quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Arquivo do dia 26/02 de 2015

PILULAS

"Os aspectos jurídicos da relação cirurgião, hospitais e distribuidores de Órteses, Próteses e Materiais Especiais" será tema de palestra do advogado David Rechulski, do escritório David Rechulski, Advogados, durante o "Congresso Internacional de Cirurgia da ATM", amanhã, às 11h, em SP. Diógenes Gonçalves, do escritório Pinheiro Neto Advogados, participa no dia 3/3, do seminário "Garantia Judicial", promovido em SP. Na ocasião, serão debatidos os impactos da inclusão do Seguro Garanti Judicial na Lei de Execuções Fiscais e, também, as consequências da nova lei frente às exigências da Basileia III. O advogado abordará as perspectivas jurídicas do tema. "As Novidades Tributárias para o ano de 2015 : com referência à lei 12.973/2014 e IN 1515/2014" estarão no foco do debate do seminário que será promovido pelo escritório Brasil Salomão e Matthes Advocacia, em Ribeirão Preto/SP, dia 4/3, das 8h30 às 11h45 e das 13h30 às 16h30. O evento terá como palestrantes os advogados Fábio Palaretti Calcini e Juliane Fantinatti, ambos da banca. Informações : (16) 3603-4413. O Comitê de Direito Tributário da Amcham de BH abriu ontem seu calendário de eventos de 2015. Na ocasião, foram feitas palestras e mesa redonda para debater o tema "Guerra Fiscal". O evento foi criado e coordenado por Sacha Calmon e André Mendes Moreira, do escritório Sacha Calmon - Misabel Derzi Consultores e Advogados. Além de outros convidados, participaram como palestrantes Misabel Derzi e André Mendes Moreira, da banca.

Tudo que se viu no mensalão, e agora se repete na Lava Jato, tem uma origem bem clara. Aliás, que não é privilégio do governo Federal, uma vez que o mesmíssimo modus operandi se repete país afora. Trata-se do financiamento das cada vez mais milionárias campanhas políticas. Ou alguém acha que as doações vultosas de empreiteiras se dão pelos belos olhos dos políticos ? É preciso que a coisa seja melhor regulada. A competência para cuidar disso, não se nega, é do povo, por meio de seus representantes. Mas e se estes não fazem isso ? #ficaadica Há quase um ano, em abril de 2014, a maioria do STF concluiu ser inconstitucional o financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas. A decisão veio no bojo da ADIn 4.650, na qual o Conselho Federal da OAB questionou os dispositivos da atual legislação que disciplina o financiamento de partidos políticos e campanhas eleitorais (lei 9.096/95 e 9.504/97). A conclusão do caso, porém, foi adiada por pedido de vista de Gilmar Mendes. O ministro afirmou que levaria o processo de volta ao plenário do STF apenas no 2º semestre, considerando que as eleições de 2014 estavam virando a esquina : "Veja, não cabia discutir isso agora. Financiamento já está feito para esta campanha, já está estruturado, já está em curso." Pois bem. A eleição foi feita, o novo mandato já teve início, e ainda não há previsão de S. Exa. proferir o voto-vista e permitir a conclusão do feito. Acreditamos, porém, que o momento atual não poderia ser melhor : sem novo pleito a tirar o sono dos políticos, é hora da Corte decidir.

"Prefiro o carro de boi ao automóvel ; é mais musical." Carlos Drummond de Andrade Vergonhoso "Fato embaraçoso, apto a gerar confusão e manchar a imagem do Poder Judiciário." É como classificou o corregedor regional da JF da 2ª região, Guilherme Couto de Castro, a conduta do juiz Federal Flávio Roberto de Souza ao dirigir o porsche apreendido de Eike Batista. O corregedor determinou abertura de uma nova sindicância sobre o caso e intimação do juiz "para que corrija seu ato referente à guarda de bens do empresário". Pneu furado O juiz Flávio Roberto passou dos limites com o porshe. Além da abertura de sindicância, ele muito provavelmente deve ser afastado do caso Eike. Ontem, o MPF deu parecer favorável a seu afastamento e à anulação de todas as suas decisões no caso. Para o parquet, houve uma "indiscutível mudança do quadro" a partir das entrevistas do magistrado ao Fantástico (TV Globo) e ao jornal Extra, na qual condena o estilo de vida do empresário. Veículos apreendidos - utilização A lei 11.343/06 permite, mediante autorização judicial, a utilização de quaisquer meios de transporte regularmente apreendidos em processos judiciais, quando presente o interesse público. A norma foi destacada pela Ajufe após notícia de que o juiz responsável pelo caso Eike Batista estava dirigindo o Porsche apreendido do empresário. No entanto, como bem diz o texto legal, tal utilização deve atender ao espírito público. E será difícil ao magistrado explicar o espírito público dele próprio flanar pela lagoa Rodrigo de Freitas pilotando um porshe. Porshe no RJ, Audi em SP Não é só no RJ que carros apreendidos circulam à disposição do Judiciário : em SP, um Audi A5, apreendido por importação irregular pela Secretaria da RF, foi doado ao patrimônio do TJ em 2013 e transita gostosamente pelas ruas da cidade. Até aí, nada de errado, diria o atento leitor, cônscio de que a lei 11.343/06 autoriza a utilização de veículos e quaisquer outros meios de transporte regularmente apreendidos em processos judiciais quando presente o interesse público, mediante autorização judicial e ouvido o MP. No entanto, fica difícil explicar a necessidade de o Tribunal oferecer um carrão desses a um agente público. Ademais, por que não leiloar o bem e utilizar o dinheiro para fins mais dignos e humanitários ? Veja as imagens, leitor, e tire suas próprias conclusões. Repare que o veículo, originalmente vermelho, foi até "envelopado" em preto. Memes O magistrado carioca é alvo de piadas na internet. Confira. Algumas são bem curiosas, como aquela que diz que não há nada errado, pois compete ao juiz dirigir os autos do processo. Oportunidade Uma agência de publicidade resolveu aproveitar a "deixa" do juiz Flávio Roberto de Souza e engatou um anúncio no jornal O Globo instruindo "como dar uma voltinha num carrão que ainda não é seu". Era um convite para fazer o teste drive no Mercedes S500.