O governo tentou amainar o caso Geddel, dando-o por encerrado. Esqueceu-se, no entanto, de combinar com a imprensa. E lá está ele na capa dos jornais. No Estadão e n´O Globo, a mesma foto: ele rindo com outras pessoas. Quer-se, evidentemente, passar a imagem de que estão rindo da cara do leitor. Na Folha, imagem também de capa, mas sem a malévola indução.
Recheio gordo
Pior para Geddel e governo do que as capas dos jornais, queremos crer, é o miolo. Colunistas, que em geral são os grandes formadores de opinião (sobretudo para formar a opinião dos jornalistas), batem feio. E vão de Zuenir Ventura a Rui Castro, de Elio Gaspari a Hélio Schwartsman. De modo que se a coisa continuar nesse ritmo, e nenhuma operação da PF vier para mudar o foco da mídia, sua saída será inexorável.
Mestre-escola
Sobre a iminente saída de Geddel, interessante como não se aprendeu com o mestre Jucá. Este, pego no grampo de Sérgio Machado, sumiu da cena na mesma hora. Continuou como eminência parda, mandando no ministério que ocupava, e recentemente ainda foi promovido a líder do governo no Senado.