde chega aos 30 anos sob cobranças para que se renove e se torne mais eficiente (manchete de O Globo)
sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Cenário - 28.9.18

O novo Datafolha que será divulgado hoje à noite agregará pouco à estratégia dos que lideram a corrida ao Planalto. Ainda que as taxas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) se movimentem, o ajuste fino das campanhas não muda. Independentemente da pesquisa, a ação de curtíssimo prazo definida por ambos segue até pelo menos o debate da Record - marcado para o próximo domingo (30), às 22h. Bolsonaro - que não deverá ir à TV - e Haddad estabeleceram sistemas de defesa bastante semelhantes: o lema é resistir e rebater. E até o timing é quase idêntico. Tal combinação faz todo o sentido nessa fase da eleição. Seus efeitos, no entanto, é que são imprevisíveis. Principalmente quando se é alvo da mídia e do fogo amigo. ________________________________________ Bolsonaro A vida lá fora Mesmo ativo nas redes sociais e em contato direto com os diversos núcleos de sua campanha, Jair Bolsonaro (PSL) não tem conseguido dar o exato tom que gostaria às polêmicas que marcaram a semana. ________________________________________ Encontro Agenda feminina As candidatas a vice Kátia Abreu (PDT), Ana Amélia (PP), Manuela D'ávila (PCdoB) e Sônia Guajajara (PSOL) se encontrarão hoje para um debate com ares de solução ganha-ganha. O objetivo do encontro 'Mulheres na Política' é colocar em perspectiva as propostas que estão em foco nesta eleição. O debate será exibido nas plataformas digitais do jornal El País e do Instituto Locomotiva. ________________________________________ Judiciário Em defesa da urna O veto ao registro da candidatura do ex-presidente Lula não foi o maior desafio enfrentado por Rosa Weber desde que assumiu a presidência do TSE. A ministra encara quase como uma missão o papel de defender a segurança e a legitimidade da urna eletrônica. Minutos antes do início das votações, no dia 7 de outubro, seções eleitorais serão sorteadas aleatoriamente para uma auditoria relâmpago. Tudo em tempo real e sob os olhares dos eleitores, de representantes de partidos, da OAB e do Ministério Público. ________________________________________ Investigação A seca e suas mazelas A Justiça Eleitoral mandou parar as obras do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no Ceará por denúncias de abuso de poder. Veja aqui a íntegra da decisão. ________________________________________ Congresso Pós-eleições O Senado pretende concluir a votação do projeto de conversão que mantém benefícios de renegociação de dívidas para a agricultura familiar. Lideranças já avisaram também que manterão o piso para os agentes comunitários de saúde e os combatentes de endemias. ________________________________________ Questão de ordem Foro A PEC que põe fim ao foro privilegiado saiu da gaveta, voltou para lá de novo e agora repousa no Congresso. Enquanto isso, a decisão do STF de restringir a interpretação da prerrogativa começa a dar frutos nas instâncias de acesso. Um exemplo é o caso - que corre em segredo - de um juiz do Trabalho que agrediu a mulher e pretendia ser julgado pela Justiça Federal de segunda instância, conforme o foro. O TRF da 3ª Região mandou o assunto para a Justiça comum. ________________________________________ Agenda Contas públicas - O Banco Central divulga o resultado das contas do setor público de agosto Desemprego - O IBGE divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal e com ela a taxa de desemprego do mês de agosto Leilão - A ANP realiza hoje a 5ª Rodada de Licitações de Partilha da Produção em áreas do pré-sal. Serão oferecidos quatro blocos de exploração localizados nas bacias de Santos e Campos Nos jornais Mourão - Em palestra no Rio Grande do Sul, o candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), criticou benefícios previstos na lei trabalhista como o 13º salário, classificado por ele como "jabuticaba brasileira". Bolsonaro publicou, em sua conta no Twitter, uma reprimenda a quem critica o direito trabalhista (todos os veículos) Haddad - Fernando Haddad (PT) escolheu como tesoureiro de sua campanha Francisco Macena, denunciado em maio pelo Ministério Público sob suspeita de uso de caixa 2 na campanha de 2012 (O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo) Alckmin - Geraldo Alckmin (PSDB) foi hostilizado no palco de um evento evangélico, ontem, em São Paulo. O público da Expocristã vaiou e gritou o nome de Bolsonaro (todos os veículos) Garotinho - O Tribunal Superior Eleitoral decidiu ontem barrar a candidatura de Anthony Garotinho (PRP) ao governo do Rio de Janeiro. Por unanimidade, os ministros indeferiram o registro do ex-governador com base na Lei da Ficha Limpa (todos os veículos) Bolsonaro - A saída do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) do hospital Albert Einstein, em São Paulo, foi adiada após a equipe médica identificar uma infecção bacteriana. Ele está hospitalizado desde 6 de setembro e ainda não teve a previsão de alta hospitalar confirmada (todos os veículos) 2ª instância - O ministro do STF Ricardo Lewandowski pediu ontem, por meio de um ofício, que o presidente da Corte, Dias Toffoli, paute as ações que discutem as prisões de condenados em segunda instância antes da conclusão do julgamento de um recurso do ex-presidente Lula (O Globo) PIB - Com a perda de ritmo da recuperação econômica no segundo trimestre e a paralisação dos caminhoneiros, o Banco Central voltou a revisar para baixo a projeção para a alta do PIB deste ano, de 1,6% para 1,4% (todos os veículos) Petrobras - A Petrobras vai pagar multa de US$ 853 milhões (R$ 3,4 bilhões) para encerrar investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre os crimes de corrupção descobertos pela operação Lava Jato (manchete do Valor Econômico) Câmbio - O dólar fechou abaixo de R$ 4 ontem como reflexo da entrada de investidores estrangeiros no mercado brasileiro. É a primeira vez que a moeda americana atinge o patamar desde 20 de agosto - terminou o dia em R$ 3,9950 (todos os veículos) Roriz - Afastado há oito anos da cena política, o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz morreu ontem em decorrência de problemas de saúde que vinha enfrentando há alguns anos (todos os veículos)
quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Cenário - 27.9.18

A técnica do orçamento-programa aplicada ao fluxo de fixação de despesas e previsão de receitas no Brasil é uma grade previsível. Está consolidada há décadas pelo decreto 200 e não oferece muita margem para manobras. Com o advento da emenda 95, que define o teto de gastos, novas interrogações foram introduzidas ao debate. E com elas, 1) dificuldades inéditas de gestão do recurso público e 2) problemas extras para quem precisa comunicar as medidas. No geral, a percepção da sociedade, dos políticos e dos agentes econômicos sobre o arranjo orçamentário não está clara. A cena eleitoral em ebulição e as constantes revisões das expectativas para 2019 são as responsáveis: prejudicam a análise e influenciam (para pior!) a conjuntura. Na mensagem com a atualização da previsão de receitas encaminhada pelo presidente Michel Temer à Comissão Mista de Planos e Orçamentos, o governo reconhece (nas entrelinhas!) dificuldades práticas importantes. As discussões do PLOA estão paradas à espera das eleições. A maioria dos presidenciáveis vê defeitos na EC 95. Uns sinalizam com ajustes e outros dizem que vão revogá-la. O próximo presidente da República terá de se adaptar a uma infinidade de coisas para governar e obter resultados. Compreender a estrutura do orçamento e sua dinâmica, certamente, será um dos choques de realidade. Inclusive na relação inicial que terá de estabelecer com o Congresso. ________________________________________ 2019 Mais dinheiro A lei orçamentária do próximo ano traz uma boa notícia para prefeitos e governadores: a União terá R$ 3,9 bilhões a mais para transferir a estados e municípios. ________________________________________ Estratégia Família e eleições Nesta reta final antes do primeiro turno, as campanhas presidenciais investem na ampliação da presença de esposas, filhos e amigos em peças de TV e de internet. ________________________________________ Lula Propaganda O Ministério Público Eleitoral solicitou colaboração da Polícia Federal na apuração do caso envolvendo a utilização irregular de material de campanha com a imagem do ex-presidente Lula. Material de candidatos ao legislativo estadual foram apreendidos e estão sendo analisados. ________________________________________ Congresso Mais do mesmo Restando poucos dias para as eleições, os clubes de especialistas que observam o Congresso não mexeram nas previsões de bancadas. As apostas de renovação na Câmara e no Senado continuam baixas. ________________________________________ Tecnologia Agilizando os trâmites A UnB desenvolve, em parceria com o STF, um projeto de processamento e análise digital de peças jurídicas que tem potencial para reduzir à metade o tempo de cadastramento das informações. Batizado de Projeto Victor - em homenagem ao ministro Victor Nunes Legal - o programa é capaz de separar os processos analisando letras, palavras e frases, aplicando às ações ordem pré-estabelecida de tramitação ou arquivamento. ________________________________________ Causa indígena Estatística da violência O Conselho Indigenista Missionário apresenta hoje o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil. O estudo reúne dados de 2017 relacionados a violências físicas, simbólicas, violação do patrimônio dos povos e omissão do Poder Público em relação à assistência social. ________________________________________ Agenda Conjuntura 1 - O Banco Central divulga hoje o relatório trimestral de inflação Conjuntura 2 - A FGV divulga hoje o IGP-M e a Sondagem da Indústria de setembro Produção - O IBGE divulga hoje o Índice de Preços ao Produtor das Indústrias Extrativas e de Transformação e dados da Produção da Pecuária Municipal referentes a 2017 Leilão - A Eletrobras marcou para hoje o leilão de 71 participações societárias da estatal em Sociedades de Propósito Específico (SPE). O preço mínimo dos ativos é de R$ 3,1 bilhões Temer - O presidente Michel Temer participa da cerimônia de Lançamento do Programa Cidades Inovadoras, em Brasília. À tarde, no Rio de Janeiro, estará na cerimônia de Anúncio da Expansão de Investimento em Energias Renováveis e no encerramento da Rio Oil and Gas 2018 Nos jornais Debate - Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) travaram ontem embates diretos e partiram para o confronto com Fernando Haddad (PT). O debate promovido por SBT, UOL e Folha de S.Paulo foi o mais duro até agora (manchete de O Estado de S. Paulo) Títulos - Por sete votos a dois o STF decidiu manter o cancelamento do título eleitoral de 3,4 milhões de brasileiros que não realizaram o cadastramento biométrico dentro do prazo estabelecido pelo TSE (todos os veículos) CNI/Ibope - A pesquisa CNI/Ibope aponta que Jair Bolsonaro (PSL) segue na liderança da corrida presidencial, com 27% das intenções de voto, seguido por Fernando Haddad (PT), com 21%. Ciro Gomes (PDT) tem 12%, e Geraldo Alckmin (PSDB), 8% (todos os veículos) 'Santinho' - O uso irregular de material de campanha divulgando a candidatura do ex-presidente Lula (PT), anulada pelo TSE, foi alvo de queixas em pelo menos cinco estados. As denúncias foram registradas na Bahia, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (O Globo) Rombo - As regras eleitorais em vigor neste ano ajudaram a piorar o rombo das contas públicas ao direcionar R$ 1,7 bilhão dos cofres públicos para fundos de campanhas. O déficit do governo central foi de R$ 19,7 bilhões em agosto (O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico) Caixa - Apesar de ter sido lançado com alarde pelo governo e pela Caixa, o empréstimo consignado com garantia do FGTS está travado no setor financeiro. Grandes bancos, principalmente os privados, questionam as cobranças de taxas e os custos impostos pela Caixa (manchete da Folha de S.Paulo) Câmbio - A confirmação da já esperada alta na taxa de juros americana e a divulgação de novas pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República derrubaram em mais de 1% o valor do dólar ontem. A moeda fechou em R$ 4,03 (todos os veículos) Investimento - Os investidores estrangeiros voltaram a comprar ações no mercado brasileiro. A alta do dólar e um maior otimismo com o desempenho das economias emergentes são alguns dos motivos. De julho até agora, aquisições somam R$ 8,2 bilhões em papéis de empresas nacionais (manchete de O Globo) Frete - A Agência Nacional de Transportes Terrestres enviou na noite de ontem à Abiove, associação que representa indústrias de óleos vegetais que atuam no país, um ofício que abre brecha para o não pagamento do frete de retorno aos caminhoneiros que voltarem à sua origem sem carga depois de feita uma entrega (manchete do Valor Econômico) Argentina - A Argentina chegou a um acordo com Fundo Monetário Internacional que eleva o valor do programa de ajuda ao país em US$ 7 bilhões e que antecipa os desembolsos do FMI. O novo acordo visa ajudar o país a estabilizar a sua economia (todos os veículos)
quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Cenário - 26.9.18

Desde julho, quando tiveram início as convenções partidárias, a pauta do Congresso foi, aos poucos, se acomodando. Hoje, está completamente parada e refém das eleições. As votações ficaram restritas aos temas consensuais, as comissões temáticas desaceleraram e o chamado 'esforço concentrado' não produziu resultados efetivos nem na Câmara nem no Senado. Entraram em 'modo avião', por exemplo, a Política Nacional para Doenças Raras no SUS, a revisão no marco legal da lei de telecomunicações e a criação de um fundo para a segurança pública. Temas que expressam mais o ponto de vista e a urgência do governo também acabaram prejudicados. Olhando para o calendário e analisando a conjuntura política, ninguém arrisca palpitar sobre prazos ou prioridades. No caso da 'arrumação' da reforma trabalhista o marasmo é um problema. O tempo reforça incertezas, confusões e zonas cinzentas que causam insegurança jurídica. As mudanças aprovadas em 2017, os impactos das regras novas, a vigência das antigas e as súmulas do TST seguem à espera de um refinamento que, necessariamente, precisa ser liderado pelo Legislativo. ________________________________________ Trabalho Contagem regressiva Em 120 dias, começa a valer o decreto que estende também à administração pública as regras de contratação de terceirizados já aplicadas à iniciativa privada. De acordo como o decreto 9.507/18, apenas as atividades que envolvam decisões estratégicas, regulação de serviços ou aplicação do poder de polícia serão preservadas da terceirização. ________________________________________ Olho no olho Maratona Hoje, os presidenciáveis participarão do debate realizado por Folha, UOL e SBT. No domingo (30), o encontro será na RecordTV. Na TV Globo, o debate entre os candidatos vai acontecer na quinta-feira (4). ________________________________________ Estratégias Clima de vale-tudo As propagandas na TV e no rádio ficaram mais agressivas nos últimos dias. Nas entrevistas, os presidenciáveis também subiram o tom. Os debates a partir de agora vão testar mais claramente os ânimos de cada presidenciável, o autocontrole e a capacidade de resposta. Todos os concorrentes ao Planalto estão sendo submetidos a treinamentos especiais para esta reta final antes do primeiro turno. ________________________________________ Aviso Título de eleitor Quem quiser solicitar a segunda via do título de eleitor tem até amanhã (27) para ir até o cartório eleitoral da zona onde está cadastrado. ________________________________________ Natal Refazendo as projeções A data mais importante para o varejo não está tão longe assim. Nas planilhas de fornecedores e da indústria, o Natal já é uma realidade. A temporada de encomendas, no entanto, segue um ritmo diferente daquele previsto logo na abertura do segundo semestre: quase tudo está mais lento. Uma das razões é o ajuste dos estoques, uma operação complexa tanto no comércio físico como nas redes que vendem on-line. ________________________________________ Consumidor Novos tempos O Ministério Público solicitou informações à Agência Nacional de Aviação Civil sobre o chamado "assento conforto". A cobrança diferenciada pelos lugares terá de seguir regras específicas. Caberá à agência regulamentar o assento como um serviço, se comprovar que há, de fato, acréscimo de vantagem ao passageiro. ________________________________________ Agenda Recurso - O STF deve marcar hoje a data do julgamento do recurso contra a condenação do ex-presidente Lula Debate - Às 17h45, Folha, UOL e SBT realizam debate com os presidenciáveis Pesquisa - A CNI divulga hoje pesquisa Ibope sobre a intenção de voto para primeiro e segundo turnos e avaliação do governo Temer TSE - Representações de candidatos à presidência da República contra adversários serão julgadas pela Justiça Eleitoral hoje e amanhã. O Tribunal Superior Eleitoral marcou sessões extras nos jornais Bolsonaro - Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou ao Itamaraty, em 2011, que foi ameaçada de morte por ele, o que a levou a deixar o Brasil. O relato consta de um telegrama arquivado pela diplomacia brasileira (manchete da Folha de S.Paulo) Protesto - Com Jair Bolsonaro consolidado nas pesquisas, seus principais adversários enxergam no ato apartidário de mulheres contra Bolsonaro uma última oportunidade de desgastar a candidatura do ex-capitão antes do primeiro turno (manchete de O Estado de S. Paulo) Centro - Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB) desistiram de participar de uma reunião, ontem, em São Paulo, com Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos) para tratar da possibilidade de se unirem em torno de um único nome do centro (Valor Econômico, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo) Ciro - Com dores abdominais, Ciro Gomes (PDT) deu entrada ontem na emergência do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O presidenciável passou por um procedimento na bexiga e a previsão de alta é hoje (todos os veículos) Barroso - Em entrevista, o ministro do STF Luís Roberto Barroso analisa a conjuntura atual. Sobre as eleições, diz que são "duas regras: quem ganha [as eleições] leva. Quem leva, respeita as regras do jogo e os direitos dos outros" (Folha de S.Paulo) PGR - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ontem que o inquérito que investiga se o presidente Michel Temer recebeu propina da Odebrecht seja suspenso até o final do mandato dele (O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo) Temer - O presidente Michel Temer discursou ontem na abertura da Assembleia-Geral da ONU e criticou "recaídas unilaterais" e a intolerância. Reforçou ainda que o Brasil é uma "democracia vibrante, lastreada em instituições sólidas" (todos os veículos) Intervenção - Em entrevista exclusiva à EBC, o presidente Michel Temer admitiu suspender, provisoriamente ou definitivamente, a intervenção federal na segurança pública do Rio para votar a reforma da Previdência neste ano (O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo) Funcionalismo - O Ministério do Planejamento, em plano a ser apresentado ao próximo presidente, propõe reduzir o número de carreiras do Executivo, aumentar o tempo de progressão ao teto salarial e reduzir a remuneração salarial (manchete de O Globo) Câmbio - O dólar fechou ontem em leve queda após uma sessão turbulenta que refletiu a reação do mercado aos números da pesquisa Ibope divulgada na véspera. A moeda americana terminou o dia em baixa de 0,12%, a R$ 4,0830 (todos os veículos) Comércio exterior - Uma decisão do governo americano beneficia a indústria brasileira de calçados. Publicada em 13 de setembro, a lei "Miscellaneous Tariff Bill Act of 2018" prevê a redução de tarifas de mais de 1,6 mil produtos importados, incluindo calçados (manchete do Valor Econômico) Argentina - Em meio a uma greve geral, e enquanto a cúpula do governo de Mauricio Macri tenta renegociar a dívida com o FMI, o presidente do Banco Central da Argentina, Luis Caputo, renunciou (todos os veículos)
terça-feira, 25 de setembro de 2018

Cenário - 25.9.18

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central - divulgada esta manhã (leia a íntegra) - detalha com um pouco mais de clareza a cena econômica de agora e os sinais para o fim do ano. Por unanimidade, o colegiado decidiu na semana passada manter a taxa básica de juros em 6,5% - a Selic está em seu piso histórico e não se moveu pela quarta vez consecutiva. O breve registro que acompanhou o anúncio advertiu para questões de momento e outras estruturais, que agora são reforçadas de modo mais amplo. As ressalvas merecem atenção. O Copom acentua (novamente!) que observa de perto o comportamento da inflação e a capacidade ociosa impregnada à economia. Assim como também já fez antes, o comitê registra a frustração das expectativas com a interrupção das reformas, lembra que ajustes seguem sendo importantes e reconhece a deterioração do cenário para os emergentes. A próxima reunião do Copom está marcada para 30 e 31 de outubro, ou seja, imediatamente pós-segundo turno. ________________________________________ Previdência Ideias e especulações A reforma da Previdência vem ocupando espaços secundários por força de uma ação do Planalto que tem por objetivo reinserir o assunto a qualquer custo na agenda. Em alguma medida, a corrida presidencial acabou sendo contaminada: ontem e anteontem, as campanhas repercutiram (cada uma a seu modo!) o tema. As especulações, no entanto, fugiram do controle. Circulam na internet propostas supostamente atestadas pelos presidenciáveis que lideram as pesquisas. A possibilidade de negociar, ainda em 2018, item a item pontos polêmicos como a idade mínima voltou à carga. ________________________________________ Contas Imóveis à venda O governo tem pressa e vai tentar, via Medida Provisória, liberar para venda cerca de 3,8 mil imóveis do INSS e outros da extinta Rede Ferroviária (RFFSA). O patrimônio pode garantir um aporte de R$ 7,4 bilhões aos cofres da União. ________________________________________ Passaporte diplomático Data de validade O foro formal e material dos deputados termina junto com a legislatura, principalmente para os barrados nas urnas. Mas há benefícios que duram mais, a exemplo dos passaportes diplomáticos. Os parlamentares da atual legislatura, seus filhos e cônjuges terão passaporte com prerrogativas especiais até 31 julho de 2019, mesmo sem carimbar o bilhete da reeleição. ________________________________________ Protesto Servidores pressionam... Entidades ligadas ao funcionalismo federal convocam as categorias para atos pelo país na próxima quinta-feira (27). O Dia Nacional do Voto Consciente pretende ser um contraponto ao discurso de candidatos que pregam o chamado Estado mínimo. ________________________________________ Privatização ...petroleiros também Tem quase 60 nomes a lista de participantes da audiência pública marcada para sexta-feira (28) pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski. No encontro, será discutida a liminar de julho que determinou que a venda de empresas públicas precisa da aprovação do Congresso Nacional. ________________________________________ Agenda Orçamento - A Junta de Execução Orçamentária se reúne hoje para debater atualizações no texto da LOA 2019 Funcionalismo - Dias Toffoli participa de Cerimônia de assinatura da Medida Provisória que trata da reabertura do prazo de migração para o Funpresp Temer - O presidente Michel Temer discursa na abertura da 73ª Assembleia Geral da ONU Nos jornais Ibope 1 - Nova pesquisa Ibope mostra Jair Bolsonaro (PSL) estável na liderança com 28% das intenções de voto, e o contínuo crescimento de Fernando Haddad (PT), que aparece com 22% (manchete de O Globo e O Estado de S. Paulo) Ibope 2 - Ciro Gomes (PDT) manteve os 11% e está em empate técnico com Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 8%. Marina Silva (Rede) soma 5% (manchete de O Globo e O Estado de S. Paulo) Ibope 3 - No segundo turno, Bolsonaro perde para Ciro Gomes (46% a 35%), Fernando Haddad (43% a 37%) e Geraldo Alckmin (41% a 36%) (todos os veículos) Segurança - Ponto comum nos programas de governo, os candidatos ao Planalto levam para a esfera federal o problema de segurança pública no país. Com os índices de violência em nível recorde, o assunto se tornou central (manchete da Folha de S.Paulo) Desapropriações - O Ministério Público de São Paulo instaurou ontem inquérito contra Geraldo Alckmin para apurar as denúncias sobre supostas irregularidades nos dois decretos que desapropriaram terrenos ligados a familiares do ex-governador (todos os veículos) Ciro - Após a polêmica sobre a CPMF e o economista Paulo Guedes, Ciro Gomes afirmou ontem que desistiu de recriar a CPMF, mesmo em outros moldes (O Globo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico) Previdência - O presidente Michel Temer afirmou ontem que, assim que estiver concluído o processo eleitoral, vai entrar em contato com quem for eleito para tentar aprovar a reforma da Previdência (todos os veículos) Câmbio - A volatilidade esperada para as duas últimas semanas antes da eleição se materializou ontem com o retorno do dólar mais próximo dos R$ 4,10 e a queda de mais de 1% da Bolsa. A moeda americana fechou em R$ 4,0880 (todos os veículos) Crédito - O governo deverá adiar o prazo para que os bancos comecem a oferecer crédito rural a taxas de juros pós-fixadas atreladas à inflação, principal novidade do atual Plano Safra (2018/19). A medida começaria a valer a partir da primeira semana de outubro (manchete do Valor Econômico)
segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Cenário - 24.9.18

Os partidos do chamado 'centrão' queimaram a largada, mas a verdade é que quase todas as legendas com alguma perspectiva de poder estão em campo. As buscas por novas configurações na disputa de segundo turno ao Planalto começaram antes da hora - as exceções são o PDT de Ciro Gomes e a Rede de Mariana Silva. De novo - e como sempre -, o MDB é o mais cortejado. O partido passou a ser alvo de setores bolsonaristas que almejam algum tipo de respaldo institucional. Vale lembrar que o PSL nunca escondeu o desejo de ter pelo menos parte do MDB a seu lado. Nos estados, ao longo da pré-campanha, até houve tentativas de aproximação, mas elas fracassaram. Como as pontes não caíram, o movimento tem chances de voltar - em especial onde os ataques não abriram (até o momento!) feridas incuráveis, caso de Sul e Sudeste. Já PT e PSDB querem do MDB o de sempre: os votos. Ambos olham mais essa oportunidade de parceria com o velho aliado como algo vital e inevitável. E têm no pragmatismo histórico a 'licença poética' de que precisam. ________________________________________ Bolsonaro Previsão de alta Jair Bolsonaro (PSL) está na Unidade de Terapia Semi-Intensiva, passou a ingerir dieta pastosa e, segundo os últimos boletins médicos, tem respondido com "ótima aceitação". As atualizações de hoje e de amanhã vão indicar se a previsão de alta feita pelo próprio candidato é mesmo viável. Nas redes sociais, Bolsonaro disse que, até o fim do mês, estará liberado. ________________________________________ Municípios Haddad acena Fernando Haddad (PT) vem sinalizado a prefeitos que, se eleito, pretende repassar parte da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) aos municípios. A municipalização é bandeira antiga. Foi levantada por Haddad ainda quando era prefeito de São Paulo. O petista afirma que o recurso será destinado a investimentos em políticas de transporte e infraestrutura de vias. ________________________________________ Timing Para os livros de história O Ministério Público Eleitoral ainda anda às voltas com ação que apura suposto abuso de poder econômico da chapa Dilma-Temer. O MP quer que o TSE revise sua decisão e reconheça a impugnação do mandato. A resposta da Justiça Eleitoral ao embargo de declaração deve sair esta semana. ________________________________________ Congresso Pauta prioritária Pelo menos um tema tem sido tratado com zelo pelos parlamentares, apesar do recesso branco do Congresso: a discussão das emendas parlamentares de 2019. Os congressistas aumentaram para R$ 15,4 milhões o valor das emendas individuais e fixaram em R$ 169,6 milhões as de bancada. ________________________________________ Capacitação Hora da aula Uma parceria entre a Câmara dos Deputados, Senado e TCU pretende oferecer cursos à distância para diretores e funcionários das Câmaras municipais de todo o país. Os interessados receberão formação na área de governança dos recursos públicos e treinamento jurídico direcionado para os procedimentos de compras e licitações. ________________________________________ Etanol Dinâmica de mercado A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados convocou audiência pública para debater a possibilidade da venda, em larga escala, do álcool hidratado do produtor ao consumidor. O objetivo é analisar se, com a redução da cadeia de revendedores e transportadores, o preço cai, pressionando também derivados do petróleo. Em Pernambuco e Alagoas, por exemplo, a prática da venda direta existe, mas está amparada por decisão judicial. ________________________________________ Agenda Dívida - O Ministério da Fazenda divulga hoje o relatório sobre a dívida pública federal Contas - O resultado das contas externas será apresentado hoje pelo Banco Central Temer - O presidente Michel Temer participa de almoço hoje com empresários da Câmara de Comércio dos EUA, em Nova York Nos jornais Toffoli - Na primeira entrevista após tomar posse na presidência do STF, o ministro Dias Toffoli diz acreditar que "o batismo das urnas" terá o poder de tranquilizar o país e reforça: "Qualquer que seja o resultado, será respeitado" (manchete da Folha de S.Paulo) Mulheres - Entre as mulheres, 51% ainda estão sem candidato a presidente. O dado, apresentado na pesquisa Datafolha da última quinta-feira (20), indica que quase 40 milhões de eleitoras estão indecisas ou pretendem votar em branco ou nulo (manchete de O Globo) São Paulo - Atrás de Jair Bolsonaro (PSL) no estado administrado pelo PSDB nos últimos 24 anos, Geraldo Alckmin está batendo na porta de eleitores paulistas que, embora tenham em tese se beneficiado de suas realizações, não estão convencidos em elegê-lo presidente do Brasil (todos os veículos) Guedes - O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) recebeu ontem a visita de seu assessor econômico, Paulo Guedes. O encontro aconteceu após a polêmica envolvendo a proposta de criação de uma "nova CPMF" (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo) Ciro - Em agenda no Nordeste, Ciro Gomes (PDT) alfinetou o rival Fernando Haddad (PT) dizendo que o Brasil não pode ter "um presidente por procuração" (Folha de S.Paulo e Valor Econômico) Pré-sal - Prestes a bater o recorde de ofertas, a incerteza eleitoral pode fazer com que o leilão do pré-sal renda R$ 180 bilhões em royalties. Em um cenário de empresários preocupados com a possibilidade de mudança de regras, a disputa entre petroleiras será acirrado (O Globo e Valor Econômico) Renda - Entre janeiro e agosto, os preços que têm reajustes regulados pelo governo subiram 6,64%, mais do que o dobro da inflação geral 2,85% medida pelo IPCA. A alta das tarifas administradas pelo governo está corroendo a renda das famílias (manchete de O Estado de S. Paulo) Bancos - Com o avanço das "fintechs", empresas que estão sendo criadas para explorar serviços financeiros, bancos com atuação internacional estão fazendo investimento bilionário em tecnologia para enfrentar esses novos concorrentes (manchete do Valor Econômico)
sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Cenário - 21.9.18

A gestão do orçamento público em anos eleitorais desafia a lógica. Em condições relativamente controladas, o dinheiro atrasa, sofre um corte aqui, outro ali, mas flui. O problema é quando a economia estaciona e o desemprego persiste. Essa combinação afeta direta e radicalmente toda a dinâmica financeira. Ao longo de 2018, o contingenciamento apertou. Ainda que as liberações esporádicas tenham trazido alento, riscos reais bateram à porta da burocracia de Brasília. Muitos programas quase deixaram de rodar. Na Esplanada, ministros chegaram a demandar ao Planalto planos de contingência para evitar um 'paradão'. Parte dessa realidade se acomodou, mas hoje o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, deverá anunciar uma revisão importante de despesas do governo encampando, inclusive, certo otimismo na voz. Espera-se pelo destravamento de mais recursos que vão aliviar a pressão em algumas pastas e chegar a órgãos federais onde as reservas já secaram. O relatório de avaliação de receitas e despesas do 4º bimestre também dará pistas para o restante do ano. Em especial, no que se refere ao detalhamento da situação fiscal do país no momento e em 2019. ________________________________________ Presidenciáveis na TV Resenha pós-debate O PT e núcleos do PSL avaliaram de forma dedicada a performance dos candidatos ontem no debate promovido pela TV Aparecida. A estreia de Fernando Haddad puxou a maioria das análises internas. O petista lidou com questionamentos consistentes de Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT) (veja ou reveja). ________________________________________ Eleições 1 A carta de FHC Ao conclamar a classe política contra os 'radicais', o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso escreveu em sua carta aberta que o país precisa de uma "liderança serena que saiba ouvir". O PSDB pretende esse e outros trechos como um mantra pró-Geraldo Alckmin (leia a íntegra). ________________________________________ Eleições 2 Bastidores Flávio Bolsonaro desarquivou a boa convivência entre Jair Bolsonaro e Alvaro Dias para responder a um vídeo de campanha em que o candidato do Podemos faz críticas ao presidenciável do PSL. Em vez de confrontar Dias, Flávio argumentou que, longe das câmeras, seu pai e o senador paranaense têm uma relação bastante amistosa. ________________________________________ Legislação Só em flagrante A partir de amanhã, os candidatos registrados só podem ser presos mediante flagrante. Conforme o Código Eleitoral, o período vale entre os 15 dias que antecedem a votação e as 48 horas posteriores a ela. A imunidade eleitoral também é uma medida aplicada aos eleitores. Nesse caso, a proibição da prisão vale nos cinco dias que antecedem o pleito até as 48 horas após a eleição. ________________________________________ Financiamento O dinheiro das campanhas A aplicação de recursos privados nas campanhas eleitorais corresponde a 10% do montante de R$ 4 bilhões gastos até agora. Mas em alguns lugares, a exemplo de Minas Gerais e do Distrito Federal, os candidatos contam com mais apoio. A participação de particulares no Distrito Federal é de quase 27%. Por outro lado, em estados como o Pará, os candidatos dependem do financiamento público, que corresponde a 94% do dinheiro movimentado nas eleições. ________________________________________ Nome social Inclusão O TSE aceitará a identificação de 6.280 eleitores que se apresentarão por nomes sociais às mesas de votação, no próximo dia 7 de outubro. A identidade social estará impressa no título. Os cerca de 2 milhões de mesários convocados serão orientados a proporcionar atendimento sem qualquer ato de preconceito que cause constrangimento. ________________________________________ Brasil-Portugal- Espanha Intercâmbio A procuradora-geral da República Raquel Dodge terá agendas de reuniões com representantes de órgãos correlatos ao Ministério Público de Portugal e Espanha para costurar acordos internacionais de compartilhamento de informações. Apenas no âmbito da Lava Jato, o Brasil encaminhou 12 pedidos a Portugal em menos de um ano. ________________________________________ Agenda Preços - O IBGE divulga hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial Arrecadação - A Receita Federal anuncia hoje o resultado da arrecadação de tributos federais e contribuições previdenciárias do mês de agosto Nos jornais FHC - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou ontem uma carta aberta na qual pede a união dos candidatos "que não se aliam a visões radicais". Sem citar nomes, pediu um acordo de apoio a quem "melhores condições de êxito eleitoral tiver" (manchete da Folha de S.Paulo) Debate 1 - Com a ausência de Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT) foi o principal alvo dos adversários durante o debate realizado ontem pela TV Aparecida (manchete de O Estado de S. Paulo) Debate 2 - No primeiro encontro desde que assumiu a campanha, Haddad foi questionado sobre denúncias de corrupção envolvendo petistas e a crise econômica originada no governo da presidente cassada Dilma Rousseff (manchete de O Estado de S. Paulo) Bolsonaro - Jair Bolsonaro (PSL) é o destaque da capa da edição desta semana da revista britânica The Economist. A publicação afirma que o deputado é "a mais recente ameaça da América Latina" (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo) Educação - O número de alunos matriculados no ensino superior aumentou 3% em 2017, após estagnação no ano anterior. O crescimento, no entanto, só ocorreu na modalidade a distância. Os dados são do Censo da Educação Superior de 2017, divulgado pelo MEC ontem (todos os veículos) Emprego - O presidente Michel Temer afirmou ontem, pelo Twitter, que o Brasil criou mais de 100 mil empregos formais em agosto (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo) Orçamento - A pouco mais de três meses do fim do mandato, o governo Michel Temer vai liberar cerca de R$ 4 bilhões em despesas para ministérios e órgãos federais. O anúncio deve ser feito na revisão bimestral de receitas e despesas, hoje (Folha de S.Paulo) Falências - Com uma lenta retomada da economia e investimentos represados, o Brasil vai registrar neste ano um aumento no número de empresas em recuperação judicial e o maior volume de falências em uma década (manchete de O Globo) Câmbio - O dólar fechou abaixo de R$ 4,10 ontem, refletindo certa calmaria na cena internacional e reflexos mais previsíveis das eleições para presidente (todos os veículos) IPOs - Cerca de 20 empresas estão contratando assessores financeiros e jurídicos para realizar ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) depois das eleições (manchete do Valor Econômico)
quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Cenário - 20.9.18

Nenhum presidenciável ou coordenador econômico de campanha disse (até agora!) que vai imprimir dinheiro para resolver o problema fiscal do país em 2019. Apesar disso, a temporada de soluções milagrosas está oficialmente aberta. As propostas compartilhadas com a sociedade têm tropeçado na falta de detalhamento, mas esse não é o maior dos problemas - vide os (vagos!) programas de governo e as (precárias!) sabatinas e entrevistas. A novidade desta eleição é que algumas ideias testadas entre quatro paredes ganharam as ruas antes da hora, criando confusão e polêmicas. Taxar bancos, rever o arcabouço de isenções, atualizar o index tributário, unificar cobranças, recriar impostos e até dar calotes são algumas das teses abraçadas por quem quer ser presidente do Brasil. O tempo está passando. Essas e outras saídas não têm impacto isolado nem imediato. Muitas delas também precisam vir acompanhadas de leis, o que envolve ao Congresso e uma vasta agenda de problemas. Os candidatos e seus gurus sabem de tudo isso, mas não falam. ________________________________________ Conjuntura Fazendo as contas A realidade fiscal imposta ao novo presidente será duríssima em 2019. A meta de déficit primário é de R$ 139 bilhões. Além disso, as despesas com a Previdência vão subir mais do que se imaginava porque a reforma não vingou. ________________________________________ PT x Bolsonaro Táticas, discursos e ações Mantidas as curvas apontadas pelas últimas pesquisas, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) tendem a dedicar atenção especial aos que dizem que vão votar nulo. A massa de brasileiros que rejeita o projeto de ambos pode ser determinante para reconfigurar o quadro às vésperas do primeiro turno. ________________________________________ Base Sindicatos e eleições Entidades que representam trabalhadores promovem hoje um ato em apoio a Fernando Haddad (PT), em São Paulo. A intenção é mostrar que o PT ainda tem o monopólio do voto sindical. ________________________________________ Ficha limpa Filtro Estatísticas dos registros de candidatura mostram que a Lei da Ficha Limpa começa a fazer efeito de controle prévio. Cansados de bater à porta e serem rejeitados pela Justiça Eleitoral, os candidatos que não estão quites com a lei acabam desistindo. ________________________________________ Governo Hora da revisão O trabalho da Comissão Mista de Orçamento está parado, mas o Ministério do Planejamento segue nutrindo certo otimismo com a previsão de receitas do quarto bimestre. O governo quer entregar ao novo presidente uma lei orçamentária emendada com notícias boas. Pretende, inclusive, anunciar a ampliação da estimativa de receitas e uma inesperada margem para investimentos. ________________________________________ Estradas Fiscalização mais dura Os caminhoneiros amargam o ônus da visibilidade. Após a greve que parou o país em maio, a categoria virou alvo de rígidas fiscalizações do Ministério do Trabalho. Centenas de veículos com média de idade acima de 13 anos, sem itens de segurança, e dirigidos por motoristas que apresentam sono por excesso de trabalho estão sendo flagrados e autuados. As multas vão direto para as empresas donas dos caminhões. ________________________________________ Agenda Presidenciáveis 1 - A TV Aparecida realiza hoje debate com os presidenciáveis. Transmitirá também pelo Youtube Presidenciáveis 2 - G1 e CBN sabatinam Alvaro Dias (Podemos) Extrativismo - O IBGE divulga hoje dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura referentes a 2017 Nos jornais Datafolha - Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança da corrida presidencial, de acordo com a nova pesquisa Datafolha, com 28% das intenções de voto. Fernando Haddad (PT) cresceu três pontos e atingiu 16%. Ciro Gomes (PDT) continua com 13%, mas é o único que venceria todos os rivais no segundo turno (manchete da Folha de S.Paulo) Haddad - Pragmático, flexível, não sectário e com 'jogo de cintura' são as qualidades que Fernando Haddad (PT) promete buscar ao escolher o ministro da Fazenda, caso seja eleito (O Globo, O Estado de S.Paulo e Valor Econômico) Alckmin - Em evento realizado pela revista Veja, Geraldo Alckmin (PSDB) buscou transmitir tranquilidade, afirmando que está confiante de que estará no segundo turno (Valor Econômico, O Globo e O Estado de S. Paulo) Kátia - Em entrevista, a candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT), Kátia Abreu, acusa Haddad de não ter atuado para impedir o impeachment da ex-presidente Dilma: "Ele foi higienista nos momentos decisivos" (Valor Econômico) CPMF - Jair Bolsonaro (PSL) recorreu ontem às redes sociais para negar que, se eleito, criará uma nova "CPMF". A proposta, encampada pelo economista Paulo Guedes, causou a primeira crise entre os dois (manchete de O Globo e O Estado de S. Paulo) Pré-sal - Com o adiamento do megaleilão do excedente da cessão onerosa para 2019, a 5ª Rodada do Pré-sal, na próxima semana, é estratégica para as petroleiras. A depender do desfecho da eleição presidencial, a licitação, pode ser a última oportunidade de contratação de blocos durante pelo menos quatro anos (manchete do Valor Econômico) Selic - O Banco Central manteve ontem a taxa básica de juros em 6,5% ao ano, mas sinalizou que pode subir a Selic mais à frente por causa da inflação e dos reflexos das eleições (todos os veículos) CADE - O Conselho Administrativo de Defesa Econômico homologou ontem três Termos de Compromisso de Cessação com a Cielo, Bradesco e Banco do Brasil. O acordo prevê o pagamento de R$ 33,8 milhões de multa em troca de suspender inquérito por possível prática de irregularidades no mercado de meios de pagamentos (todos os veículos)
quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Cenário - 19.9.18

As pesquisas divulgadas nesta e na semana passada acentuaram com nitidez as margens do mapa eleitoral. Não só no caso da corrida ao Planalto, mas também na disputa pelos governos dos estados. Estão bem mais visíveis os espaços potenciais dos votos de continuidade, as correntes bolsonaristas, os nichos do PT e, no outro extremo, o Brasil antipetista. Pelos números mais recentes, o status quo no Norte e no Nordeste segue relativamente o que o roteiro pré-campanha previa. No Centro-Oeste, idem. Sul e Sudeste sugerem peculiaridades - nem todas reveladas. As batalhas locais nos estados dessas duas regiões, ao que parece, adquiriram vida própria. ________________________________________ Giro Dados, nomes e etc Para quem tiver tempo e curiosidade, vale a leitura. A Gazeta do Povo, o Uol e o El País atualizam com frequência seus agregadores de pesquisa. ________________________________________ Conjuntura Quem influencia quem Se a eleição presidencial ganhar um segundo ato, com Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), o peso dos candidatos já eleitos nos estados (aliados ou não!) terá importância estratégica nas campanhas de ambos. ________________________________________ Presidenciáveis Mais segurança A partir de 1º de outubro, a Polícia Federal vai inaugurar um centro de inteligência para acompanhar os candidatos à presidência em tempo real. Os agentes de campo ficarão interligados e serão coordenados por uma central montada em Brasília. O esquema de segurança também prevê aporte de efetivo. ________________________________________ Bahia Situação de momento ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador, já usou quase toda a munição disponível para fazer Geraldo Alckmin (PSDB) decolar na Bahia e ainda corre o risco de ver o PT reeleger o governador Rui Costa no primeiro turno. ________________________________________ Governo Toffoli no Planalto Dias Toffoli, presidente do STF, assumirá a presidência da República no próximo domingo (23), quando Michel Temer viajará para Nova York em razão da abertura da 73ª Assembleia Geral da ONU. Rodrigo Maia (Câmara) e Eunício Oliveira (Senado) não podem assumir o posto porque são candidatos à reeleição. ________________________________________ Judiciário Planos e propostas Toffoli tem compartilhado com os mais próximos o que pretende fazer à frente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Há ideias de criar e/ou estimular o uso de ferramentas digitais de gestão processual para agilizar a execução fiscal. Uma das possibilidades é a centralização dos processos, de diferentes tribunais pelo login de acesso do advogado. ________________________________________ Angra 3 Retomada O TCU retirou a recomendação para que as obras da Usina de Angra 3 fossem consideradas irregulares. Com a manifestação, o Congresso pode incluir o empreendimento na lei orçamentária de 2019. As obras foram paralisadas durante o ápice das investigações da Lava Jato. ________________________________________ Economia Dia de Copom O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fecha hoje o segundo dia de reunião e deve manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano. ________________________________________ Agenda Fundeb - A Câmara dos Deputados debate hoje a aplicação dos recursos do Fundeb Presidenciáveis 1 - Ciro Gomes (PDT) concede entrevista a G1 e CBN Presidenciáveis 2 - Fernando Haddad (PT) é o entrevistado de hoje do Jornal da Globo Nos jornais Ibope 1 - Fernando Haddad (PT) cresceu 11 pontos percentuais e assumiu a vice-liderança com 19% das intenções de voto. Jair Bolsonaro (PSL) tem 28% (manchete de O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico) Ibope 2 - Ciro Gomes (PDT) permaneceu com os 11% do levantamento anterior e está empatado, no limite da margem de erro, com Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 7%. Marina Silva passou de 9% para 6% (manchete de O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico) Haddad - Com a consolidação do cenário de polarização com Jair Bolsonaro (PSL), o presidenciável do PT, Fernando Haddad, deve antecipar a estratégia de um discurso mais moderado, principalmente ao tratar do mercado e de política fiscal (todos os veículos) Alckmin - Cobrado por aliados pela postura considerada morna, Geraldo Alckmin (PSDB) deve partir para o ataque para garantir uma vaga no segundo turno. O tucano subirá o tom de ataque a adversários e retomará 'desconstrução de Bolsonaro' (todos os veículos) Ciro - Ameaçado por Haddad e pela consolidação dos votos de Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT) buscará se colocar como a melhor opção "ao centro" para conquistar uma vaga no segundo turno (O Globo e Valor Econômico) Entrevista - Marina Silva (Rede) tenta se viabilizar no espaço do voto útil contra a polarização entre a candidatura Bolsonaro e Haddad, do PT. Em entrevista, Marina lembra já ter dito que "Bolsonaro e o PT eram cabos eleitorais uns dos outros" (Valor Econômico) Renan - Por unanimidade, a Segunda Turma do STF absolveu o senador Renan Calheiros (MDB-AL) da acusação de peculato em um caso que começou a ser investigado em 2007 e que, à época, contribuiu para renúncia dele à presidência do Senado (todos os veículos) IR + CPMF - O economista Paulo Guedes, que comandará o Ministério da Fazenda caso Bolsonaro seja eleito, anunciou ontem o pacote tributário que pretende implementar no governo. Entre as medidas, recriar a CPMF e criar uma alíquota única do IR (manchete da Folha de S.Paulo) Câmbio - Após recuar quase 1% na véspera, o dólar subiu ante o real ontem. O movimento está em sintonia com tensões comerciais no exterior, motivadas pela guerra comercial entre China e EUA, e investidores de olho no cenário eleitoral brasileiro (todos os veículos) EUA x China - A China decidiu, mais uma vez, retaliar os EUA após o governo de Donald Trump anunciar a aplicação recorde de tarifas a US$ 200 bilhões em importações do país asiático. O governo de Xi Jinping anunciou sobretaxas contra US$ 60 bilhões em produtos americanos (todos os veículos)
terça-feira, 18 de setembro de 2018

Cenário - 18.9.18

As pesquisas eleitorais divulgadas até agora sugerem um futuro duvidoso para uma parte da elite política. Não que a desgastada tese de 'renovação' vá se confirmar (longe disso!), mas muita gente que fez carreira no Congresso e nos palácios flerta com o risco real de chegar a 2019 sem cargo e sem padrinho. Está mais do que claro que o medo não é exclusividade do eleitor. Quem vive de voto também teme o amanhã. Pactos de não agressão avançam por toda parte. E não podem ser confundidos com fake news. Ao mesmo tempo, políticos que não querem contar apenas com a sorte vão além: antecipam conversas pró-alianças, atropelando a dinâmica de segundo turno. É o que está acontecendo no Nordeste. São visíveis as pontes erguidas entre o MDB e o PT. A maioria parece firme tanto para projetar candidaturas locais como para não barrar eventuais apoios em outubro. A corrida por autopreservação está mais do que acelerada. Os partidos que compõem o chamado 'centrão' se movimentam em paralelo. PSDB e DEM tentam encontrar seus espaços nesse processo. ________________________________________ Parceria Timing Jair Bolsonaro (PSL) coleciona apoios (formais ou não!) do DEM no Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal e São Paulo. ________________________________________ Polêmica Esporte x política Celebridades e atletas são cobrados o tempo todo. Quando falam e quando se calam. Recentemente, por causa de manifestações eleitorais, a mídia e as redes sociais passaram a debater os limites da opinião de quem veste a camisa de um time de futebol ou mesmo da seleção brasileira. Para além de tudo o que já foi dito (e há bastante coisa por aí!), o SportTV publicou em seu site um texto interessante (leia aqui). ________________________________________ Minas Gerais Disputa acirrada Foi preciso o voto de desempate do presidente do TRE de Minas Gerais, desembargador Pedro Bernardes, para que a ex-presidente Dilma Rousseff tivesse a candidatura liberada e seguisse na disputa por uma vaga no Senado. Metade do colegiado considerou Dilma inelegível e defendeu a rígida interpretação da lei, que afasta da vida pública, por oito anos, os políticos que sofrem impeachment. A outra metade acatou a tese do "fatiamento" inaugurada pelo Senado, que separou a sanção do afastamento do cargo da suspensão dos direitos políticos. ________________________________________ Funcionalismo Não agora Entidades que representam servidores públicos planejam ingressar com liminares contra a instituição do sistema de sobreaviso na rotina do Executivo federal. A justificativa é de que o presidente Michel Temer está fazendo uma "reforma do Estado" por meio de portarias. ________________________________________ Agenda Toffoli - O ministro Dias Toffoli preside hoje sua primeira sessão à frente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Atacadistas - O presidente Michel Temer participa da cerimônia da 27ª Edição do Prêmio Anamaco Presidenciáveis 1 - Fernando Haddad (PT) concede entrevista ao G1 e à CBN Presidenciáveis 2 - O Jornal da Globo entrevista hoje Geraldo Alckmin (PSDB) Copom - O Comitê de Política Monetária do Banco Central tem hoje o primeiro dia de reunião Nos jornais Partidos - Para distribuir o dinheiro aos candidatos na campanha eleitoral, o diretório do MDB no Rio tem privilegiado apadrinhados de emedebistas poderosos que não podem concorrer neste ano por terem sido presos na Lava Jato (manchete de O Globo) Urna - O ministro Dias Toffoli, novo presidente do STF, afirmou ontem que as urnas eletrônicas são totalmente confiáveis e auditáveis, e rebateu com ironia grupos que dizem que as eleições podem ser fraudadas. "Tem gente que acredita em saci-pererê" (todos os veículos) Mourão - O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou ontem que famílias apenas com "mãe e avó" são "fábricas de desajustados" que fornecem mão de obra ao narcotráfico (todos os veículos) Haddad - Em sabatina promovida por Folha, UOL e SBT, Fernando Haddad (PT) afirmou que o ex-presidente Lula "é um grande conselheiro e terá papel destacado em meu governo" (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo) Marina - Em queda nas pesquisas, Marina Silva (Rede) iniciou a semana buscando recuperar o terreno perdido no Nordeste, região onde ela mais viu caírem suas intenções de voto (O Globo) Dilma - A Justiça Eleitoral de Minas Gerais decidiu ontem, por quatro votos a três, que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não está inelegível e poderá concorrer ao Senado (Folha de S.Paulo e Valor Econômico) Crescimento - A retomada da economia deve continuar lenta e instável neste ano, apesar de o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ter surpreendido positivamente. O indicador teve alta de 0,57% em relação a junho (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo) EUA x China - O presidente Donald Trump cumpriu as ameaças e anunciou que vai impor tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas, a partir do dia 24. Os EUA ampliam a disputa com o país asiático e podem impor novas taxas (manchete de O Estado de S. Paulo) Câmbio - Após oscilações no pregão, o dólar conseguiu se firmar em baixa ante o real ontem com ambiente mais tranquilo no exterior e sem grandes novidades no cenário político. A moeda americana fechou em R$ 4,126 (todos os veículos) Combustíveis - Assim como ocorre com o diesel e a gasolina, a valorização do dólar e a alta nas cotações internacionais do petróleo pressionam o querosene de aviação e, consequentemente, as passagens aéreas (manchete da Folha de S.Paulo) Negócios - Ausente do mercado brasileiro desde 2009, quando devolveu um bloco promissor, o BM-S-22, o único do pré-sal operado até então por uma empresa estrangeira, a ExxonMobil voltou a apostar na exploração de petróleo no Brasil (manchete do Valor Econômico)
segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Cenário - 17.9.18

O indulto ao ex-presidente Lula passou a ocupar lugar de destaque na retórica petista e na fala de adversários do partido. Termo jurídico extremamente inflamável, o ato presidencial de perdoar - previsto na Constituição - redimensiona essa fase da corrida ao Planalto. Ninguém esperava que o assunto viesse à tona tão cedo, mas as pesquisas e a internação de Jair Bolsonaro (PSL) dispararam o cronômetro antes da hora. Pior para Fernando Haddad (o alvo da vez!). O ex-prefeito torceu em vão para que a campanha ignorasse o tema. Agora, tenta equilibra-se em meio a pressões extras produzidas por correligionários e os ataques dos que estão do outro lado da fronteira. Bolsonaro agiu rápido. Do leito do hospital identificou os flancos abertos, explorando-os com habilidade por meio de uma trincheira que conhece bem, a internet. Nas redes sociais, os próprios petistas deram sinais de que a investida do capitão funcionou. Não por acaso, ontem à noite a estratégia de contra-ataque já estava em cena. O maior temor do PT neste momento é que o debate antecipado sobre o eventual perdão a Lula beneficie Ciro Gomes. ________________________________________ Tática Ciro vai para cima O pacto de 'não agressão' que um dia marcou Ciro Gomes (PDT) e o PT acabou mesmo. O cearense está, declaradamente, atrás de voto. Em especial, o paulista. Por isso tem apelado (e vai acentuar esse discurso!) para a tese de que escolher Haddad significa dizer 'sim' às 'contradições gravíssimas' do PT, em referência a temas como corrupção e gestão econômica. ________________________________________ Campanha Choque de realidade Com poucos recursos e sem alianças partidárias nacionais, aliados de Marina Silva (Rede) atribuem a queda da ambientalista nas pesquisas à timidez dos eventos externos de campanha. ________________________________________ Debate 1 Tempo para ensaiar Na próxima quinta-feira (20), às 21h30, Fernando Haddad participará de seu primeiro debate, na TV Aparecida. O petista vem recebendo desde sábado toda e qualquer informação sobre indulto e seus impactos. ________________________________________ Debate 2 Insubstituível O PRTB, partido de Hamilton Mourão, não vai brigar na Justiça para que o vice substitua Jair Bolsonaro no debate. ________________________________________ Estados Clima de eleição Piauí e do Rio Grande do Norte receberão mais agentes da Força Nacional do que o Rio de Janeiro. Dos 370 municípios que contarão com reforços durante as eleições, 112 são piauienses e 97 potiguares. ________________________________________ Prazo A foto na urna Termina hoje o prazo da Justiça Eleitoral para análise das candidaturas e substituição dos candidatos que terão a foto inserida no sistema de dados da urna eletrônica. A Justiça Eleitoral já processou 92% das 28.957 fichas. Dessas, apenas 2.016 candidaturas foram consideradas inaptas. ________________________________________ Agenda FISCO - O quarto lote da restituição do Imposto de Renda será pago hoje PIB - O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de julho será divulgado hoje pelo Banco Central PRESIDENCIÁVEIS - O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, será o entrevistado de hoje da série de sabatinas do G1 e da CBN SEGURANÇA - O presidente Michel Temer participa da solenidade de instalação do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social Nos jornais FUNDO - A tensão pré-eleição faz fundos de private equity elevarem capital não investido para R$ 36 bilhões. Entre janeiro e agosto, o número de fusões e aquisições caiu 18%. O mercado aguarda a definição do novo presidente (manchete de O Estado de S. Paulo) CIRO - Em ato de campanha ontem em Boa Vista (RR), Ciro Gomes (PDT) se irritou com um homem que se apresentou como jornalista que questionou sobre críticas a brasileiros que entraram em confronto com venezuelanos (todos os veículos) BOLSONARO - Em transmissão ao vivo do hospital, Jair Bolsonaro (PSL) chorou e disse que o PT quer fraudar a eleição: "O que está em jogo no momento é o futuro de todos vocês. Até o futuro de você que apoia o PT - você é um ser humano também" (todos os veículos) ATAQUE - Marina Silva (Rede) criticou o ataque virtual do qual o grupo 'Mulheres unidas contra Bolsonaro' foi alvo. Para Marina, trata-se de "uma visão política autoritária, que não respeita a liberdade de expressão" (Valor Econômico e Folha de S.Paulo) ENTREVISTA - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), diz ter certeza de que o ex-presidente Lula será solto tão logo o Brasil ele um novo governante. Em entrevista, Gleisi afirma que o petista "terá o papel que quiser no governo" (Valor Econômico) SAÚDE - Principal prioridade dos brasileiros segundo o Datafolha, a saúde não ocupa lugar central nos planos de governo dos candidatos à Presidência (manchete da Folha de S.Paulo) ESTADOS - Ao tomarem posse após as eleições, 27 governadores terão de administrar o maior nível de endividamento já atingido, conjuntamente, pelos estados brasileiros: R$ 826,9 bilhões. O crescimento da dívida foi de 28% nos últimos quatro anos (manchete de O Globo) ROYALTIES - A arrecadação de royalties e participações especiais sobre a produção de petróleo e gás aumentou 62% nos primeiros oito meses do ano, quando comparada ao mesmo período do ano passado (manchete do Valor Econômico)
sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Cenário - 14.9.18

A hipersensibilidade do câmbio será colocada à prova hoje mais uma vez com a divulgação de um novo Datafolha para presidente. O tranco produzido ontem por agentes econômicos e políticos concentrou em um único dia doses cavalares de adrenalina. Resultado: a cotação do dólar fechou no patamar histórico de R$ 4,19. O recorde contribuiu para banalizar ainda mais o significado da expressão 'eleições imprevisíveis'. Fernando Haddad agora é cabeça de chapa do PT e Jair Bolsonaro (PSL) não sairá do hospital no tempo que se previa. Esse 'combo' resgata em cores vivas memórias e tensões de outras épocas. A interpretação apaixonada e/ou interessada da conjuntura se encarrega de incrementar a realidade. Neste momento, entre outras coisas, bolhas especulativas que sempre se aproveitam para se projetar avançam a passos largos. A divulgação dos números da pesquisa está prevista para ocorrer às 19h. Parte da criatividade do mercado já está atrelada ao preço da moeda americana e deverá se manifestar ao longo do dia. O restante fica por conta do que virá. E isso o olhar viciado dos analistas não é capaz de prever. Governo 1 O que fica Na esteira dos balanços que passou a consolidar em diversas áreas da administração, o Planalto tem estimulado experiências e ideias que (se o próximo presidente quiser!) poderão ter continuidade a partir de 2019. O Ministério do Planejamento retomou parte de suas atribuições enquanto núcleo pensante de políticas públicas e tem sido (na medida do possível!) um laboratório para o que pode ser referência durante a transição pós-eleições. A pasta está 1) revisando e ajustando métodos de administração do patrimônio público, 2) aprimorando a elaboração e o controle da execução do Orçamento da União e 3) refinando normas que poderão apoiar projetos e ações na área de recursos humanos. Governo 2 Ritmo e realidade A relação financeira da União com os municípios e seus fluxos também começaram a ser revistas. O drama desde sempre é fazer com que o dinheiro central chegue às localidades sem esbarrar em tanta burocracia. Mas, neste caso, o pouco tempo tem sido implacável com a área técnica. A missão de aprimorar os sistemas pode não ter um desfecho até dezembro. Judiciário Juízes nas redes O novo presidente do STF, Dias Toffoli, vai assumir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) disposto a encampar pautas reformistas. Há, por exemplo, processos que avaliam a conduta funcional de juízes pelo de redes sociais. O conceito de 'manifestação pessoal' e o impacto disso nos casos em que os magistrados atuam serão discutidos. Crise mundial 10 anos depois... A quebra do banco Lehman Brothers, um dos símbolos do estouro da bolha imobiliária americana, completará 10 anos amanhã. Ao longo da semana, especialistas e mídia relembraram a o que passou e seus reflexos. Para quem tiver tempo e curiosidade, vale assistir a uma animação produzida pelo jornal The Guardian (em inglês) sobre um dos 'aniversários' da crise. É um bom resumo do que aconteceu e como. Agenda Presidenciáveis 1 - Fernando Haddad (PT) concede entrevista hoje ao Jornal da Globo. Presidenciáveis 2 - João Goulart (PPL) é o entrevistado de hoje do G1 e da CBN. Serviços - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Mensal de Serviços de julho. Nos jornais Bolsonaro - As novas cirurgias a que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi submetido levaram o comando de sua campanha a redefinir a estratégia até a eleição. Uma das alternativas é que dirigentes se dividam em compromissos pelo país. (todos os veículos)Mourão - Vice de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão (PRTB) defendeu ontem que o país faça uma nova Constituição, mas não necessariamente por meio de uma Assembleia Constituinte: "Uma Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo povo". (O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e Valor Econômico)Sabatina 1 - Geraldo Alckmin (PSDB) participou ontem de sabatina realizada por O Globo, Valor Econômico e Época. O tucano tentou desvincular o PSDB do legado de Michel Temer. (O Globo e Valor Econômico)Sabatina 2 - Também em sabatina, Henrique Meirelles (MDB), ao ser questionado se levaria o presidente Michel Temer a um cargo de ministro, afirmou que não pretende fazer nomeações antes da hora. (Folha de S.Paulo)STF - O ministro José Antonio Dias Toffoli tomou posse ontem como presidente do STF para o biênio 2018-2020. O vice-presidente é o ministro Luiz Fux. (todos os veículos)Câmbio - As incertezas eleitorais criadas a partir da internação de Jair Bolsonaro (PSL) e da oficialização da candidatura de Fernando Haddad (PT) causaram ontem, segundo analistas, a alta recorde do dólar para R$ 4,19. (manchete do O Globo e de O Estado de S. Paulo)Funcionalismo - O gasto de todo o Poder Judiciário com folha de pagamento cresceu 11% (ou R$ 8,1 bilhões) de 2014, ano que marca o início da crise econômica, a 2017. No mesmo período, a economia do país se retraiu 5,6%. (manchete da Folha de S.Paulo)Bancos - Dez anos depois da quebra do banco americano Lehman Brothers, pivô da crise mundial, os bancos brasileiros estão ainda mais sólidos. Na ocasião, já estavam submetidos a regras prudenciais mais conservadoras, mas, após a turbulência, também foram obrigados a fortalecer seu capital. (manchete do Valor Econômico)Energia - A bandeira vermelha nas contas de luz deverá continuar até o fim do ano. A previsão foi feita pelo diretor-geral do Operador Nacional do Setor Elétrico, Luiz Eduardo Barata. As usinas termelétricas, deverão continuar ligadas mesmo com o início do período chuvoso. (O Estado de S.Paulo e O Globo)
quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Cenário - 13.9.18

Dias Toffoli assume logo mais a presidência do STF para cumprir um mandato de dois anos. Cercada de estereótipos e clichês, sua gestão coincide com sensibilidades institucionais, técnicas e políticas que vão coexistir em um ambiente muito propício a tempestades perfeitas. Da porta do gabinete para dentro, o desafio será o de conter o apetite das corporações, delimitando os espaços e o tempo das demandas. Há ainda questões administrativas do dia a dia do tribunal que estão represadas. Algumas mexem com rotinas, outras com expectativas de servidores e uma parte (potencialmente mais barulhenta!) com as tradições. Toffoli vem, ao longo dos anos, se distanciando da pecha de 'advogado do PT', mas seu período à frente do STF não apagará o passado. Por isso, a voz que vai ultrapassar os muros da Suprema Corte pregará a harmonia entre os Poderes, o olhar técnico sobre a lei e a Justiça justa. Os primeiros recados à sociedade podem vir por meio da pauta de julgamentos do STF. Estão na fila a definição sobre a prisão em segunda instância (que pode tirar ou manter de vez Lula na cadeia) e a reclamação disciplinar contra o juiz Sérgio Moro (pelo vazamento da interceptação telefônica envolvendo a ex-presidente Dilma Rousseff). Mobilização Alvos na internet Nos sites de abaixo-assinados on-line, ministros do STF estão sempre na mira. Há votações por pedidos de impeachment que não param de crescer. O campeão de votos é Gilmar Mendes. No change.com, mais de 2 milhões de pessoas exigem que o Senado paute o afastamento do ministro. Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski também estão em listas. Bolsonaro Ritmo da campanha O impacto da internação de Jair Bolsonaro (PSL) na estratégia de campanha do presidenciável já foi absorvido. O cronograma de produção de materiais de campanha ganhou vida própria e escala quase normal. Desempenho As metas de Daciolo O Patriota, de Cabo Daciolo, inova ao monitorar a evolução (ou não!) de seu candidato à presidência. Efeito urna Sinal dos tempos O Ministério Público Eleitoral vai elaborar, ao fim das eleições, um cruzamento de dados entre as candidaturas de mulheres e as planilhas contábeis dos partidos. O objetivo é avaliar a distribuição dos recursos do fundo partidário e a captação de doações entre homens e mulheres. Balanço Acerto de contas O relatório de performance que foi encomendado pelo presidente Michel Temer à área econômica prevê o detalhamento das ações separadas por áreas. Os documentos serão entregues pela Secretaria-Geral da Presidência aos empresários que encabeçam grupos estratégicos e têm representatividade no setor produtivo. Administração Ajustando a máquina O Executivo Federal vem inserindo (a seu tempo e a seu modo!) na estrutura pública práticas e normas típicas da iniciativa privada que guardam relação com mais resultados e menos custos. É o caso do recente anúncio de que será criado o sistema de sobreaviso e de banco de horas no funcionalismo. Com as novas regras, as chefias poderão acionar o servidor nos momentos de descanso, se for motivo de urgência ou interesse público. Sociedade Onde é perigoso ser juiz Estudo do CNJ revelou que ser juiz em Alagoas e em Roraima é uma profissão de risco. Esses Estados registram o maior número de ameaças a magistrados. De acordo com o diagnóstico da segurança do Poder Judiciário, 34 juízes brasileiros utilizam carros blindados e 17 vestem diariamente um colete à prova de balas debaixo do terno por medo de atentados. Agenda Comércio - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Mensal de Comércio e a Pesquisa Agrícola Municipal. Presidenciáveis 1 - Marina Silva (Rede) é entrevistada por G1 e CBN. Presidenciáveis 2 - Folha, UOL e SBT sabatinam hoje Henrique Meirelles (MDB). Presidenciáveis 3 - Geraldo Alckmin (PSDB) é entrevistado hoje por O Globo, Valor Econômico e revista Época. PIS/Pasep - O abono referente ao ano-base 2017 dos trabalhadores nascidos em setembro será pago hoje. Nos jornais Bolsonaro - Jair Bolsonaro (PSL) foi submetido a uma cirurgia de emergência na noite de ontem no hospital onde está internado. O procedimento durou pouco mais de uma hora e o presidenciável passa bem. (manchete de O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)Haddad - Em seu primeiro evento de campanha como candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad disse ontem, em tom de ironia, que seus adversários estão "com medo do vice", papel que desempenhava até a véspera. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo)Candidatos - Empatados na segunda posição, Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) reavaliam suas estratégias com o objetivo de conter a potencial ascensão de Fernando Haddad (PT). (manchete do O Globo)Investigação - O Conselho Nacional do Ministério Público determinou a abertura de uma reclamação disciplinar contra cada um dos promotores que atuaram em casos contra políticos em campanha eleitoral. Ofícios serão enviados aos promotores que apresentaram recentemente ações contra Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Beto Richa. (todos os veículos)Sabatina - O candidato do PDT, Ciro Gomes, participou ontem de sabatina promovida por O Globo, Valor Econômico e Época. Além das críticas ao PT e à polêmica candidatura do ex-presidente Lula, comentou o envolvimento do Exército na política. (todos os veículos)Fies - Apesar das mudanças recentes nas regras do Fies, menos da metade dos 50 mil financiamentos estudantis oferecidos pelo governo foram contratados. No primeiro semestre, apenas 54% das 82 mil vagas foram preenchidas. (manchete do Valor Econômico)Câmbio - Após subir mais de 1% em relação ao real na véspera, o dólar operou em baixa ontem, em mais uma reação a resultados de pesquisa eleitoral, devido ao enfraquecimento global da moeda americana. A cotação da moeda terminou em queda, fechando em R$ 4,15. (todos os veículos)Juros - Mesmo com a taxa básica de juros estacionada em 6,5% ao ano, o juro real nos contratos futuros com prazo de 12 meses chegou a 4,14% ao ano, quase dois pontos percentuais acima dos 2,17% registrados em 27 de abril. (Valor Econômico, Folha de S.Paulo e O Globo)Cena fiscal - Em entrevista, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirma que a proposta de redução do Imposto de Renda das empresas vai aproximar a carga tributária da praticada pelos Estados Unidos. (O Estado de S. Paulo)Telecomunicações - Oi, Claro e Vivo foram condenadas a pagar, cada uma delas, R$ 9,3 milhões por violar direitos dos consumidores entre 2009 e 2014 - maior multa aplicada pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça. (O Globo e Folha de S.Paulo)
quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Cenário - 12.9.18

O tempo é curto para o PT operar a metamorfose política de transformar Fernando Haddad e de impulsioná-lo - de modo competitivo - a tão poucas semanas das eleições. Por isso, desde ontem a noite, os materiais digitais de divulgação produzidos pelo partido começaram a ser adaptados para distribuição entre os aliados. Parte do conteúdo já circula nas redes sociais com alterações importantes. Nas novas peças, Haddad se recoloca e ganha mais relevância estética - sem, contudo, distanciar-se da 'marca' Lula. O imaginário do eleitor continuará sendo fortemente ativado pela ideia de que o ex-presidente cedeu a vez em nome do Brasil. Os ataques ao Judiciário e às 'elites' também seguirão o mesmo ritmo de antes, segundo os estrategistas, para 'manter a coerência'. As linhas gerais da propaganda pró-Haddad foram delineadas desde o fim de semana e conduzidas diretamente por Lula. A influência do ex-presidente será mantida e, em algumas fases, até mais acentuada. A carta escrita por ele, oficializando sua saída, reforça isso de público (leia). Bastidores Da porta para dentro A CUT fechou questão e indicou ao PT que trabalhará por Haddad. As lideranças petistas ligadas aos movimentos sociais também deram garantias de que estão unidas em torno do ex-prefeito de São Paulo. As resistências internas, no entanto, deixam no ar questões práticas a serem resolvidas. Entre elas, o papel que o ex-ministro Gilberto Carvalho terá a partir de agora. Campanha Voo solo Eduardo Jorge, vice de Marina Silva (Rede), tem dedicado atenção especial a agendas próprias de campanha e viajado o Brasil para difundir e apoiar candidaturas de seu partido, o PV. Personagem A propaganda tucana Pelo Brasil, candidatos do PSDB tentam colar o discurso possível para ganhar terreno e a simpatia do eleitor. Regionalmente, há situações pitorescas, insólitas. O deputado Waldir Maranhão (PSDB-MA), por exemplo, divulgou uma foto em que abraça o ex-presidente Lula. Teoria Quali x quanti Álvaro Dias (Podemos) tem avaliado com especial cuidado as pesquisas. Ao staff que o acompanha afirma que as qualitativas indicam que o brasileiro quer um presidente com perfil de gestor e que acumule experiência administrativa. Já as quantitativas, segundo ele, indicam vantagem de candidatos que não apresentam tais credenciais. Militares Mourão onipresente O vice Hamilton Mourão assumiu parte da agenda de Jair Bolsonaro, o que inclui visitas a redutos sensíveis e uma rotina de entrevistas mais frequente. Nesse período de maior protagonismo tem contado com o apoio e com os conselhos do general Augusto Heleno, um dos coordenadores do programa de governo de Bolsonaro. Agenda Educação - O STF retoma hoje o julgamento que vai decidir sobre a legalidade do ensino domiciliar. Presidenciáveis 1 - Ciro Gomes (PDT) será sabatinado hoje por O Globo, Valor Econômico e revista Época. Presidenciáveis 2 - Cabo Daciolo (Patriota) será sabatinado hoje por UOL, a Folha de S.Paulo e SBT. Presidenciáveis 3 - A EBC entrevista hoje Vera Lúcia (PSTU). Pecuária - O IBGE divulga hoje a pesquisa trimestral sobre a produção de alimentos do setor pecuário. Nos jornais Ibope - Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos porcentuais na primeira pesquisa nacional do Ibope feita depois de o candidato ter sido esfaqueado. Disputam o segundo lugar Ciro Gomes (PDT) 11%, Marina Silva (Rede) 9%, Geraldo Alckmin (PSDB) 9% e Fernando Haddad (PT) 8%. (manchete de O Estado de S. Paulo)Haddad - Lula autorizou que Fernando Haddad fosse oficializado ontem candidato do PT ao Planalto. Em carta, o ex-presidente pede que seus eleitores votem em Haddad. (manchete em Folha de S.Paulo e O Globo)Richa - O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), atual candidato ao Senado, foi preso temporariamente a pedido do MP do Paraná na manhã de ontem. Richa é suspeito de fraude em licitação em obras de estradas rurais. (todos os veículos)Sabatina 1 - O presidenciável pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou ontem que a prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa "fragiliza o partido", mas que "todos os partidos estão fragilizados". (todos os veículos)Sabatina 2 - A candidata da Rede, Marina Silva, participou ontem de sabatina organizada por O Globo, Valor Econômico e Época. Durante o encontro, Marina disse ver Lula como corrupto e não se arrepende de apoio ao impeachment de Dilma. (O Globo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico)Bolsonaro - Por 3 votos a 2, a Primeira Turma do STF rejeitou denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro (PSL), que foi acusado do crime de racismo em relação a quilombolas e refugiados. (todos os veículos)Mercado 1 - O número ainda alto de indecisos e de eleitores dispostos a votar em branco ou nulos abre espaço para reviravoltas no cenário eleitoral. Mas o mercado já se prepara para lidar com disputa entre dois "radicais". (manchete do Valor Econômico)Mercado 2 - O dólar comercial fechou ontem em alta de 1,48%, cotada a R$ 4,155. Já o Ibovespa recuou 2,33%, aos 74.656 pontos. O movimento foi atribuído aos resultados do Datafolha e à expectativa dos investidores quanto aos resultados da pesquisa Ibope. (todos os veículos)Leilão - O governo desistiu de leiloar neste ano o excedente da cessão onerosa no pré-sal. A ideia agora é tomar providências para que o futuro presidente possa realizar o leilão, caso queira, no primeiro semestre de 2019. (todos os veículos)
terça-feira, 11 de setembro de 2018

Cenário - 11.9.18

Em se confirmando a expectativa de que Fernando Haddad substituirá Lula como cabeça de chapa, o PT (nem de longe!) recuperará o tempo perdido. Apesar disso, a troca - prevista para ocorrer em algum momento do dia - coincide com eventos importantes que, de alguma maneira, podem servir de alento ao ex-prefeito de São Paulo. Pesquisas de intenção de voto começam a referendar Haddad como um dos polos de atração do eleitorado lulista. Internamente, houve um claro reposicionamento e Haddad testou - com relativo sucesso - sua voz em redutos pró-Lula. Por fim, as viagens que o 'vice' fez pelo país ajudaram a consolidar estratégias que a partir de agora devem ganhar relevância e escala. Consta no planejamento ideal elaborado pelos apoiadores de Haddad testar uma espécie de pacto de não agressão direta aos colegas do chamado 'campo de esquerda'. A campanha petista espera reciprocidade de Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Tema de campanha 1 Efeito Palocci No meio do tiroteio político, a Justiça Federal ressuscitou um assunto mais do que delicado para o PT. Foi marcado para o dia 20/11 o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci em um processo que investiga supostas irregularidades na compra de caças suecos durante o governo Dilma Rousseff. Tema de campanha 2 A prisão de Richa Não menos sensível para o PSDB, a prisão esta manhã do ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado, também reabre frentes desconfortáveis para os tucanos em plena campanha. Richa é alvo de uma operação realizada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e de uma nova fase da Lava Jato. Roteiro Ciro e o Maranhão No giro que faz pelo Nordeste, a previsão inicial era de que Ciro Gomes (PDT) participasse de um grande ato em São Luís/MA. O presidenciável decidiu reavaliar a visita para não constranger o governador Flávio Dino (PCdoB), que duplicou o palanque em prol de Lula e dele, Ciro. Internet Excluídos digitais O TCU recomendou ao governo Federal que, no decreto que remodelará a política de telecomunicações, não leve em consideração apenas o número de excluídos digitais por região para fomentar ações e programas de incentivo. A ministra relatora Ana Arraes adverte que, apesar de o eixo Sul/Sudeste ter um número maior de pessoas sem acesso às tecnologias, nessas regiões a iniciativa privada tem um potencial maior de atuação do que no Norte, por exemplo, onde os serviços digitais necessitarão de aporte integral do Estado. Vizinhança Corredor de passagem Um balanço da Polícia Federal mostra que os venezuelanos recorrem ao Brasil para fugir da crise, mas menos da metade fixa moradia em solo nacional. Do fim de 2017 até este ano, 154.920 venezuelanos atravessaram a fronteira. Desses, 79.402 já deixaram o Brasil. Jaguaribe A verdadeira Ursal O Brasil perdeu o cientista político e imortal da ABL Hélio Jaguaribe, mas seu pensamento continua vivo. Jaguaribe defendeu, em 1976, durante os últimos suspiros do regime militar, a integração das Américas para superar a dependência dos grandes centros e desencadear o desenvolvimento regional. Agenda Presidenciáveis 1 - G1 e CBN entrevistam hoje Vera Lúcia (PSTU). Presidenciáveis 2 - Folha, UOL e SBT sabatinam hoje Geraldo Alckmin (PSDB). Presidenciáveis 3 - A EBC entrevista hoje, às 17h30, Ciro Gomes (PDT). Campo - Estimativas de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos agrícolas de agosto serão divulgados hoje pelo IBGE. Indústria - O IBGE também apresentará números regionais da produção física da indústria em julho. Nos jornais Datafolha 1 - Nova pesquisa eleitoral do Datafolha aponta que Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança da corrida presidencial, com 24% das intenções de voto, após o início da propaganda eleitoral e o atentado que sofreu. (manchete em Folha de S.Paulo e O Globo)Datafolha 2 - Quatro candidatos aparecem empatados em segundo lugar, dentro da margem de erro: Ciro Gomes (PDT) tem 13% das intenções de voto, Marina Silva (Rede) 11%, Geraldo Alckmin (PSDB) 10% e Fernando Haddad (PT) 9%. (manchete em Folha de S.Paulo e O Globo)Bolsonaro - Os candidatos ao Planalto, apesar das manifestações de apoio e repúdio à violência, retomaram o tom crítico contra Jair Bolsonaro. (manchete de O Estado de S. Paulo)Haddad - A pedido de Lula, Fernando Haddad vai prolongar sua estadia em Curitiba para fechar a estratégia da troca na chapa petista. O ex-prefeito de São Paulo deve oficializar a candidatura hoje. (todos os veículos)Sabatina - Em entrevista à Folha, UOL e SBT, o candidato à presidência Álvaro Dias (Podemos), crítico dos governos petistas, afirmou que Haddad "vai carregar o ônus de ser o representante de uma organização que destruiu o país nos últimos anos". (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)Minas - A Justiça mineira apresentou pedido para que a PGR investigue se o governador Fernando Pimentel (PT), que tenta a reeleição, cometeu algum crime ao não repassar a instituições financeiras recursos de empréstimos consignados descontados de servidores estaduais. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico)Abram - O presidente Michel Temer assinou ontem MP que cria a Agência Brasileira de Museus (Abram), responsável por coordenar a reconstrução do Museu Nacional e gerenciará 27 unidades. A agência terá um orçamento inicial de R$ 200 milhões, remanejados do Sebrae. (todos os veículos)ANTT - A Agência Nacional de Transportes Terrestres informou que estuda aplicar multa de R$ 5 mil por viagem àqueles que contratarem transporte rodoviário de carga com valor inferior ao disposto pela agência. (todos os veículos)Mercado - O Ibovespa encerrou o dia ontem em alta de 0,02%. Já o dólar recuou e fechou a R$ 4,0940. (todos os veículos)Salário mínimo - O próximo presidente da República terá pela frente um desafio comparável, em termos políticos, ao da reforma da Previdência: propor ao Congresso uma nova política de correção para o salário mínimo. (manchete do Valor Econômico)Obituário - O sociólogo e cientista político Hélio Jaguaribe morreu no último domingo, no Rio de Janeiro, aos 95 anos. Ele estava em sua casa, em Copacabana, e foi vítima de falência múltipla dos órgãos. (todos os veículos)
segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Cenário - 10.9.18

Jair Bolsonaro (PSL) tentou, mas a disputa eleitoral teve de começar mesmo sem que seu programa de governo fosse abraçado pela poderosa bancada evangélica no Congresso. Até o último minuto da pré-campanha, o presidenciável buscou as igrejas e seus expoentes, oferecendo inclusive a vaga de vice ao senador Magno Malta (PR-ES). Ontem, passeatas pró-Bolsonaro contaram com a participação massiva de setores evangélicos. Mais do que solidariedade, o que se viu em Brasília e no Rio de Janeiro foram demonstrações de apoio. Desde o atentado em Juiz de Fora/MG, comunidades de diversas cidades do país têm promovido encontros e organizado grupos de oração. Ao mesmo tempo, líderes evangélicos embarcaram de vez no projeto de fazer o candidato do PSL o próximo presidente da República. A conjuntura eleitoral 'pós-facada' ainda é confusa, mas abriu oportunidades. Bolsonaro e os que engrossam, neste momento, as linhas de frente da campanha estão, simplesmente, explorando-as. PSDB A tática de Alckmin Geraldo Alckmin (PSDB) passou uma parte do feriado com marqueteiros para definir rumos e estratégias de campanha. O discurso e a propaganda já mudaram. Os tucanos realçam na TV, no rádio e nas redes sociais valores cristãos associados a tolerância. PT Volta às origens Fiel a 100% do desenho de campanha desenhado por Lula, Fernando Haddad (PT) ainda não tinha revisitado os temas que o credenciam. Hoje, participará de um ato público na PUC/SP contra os cortes de recursos destinados às pesquisas científicas. Com isso, conecta-se a bases acadêmicas importantes. Debate Marina x Ciro No debate da TV Gazeta, O Estado de S. Paulo e rádio Jovem Pan - (veja ou reveja aqui) -, Marina Silva (Rede) elegeu Ciro Gomes (PDT) como alvo. Listou números negativos da segurança pública na gestão da família Gomes no Ceará. STF A era Toffoli Dias Toffoli tomará posse na presidência do STF na próxima quinta-feira, 13. Certo mistério toma conta dos preparativos para a cerimônia. No mundo jurídico, a expectativa recai sobre o tom do pronunciamento inaugural e que proporção dele será reservada ao público interno. Congresso MPs e eleições Além da Medida Provisória que adia o reajuste dos servidores públicos Federais, outras oito perdem a validade até novembro se não forem votadas. PIS/Pasep Dinheiro sobrando Apesar de a Caixa Econômica Federal ter montado um esquema de atendimento especial aos beneficiários do PIS/Pasep, o reforço não surtiu muito efeito. Para injetar quase R$ 10 bilhões do fundo e movimentar a economia, o governo vai cruzar o CPF dos cotistas com os cadastros bancários e depositar o dinheiro nas contas de outros bancos, além da Caixa. Agenda Presidenciáveis 1 - Henrique Meirelles (MDB) é entrevistado hoje por G1 e CBN. Presidenciáveis 2 - Folha, UOL e SBT sabatinam hoje Álvaro Dias (Podemos). Presidenciáveis 3 - A EBC entrevista hoje, às 17h30, José Maria Eymael (DC). Fisco - O quarto lote de restituição do Imposto de Renda pode ser consultado hoje no site da Receita. Nos jornais TSE - O ministro do TSE Luís Roberto Barroso advertiu o PT: o partido poderá ter sua propaganda suspensa do horário eleitoral no rádio e na TV por descumprir a decisão que proíbe a apresentação do ex-presidente Lula como candidato. (manchete do O Globo)Prazo - A defesa de Lula entrou com um recurso no sábado à noite no TSE pedindo mais prazo para a substituição do candidato a presidente na chapa do PT. (todos os veículos)Bolsonaro - O ataque contra o deputado Jair Bolsonaro (PSL) mudou o eixo da eleição. Aliados tentam produzir dividendos políticos a partir da facada sofrida por ele na última quinta-feira, em Juiz de Fora/MG. (todos os veículos)Debate 1 - Os candidatos à presidência levaram para o debate da TV Gazeta/Estado/Rádio Jovem Pan/Twitter, ontem, a mensagem de repúdio à violência que dominou a campanha nos últimos dias após o atentado contra Bolsonaro. (manchete de O Estado de S. Paulo)Debate 2 - Com menos ataques, os presidenciáveis defenderam a "pacificação" durante o debate. O radicalismo na política foi tratado como um entrave ao desenvolvimento do país. (todos os veículos)Jucá - Repasses feitos a parentes ou a empresas da família do senador Romero Jucá (MDB-RR) viraram alvo de investigação da Polícia Civil de Roraima, que apura suspeitas de lavagem de dinheiro nas transações. (Folha de S.Paulo)África - Em artigo, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes relembra que a África é prioridade da política externa. O ministro pontua que nos últimos dois anos o fortalecimento das relações com os países africanos voltou a ocupar lugar de destaque. (Folha de S.Paulo)Infraestrutura - A infraestrutura brasileira encolheu nos últimos dois anos o equivalente a cerca de R$ 40 bilhões. É como se o país tivesse jogado fora quatro linhas novas de metrô com custos entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. (manchete da Folha de S.Paulo)Previdência - Nas reuniões com os assessores dos principais candidatos à presidência, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disseram que a reforma da Previdência que está no Congresso precisa e pode ser aprovada logo após as eleições. (manchete do Valor Econômico)Pague Menos - Deusmar Queirós, fundador da rede de farmácias Pague Menos, foi preso sob acusação de crime contra o sistema financeiro nacional. O empresário apresentou-se à PF no sábado cumprindo ordem judicial. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo)
sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Cenário - 7.9.18

Quando Donald Trump começou sua escalada eleitoral, os americanos, de pronto, recordaram que o discurso do magnata lembrava (bastante!) o do ex-governador do Alabama George Wallace Corley. Jair Bolsonaro, muitas vezes, é chamado de Trump brasileiro. O atentado sofrido ontem em Juiz de Fora/MG costura uma surpreendente teia histórica entre o candidato do PSL e George Wallace Corley - primeira versão de Trump. Assim como Bolsonaro, o conservador foi vítima de uma tentativa de homicídio em plena campanha, quando disputava a presidência dos EUA, em 1972. George Wallace levou um tiro de um jovem ainda durante as primárias democratas. Precisou de uma cadeira de rodas para se locomover depois do ataque e desistiu da corrida à Casa Branca. O tempo passou e, já no fim da vida, o político americano pediu perdão à nação e aos adversários. Dizendo-se arrependido das práticas e dos discursos, George Wallace reinventou-se. Ganhou sobrevida na política, inclusive com o apoio de parte daqueles que combateu (outros detalhes estão aqui). Mais história Vizinhança Ano passado, no Chile, o senador e candidato à reeleição Fulvio Rossi também foi atacado por facadas. E na Colômbia, este ano, o carro do candidato à presidência Gustavo Preto foi alvo de atentado. Segurança O que está na lei A lei determina que os candidatos à presidência do Brasil tenham à disposição um efetivo de 21 agentes da Polícia Federal. Mas isso não significa que o candidato estará rodeado por todos, 24 horas, sete dias da semana. Há um revezamento de turnos. Além disso, a PF jamais revela o efetivo e a estratégia de acompanhamento dos presidenciáveis. Dos 13 candidatos registrados, apenas cinco fazem uso da escolta. Desfile cívico-militar Agenda cancelada Hospitalizado por pelo menos mais 10 dias, Bolsonaro não acompanhará hoje o desfile do 7 de Setembro. A programação oficial previa a ida ao Rio de Janeiro. Em um vídeo gravado no quarto do hospital pelo senador Magno Malta (PR-ES), Bolsonaro fala sobre o atentado (assista). Protesto Nas ruas Tradicional ato de protesto do feriado da Independência, o Grito dos Excluídos chega ao 24º ano. O mote que embalará os manifestantes desta vez é o "fim dos privilégios", mas a prisão de Lula e sua ausência no processo eleitoral também empurrarão adeptos. A CUT promete organizar uma grande mobilização na avenida Paulista. Agronegócio Ajustes de contas A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao BNDES que inclua na linha de crédito destinada a dívidas rurais os débitos de 2009 e 2016. Os devedores desse período já são protestados pelos bancos. Funcionalismo Detalhe do detalhe O ministro do STF Ricardo Lewandowski colocou o presidente do Senado, Eunício Oliveira, em uma saia justa. Antes de analisar a ação de inconstitucionalidade do PSOL, contra a MP que veta reajuste dos servidores, Lewandowski pediu que o Congresso se manifeste, na pessoa de seu presidente. Em plena campanha eleitoral, Eunício terá que avalizar a MP que provoca a ira do funcionalismo. Orçamento Fica para o eleito O ministro do Planejamento Esteves Colnago explicou o porquê dos passos lentos dos trabalhos da Comissão Mista de Orçamento. Segundo o ministro, há um acordo "informal" com os membros da CMO para decidir os temais mais delicados apenas quando o presidente for eleito. Por enquanto, o Congresso elabora os relatórios que envolvem a temática trivial. Cibercrimes Olhar contemporâneo Em reunião da Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos, Raquel Dodge afirmou que muitos criminosos deixam de ser enquadrados devido à limitação da formação de procuradores e juízes que ainda não lidam muito bem com a produção de provas digitais. Raquel Dodge defende que os operadores do Direito tenham um "olhar mais moderno". Agenda 7 de setembro - O presidente Michel Temer participa do Desfile Cívico da Independência, em Brasília. Nos jornais Bolsonaro - O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi esfaqueado ontem em ato de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. O candidato era carregado por apoiadores quando foi atingido. (manchete de todos os veículos)Autoria - Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, foi identificado por policiais Federais que escoltavam Bolsonaro e levado preso em flagrante. Aos policiais, afirmou que agiu por conta própria e que praticou o atentado por motivos pessoais e a mando de Deus. (todos os veículos)Presidenciáveis - Os adversários de Bolsonaro condenaram o ataque. O presidente Michel Temer também se pronunciou. (todos os veículos)Reação - Coordenadores de todas as campanhas admitem que a cena trágica protagonizada pelo candidato do PSL mudou a história da eleição. Ainda sob o impacto da notícia, rivais se preparam para uma forte onda de comoção. (todos os veículos) Mercado - A Bolsa avançou 1,94% e o dólar fechou o dia em queda de quase 1% após o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ser esfaqueado. (todos os veículos)Boulos - Em sabatina realizada pela Folha em parceria com UOL e SBT, o presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) disse que a relação entre PT e MDB é caso de divã e masoquismo, ao citar encontros do petista Fernando Haddad com emedebistas. (Folha de S.Paulo)Alckmin - Em participação na série Estadão-Faap Sabatinas com os presidenciáveis, Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o problema do governo Federal é o presidente Michel Temer, não seus ministros. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo) Fachin - O ministro Edson Fachin, do STF, negou pedido da defesa do ex-presidente Lula para suspender sua inelegibilidade e manter sua candidatura à presidência. (Folha de S.Paulo e O Globo)Temer - Em artigo, o presidente Michel Temer enumera os êxitos e avanços da sua gestão. "Ficar parado nunca foi uma opção do meu governo, porque o país não pode mais esperar". (O Estado de S. Paulo)Inflação - O IBGE divulgou que o IPCA recuou 0,09% em agosto. Foi a menor inflação para o mês desde 1998, quando o indicador apresentou queda de 0,51%. (todos os veículos)Petrobras - A Petrobras alterou a periodicidade do reajuste de preços da gasolina. A estatal anunciou que as variações poderão acontecer em intervalos de até 15 dias, e não mais diariamente. (todos os veículos)