quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Francisco Cesar Pinheiro Rodrigues

Migalheiro desde maio/2006.

Membro do IASP - Instituto dos Advogados de São Paulo

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Sucumbência recursal no novo CPC e outras considerações

Comissão de Reforma do CPC tenta transformar em lei a obrigação do recorrente, que perdeu totalmente seu recurso, de indenizar a parte contrária, com novas sucumbências.
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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Fragilidades do Direito na ação penal 470

Seria salutar se o STF já se preparasse para lidar com problemas que podem surgir após o julgamento.
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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Seria útil Roberto Gurgel esclarecer, com urgência

Seria de extrema utilidade cultural que o procurador geral respondesse aos tópicos salientados pelo advogado do réu Marcos Valério.
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Tudo indica ser falsa a acusação contra Strauss-Kahn

Somente um alto grau de embriaguez - não mencionado -, ou desequilíbrio mental, ou inacreditável bloqueio mental explicaria um comportamento tão anômalo, prejudicial a si mesmo e ao partido socialista a que pertence, por parte de um provável futuro presidente da França.
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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Leitura, problemas e um assunto indigesto que se intrometeu

Para pessoas de regular instrução, quando curiosas, a vantagem máxima da aposentadoria - quando razoável, dispensando a necessidade de novamente trabalhar, estaria no maior tempo disponível à leitura instrutiva e reflexiva. Além do prazer em si de conhecer o que se ignorava, dessas leituras podem surgir novos enfoques, resultantes da conexão da experiência de vida com as velozes novidades do mundo atual.
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terça-feira, 12 de abril de 2011

"Castelo de Areia": indignação e tristeza

Em suma, até agora se sabe, comprovadamente, que apenas 1/28 dos juízes do STJ adota o discutível entendimento que serviu de fundamentação para a rejeição de dois anos de exaustiva investigação da Polícia Federal. Não há, portanto, por enquanto, como censurar o "STJ" pela decisão.
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Um trabalho meritório sobre Saramago

Quem quiser conhecer a "espinha dorsal" de Saramago, mas — como eu — é avesso a certas novidades um tanto anárquicas na expressão gráfica, e não dispõe de tempo suficiente para ler, ou "decifrar", milhares de páginas — em livros, revistas, jornais e palestras — precisa ler esse livro do referido Fernando G. Aguilera.
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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Considerações sobre calúnia, difamação e injúria

Mark Twain, grande escritor americano, morto em 1910 — que a explicação não seja tomada como injúria pelo leitor culto — dizia que é preciso duas pessoas para nos ferir intimamente: o caluniador e aquele amigo nosso que vem nos contar o que andam dizendo contra nós.
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Conciliando a "sucumbência recursal" com a proposta do Min. Peluso

Quem sofre com a atual distorção das corriqueiras "quatro entrâncias"? Sofrem as finanças governamentais. Padecem aqueles que recorrem de boa-fé, mas encontram, na "fila de espera" de julgamento, à sua frente, milhares de recorrentes que visam apenas tirar proveito da demora.
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O juiz deve ser um apático espectador, ou buscar a verdade real?

O prestigiado jornal “O Estado de S. Paulo”, no editorial de 18-1-10, “Lições de Direito”, externa apoio irrestrito — certamente “desapoiado”, com razão, pela maioria dos magistrados brasileiros — a um despacho do atual Presidente do Superior Tribunal de Justiça que, examinando o comportamento do juiz federal Fausto De Sanctis — no processo criminal que se seguiu à “Operação Castelo de Areia” — censurou o referido juiz paulista pelo fato de tomar iniciativas probatórias em processos sob sua jurisdição.
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Caso Battisti: entendendo melhor a decisão

Como a vasta maioria daqueles brasileiros favoráveis à extradição do ex-ativista italiano — porque, afinal, ele foi regularmente julgado e condenado por quatro homicídios no seu país, entrando no Brasil usando passaporte falsificado — tive também a impressão inicial de que não teria sentido prático nem jurídico o STF deixar “nas mãos” do Presidente da República — algo assim como “decida conforme seu capricho” — a decisão de entregar, ou não, ao governo italiano, o foragido.
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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Um detalhe importantíssimo não mencionado

O jornal “O Estado de S. Paulo” de 15-2-09, pág. A14, apresenta uma reportagem mencionando a insatisfação de boa parte da magistratura brasileira contra supostos — ou verdadeiros ? — excessos por parte do CNJ – Conselho Nacional de Justiça. Notadamente quanto à exigência de ser informado sobre grampos telefônicos e prisões provisórias ordenadas pelos juízes de primeira instância. Estes alegam que autorizar, ou não, a escuta de telefone, ou decretar prisões provisórias é matéria jurisdicional e que não tem sentido um órgão administrativo, o CNJ, criar um encargo burocrático a mais para os já sobrecarregados julgadores da primeira instância.
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A politização do caso Cesare Battisti

O pedido italiano — por enquanto negado pelo Brasil —, de extradição do ex-terrorista italiano Cesare Battisti é mais um capítulo que comprova a necessidade de uma unificação de regras sobre o convívio internacional, inclusive na área penal.
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A origem do conflito “Legislativo x STF”

Jornais e internet têm abordado, com perplexidade — ou explícita animosidade —, a proposta do Deputado Federal Flávio Dino cancelando a vitaliciedade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Como todos sabem, pela legislação atual um ministro do STF só deixará o cargo por conveniência própria, condenação judicial em algum crime, impeachment, afastamento por doença e por limite de idade. De modo geral, os dignos ministros — a dignidade é realmente a regra — deixam o cargo por força da aposentadoria compulsória, aos 70 anos.
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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Investigação autônoma do Ministério Público em fraudes

Recente decisão, por maioria de votos, do Tribunal de Justiça de S. Paulo anulou a denúncia — já aceita — contra um grupo de 11 pessoas acusadas de fraudar licitações — entre elas o diretor de obras de uma prefeitura do ABC paulista. A denúncia (para quem não é do ramo: peça inicial da acusação na fase judicial) seria nula porque foi o próprio promotor quem coligiu a prova. Segundo o acórdão, já existindo em andamento um inquérito policial, presidido por um delegado, não seria possível a um promotor do Gaeco — Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado — tomar iniciativas probatórias autonomamente e, reunido o material comprometedor, apresentar a denúncia frente ao juiz.
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

É direito do Equador discutir o contrato

A grande imprensa brasileira tem — ao que parece unanimemente —, encarado o conflito Equador x BNDES como uma ofensa descabelada do “esquentado” presidente equatoriano. Espero, porém, que um patriotismo fanático, incondicional — de qualquer dos lados —, desligado de qualquer preocupação com efetiva justiça, não prevaleça.
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

“Feliz aniversário e muitos anos de vida!”

Dia 4-10-08, o Portal MundoRI.com — direcionado essencialmente às Relações Internacionais — comemorou, no espaço físico “Aduaneiras”, seu sétimo aniversário de nascimento. Não obstante sua pouca idade o “menino” tem mostrado um vigor físico e mental inusitado, considerando-se a relativa frieza com que os temas de âmbito internacional são encarados pela nossa intelectualidade e, conseqüentemente, pela juventude.
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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Grampos" nas altas esferas. Quem se atreve?

Antes que o problema caia no esquecimento — sem ser resolvido —, perpetuando a dubiedade, é preciso que a comunidade jurídica e o legislador federal brasileiro enfrentem a melindrosa questão de saber qual o juiz autorizado a deferir a escuta telefônica das autoridades máximas dos três poderes. "Afastai de mim esse cálice..." devem pensar muitos magistrados, conforme o poder e o temperamento mais ou menos vingativo da autoridade a ser investigada. Em um nível mais prosaico, a pergunta seria: a quem caberá a arriscada tarefa de amarrar o sino no pescoço do gato, onça ou tigre?
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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A encruzilhada da advocacia

Lendo e ouvindo, pela internet, a explicação clara e irretorquível do atual presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil — Luiz Flávio Borges D’Urso —, sobre alguns casos de desonestidade na remuneração de advogados que prestam serviço de assistência judiciária, sinto-me mais do que motivado para, como mero cidadão — e por um sentimento natural de justiça —, dizer algumas palavras em favor dessa difícil profissão, a advocacia.
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ativismo judicial

De tempos em tempos, os “organismos” — tanto os biológicos quanto os jurídicos e sociais —, dão uma espécie de “salto” para um patamar, geralmente superior. Reagem, em suma, às dificuldades do meio ambiente. Assumem novas formas.
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Escutas ilegais no STF

Atualmente não há, no panorama jurídico, tema mais espinhoso, delicado, “enevoado” e estimulador de reflexões do que a existência dos famosos “grampos” ouvindo conversas telefônicas de ministros do Supremo Tribunal Federal.
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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Vitaliciedade e STF

Um bacharel em Direito, que conheci de passagem e só pôde estudar depois de maduro — portanto mais crítico que seus jovens colegas — protestava e perguntava-me, revoltado com as declarações de dois magistrados em alta posição.
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sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Algemas, STF e “Varas especiais para abuso de autoridade”

O Min.Gilmar Mendes, em um debate promovido pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, sugeriu a intimidante idéia de se criar varas especializadas, na Justiça, para combater abusos de autoridade em investigações policiais.
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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A inviolabilidade dos escritórios de advocacia

Contrário, embora, à chamada “criminalização da violação das prerrogativas profissionais” do advogado, em razão dos termos — vagos e ambiciosos demais — em que foi proposta no Congresso Nacional, não constato desejo de privilégios no projeto de lei que, especificamente, cuida da inviolabilidade dos escritórios de advogados, modificando o art.7º da Lei 8.906/94, o Estatuto da Advocacia.
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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Fibra indomável

Vez por outra talvez seja tolerável, em sites sisudos e especializados em Direito e Relações Internacionais — especialmente nas férias —, escapar um pouco à especificidade de seus temas. Principalmente quando o autor do texto retrata como alguns seres humanos, perfeitamente medianos, suplantaram, na vida real, com invulgar sangue-frio, o medo, a dor e o aleijão.
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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Um ciclo de debates imensamente oportuno

O Centro de Estudos Judiciários, do Superior Tribunal de Justiça, promoveu, em Brasília, nos dias 23 e 24 de junho de 2008, um Ciclo de Debates sobre nosso “calcanhar de Aquiles judiciário”: a imensa, lesiva, agonizante e desmoralizante demora no término das ações judiciais.
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segunda-feira, 16 de junho de 2008

A CSS e o bom contribuinte

Soa algo como próximo à loucura mansa alguém, após a extinção da CPMF, externar apoio à criação — agora por lei — da Contribuição Social para a Saúde. Na Câmara dos Deputados a votação foi apertada, apenas dois votos acima dos necessários à aprovação. A batalha transfere-se, agora, para o Senado.
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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Invalidar todas as escutas telefônicas?

Li, ontem, na internet — site “Trem Azul” — que uma deputada federal, Marina Maggessi, relatora da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, defende a idéia de que todas as operações, até agora realizadas pela Polícia Federal, com base em escutas telefônicas “editadas” — isto é, contendo apenas os trechos escolhidos pela PF —, sejam invalidadas.
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terça-feira, 27 de maio de 2008

Células-tronco embrionárias e coerência

No próximo dia 28, maio de 2008, o STF prosseguirá no julgamento da ADI – ação direta de inconstitucionalidade — movida contra a Lei de Biossegurança que autoriza a utilização de células-tronco embrionárias em experiências visando à cura de doenças de origem genética e outras até agora sem cura pelos tratamentos convencionais.
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sexta-feira, 16 de maio de 2008

O Tribunal do Júri e o caso Dorothy

Inicialmente, peço escusa por me expressar aqui como realmente penso, sem rodeios — nem todos têm esse privilégio... —, sobre uma instituição ainda muito elogiada, mas que há muito tempo caducou. Pelo menos em nosso país.
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quarta-feira, 14 de maio de 2008

Violação das prerrogativas do advogado

Há, hoje, na Câmara dos Deputados, um bizarro, embora bem intencionado, Projeto de Lei — já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça —, que torna crime a violação das prerrogativas da advocacia. A pena prevista é de seis meses a dois anos, independentemente da violência, se houver, que acompanhou a violação.
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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Reservas indígenas: quem tem razão?

Sempre me impressionou a leveza — embora elegante, de borboleta colorida —, a despreocupação em atingir o âmago das questões, quando se discutem problemas sérios e complexos no Brasil. Não se trata, frise-se, de carência de inteligência ou de conhecimento — muito menos de caráter — daqueles que sustentam posições opostas, porque não nos faltam boas cabeças, mentalmente honestas e suficientemente municiadas de argumentos poderosos. A falha está mais da tradição de “borboletear” em busca do brilho fácil — aproveitando aqui a imagem do belo e inofensivo inseto.
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Utilização da Justiça com fins escusos

O Poder Judiciário foi criado, obviamente, com a finalidade de reparar injustiças. No entanto, não é raro que, cada vez mais, seja — ou tente ser — utilizado, por demandistas espertos — nem tanto, nem tanto... — e mal intencionados visando infringir prejuízos, lesar credores, garantir impunidade, esconder a verdade, oprimir os mais fracos ou confundir a opinião pública. Mais uma prova de que nenhuma instituição, por mais seriamente concebida que tenha sido — e esforce-se na seleção de seus integrantes —, está livre de tentativas, mais ou menos engenhosas — tecnicamente “legais” —, de pessoas, físicas ou jurídicas, pedindo uma coisa visando outra.
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Advocacia, Ciência, Tecnologia e Exame de Ordem

Bacharéis — os inscritos e os não-inscritos na OAB — encaram-se, hoje, no Brasil, com desconfiança. O mercado já está saturado de profissionais. Há um excesso de Faculdades de Direito, despejando semestralmente milhares de novos candidatos à advocacia; a maior parte, dizem os veteranos — não sei, porque não tenho contato com os recém-formados — sem condições culturais, pelo menos razoáveis, de trabalhar, sem desastres, em defesa de seus clientes. Outra conseqüência da “invasão” seria o desprestígio da advocacia.
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O idealismo de Oscar Niemeyer

A combativa revista mensal “Caros Amigos”, que só li agora mas data de julho de 2006, publicou extensa e inteligente entrevista do famoso arquiteto Oscar Niemeyer, considerado, quase à unanimidade, um gênio da profissão. Como todos sabem, Niemeyer é um comunista que jamais tentou esconder suas convicções. Defende-as com vigor e destemor — é um dos poucos com coragem de defender Stálin —, não sendo possível duvidar de sua sinceridade.
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O IOF e a inflação

Quem escreve, com certa regularidade, para jornais, revistas ou internet, sempre fica na dúvida sobre o eterno dilema: devo redigir o artigo com um máximo de clareza e simplificação — com isso conseguindo a aprovação de alguns, mas o desprezo de outros — ou, pelo contrário, devo dificultar a compreensão, torturando a ordem usual das palavras, de modo a deixar claro que o autor não é "um qualquer", nem está "ao alcance de todas as inteligências" — como dizia, na capa, cretinamente, um antigo livrinho ensinando inglês para iniciantes. Lendo a destinação do livro muitos deixavam de comprá-lo. A aquisição seria uma admissão de burrice.
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Defesa da CPMF

Quando todos — menos o governo e futuros candidatos à presidência... — festejam a extinção da CPMF, soa como azedo desmancha-prazeres dizer alguma coisa a seu favor. Visto que, no entanto, tenho grande admiração pela verdade — embora reconhecendo as dificuldades, em mim e nos outros, de sua prática invariável —, sinto-me legitimado a defender essa “novidade” tributária: o “imposto do cheque”. Defesa ingrata, em causa já perdida no Senado, a ser lida, aqui, presumo, sob vaias indignadas. Será possível justificar um tributo tão odiado? Não basta a quase unanimidade desse ódio para presumir de que lado está a verdade?
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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Chávez, Lula e o Rei

O incidente do "¿Por qué no te callas?!", ocorrido na Cúpula Ibero-Americana, em Santiago, já foi comentado demais, embora recentíssimo. Cada comentarista reagiu conforme suas idiossincrasias ideológicas. A "direita" — aspas porque corresponde a um chavão — apoiou, de alma lavada, as palavras do rei espanhol. A "esquerda" — também entre aspas porque representa outro termo imensamente abrangente — opinou que quem abusou no uso das palavras foi o rei, agindo de forma "antidemocrática". Afinal, ela tentou justificar, numa reunião supostamente democrática de chefes de governo todos têm o direito de expressar o que pensam. Houve também quem criticasse a simples presença do rei espanhol, que apenas representa seu país, mas não o governa.
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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Ainda o caso Cunha Lima

Pelo que se constatou na mídia, a comunidade jurídica e a opinião pública em geral apoiaram, maciçamente, os adiantamentos de votos, ou meras opiniões, dos ministros do Supremo Tribunal Federal que consideraram a renúncia do deputado Cunha Lima ineficaz para inutilizar todo o trabalho despendido para seu julgamento naquele Tribunal, após longa tramitação — cinco anos. Isso, sem contar a demora anterior, decorrente da necessidade de autorização do Congresso para se processar qualquer parlamentar.
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segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A renúncia de Cunha Lima

Diz a imprensa do dia 1° de novembro que o deputado Ronaldo Cunha Lima renunciou ao mandato para adiar seu julgamento. Com a renúncia perde o foro privilegiado e o julgamento passará à primeira instância. O ministro do STF que funcionava como relator considerou o caso como um “escárnio” com a Justiça em geral e com o STF, em particular.
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sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O que pretende Hugo Chávez?

A melhor — quase única — justificativa da democracia está na garantia de o governante ser forçado, rotineiramente, a deixar o poder. Findo o mandato, ou quando age de forma totalmente insana, babando na camisa, olhar alucinado, uivando de quatro para a lua. Em caso de loucura, é preciso, porém, que esta se apresente incontroversa.
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sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Equiparação salarial de delegados com promotores

No Brasil tudo se faz "de arranque", desproporcionalmente, levando em conta apenas o fim visado de imediato — em geral votos, quando o “repelão” provém de uma cabeça legislativa. Nada de refletir maduramente no assunto. Somente assim pode ser encarada a proposta de emenda constitucional que está na Câmara dos Deputados, propondo equiparação remuneratória entre delegados de polícia e promotores de justiça nos Estados.
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quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Chile x Peru sobre fronteira marítima

Pedindo perdão ao leitor pela monótona insistência na necessidade de um governo mundial, a começar na área jurisdicional — para isso temos a Corte Internacional de Justiça, embora inda anêmica por depender do CS da ONU para executar suas decisões — o que só faz quando conveniente —, cabem aqui algumas breves considerações sobre a atual divergência entre Peru e Chile quanto ao novo mapa marítimo adotado pelo Peru.
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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Conversas reservadas no Supremo

Um título alternativo para este artigo seria o shakespeariano “Much ado for nothing”, muito barulho por nada. Sem exceção, os atuais ministros do Supremo Tribunal Federal são juristas da mais absoluta integridade. Como posso afirmar isso ?
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sexta-feira, 27 de julho de 2007

Comentário sobre a ADIn movida pelo PPS

A ação direta de inconstitucionalidade, ajuizada no STF, é contra a nova portaria da classificação indicativa, obrigando as TVs a respeitar um horário, conforme o conteúdo de licenciosidade das cenas.
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quarta-feira, 23 de maio de 2007

Progressos profissionais que se voltam contra os profissionais

Não, não há erro no título. Um bom subtítulo seria: “Problemas dos médicos, advogados, professores, etc, cada vez mais prejudicados pelos avanços concebidos por eles mesmos”.
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quinta-feira, 19 de abril de 2007

Brilhante avanço do Supremo Tribunal Federal

No dia 20 deste mês (abril de 2007), o Supremo Tribunal Federal realizará sua primeira audiência pública — pelo que diz a mídia — com o fim de se esclarecer melhor com relação ao problema da utilização de células troncos embrionárias em pesquisas e terapias.
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quarta-feira, 11 de abril de 2007

Poluição sonora e inércia estatal

Só quem morou ao lado, abaixo ou acima de festeiros eufóricos, ou nas imediações de bares e clubes dançantes, pode avaliar o que é depender da boa-vontade de vizinhos ruidosos para poder dormir ou se concentrar em alguma leitura.
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quinta-feira, 15 de março de 2007

A confissão do Ministro da Justiça

O jurista Márcio Thomaz Bastos, na cerimônia de despedida do cargo, teria dito que “aceitou o cargo por vaidade, mas em pouco tempo percebeu a importância do ministério para o País e a vida dos cidadãos” (jornal “O Estado de S.Paulo”, 1º-2-07, pág. A8).
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quarta-feira, 14 de março de 2007

O Tribunal Internacional de Justiça tropeçou

Ninguém mais que o signatário vem “torcendo” para que o nosso planeta proceda com racionalidade na solução de conflitos entre Estados. E solução, mesmo, não mera “recomendação”, como ocorre atualmente, sistemática que torna anêmica a própria idéia de uma “corte internacional”.
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sexta-feira, 2 de março de 2007

Excesso de reclamações trabalhistas e outros temas. Como reduzir o volume de demandas trabalhistas?

Primeiramente, lembrando ao legislador, quando redige leis processuais, o alerta de Voltaire de que “a vantagem deve ser igual ao perigo”. Uma das reflexões mais agudas e de aplicação universal do grande filósofo francês.
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terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Informações biológicas às esposas traídas

Na qualidade de magistrado aposentado, com alguma freqüência sou consultado por cônjuges sobre se devem, ou não, se separar judicialmente. Querem saber o que acontecerá no misterioso e algo temido “amanhã”.
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A prisão preventiva de pessoas influentes

Vasta maioria da população — e não só os ignorantes — vê com olhos suspeitosos a dança do “prende e solta” de réus ilustres. Notadamente aqueles com polpudos — os malévolos, sempre desconfiados, diriam “convincentes” — recursos financeiros. Conclui, desconhecedora dos meandros jurídicos, que “cadeia foi mesmo feita só para pobres”, ou para “os três ‘p’: preto, pobre e pu...”.
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quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

O STF e a fixação de juros pelos juízes

Bancos e mídia econômica ficaram assustados, com razão, com recente decisão do STF dizendo que os juízes de primeira instância podem aplicar o Código de Defesa do Consumidor nas relações entre bancos e clientes.
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quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Crimes e soberania

Já não me acanho — tenho precursores ilustríssimos, Kant inclusive — em insistir que as nações precisam, cada vez mais, renunciar largas porções de sua soberania, em favor de uma federação democrática mundial, para que o mundo seja menos caótico, injusto e auto-destrutivo (vide poluição).
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sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Tales Castelo Branco, um criminalista modelo

Sempre estranhei o contraste entre a redoma de silêncio em torno de pessoas vivas de grande valor e o estrondo de elogios — realmente sinceros! — que se segue a seu falecimento. Por que não elogiaram antes?
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segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Sobre a lista de “Inimigos da Advocacia”

Trata-se de um tema polêmico, com posições geralmente extremadas, tomando a parte pelo todo. Tentemos compreender o problema de um modo mais abrangente. Não sei se o autor da idéia da “lista negra” inspirou-se apenas nele mesmo — e em constantes reclamações de colegas — ou se foi estimulado pelo exemplo forte do que ocorreu nos EUA, mas em situação bem diferente.
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sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Indenizações "punitivas" e a Suprema Corte Americana

O jornal “O Estado de S. Paulo”, edição de 5-11-06, publica artigo de um colunista do “The New York Times”, Adam Cohen, criticando a presumível tendência, mais recente, da Suprema Corte em favorecer os poderosos.
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segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Reavendo verbas desviadas para exterior

Jamil Chade, jornalista que cursou Relações Internacionais — uma inteligente providência na era da globalização — em artigo publicado em 28-8-06, no jornal “O Estado de S. Paulo”, transmite-nos o que ouviu de pessoas que, em Genebra, Suíça, lidam com questões relacionadas com a recuperação de dinheiro público depositado em contas no Exterior.
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sexta-feira, 27 de outubro de 2006

A relação pessoal entre juízes e jurisdicionados.

Não me agrada criticar a Justiça brasileira. Isso porque as merecidas críticas ao nosso sistema judicial acabam contaminando — queira-se ou não —, a pessoa dos juízes, que não têm culpa pelas óbvias falhas do sistema. Ser juiz, hoje, é tarefa ingrata em termos de aprovação em abstrato. Algo assim acontece com deputados e senadores, muitos deles idealistas mas “empoeirados” ou até mesmo “enlameados” pela nuvem pesada do descrédito causado por alguns colegas.
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quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Advogados e juízes escritores

Alguns anos atrás impressionava-me o fato de quase não existir, no Brasil, escritores de ficção entre magistrados e advogados. Promotores havia alguns em São Paulo, entre eles Rubens Teixeira Scavone e Maffra Carboniere, ambos com alguma notoriedade regional. Este último eu me lembro que foi premiado em um concurso de contos no Paraná. E Scavone informava-se bem antes de escrever seus livros, utilizando dados colhidos na área científica, quando assim exigia a obra. Escrevessem ambos em línguas do primeiro mundo certamente teriam sido mais reconhecidos. O português — “túmulo do pensamento”, queixavam-se autores brasileiro — ainda é um idioma ingrato, em termos de difusão internacional.
Migalhas de Peso
quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Interrogatórios e depoimentos pessoais

Nunca me conformei com a subutilização, pelos magistrados, dos contatos diretos, em audiência, entre o juiz e o réu — nas ações penais —, e as partes — quando necessário — nas ações cíveis. Interrogatório e depoimento pessoal são encarados, usualmente, mais como meras formalidades do que como fonte valiosa para o conhecimento da verdade dos fatos que originaram o processo. O juiz parece pensar que é inútil perguntar ao réu — na maioria dos casos é do réu que se trata — o que ele fez, ou o que realmente aconteceu, porque ele jamais dirá qualquer verdade que o prejudique. Assim, por que perder tempo?
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terça-feira, 15 de agosto de 2006

Seqüestro do repórter da TV - Globo

Há ocasiões em que o politicamente correto deve ser deixado de lado. Este é o momento. E o uso da franqueza e concisão poderá, aqui, ajudar a clarear uma velha discussão que pensava morta e enterrada, mas agora retorna à vida gemendo e uivando dentro do caixão. Refiro-me à pena de morte no Brasil.
Migalhas de Peso
quarta-feira, 19 de julho de 2006

Elogio da Internet

Sou imensamente grato à Internet. Sem ela continuaria sentindo-me sufocado pelos altíssimos muros erguidos pela mentalidade excessivamente comercial das editoras de revistas.
Migalhas de Peso
terça-feira, 11 de julho de 2006

A virtude da desconfiança

A desconfiança pode não ser uma qualidade “elegante”, mas ainda é artigo de primeira necessidade, em um mundo dominado pela ganância desonesta — a honesta, tudo bem... — e sua inevitável protetora: a mentira, com palavras ou atos. E, a confirmar a onipresença da mentira acrescente-se que a própria desconfiança, embora salutar, tem que ser “mentirosa”, isto é, disfarçada — “mera rotina” —, pois do contrário ofenderia suscetibilidades. Mesmo os ladrões, quando ainda não desmascarados, são muito suscetíveis. A mídia que o diga, com processos em cima.
Migalhas de Peso
quinta-feira, 22 de junho de 2006

A daninha "garra" política

Uma qualidade muito valorizada é a “garra”, o espírito de luta, a combatividade. Para mim, entretanto, essa palavra sempre esteve associada a “cafajestada”, auto-elogio, vulgaridade, ausência de auto-crítica, cabotinismo e exibição de valentia (sempre em relação a pessoas mais fracas, no físico ou no temperamento).
Migalhas de Peso
terça-feira, 13 de junho de 2006

Adilson Dallari, o corajoso “pára-raio”.

Alguns dias atrás o “Migalhas” publicou um artigo meu propondo a discussão, no Brasil, da pena de morte. Pelo menos a discussão. Notadamente em relação aos chefes do tráfico de entorpecentes que, já presos e condenados a décadas de prisão continuam — sem temor de novos processos, sem mais nada a perder —, decretando a pena capital (inapelável e sem direito de defesa), contra qualquer um que os contrariem. Nessa discussão poder-se-ia talvez encontrar, ou “construir”, uma hermenêutica constitucional capaz de — sem cômicas e artificiais “revoluções” em busca do “poder constituinte originário” — corrigir o excesso de “cláusulas pétreas”, entre elas a proibição da pena de morte e prisão perpétua. Se o S.T.F., em decisão formal, aprovar essa “construção” — dizendo, por exemplo, que certos dispositivos, não obstante formalmente incluídos na Constituição são “na essência” inconstitucionais — não haverá necessidade da “revolução” de mentirinha.
Migalhas de Peso
sexta-feira, 9 de junho de 2006

Stephen Hawking e a dificuldade do povo para discernir

Não nos referimos, aqui, nem à Física nem à Cosmologia, áreas em que o admirado e determinado cientista navega sua inteligência privilegiada. Admirado, porque trabalha com limitações corpóreas inimagináveis. Portador de “esclerose amiotrófica lateral”, seus músculos não obedecem à sua vontade. Vive, contorcido, numa cadeira de rodas. Há alguns anos nem consegue falar. Para poder respirar submeteu-se a uma traqueotomia.
Migalhas de Peso
terça-feira, 6 de junho de 2006

A imprensa e a preservação da fonte

Questão que volta e meia retorna ao debate, e não só no Brasil, é a necessidade de preservação do anonimato da fonte que deu ao jornalista uma informação de grande relevância, geralmente denunciando deslizes de agentes públicos.
Migalhas de Peso
quarta-feira, 24 de maio de 2006

Pena de morte, um tema para ser discutido agora

Quando digo, há vários anos, que sou a favor da pena de morte — com injeção, deixo claro — só não sou agredido, ou cuspido, porque meu interlocutor é quase sempre bem educado. Também escolho audiência. Mas de censuras não me poupam: “Como!? Você tem coragem de dizer um absurdo desses? Está “provado”, estatisticamente, que a pena de morte não intimida! E nem mesmo sai barato para o Estado, porque o condenado, nos Estados Unidos — sempre a comparação com esse país... —, fica anos e anos no corredor da morte, gerando uma despesa enorme, muito superior aos gastos inerentes à pena de reclusão.
Migalhas de Peso
terça-feira, 16 de maio de 2006

O futuro de Hugo Chavez

Toda futurologia é precária, porque depende de mil variáveis. Um economista, ganhador do Prêmio Nobel, chegou a afirmar — já disse isso antes, em outro artigo — que a própria expressão “ciências humanas” é uma contradição de termos, tão imprevisível lhe parecia o comportamento do homem. E ciência é previsibilidade.
Migalhas de Peso
segunda-feira, 8 de maio de 2006

Uma sugestão aos futuros dirigentes da OAB

É perceptível a frustração profissional que sente um alto percentual dos advogados brasileiros, principalmente os mais jovens. Mesmo competentes, aprovados nos duros Exames de Ordem, ansiosos para exercer a profissão, sentem à frente um como que muro invisível. Invisível mas mesmo assim incontornável pois a atual ética profissional inibe qualquer tipo de auto-propaganda. Muro que só poderá ser transposto mediante fortuitas relações de parentesco, casamento, ou rara e feliz coincidência de ser notado e convidado para trabalhar em próspero escritório de advogados.